Foto: passat.blauu.deLendo o penúltimo post do Paulo Keller, me deparei com o comentário de um leitor que relatou seu apego emocional com a Mercury. Acredito que todo entusiasta tenha um fabricante ou modelo "do coração", graças a determinadas características ou motorizações que tiveram um papel significativo em sua formação automobilística.
A paixão de alguns colegas é bem nítida: o MAO e o Mahar gostam muito de Chevrolets, especialmente aqueles fabricados com o V-8 de bloco pequeno, mas o festejado motor de seis cilindros em linha sempre terá um lugar especial em seus corações. O Mahar e o Roberto Nasser se deliciam quando o assunto é Alfa Romeo, principalmente quando citamos o canto do bialbero de quatro cilindros.
É claro que piadinhas não faltam: já vi muita gente cutucando o MAO (entre outros entusiastas da linha Opala), dizendo que o carro nada mais era do que um olho solitário em uma terra tomada pela ablepsia automobilística. Eu mesmo adoro provocar reações coléricas no Mahar, dizendo que a Alfa Romeo foi a pioneira na tecnologia do carro biodegradável: quase sempre sou retribuído com um sonoro palavrão.
O problema é saber distinguir a linha que separa a brincadeira irônica do escárnio maldoso. Entre amigos geralmente tudo se resolve, mas é fácil perder o controle da situação quando algum desconhecido tece um comentário mais agressivo (e infeliz) sobre nossos objetos de adoração. Prudente é aquele que sabe ser comedido e ponderado em seus comentários, evitando celeumas desnecessárias.
Muitos aqui sabem que eu tenho um carinho especial reservado aos Volkswagens equipados com o motor EA-827 posicionado no sentido longitudinal (o famoso VW AP), fruto de uma infância vivida a bordo de Passats, Gols, Paratis, Saveiros, Santanas e Quantums. E sempre ouço piadinhas a respeito dessa predileção, sempre relevadas, ainda que algumas sejam realmente maldosas. Nesses casos a melhor resposta é sempre o silêncio.
Ainda que o carinho seja especial, é preciso prestar atenção para não querer defender o indefensável. Meu pai teve um Santana igual a esse da foto abaixo, um CL básico de 2 portas com motor de 2 litros e direção hidráulica. Acredito que tenha sido um dos carros que mais gostei de guiar até hoje, mas não tinha como deixar de notar o estofamento em brim vagabundo e os freios a disco sólido, que superaqueciam com facilidade e provocavam alguns sustos.
O tempo do Passat TS, Gol GTS e Santanas já passou, mas eu não consigo esconder um sorriso cretino quando ainda vejo a boa e velha Parati sendo produzida pela Volkswagen, com todas as suas virtudes e defeitos. Concordo quando dizem que é um carro que morreu e se esqueceu de deitar, mas e daí?
O coração ainda fala mais alto. Acredito que seria um dos poucos Volkswagen que eu compraria hoje.
FB
A paixão de alguns colegas é bem nítida: o MAO e o Mahar gostam muito de Chevrolets, especialmente aqueles fabricados com o V-8 de bloco pequeno, mas o festejado motor de seis cilindros em linha sempre terá um lugar especial em seus corações. O Mahar e o Roberto Nasser se deliciam quando o assunto é Alfa Romeo, principalmente quando citamos o canto do bialbero de quatro cilindros.
É claro que piadinhas não faltam: já vi muita gente cutucando o MAO (entre outros entusiastas da linha Opala), dizendo que o carro nada mais era do que um olho solitário em uma terra tomada pela ablepsia automobilística. Eu mesmo adoro provocar reações coléricas no Mahar, dizendo que a Alfa Romeo foi a pioneira na tecnologia do carro biodegradável: quase sempre sou retribuído com um sonoro palavrão.
O problema é saber distinguir a linha que separa a brincadeira irônica do escárnio maldoso. Entre amigos geralmente tudo se resolve, mas é fácil perder o controle da situação quando algum desconhecido tece um comentário mais agressivo (e infeliz) sobre nossos objetos de adoração. Prudente é aquele que sabe ser comedido e ponderado em seus comentários, evitando celeumas desnecessárias.
Muitos aqui sabem que eu tenho um carinho especial reservado aos Volkswagens equipados com o motor EA-827 posicionado no sentido longitudinal (o famoso VW AP), fruto de uma infância vivida a bordo de Passats, Gols, Paratis, Saveiros, Santanas e Quantums. E sempre ouço piadinhas a respeito dessa predileção, sempre relevadas, ainda que algumas sejam realmente maldosas. Nesses casos a melhor resposta é sempre o silêncio.
Ainda que o carinho seja especial, é preciso prestar atenção para não querer defender o indefensável. Meu pai teve um Santana igual a esse da foto abaixo, um CL básico de 2 portas com motor de 2 litros e direção hidráulica. Acredito que tenha sido um dos carros que mais gostei de guiar até hoje, mas não tinha como deixar de notar o estofamento em brim vagabundo e os freios a disco sólido, que superaqueciam com facilidade e provocavam alguns sustos.
O tempo do Passat TS, Gol GTS e Santanas já passou, mas eu não consigo esconder um sorriso cretino quando ainda vejo a boa e velha Parati sendo produzida pela Volkswagen, com todas as suas virtudes e defeitos. Concordo quando dizem que é um carro que morreu e se esqueceu de deitar, mas e daí?
