Apesar do emblema e do crédito, o estúdio italiano
Zagato não foi o autor único desse carro
inconfundível, diferente e maravilhosamente esquisito, típico de figurar nas
minhas listas de preferidos de sempre. Sua designação vem de Sports Zagato, e
teve uma versão conversível, o RZ, Roadster Zagato.
Veio em 1990
para dar uma força à imagem da Alfa Romeo após seu controle ter sido assumido totalmente
pela Fiat, desgastada pela falta de confiabilidade de seus carros cheios de
alma e coração, por mais estranho que esses termos humanos possam ser quando
aplicados a máquinas. Tão humanos que os adoradores da marca consideram seus
defeitos normais, como as personalidades das pessoas. Fato não exclusivo da Alfa,
diga-se de passagem.
Para a fábrica, era o projeto ES-30, esportivo
experimental de 3 litros, mas ganhou na prática o apelido Il Mostro (o monstro),
pois era muito diferente do que a marca fizera de forma a ter sua fama
completamente estabelecida num passado mais remoto, quando os desenhos de
estilo eram bastante refinados, delicados, quase femininos. Isso havia mudado
muito nos anos 1970, com linhas muito mais retas e ousadas, mas o SZ levava
essa característica a um novo patamar.
Muito antes da moda atual dos tetos pintados ou
revestidos com películas adesivas pretas, o SZ já tinha essa característica há mais de
duas décadas, bem como o Subaru SVX, lembremos.
Curiosamente, a única cor oficial saída da fábrica é
o vermelho, mas um carro todo preto foi feito para uso de Andrea Zagato.
A carrocería foi feita de compósito de plástico
reforçado com de fibra de vidro, colada no assoalho por adesivos
especiais para essa função. Corroborando aquela velha estória de que os
fabricantes italianos estão todos interligados em algum ponto do tempo pelos
seus funcionários, os painéis da carroceria foram feitos pela empresa Carplast,
de Giuseppe Bizzarrini, filho de Giotto,
o famosíssimo engenheiro-chefe da Ferrari, depois criador da ATS, que viria a ser rebatizada com seu nome, além
de ter trabalhado na Iso, na Alfa Romeo e na Lamborghini. Sua empresa levou a
empreitada adiante junto com a francesa Stratime Cappelo Systèmes.
Mas Zagato não estava sozinho nessa
criação. Teve que concorrer com
propostas de Alberto Bertelli e Walter de Silva, ambos do centro de estilo da
Alfa Romeo, e com o departamento de estilo da Fiat, gerenciado por Mario Maioli, onde trabalhava Robert Opron, o
criador do Citroën CX, do SM e do Renault Fuego, e que acabou por ser o
responsável pelos traços gerais do SZ.
Um dos funcionários de Maioli, Antonio Castellana foi o responsável por
refinar as idéias de Opron tanto para o exterior quanto para o interior do
carro. Assim, nem todo o carro é obra da Zagato, apenas retoques o foi, mas
manteve-se o Z da marca para aumentar a exclusividade, apreciação e respeito
pelo modelo. Fato esse de pouca importância, já que seria fantástico mesmo sem
o emblema e o histórico do estúdio.
Nesse ponto da história nos vem à mente
aqueles papos de estilistas sobre inspirações e traços emprestados de outras
criações humanas, de visões em dias de folga sob a sombra de coqueiros em ilhas
dos mares do sul, ou pesadelos dentro do trem na volta para o trabalho e coisas do tipo.
Mas o que se concluiu ao olhar para o SZ
é que havia muito tempo que a Alfa Romeo não fazia algo mais chocante e polarizador de opiniões. Boa
parte dos jornalistas caíram de sarrafo em cima do desenho do carro, enquanto
outros o consideraram maravilhosamente belo.
Como eu sempre repito, melhor ser
esquisito e polêmico do que ser carne de vaca, comum, esquecível. Acredito que o carro cumpriu seu papel
de chamar a atenção para a marca, semi-morta há tanto tempo, e com vendas não
lá muito saudáveis.
