Depois de contada a história da Coleção Schlumpf, este post apenas se concentra em contar mais um pouquinho sobre alguns dos carros da coleção, usando as fotos que tirei em 1987 no museu como ponto de partida. Muitas das fotos estão fora de foco e borradas, mas valem como documento de como era o museu naquele tempo. A elas então:
Começando pelos Alfa Romeo, este é um exemplar do mais raro e especial carro da marca: o 8C 2900B. Equipado com um oito em linha DOHC e suspensão independente nas quatro rodas (exótico na época), o 2900 é o Bugatti Veyron dos anos 30, o mais veloz, caro e raro carro esporte de seu tempo. Acima vemos o carro dos Schlumpf, com carroceria Pininfarina, hoje. Abaixo, como o conheci em 1987. Bem ao fundo pode se ver um Ferrari 250 LM.
Abaixo, o protótipo de competição do Alfa Romeo Disco Volante (disco voador) de 1953. Com 1,9 litro de seu quatro em linha DOHC, tinha 158 cv.
Abaixo vemos um dos protótipos Bugatti do museu, o Tipo 252 "Etorette", de 1956. O motor é um quatro em linha DOHC de 1,5 litro.
Um lindíssimo motor de oito cilindros em linha DOHC com compressor de um Bugatti tipo 57 SC. Reparem como o motor é feito como uma escultura estética antes de ser uma mera máquina; uma das mais marcantes características dos carros de Molsheim. Reparem também que ao fundo estão uma fileira de magníficos Bugatti tipo 55.
Um motor de tipo 41 (Royale) usado para os vagões de trem autopropelidos que a Bugatti produziu nos anos 30. Cada vagão usava dois destes oito em linha de 12 litros e 300 cv. Ao fundo, pode-se ver um dos muitos 57SC Atalante do museu (preto e branco) e o Royale Park Ward.
Um Bugatti tipo 55 "faux-cabriolet" (falso conversível). Nos anos 30, era como ter um carro de Fórmula 1 com teto e pára-lamas, para se usar nas ruas. Oito em linha DOHC com compressor, 2,3 litros.
Um exemplar entre dezenas de Bugatti tipo 57 do museu. Este recebeu uma moderna carroceria nos anos 50, encomendada a Saoutchik. O carro vermelho a seu lado é um dos mais famosos do museu, único, e um dos últimos trabalhos de Jean Bugatti, filho do fundador que morreu em 1939: o tipo 57C Berline Galiber. E o mané aqui não tirou uma foto dele inteiro...
A origem dos Jaguar de William Lyons: o SS1 de 1935. O seis em linha Standard deslocava apenas 2,2 litros e dava 54 cv.
O museu é focado nos clássicos dos anos antes da Segunda Guerra Mundial, mas o MAO era jovem e ainda não entendia isso, portanto tirou muitas fotos das poucas coisas mais modernas e de fácil digestão. Uma delas é este maravilhoso Ferrari 500 Testarossa de 1956. O 500, cilindrada unitária, indica que é um dos com motor quatro em linha de dois litros e 180 cv, talvez mais raro que o 250 com seu V-12 de 3 litros.
O motor contaposto de 12 cilindros do Ferrari 312B de Fórmula 1 de 1971. Carro de Ickx e Regazzoni.
Abaixo temos um Ferrari 250 GT TdF (Tour de France) azul de 1957. Carroceria Pininfarina, e o conhecido V-12 de 3 litros SOHC "Colombo" (obra do eng. Gioacchino Colombo) de todo Ferrari 250, aqui com os seis Weber verticais duplos, de 300 cv indicados pelo sufixo GT.
Um magnífico Renault tipo NM 40CV de 1924. Com carroceria Sedanca-Landaulet do encarroçador Kellner de Paris, é um raro sobrevivente. Este tipo de carro é chamado de 9-litros por causa dos 9.121 cm³ deslocados por seu enorme seis em linha. Quem disse que Renault só faz motorzinho?
Toda coleção particular de Gordinis do fundador da marca Amedée Gordini foi comprada pelos Schlumpf e está no museu. O único que fez o jovem MAO querer levar uma foto para casa em 1987 foi este chassi de tipo 32 de competição (Grand Prix) de 1956. À mostra está o glorioso oito em linha Gordini de 2,5 litros e seus quatro Weber horizontais duplos.
Dois clássicos Lancias do pré-guerra, um Lambda de 1928 (verde, V-4 de 2,6 litros) e um Dilambda de 1929 (vermelho, V-8 de 4 litros). O Lambda foi o primeiro carro do mundo sem chassi, com carroceria monobloco autoportante.
Isto era novinho naquela época: o 911 4x4 Paris-Dacar
Um Mercedes 300 S Roadster Cabriolet A de 1955.
Um Fiat 508 Balila Sport de 1934.