O coração ainda fala mais alto. Acredito que seria um dos poucos Volkswagen que eu compraria hoje.
FB
Concordo com voce, a Parati continua sendo fabricada com os mesmos antigos defeitos mas e daí??? Tenho uma 98 comprada seminova e quando ela estiver cansadinha, compro outra nova.Paixão não se explica.
ResponderExcluirBitu,
ResponderExcluirme identifiquei muito com seu depoimento.
assim como você, também andei minha infância nessas viaturas citadas, acrescidas da kombi 76 do meu avô e de alguns fuscas de empresa que volte e meia meu pai chegava em casa.
sobre a Parati, onde eu trabalho, ano passado a frota foi renovada com várias unidades 1.6, cara da geração 4, interior da 3, pela existência de air-bag (exigência da empresa), equipadas também com abs. tem umas 2 que são 1.8 flex e que também já pude guiar.
é bom ouvir e acelerar o velho AP e ouvir os assobios de cada marcha engrenada, sobretudo a segunda e terceira marchas entre 30 e 40km/h. esses roncos me trazem inúmeras recordações de uma época que não volta mais.
também é muito bom recordar que a parati é boa de curva e equilibrada.
porém, é triste notar o acerto da suspensão dianteira, deixa a frente do carro erguer até acelerando em quarta marcha. o ruído do motor lá nas alturas também não é mais o mesmo, passando de 6000 parece que vai quebrar, imagino que a qualidade dos suportes de borracha de motor/caixa devem ter retrocedido.
e o 1.8 flex, ditos 106cv com álcool, causam uma diferença tão imperceptível que jamais fazem valer a pena os 10% a mais no consumo em relação ao 1.6 de 103cv, otimizado nessa última série.
o melhor mesmo para a Parati era ser atualizada como o resto da linha foi, em que pese a existência da Spacefox.
Ahh como seria bom termos esse Passat da primeira foto.
ResponderExcluirBitu, paixão não se explica. Se tem e pronto. Adoro VWs e por mais que falem mal, não ligo.
Melhor ter um antigo, rodando e quitado com manutenção em ordem, do que um zero km pelado e financiado.
Abraços.
gostei dos faróis retangulares nessa frente da primeira série do Passat
ResponderExcluirE isso aí Bitu. Eu mesmo deixo de postar comentários muitas vêzes a fim de evitar discussões inúteis e que não somam nada em minhas opiniões. E já que o assunto é o coração, o meu bate pelos motores GM de origem Opel. Ainda tenho a ilusão de comprar um Corsa GSi.
ResponderExcluirO texto, espero, joga uma pá de cal sobre as discussões acaloradas entre os leitores como aconteceu no tópico sobre o Opala Envemo.
ResponderExcluirPessoalmente, tenho um enorme carinho por Chevettes. Meu pai, quando ainda tinha Opalas, marcou bastante também, porém, foi no Chevette que aprendi a dirigir de verdade, pegar ruas e rodovias.
Quando digo que tenho um tratado como um filho, sempre tenho que escutar piadinhas maldosas. Mas não me interessa, afinal, só eu e o Chevette sabemos o que já passamos juntos. Somos como bons amigos de infância.
Eu tenho um apego todo especial com meu Passat 87 também. O que me entristece é que não consigo achar as peças pra deixar ele novinho. Uma simples canaleta para a porta não acho em lugar nenhum de Brasilia. Pra piorar o danado tem o interior marrom. Faz "só" dois anos que procuro a moldura do painel para trocar. E com o tempo o interior vai se deteriorando, por que já estava meio "malhado" quando comprei... e as peças vão quebrando, e não tem como repor...
ResponderExcluirÉ uma tristeza só....
Polara
ResponderExcluirPensei que eu fosse o único louco que gostasse daquele ronquinho do transeixo longitudinal VW.
FB
Raphael Hagi
ResponderExcluirCuriosamente o texto já estava pronto no sábado. A discussão dos Opalas veio a calhar.
FB
Kantynho
ResponderExcluirJá tentou a Unicom?
http://www.unicom-vw.com.br/
Sempre ouço falar bem deles.
FB
B2,
ResponderExcluirConcordíssimo!
MAO
Ainda vou ter outro Passat Pointer!! Já tive 2 e me arrependo amargamente de tê-los vendido...
ResponderExcluirMeu irmão está à caça de um Gol GTI 94.
O problema é que os dois eram/são uns dos preferidos dos "Zé Turbina"... É quase impossível arrumar um em boas condições e careta!!
Haja coragem para fazer uma piada realmente maldosa diante de você hein FB!! ...rs.
ResponderExcluirAmigo, também sou tarado pelos volks de antanhos, especialmente os santanas. Esse barulhinho legal e mais o aviso da bomba de combustível quando ligava a chave são algumas peculariedades que eu adorava nos carros.
Sou um eterno apaixonado pelo Santana Ex e meu coração ficaria realmente indeciso entre este e um Opala Diplomata 1992 se fosse possível a escolha.
Entendo perfeitamente que ache legal o Santana Cl, me lembra muito aquele 250s básico que o MAO postou uma vez, apenas o necessário para uma direção mais apimentada.
Não sei a quantas anda a condução das novas parati, mas confesso que fiquei curioso.
Abraço
É o tipo de coisa que não dá pra explicar.
ResponderExcluirEu me apeguei com um FIAT, Uno-S, 1988, FIASA 1300. Carburador de corpo simples, 4 marchas. Daily Driver, adoro ele. Não consigo explicar isso ninguem, mas eu gosto dele.