O RZ chegou apenas em 1992, logo após terminar a
produção do modelo com teto. Destes, foram apenas 278 unidades. Do SZ, 1.035 unidades, sendo 38 protótipos e carros
de corrida-piloto.
O SZ foi pensado para ser dirigido com gosto, nunca
apenas como condução eficiente, e a posição para isso é ótima, com bancos para longas jornadas de estrada e um
belo volante Momo de três raios, comandando um sistema de direção muito bom em
comunicabilidade e sensibilidade. Os
Pirelli PZero, o pneu lançado ao mundo no Ferrari F40, e mais um sistema de
direção muito bem projetado e desenvolvido fazem com que a comunicação de pista para as mãos seja muito bom, de forma a
ser considerada a melhor característica
do carro, mecanicamente.
A aceleração lateral chegava a 1,1 G, e isso baseado
na mecânica do Alfa Romeo 75, um carro lançado em 1985. Houve a divulgação de
que por diversas vezes alguns
motoristas conseguiram
atingir 1,4 G, mas onde, quando e quem
não foi possível apurar. Fiquemos com o 1,1 G que já é excepcional. Esse número
é muito alto, superior a de muitos supercarros de preço várias vezes maior. Com
isso, o molejo é duro, muito duro, mais firme até que Ferraris da época, como o
208, mas recompensa pela estabilidade de divertir quem gosta de dirigir.
Para amainar um pouco essa situação, a altura livre do solo variava de 80 a 130
mm, devido a um sistema de amortecedores reguláveis Koni, ajustáveis por botão
no painel. Se além de duro for muito fácil raspar e bater no solo, o carro se
torna desagradável em uso, mesmo que seja uma bela obra mecânica.
Uma boa parte dos componentes de assoalho, longarinas de reforço, painel de fogo e vários conjuntos mecânicos vieram de um modelo sedã, o 75 America, o último Alfa Romeo projetado fora do comando da Fiat.
O 75 America, a base mecânica do SZ |
As suspensões são desse
carro com modificações importantes
lideradas por Giorgio Pianta, chefe de equipe de rali da Lancia à época. Os
pneus são 205/55ZR16 na frente e 225/50ZR16 atrás, e os braços passaram a
ter juntas metálicas esféricas para um aumento da precisão e eliminação de
amortecimentos causados por peças de borracha, esse sendo o principal motivo da
dureza. Exatamente como é de praxe em carros de competição.
Utilizar grande parte da suspensão do 75 foi uma escolha muito boa como cabedal de experiências, já que este modelo foi utilizado em diversos campeonatos de carros de turismo, tanto o italiano quanto o IMSA nos Estados Unidos, na Austrália e no extinto WTCC, o mundial de carros de turismo.
Transeixo na traseira, freios inboard, tudo para melhor distribuição de peso |
Excluído o problema de conforto de suspensão, o
único ponto de maior atenção quando se dirigia era o câmbio, que requeria
atenção nas trocas de marchas, já que não era à prova de erros de engate. O sistema
é um transeixo, com câmbio acoplado ao
diferencial, na traseira, solução cujo objetivo maior é sempre a distribuição
de peso equalitária entre eixo dianteiro e traseiro. O resultado foi 1.256 kg do SZ, e 1.380 kg no carro sem teto, fato normal devido aos
reforços adicionados em carrocerias conversíveis.
O carro é pequeno, com apenas 4.059 mm de comprimento por 1.730 mm de largura e 1.311 mm de altura; entreeixos de 2.510 mm.
Chegava a 100 km/h saindo parado em 7 segundos, com duas pessoas a bordo e 50 kg no porta-malas, como uma fonte fez questão de frisar, e indo até uma velocidade máxima de 245 km/h. O quilômetro de arrancada era coberto em 24,7 segundos.