Abaixo, o carro criado por Panhard et Levassor em 1934 para que Sir George Eyston capturasse o recorde mundial de velocidade por uma hora seguida. O carro de 300 cv fez a média de 210 km/h para atingir este objetivo.
Agora usando fotos atuais, cedidas pelo próprio museu, mais algumas coisas interessantes. Abaixo, um dos táxi Renault que ajudaram a levar soldados de Paris à frente de batalha na Primeira Guerra Mundial, os famosos "Taxis de la Marne". Um verdadeiro herói de guerra.
Algumas vistas do museu que fazem cair o queixo. Primeiro, dois Bugatti tipo 55 olhando o Royale Coupé Napoleón, seguido por uma fila de Rolls-Royces e o que parece ser todos os Bugatti de GP que existem, lado a lado.
Para fechar, fotos dos 3 tipo 41 Royale da coleção, as verdadeiras estrelas desta exposição, as monalisas do Louvre do automóvel.
MAO
É ISSO AÍ MAO MAO, PAU NESSES DETRATORES DA HISTÓRIA!!! VAMOS NOS DELICIAR NOS CLÁSSICOS!!!
ResponderExcluirBoa Plutonio ,
ExcluirEstava com saudades de seus comentarios!
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ExcluirImpressionante acervo, pena que ainda não era a época da foto digital. Dá para passar o dia fotografando.
ResponderExcluirObrigado MAO.
Gostei das Alfas!
ResponderExcluirPré-guerra: época de glória para essa empresa que tinha um dos maiores gênios de todos os tempos da indústria automotiva (Vittorio Jano) e contava com os grandes carrozieres italianos
Dizem que essa 8C chegava aos 200km/h!
Antes de esquecer: Bob, você já tinhaouvido falr desse cara? Assisti o vídeo dele e lembrei de sua crusada contra a "histeria carbônica"!
ResponderExcluirO Renault lembrou-me o quão competente a empresa pode ser no segmento de luxo. Pena que desde o fiasco vergonhoso, estrondoso, e acachapante, tanto em termos mercadológicos quanto financeiros que foi o Vel Satis, ela não ousa sequer pensar em pôr o pé pra fora de casa nesse segmento.
Lembrando a história contada na primeira parte, o problema dos auto entusiastas são as mulheres que estão fora das extremidades da escala: Se ela for uma santa dotada de infinita paciência, ou se ela der oito tiros no amante dentro do próprio quarto, não haverão reclamações. Já se ela for uma pessoa normal, que insiste em ter um ambiente minimamente salubre para viver e criar os filhos sem que eles corram o risco de serem aparafusados ao pára-choques de um Ford 42...
Ops! O link não foi: http://www.youtube.com/watch?v=JxC_JIwat9s&feature=related
Excluirbauliostafora
ExcluirSó não ver quem não quer, que essa história de aquecimento global pelo CO2 da queima de comustíveis fósseis é pura balela. Basta um vulcão qualquer ficar de mau humor que o CO2 dos carros vira cafezinho.
Verdade Bob. O problema são compostos de nitrogenio (NOX) e o material particulado. CO2 faz parte dos gases expelidos pela própria natureza, e não deveriam ser tratados como vilões.
ExcluirMorava fácinho aí, hein?? Não sou só eu, tenho certeza!
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ResponderExcluirÉ bom lembrar que o Panhard de George Eyston usava válvulas deslizantes, sistema Knight. AGB
ResponderExcluirCaramba MAO! Como você demorou tanto pra fazer esses dois posts!?
ResponderExcluirEsse Ferrari azul, o 250 GT Tour de France deve ser um dos carros mais lindos de todos os tempos.
ResponderExcluirEsse cometário sobre Harley entrou aqui por engano ou é problema do Google ?
ResponderExcluirMAO,
ResponderExcluirpara adicionar mais coincidencias a esse assunto Bugatti, há pouco mais de uma semana chegou meu livro do H.G. Conway, que comprei depois de você e o Bill Egan falarem tanto. Achei usado na Amazon, e era um exemplar de pesquisa da biblioteca da Franklin Mint, veja só.
Preciso confessar uma coisa: nem olhei direito para os carros.
ResponderExcluirMas o prédio... é simplesmente encantador.
haha...
ResponderExcluiro administrador removeu o comentário de quem reclamou de spam/propaganda no blog mas não tirou a propaganda...
É ISSO AÍ RENATO, PAU NESSES MÍDIA-GRATUITA QUE VEM ATRAPALHAR OS POSTS DE QUALIDADE!!!
ResponderExcluirMAO
ResponderExcluirA foto de abertura é sensacional. Parece até um tela a óleo, parabéns! Quem viu aqui em casa adorou.
Tal como você Mauro, também fiquei deslumbrado, mas só tinha 2 rolos de película e o livro à venda era demasiado caro na época!
ResponderExcluirMas um dia voltarei e mais bem apetrechado!
Visitou o museu do autódromo de Le Mans?