Mister Fórmula Finesse
ResponderExcluirEu tive um Santana EX, preto onix.
Ainda vou falar dele, o grande problema é que por ser suspeito eu nunca me sinto a vontade para falar sobre Passats e Santanas.
Sempre fica uma coisa passional demais.
FB
Olá.
ResponderExcluirPara mim nada é mais memorável do que o ronco da 4ª dos VW a ar.E, claro, o cleck-cleck do câmbio dos opalas dos anos 70.
Abraços,
AAM
FB,
ResponderExcluirVoce escreve muito bem, um prazer de ler. Tambem gostava dos Passat, Santana e Gol GTS.
FB: mas aqui é o lugar perfeito para falar de coisas automotivas que tocam o nosso coração, se não fosse assim, o MAO e diversos outros nunca poderiam publicar nada...(rs).
ResponderExcluirQue seja passional, todos aqui são apaixonados, tenho certeza que será um post maravilhoso.
Deixa o coração falar e escreva, sempre haverá os mau educados que não sabem respeitar os gostos alheios, mas isso notadamente é uma minoria.
Aposto que encontrará uma multidão que partilham do mesmo gosto.
Felipe,
ResponderExcluirLembra de mim, Gustavo, éramos fizemos parte do Santana Clube, junto com o Lucas. Não acho passional demais, e o respeito muito por ser colunista deste espetáculo de Blog, do qual acompanho religiosamente.
Meu coração fala a mesma língua e tem a mesma paixão que a sua. Não é por nada que na minha garagem repousa um exemplar de Santana, guardado sob a capa. É um GLS 2000 1989, com 29.000 km. Não é considerado carro antigo ainda. Tampouco pode ir a encontros. Nem mesmo pode ter placa preta.
Os opaleiros e dodgeiros meus amigos não me entendem. Eu comprei esse carro mais caro, há alguns anos. Balançaram a cabeça, pensando, putz, o Gustavo é louco... para quê esse Santana. Ele nem anda com ele. Mas Phil, basta o carro existir lá, e eu bater arranque com ele e dar uma volta com ele num dia de sol, sentir o ronco metálico saindo pelo escapamento, típico do AP2000. Você sabe do que eu estou falando. Não é um ronco qualquer, não é um ronco esportivo, é "aquele" ronquinho de Santana.
Isso é um sentimento de "entusiasta", creio, pois esse sentimento acomete não simplesmente o opaleiro, o dodgeiro, o jipeiro, o fusqueiro, enfim, quem ama automóvel na mais pura essência.
A paixão pelo Santana, esse vírus, nos pegou. Não tem como sair disso.
A propósito. Ainda existe a Quantum Evidence, verde, com caixa PS e rodas OZ?
Abração
GUSTAVO PULITA
Não vejo nada demais se avaliar um carro aqui postado como porcaria ou bom. A opinião é em cima da lata e não do aficcionado.
ResponderExcluirQuem acha diferente está sofrendo de fanatismo por latas inanimadas e o fanatismo não é salutar. Por isso mesmo jamais adjetivo ninguém, adjetivo apenas o veículo do post.
Manifestei minha ligação emocional com os Mercurys, até pelo puro acaso com que entraram em minha vida. No entanto, se alguém achar que o Mercury 48 é uma porcaria posso até ficar triste, mas no final vou concordar, era uma merda mesmo.
Um cara que tem um carro de 20 anos e o mantém em perfeitas condições, é um Homem de respeito! Um carro Zero ao lado de qualquer relíquia bem cuidada corre um sério risco de perder feio. Para mim, o fundamental é o zelo. O Zelo é a prova de que uma vida se depositou ali, ainda que nem tudo esteja perfeito. Aliás, é quando defeitos são vistos como qualidade. É o que não conseguimos mais fazer com os nossos semelhantes. Eu piloto um fogão. E fico muito feliz quando o deixo impecável. Eu acho que o lance é este! Amar o que tem!
ResponderExcluirEu também fui um Apezeiro. Esse era o nome que se dava àquele que acreditava que o motor refrigerado a água do Passat 73 era revolucionário; que em 1993, achava que um Caixote equipado com AP 2000 + injeção "importada da Alemanha" era a última palavra em carro esporte; que se deprimiu quando começaram a aparecer na rua uns Civic VTi, 160 cv s/ preparo; também surgiram uns italianos 16v que incomodavam; no fim dos 90's, o GTi do Apezeiro já suava atrás de um réles Escort Zetec. AP - um mito do século passado.
ResponderExcluirkkk escort zetec....
ExcluirPaixão ? Um Opala 70 e qualquer coisa com três Weber, comando bem nervoso pra deixar a lenta toda embaralhada e escape dimensionado 6x2 direto. Podem dizer o que quiserem, mas eu tremo quando vejo um assim. Visceral mesmo.
ResponderExcluirBitu,
ResponderExcluirótimo seu texto. Entendo-o perfeitamente, pois o mesmo se aplica a mim quando se fala de Ford, mesmo sabendo dos defeitos, como aquele painel chacoalhante dos Escorts, por exemplo.
Os comentários estão ótimos, o negócio é mesmo escrever com paixão pelo que se tem.
Uma sugestão: assim como no Brasil faltou à Ford trazer os modelos RS ( e ainda estão devendo ), escreva qual VW deveria ter sido feito por aqui. Minha opinião é pelo Scirocco dos anos 80, carro legal demais.