Há também informações extra-oficiais sobre sistemas
Motronic com limitador de velocidade desativado, quando o carro era capaz de
tocar os 275 km/h reais, o que parece um pouco exagerado. Porém, notemos que a
Alfa Corse, departamento de competições da fábrica atuou sobre o motor a ser
colocado no carro, e do original V-6 de 3 litros do 75 America, foram alterados
taxa de compressão, que subiu para 10:1, novos perfis de ressaltos de
comandos de válvula que governavam um maior tempo de cruzamento, coletor de
escapamento para maior fluxo de gases, adição de radiador de óleo, modificações
na calibração da injeção e ignição Bosch Motronic ML 4.1 e no sensor de
detonação.
O resultado foi 210 cv a 6.200 rpm e torque máximo de
25 m·kgf a 4.500 rpm, porém com curva bastante plana, com mais de 23 m·kgf entre
2.500 e 6.000 rpm. Em estradas rápidas, fazia 12 km/l, bastante razoável.
Se hoje os Alfa Romeo são Fiats com aparência diferente, o SZ poderia ser usado como inspiração para reviver a marca de maneira conveniente.
JJ
Se jornalista fosse, faria parte daqueles que cairam de sarrafo em cima do desenho do carro. É muito esquisito meeeeeesmo, he, he!
ResponderExcluirJurava que o senhor era jornalista.
ExcluirPor mais esquisito que este carro possa parecer, foi um dos poucos, senão o único. a honrar a tradição dos Alfas naquele período. Ao assumir o controle, a Fiat tratou de deixar os Alfas cada vez mais comuns - e até entendo que foi em nome da sobrevivência, porém frustrou uma grande legião de fãs.
ResponderExcluirE que bella macchina!! Arquitetura inovadora e excepcional estabilidade - para mim, é isso que conta em um carro, não sua aparência. Para ser perfeito, faltava ser apenas um pouco mais leve.
Eu disse "cairia de sarrafo em cima do desenho do carro". A parte mecânica e comportamento dinâmico são outros quinhentos.
ExcluirMr.Car
ExcluirÉ de comentaristas corajosos e decididos como voce que precisamos.
Somente assim vamos conseguir colocar os pingos nos is!
Meus cumprimentos!
Mr Car e anônimo.
ExcluirDesculpem se me expressei mau, mas quando eu disse que a aparência não importa foi no âmbito do texto - e é minha opinião.
Não critico as pessoas que consideram o carro A ou B feio, estranho ou qualquer coisa do gênero. Muito pelo contrário, respeito a opinião de cada um. Apenas escrevi que para mim - e neste caso - a aparência pouco importava, levando em consideração apenas e tão somente o meu julgamento a respeito do texto.
Peço desculpas se ofendi alguem.
Não ofendeu ninguém, Fábio. Só me pareceu que você tinha entendido que minha observação crítica era extensiva a mais caracteristicas do carro além do desenho, e procurei deixar claro que não era.
ExcluirAbraço.
Há um Alfa Romeo SZ rodando na Argentina. No Brasil nunca vi.
ResponderExcluirDiscordo que a Alfa Romeo seja, hoje, uma reles variação estilística da Fiat. Não dá para comparar uma Alfa 156 com o Marea por exemplo, mesmo com parte da mecânica idêntica, pois são carros de comportamento e nicho de mercado distintos.
O que comprometeu a trajetória da Alfa Romeo foi ficar por muitas décadas sob o domínio dos (des)governos italianos, que criaram até uma Alfa Sud para bagunçar o coreto.
A Fiat é a melhor dona que a Alfa Romeo poderia ter na Itália. Agora imagina se eles vendem a marca para alemães ou chineses...
Discordo
ExcluirA melhor dona para a Alfa Romeo é sem dúvida a Volkswagen!
Que comentário mais baixo.
ExcluirA Alfa Romeo sempre tem de ficar na mãos dos Italianos. SEMPRE!
Sem dúvidas que na mão da FIAT ela ainda mantem um pouco da sua raiz.
O melhor dono para um Alfa Romeo seria EU!