Bitu, lembrei de uma coisa. O Bob Sharp tem uma história ótima sobre os discos sólidos do Santana. Peça para ele te contar ou postar aqui.
ResponderExcluirOpa!
ResponderExcluirNesse quesito concordo com Aun : gosto muito dessa linha FORD.
Falavam tão mal do Corcel , Belinas e Delrey.. Nunca compreenderam a real proposta desses carros : Serem confortáveis robustos e econômicos..
É lógico que têm defeitos...mas cada um se apega a determinada marca ou modelo , sem explicação...
Não troco meu Corcel 83 que uso diariamente por NADA !!
O danado faz de 12 a 13 Km/l de alcool ( e anda junto com muito 1.0de hoje!!). Falhou , gasto R$ 8, 00troco o reparinho do DFV 228 e pronto tá novo...
Saudades do tempo em que tudo era mais fácil.... e divertido...
B2.
ResponderExcluirVocê é um grande amigo, literalmente falando.
Mas esse adesivo ali da Ford foi sacanagem. Como vc diz, nessas horas o melhor é o silêncio...
Bem a sua cara mesmo. ;)
Abraços grande.
Também quero saber a história dos discos sólidos do Santana. Passei por poucas e boas num Santana CD 1986 que meu pai teve.
ResponderExcluirAndo todo dia com um Del Rey GL, CHT 1.6, 87/88. Basicão, nem desembaçador traseiro tem, diria que é um L com interior ligeiramente diferente, mas eu divago. Até comprei um carro melhor pra usar todo dia, um Escort SW 98, completinho, mas o Del Rey é mais confortável, e não tenho dó de passar em ruas esburacadas com ele.
ResponderExcluirA grande pena é que talvez eu o venda no final do ano justamente por não encontrar peças de acabamento. Ele está com a lataria meio cansadinha, merecia uma funilaria (lanternagem, para os cariocas) bem feita, pra recuperar a velha glória, mas eu levei DOIS ANOS para encontrar um volante em condições razoáveis, as calotas originais são impossíveis de serem encontradas, e existe muito pouca documentação sobre ele.
Dificil restaurar esse carro. Além disso, algumas peças já não existem mais. Se soubessem o transtorno que foi achar um cabo do afogador pra ele...
O botão dos faróis auxiliares foi outro parto pra achar...
Tou pensando seriamente em vende-lo e procurar uma Quantum GLS 2.0 1989 como a que eu tive, e essa sim, restaurar. E colocar pra usar todo dia, carro pra ficar em exposição é pra milionário.
Zullino: quem sabe se começar alguma crítica assim..."eu acho o carro tal ruim...etc, etc" , talvez o pessoal seria mais tolerante.
ResponderExcluirQuando a gente escreve ..."o carro tal é ruim..." parece algo que deveria ser tomado como uma verdade universal.
Por isso - creio eu - os conflitos.
abraço
P.s: também gosto de Alfas (ex 2 164)
Há certos carros realmente que só se justificam pelo lado emocional. Muitos nem em sua época foram tudo isso que hoje querem lhe impor. Automóvel tem de ser avaliado racionalmente, qualquer coisa fora disso é asunto pra divâ.
ResponderExcluirFreud (gostei do nick)!!! aqui é um blog passional e esse tipo de post é tudo o que precisamos, aqui é o divã, onde se colocam assuntos variados, técnica, história e devaneios. Com certeza os leitores não querem algo técnico lógico impecável, se quisessem, aqui chamaria Wikipedia e não Autoentusiastas.
ResponderExcluirTivemos durante anos só Volkswagesn em casa: passats, voyages, santanas... Pela época eram, de fato, bons. Acho lindos até hoje um voyage Super ou GLS. Meu santana foi turbo: rodei mais 10 anos sem quebras.
ResponderExcluirEm que pese tudo isso, quando ando em Volkswagens antigos, acho-os ruins quando comparados a seus contemporaneos. Acho que a forte fama de bons que eles têm prejudica nossa percepção e assim pssamos a considerá-los bons. Para mim, volkswagen, com essa concepção antiga da Parati, é um carro do passado. É, aquele mesmo, que é gostoso de dirigir por 5 minutos, mas que depois de um dia de direção, ainda mais por obrigação, dá vontade de esquece-lo.
Abraço
Lucas
aqui é um blog passional e esse tipo de post é tudo o que precisamos, aqui é o divã, onde se colocam assuntos variados, técnica, história e devaneios. Com certeza os leitores não querem algo técnico lógico impecável, se quisessem, aqui chamaria Wikipedia e não Autoentusiastas.
ResponderExcluirPerfeito Anonimo
O maior problema que eu acho é querer comparar todos estes carros com os padrões atuais. Além disso é claro que nós guardamos sempre as boas lembranças e os defeitos fazemos questão de esquecer. Outra coisa é dizer que os nossos carros eram carroças e citar por exemplo o Maverick sendo que era produzido nos EUA inclusive ao mesmo tempo que no Brasil e lá era carro primeiro mundo. Tudo bem que lá ele era uma alternativa ao fusca, mas cativou seu público e teve até sua versão entusiasta o Grabber, as soluções técnicas eram muito semelhantes a alguns modelos do venerado Mustang e nós como gostamos de desmerecer tudo o que é Brasileiro hoje dizemos que era ruim, uma carroça? Já deu para perceber que me ressenti pelo Maverick não é? Isso vale para todos os outros pois quem não tem saudades de quando o mundo girava mais devagar e se tinha mais tempo para apreciar tudo, não eramos tão exigentes e sim mais pacientes com tudo. Se tivessemos hoje que girar um disco de telefone para telefonar para alguém, quem teria paciência de esperar o disco retornar antes de discar o próximo número?
ResponderExcluirEu sou MOPAR de corpo e alma.
ResponderExcluirMas ainda vou comprar o Passatão 79 Marrom Asteca,que foi do meu pai por 12 alegres anos,e deixa-lo impecavel.
Nunca me esquecerei do primeiro carro que eu liguei(só liguei mesmo pq eu não alcançava o pedal)rsrs,com meus 8 anos de idade.
Tempo bom que não volta mais
Excelente post! Paixão não se explica, não é racional, simplesmente acontece e pronto. Eu desprezo tranquilamente quem faz comentário maldoso sobre determinada paixão que tenho. Foi-se o tempo que gastava meu latim com gentinha...
ResponderExcluirMeu primeiro carro foi justamente um Passat LS 1981 que, alguns meses após a compra, foi devidamente apimentado com um AP-2000 a gasolina. O carro ficou um absurdo em desempenho! Deixou boas lembranças.
Meu caro formula finesse, agradeço a sugestão, mas a questão é o estilo e não vou mudar o meu. Confusão não me incomoda em nada.
ResponderExcluirJá que citaram o Maverick e o Dart vamos aos fatos.
O Maverick nunca foi lá essas coisas nos USA, surgiu na esteira do Mustang, mas não fez muito sucesso, notadamente pela sua forma de "frango assado". No entanto, pode ser considerado um carro honesto pelo que se propunha. Aqui enfiaram um motor de Jeep seis cilindros mais alto que o Empire State e consequentemente foram obrigados a abaixar o berço dianteiro estragando o carro. O Maverick tinha o costume de arfar a frente e bater no chão. Os V8 viviam em postes, mas isso pode-se creditar á perícia dos pintacudas que os pilotavam, visto que não tinham nenhuma diferença de seus similares americanos.
O Dart também era um bom carro nos USA, mas aqui por problemas de custo foram obrigados a usar o eixo de carroça da C14, alterando o equilíbrio de massas suspensas e não suspensas. O eixo era tão pesado que não havia amortecedor que desse jeito e o os Darts rabeiam como Kombi, aos pulinhos. Ainda mais porque a suspensão dianteira do Dart é muito boa, praticamente igual à dos Porsches 911 mais antigos. Matou um monte de gente, vi uma família morrer na minha frente quando fui uma vez de moto para Porto Alegre, não deu para fazer nada, o tiozinho com o carro cheio entrou de lado na traseira de um caminhão. Justamente em uma curva longa cheia de bumps onde a suspensão traseira foi exigida e não performou.
Portanto, não se trata de falta de patriotismo ou de só se falar mal dos automóveis brasileiros. A realidade é que em um mercado cativo onde não havia competição as coisas acontecem e ninguém sequer tem parâmetros. Não levar em conta essa realidade é acreditar em dogmas, pode-se gostar desses carros, mas é necessário que se conheça e se reconheça o contexto horroroso em que foram feitos e seus defeitos de origem.
Bem dizia o doutor honoris causa Ferdinand: "a competição melhora a linhagem" e durante mais de 50 anos não houve a menor competição, portanto, não se admira as barbaridades perpetradas.
Pessoal,
ResponderExcluirEm relação às considerações de dirigibilidade e desempenho, posso afirmar com todas as letras que meu valente VW Santana 2000, de 21 anos de idade tem pleníssimas condições de se equiparar (e superar) a muitos carros atuais, em tarefas das mais variadas.
Semana passada, por exemplo, dia de sol, encarei uma pequena jornada de 250km com ele. O carro é a gasolina e, reguladíssimo, fez uma média espetacular de 11,5 km/l, andando em ritmo de passeio com duas pessoas a bordo, com conforto que, desculpem, mas não se encontra na maioria dos carros nacionais. No Santana, tenho bancos macios na medida correta, ergonomia no ponto certo, comandos à mão (à germânica), uma caixa deliciosa e precisa, um motor ao meu comando, com torque de sobra, prontíssimo para ultrapassagens, uma direção hidráulica que se notabilizou pela sua progressão pela velocidade e bons freios (a despeito de serem discos sólidos, sua eficiência perde-se em descidas de serra e frenagens sucessivas, o que não é meu caso).
Meu toque de entusiasta ajuda, pois estou no meu ambiente. Qualquer detalhe ajuda. Desde o cheiro do estofamento, característico do carro, até o redundante logotipo "Santana" preso no painel, tudo isso faz com que minha viagem seja mais prazerosa.
Que venha Bob Sharp, que por muito tempo conviveu com Volkswagen, e sei que com Santana. Sabe que o carro é estradeiro e companheiro para essas horas.
GUSTAVO
Roberto,
ResponderExcluirEu realmente acreditava que tinha feito sucesso lá nos EUA por ter vendido mais que o mustang no ano de seu lançamento e ainda ter tido sua produção expandida para a mercury com o nome de comet. Nunca tinha ouvido essa comparação pejorativa do desenho com um frango assado muito pelo contrário. Realmente é inegável o fracasso dos 6 cilindros willys nesse ponto você tem razão. 2,5 milhões de unidades vendidas não é muito para o mercado norte americano mas para a época foi bastante carro vendido.