ExcluirLuiz Rocco
O melhor dono para um SZ seria eu !
ExcluirEsse era pra espantar cunhado mesmo!
ResponderExcluirReparem uma alça no banco perto do joelho do passageiro na foto 7.
Deve ser praqueles chatos que ficam ameaçando puxar o freio de mão, hahaha.
Luiz CJ.
JJ,
ResponderExcluirBela lembrança, carro sensacional. Me lembro do meu entusiasmo juvenil por ele quando li uma reportagem da Autocar.
Já ficava feliz com outro carro esquisito da Alfa, o 75 que doou orgãos vitais para o SZ.
Belo post, aprendi muito novamente.
Abraço!
MAO
MAO,
Excluiresse carro é coisa séria. Deve ser um dos que mais passei tempo olhando fotos naqueles tempos de revistas de papel que traziam novidades.
É uma A.R. muito interessante! Do belíssimo motor ao charmoso conjunto óptico. E o que dizer dessas rodas? Espetaculares!
ResponderExcluirNo entanto, é um carro com uma qualidade construtiva sofrível. O isolamento acústico é muito precário. O quadro se agrava se considerarmos o preço praticado na época. Há uma história que diz que o inspetor do Q.C. foi forçado a aprovar o padrão Zagato. E há dúvidas sobre a quantidade de S.Z. produzidos também (numeração de chassis pulava números), sendo o R.Z. uma estratégia para comercializar os S.Z. encalhados.
Ótimo texto, Juvenal. Que carro hein? Meu Galant lembra um pouco este carro de frente. Se tivesse os faróis iguais diria que eram irmãos. Pena que a Mitsubishi nos abandonou. Um parto de égua conseguir peças para o Galant. Adoro o carro. Abs.MAC.
ResponderExcluirAnônimo MAC,
ExcluirTristeza saber que uma marca tão importante seja sofrível no atendimento de peças de reposição. Esse item é fundamental na criação do valor da marca. Espero que alguém lá na MMCB esteja de olhos bem atentos para esse problema que é enorme.
Caro Juvenal; Pois é.... Mas os caras não estão nem aí. E algumas matérias que li dão conta que vieram menos de 2 mil para o Brasil, o que faz com que o mercado paralelo não se interesse também, Já na europa este carro foi vendido prá caramba! O carro é espetacular e a Mitsubishi uma senhora fábrica! Uma aula de engenharia em todos os sentidos. Conforto, ergonomia, estilo,etc. O motor é uma obra de arte e anda bem a beça, mesmo com só 2.5 litros e 163 cvs. Ele é relativamente leve pelo que carrega dentro, inclusive dois bancos totalmente elétricos.Conforto sobrando na frente e silêncio ao rodar. Passa fácil dos 200 km e acelera que é uma delícia. 11 km/litro na estrada andando bem e com ar ligado. Se vc abusar não baixa de 9 a 10 e vc brinca a vontade. 6 a 7 na cidade, conforme trânsito. Um carro que a Mitsubishi deveria ter de vitrine e mantê-lo rodando! Seria prestígio para a marca. A 3 anos atrás, ainda com ele inteiro de suspensão, fiquei esperando o Lancer chegar. Quando chegou as dificuldades com peças já existiam no meu Galant e eu nem quis ir ver o carro. Acabei comprando um Corola. A Mit perdeu a venda sem nem ao menos concorrer. Ainda que ela não se importe com um cliente e entenda que este não faça falta, muitas montadoras daqui e de fora também não se importaram com o atendimento e hoje vários colegas, assim como eu, não compram mais as marcas. O mundo dá voltas e os caras estão vendendo menos e até falindo.......Mais uma vez parabéns pela matéria e um forte abraço da turma aqui do Rio que lê muito vc! Tens um "fã club" forte aqui! MAC.
ExcluirNão conhcecia essa Alfa. Mas é bela como as outras.
ResponderExcluirA conversível então... me deixou babando!