Giovani,
ResponderExcluirO apelido de frango assado é da época que foi lançado aqui, realmente a silhoueta do Maverick dá margem a essa associação.
Nos EUA foi uma coisa de tiro curto, vendeu bem, mas logo o mercado reparou que não tinha o charme do Mustang e foi definhando sem deixar saudade, as pessoas podiam comprar um Mustang pelado seis cilindros quase pelo mesmo preço e para passear em boulevard fazia muito mais vista que o Maverick.
a Ford acabou relançando o Mustang, mas jamais se cogitou no Maverick. Alguns também o associavam à forma do malfadado Henry J, aqui conhecido como Henry Jr., isso é exagêro, mas piorou mais as coisas.
Em termos de sucesso pode-se dizer que relativamente o Maverick teve mais sucesso aqui, afinal, não tinha a sombra do Mustang.
Olha que o brim do Santana CL nem era tão vagabundo assim. Aliás, os carros básicos de uns 20 anos atrás normalmente tinham tecidos de banco bem decentes e que até davam uma impressão de maior luxo que o real. O brim desse Santana CL caixote é melhor que muito estofamento usado em carro nacional atual em versão topo de linha, uma vez que muitos fabricantes se esqueceram da existência de veludo cotelê e normal e passaram a usar uns tecidos de trama ásperos e horríveis.
ResponderExcluirAliás, essa mania de banco de couro em tudo quanto é carro praticamente matou o veludo. E os manolos daqui esquecem-se de que couro dá mais trabalho que tecido para ficar bonito, esquenta uma barbaridade no verão, esfria uma barbaridade no inverno e faz o motorista escorregar nas curvas. Porém, já que os fabricantes daqui se esquecem de fornecer opções ao motorista, você é quase que obrigado a ter couro em um carro topo de linha, pois não te dão a opção de bancos de veludo, que era o material usado nos nacionais topo de linha há uns 20 anos e sem que o pessoal sentisse falta de pele bovina em cima das espumas.
Eu tenho um lugar no coração guardado para os VW refirgerados a ar com motor traseiro (tive cuidado em excluir o VW Gol, em minha modesta opinião o pior meio de transporte fabricado nesse país). Já tive ótimos momentos em quase todos eles.
ResponderExcluirHoje minha atençaõ vai para meu velhinho, que ainda não é tão velhinho assim, só poderá ter placa preta daquí a 10 anos, mas satisfaz quase todas as minhas necessidades: um Monza 1990 SL/E. Tem seus defeitos? Tem, como TODO carro. Contudo, para mim as vantagens superam os defeitos:
- confortável para meu 1,83m e mais de 100kg;
- porta malas espaçoso (400 litros) para levar bagagens mais tralhas da bebê;
- bancos confortáveis, que não fazem doer as costas mesmo em viagens longas;
- direção hidráulica levíssima, ótima para manobras;
- ótimos freios dianteiros a disco ventilados;
- estabilidade direcional muito boa;
- muito pouco sensível a ventos laterais em estradas;
- painel de instrumentos relativamente completo;
- motor 2.0 gasolina com carburador simples de manter e com bom torque para manter velocidades constantes na estrada;
-câmbio bem escalonado, que propicia 3.200rpm a 120 km/h;
entre outros. O Família II a gasolina com carburador é meio gastão? Não me importo, eu não sou masoquista o suficiente para ir trabalhar no Centro Velho de SP com o carro.
E viva os nossos carros!
Em termos de carros fora-de-linha feitos no Brasil, nenhum fala mais alto ao meu coração, que o Simca Chambord, o "culpado" pela minha paixão por automóveis, que começou lá pelos meus 5 anos de idade, fascinado que era pelo do meu avô. Por vários fatores, é muito difícil que eu venha a ter um, mas restam ainda (estes, bem mais viáveis) dois carrinhos que pretendo tornar realidade na minha garagem, um dia: Dodge Polara, e Chevette. O primeiro é relegado ao desprezo até mesmo entre os amantes da Chrysler, e o segundo, muitos adoram zoar taxando de carro de "mano" da periferia. Gosto deles e pronto. Em tempo: os quero muito bem conservados, e completamente originais. Acho que qualquer carro merece ter sua memória (e seus exemplares) muito bem preservados, e sou capaz de entender o orgulho de alguém por possuir qualquer modelo, mesmo que não seja um "queridinho" com uma legião de fãs como um Charger R/T, ou um Maverick GT.
ResponderExcluirMr. Car.
Gustavo Pulita
ResponderExcluirClaro que me lembro de você sim, foi um dos nossos grandes apoiadores.
Infelizmente deixei o Santana Clube por questões profissionais, mas ainda respondo algumas dúvidas dos "santaneiros" mais antigos, com os quais ainda mantenho contato.
Sim, ainda tenho a Quantum verde com caixa PS. As rodas OZ estão guardadas na garagem.
Mudando de assunto: foi você que teve um Dodge Dart roubado (e graças a Deus, recuperado) esses dias?
Abraço!
FB
Zullino
ResponderExcluirConcordo, falamos da lata e não do seu proprietário. Mas a maioria das pessoas se incomoda com isso, eu mesmo já cheguei a perder um amigo "opaleiro" por causa de certas observações realistas que fiz.
Perder a amizade de uma pessoa com uma mentalidade tão tacanha não chega a ser uma perda (muitos diriam que chega a ser uma grande vantagem), mas como diria o "Jaiminho", eu prefiro evitar a fadiga.
Melindrados ou não, prefiro evitar discussões infrutíferas.
FB
Dizolani
ResponderExcluirTivemos um Corcel II 1983, na família da minha esposa desde 0Km, que foi roubado no final de 2008.
Dinamicamente era uma verdadeira jaca, mas ainda assim divertido. Temos saudade dele.
FB
Luiz Fernando
ResponderExcluirNão se preocupa não: antes do final do ano estarei aí, com certeza o Mavecão estará pronto e sairemos de V8 para comer uma picanha no Batel.
Abraços!
FB
Lucas
ResponderExcluirÉ uma questão de gosto: um amigo meu, editor de uma revista do ramo é dono de um Passat 1980 e outro dia pegou uma Parati Titan 2010 para avaliar.
Não dá para comparar com um Polo em nada, mas ainda é um carro muito divertido. Ainda seria uma opção válida se o preço do seguro não fosse tão alto.
Mas é basicamente isso: um carro que morreu e se esqueceu de deitar.
FB
Eu sempre achei os glorificados carros de motorzão do passado uma grande porcaria para se guiar como se deve, ficavam muito atras de qualquer carro europeu pequeno contemporaneo. Por isso sempre me achei um estranho no ninho.
ResponderExcluirPelo menos vi que alguém concorda comigo
Anônimo do Chambord,
ResponderExcluirMais ou menos com a mesma idade (5 anos) meu interesse por automóveis começou a aumentar ao ver meu pai chegando em casa pela primeira vez com um belíssimo Simca azul claro com interior branco, 1963. Que eu me lembre, a primeira vez que usei a expressão "UQUÊ!?!" foi quando ele trocou o charmoso carro por um... Aero Willys cinza chumbo com interior vermelho, 1964. O Simca foi, de longe, o carro mais bonito que meu pai teve. Vários outros o sucederam, mas mais nenhum me fez ir até a garagem só para ficar sentado num cantinho, quietinho, só para ficar olhando.
Bianchini,
Tive vários Gol com motor a ar (além de vários VW com motor refrigerado a água): 3 modelos LS 1983, brancos, dois à álcool e um à gasolina, (dois dos brancos, um à gasolina e outro à álcool, ao mesmo tempo) e um modelo LS, cinza londrino com interior cinza, 1984. Isso entre 1983 e 1987. Com um dos brancos à álcool participei de todas as provas de Aspirantes (da qual participavam basicamente instrutores, alunos e ex-alunos do Curso Marazzi de Pilotagem). O pior resultado foi um 8° lugar e o melhor, 1°. Correndo contra carrões da época (Gol GT, Monza 1.8, Escort XR3, Voyage e outros). Apesar de não ter potência o carro era leve, tinha boa retomada no miolo, freava muito bem, tinha boa velocidade de contorno de curva e, justamente por conta da pouca potência, nenhum problema para colocá-la no chão adequadamente. Com a ajuda do Expedito fiz um bom acerto no carrinho. Esses Gols (tive outros, também, com motores AP600, AP800 e AP800S, sem contar os Passat, Voyage, Apollo - por que não?, Polo e Fox - estes últimos com a "esquisita" posição transversal do power train), e especialmente ESSE Gol acertadinho, me proporcionaram muita, mas MUITA diversão.
Zullino,
Inacreditavelmente compartilho de sua opinião e considerações sobre o Maverick sem tirar nem botar uma vírgula sequer. Aliás, boto sim uma observação, mas não conflitante. Tive a oportunidade de experimentar um Maverick 1974 V8 em Interlagos (pista antiga, claro). Era um exemplar normal de produção, apenas muito bem regulado e equipado com pneus slick da antiga Stock Car (aro 14). Antes de entrar no carro pensei que ia me espantar com torque, potência, multiplicação da caixa de direção mecânica e velocidade atingida nos fins de reta mas... não me espantei. Por várias voltas o carro se comportou bem, não esquentando a ponto de perder rendimento tanto motor como freios e não me pregando nenhum susto. Não sei como se comportaria ao cabo de outro tanto de voltas sob o mesmo regime. Certamente se equipado com os pneus diagonais originais minha experiência teria sido bem diferente. De Dart só andei civilizadamente na rua e apenas acredito no que me disseram a respeito do descompasso entre a suspensão dianteira e traseira. Mas ambos eram, mesmo, carros baratos e de entrada (ou quase no caso do Dart) em seu país de origem, aqui vendidos como upgrades para Corceis e Polaras. Mesmo caso dos atuais Corolla e Civic (populares na origem que aqui recebem tratamento vip) .
FB,
Não tenho nenhuma queda por nenhuma marca de carro em especial (mesmo comprando quase que só VW, modernos e antigos). Minha queda é por carros pequenos, especialmente pocket rockets. O problema é que não tenho espaço físico para guardar mais alguns carros e fico bastante ansioso quando vejo anúncios de venda de Citroëns AX GTI e Gols GT de 4 marchas.
Irineu
Aun
ResponderExcluirAquela quinta marcha marketeira do Corcel II, que não era uma quinta, no máximo uma "4º e 1/2", igual a quinta marcha do Mille EP.
Quando conheci minha esposa ela andava com esse Corcel do avô. E sabia consertar pequenas engripadas do carburador, aprendeu dentro de casa, com o pai.
Não chega a ser uma entusiasta, mas conhece o mínimo do mínimo, o que me deixa imensamente feliz.