Alfa pode ter defeitos, problemas, serem enjoadas, mas não existe e jamais existirá marca com tanta personalidade, beleza e esportividade quanto elas.
Obrigado JJ
Aléssio Marinho.
ExcluirNâo precisa agradecer.
A frente deve ter inspirado o Alfa Brera, que é mais arredondada mas mantém os 6 faróis.
ResponderExcluirAlfa Romeu, mostrando a um século que carros podem ser bonitos, velozes e potentes sem precisar de desenhos irreais, interiores espartanos e desconfortáveis além de preços exorbitantes. Esportivos para uso normal, belíssimos carros, uma pena a Fiat ter acabado com a marca...
ResponderExcluirBem que os tempos bons do Cuore poderiam voltar. A Fiat engoliu a Lancia, a Maserati, a Alfa, a Chrysler, êta capitalismo monopolista...
ResponderExcluirÓtima matéria, caro Juvenal!
João Guilherme Tuhu,
Excluirgrato pelo elogio.
Diferente esse carro, dá vontade ficar olhando por horas. Obrigado Sr Juvenal pelo texto saudável e aumentar minha cultura.
ResponderExcluirLuciano,
Excluireu também já gastei muitas horas olhando para esse carro. Infelizmente nunca vi um ao vivo.
Devagar com a carreta amigo !
Olá turma do Auto Entusiastas,
ResponderExcluirMeu nome é Humberto Alves, sou gerente de afiliados do www.apostasonline.com e gostaria de lhes fazer uma proposta.
Como não consegui encontrar nenhuma área para contato, poderiam me enviar um email para afiliados [arroba] apostasonline.com para darmos continuidade a negociação?
Grande abraço
Humberto Alves,
Excluirlá no topo da página, abaixo do cabeçalho, há um ícone "FALE COM O AE".
Por ali você escreve direto ao editor, Bob Sharp.
Grato pela atenção.
JJ
ResponderExcluirAcho que esse carro de certa maneira inspirou o desenho dos Spider e GTV lancados em 96.
Se possivel faca uma reportagem com esses modelos. Considero lindos e atemporais
Abracos
Don Corleone
AnÔnimo Don Corleone,
Excluircom os dias passando, vou anotando as sugestões dos leitores. Já temos um bocadinho. As suas estão anotadas, obrigado.
Juvenal
ResponderExcluirNao gostei do desenho desse carro , mas a mecanica é fantastica.
É possivel fazer uma matéria com o motor V6 da Alfa?
Abracos
Anônimo,
Excluirpossível tudo é, está anotado.
"Muito antes da moda atual dos tetos pintados ou revestidos com películas adesivas pretas, o SZ já tinha essa característica há mais de duas décadas, bem como o Subaru SVX, lembremos"
ResponderExcluirAqui pra nós isso serve somente aquecer ainda mais o interior do carro. Um item estético meio burrinho.
João Carlos,
Excluirexato, para nossas temperaturas e nossa insolação, um teto cromado ou espelhado seria muito mais lógico.
Ou branco como nos Land Rover Defender mais antigo.
Juvenal, gostei muito da matéria! Parabéns!
ResponderExcluirAcho que o SZ foi o último Alfa Romeo com tração traseira até a produção do 8C. É um carro com desenho bastante polêmico, mas de muita personalidade (como a grande maioria dos Alfa Romeo) e, para mim, um dos melhores desenhos dos anos 90, junto com o Maserati Shamal e Lamborghini Diablo.
Quem me dera ter recursos financeiros suficientes para ter os três na garagem!
Um abraço,
Maurício,
Excluirobrigado.
Você não é o único a querer ter vários carros na garagem. Dia desses vi um BMW M5 de 1994 que me fez passar um pouco mal por uns dias.
Não é um dos meus favoritos em beleza, mas é um carro muito legal!
ResponderExcluirBelo texto!
abs,
MB,
Excluirvaleu, obrigado.
thanks for information,
ResponderExcluirgood luck