FB
Concordo totalmente com o Anônimo 16/06/10 22:28.
ResponderExcluirFB,
ResponderExcluiradoro fazer inimizades, elas duram mais que amizades e são mais sinceras, mas isso é brincadeira. no entanto, prefiro perder o amigo a perder a piada.
Irineu,
Os Mavecos V8 não tinham as modificações cometidas pela engenharia no 6 cilindros.
Para sua informação o chassis do formula Vee está desenhado e pronto para fabricação.
O primeiro chassis joguei fora porque foi baseado no desenhado pelos nossos amigos e ficou uma bosta, fiquei até com vergonha dos serralheiros.
Preferi desenhar de novo com palpites do Minelli, Ferreirinha e Enricone, ingienieri nunca mais, chega eu.
Bitu , e Aun
ResponderExcluirRealmente por mais que eu goste do meu corcelzinho , a estabilidade de JACA é complicada mesmo ..
Montei amortecedores com um pouco mais de carga nele, retirei os calços das molas e pneus modernos e já ficou bem melhor..
Nas retas pode-se andar a 140 sem ver a frente " passarinhar" e em curvas dá pra andar acompanhando o fluxo normal..
Quanto à quinta marcha realmente é quse só de enfeite ,mas baixa uns 500 rpm do motorzinho e ajuda nas descidas . Como ele é a alcool esse motorzinho "renault" tem mais torque em baixa (2800RPM) e com a relação mais curta dos modelos anteriores aos cht até que ele se vira bem...
No caso da Belina concordo que a Ford vacilou pois ao mudar o motor para o CHT alongou mais ainda o cambio ( para um carro com 100kg a mais do que o corcel).A ford sabia disso tanto que as primeiras Belinas II 1.6 usavam a relação de diferencial do Corcel GT , que é 4,12 (a mesma dos 1.4).
Mas como tudo é custo, depois de 84 mantiveram praticamente essa mesma relação de cambio para toda a linha sacrificando muito o desempenho...
Aun reforma a Belina e coloca esse cambio que fica bem mais divertido. .RSRS..
Zullino, nunca tinha ouvido essa história do eixo traseiro da C14 nos Dojões. É plug-and-play ou tem alguma diferença de desenho entre um carro e outro?
ResponderExcluirUm Santana 2000 com duas décadas nas costas e boa conservação ainda é um carro dos mais respeitáveis - tanto mais em nossa realidade de carrinhos 1.0. Não dá pra colocar discos ventilados de algum VW mais recente?
"Anônimo" Irineu:
ResponderExcluirPois é: passei muito tempo sentado ao volante daquele Chambord do meu avô, brincando de dirigir, ou simplesmente, o observando em cada detalhe: as lindas calotas, aquele "V-8" no volante, o painel...Também me lembro até hoje de seu rodar macio. Infelizmente, nunca tive oportunidade de dirigir, pois quando ele foi trocado por um Galaxie 500, eu ainda era criança. Digite "Restauração Simca Chambord 1965" na barra de procura do "Youtube", e você poderá ver um exemplar exatamente como era o do meu avô.
Mr. Car.
Eixos rígidos podem ser facilmente colocados em qualquer carro. O que os prende são os feixes de mola, o cardã e às vezes uma barra Panhard, aquela que é colocada transversalmente para não deixar o eixo se mover lateralmente.
ResponderExcluirA Chrysler era uma montadora vamos dizer pobre, tinha que montar com o que existia. Se não me engano o eixo era fabricado pela ZF na época, mas depois deve ter passado para a antecessora da Dana, talvez albarus spicer.
O fato foi comentado em revistas da época, mas como o carro vendeu relativamente pouco e para tiozinhos, a coisa passou desapercebida. Fora que o V8 colocava uma cortina de fumaça no resto do carro.
Zullino
ResponderExcluirSempre fui de falar as coisas como elas são e não as coisas que as pessoas esperam ouvir. Com isso as inimizades foram crescendo ao ponto de eu sempre falar ao novo desafeto [i]"pegue uma senha e entre na fila".[/i]
Mas isso era de um tempo em que eu ainda tentava doutrinar as pessoas, explicar certas coisas, em vão.
Hoje não tenho mais paciência. O homem que lava cabeça de burro perde três coisas: água, sabão e tempo. Cada um que seja feliz com suas próprias verdades.
FB
Homem Baile
ResponderExcluirSim, é possível colocar discos ventilados nos Santanas mais antigos.
A única observação fica em relação ao tamanho da roda: se a roda for de aro 13 você deverá optar pelo sistema Teves, que utiliza discos menores de 240mm e pastilhas do tipo "rabo de peixe".
Se for uma roda de aro 14 você pode utilizar o sistema Varga, com discos maiores de 256mm. Só que nesse caso a pinça também é maior e não cabe dentro da roda de aro 13.
Você encontra os dois sistemas em qualquer loja de autopeças.
FB
Caro Aun
ResponderExcluirPensei também em fazer esse transplante de AP no meu carro mas como está todo original fiquei com dó de modificá-lo, além disso o propósito do carrinho é ser econômico...
Deixo a potência pro Maverick 302 que estou montando " fortinho "..
Trabalho com restauração de antigos e se precisar de alguma ajuda aí é só falar.
Se precisar de qualquer peça ou reparo de cambio procure na www.cambiobras.com.br.
Abraço.
Me divirto em ler a galera tentando de tudo pra justificar suas paixões, desenho, técnica, desempenho puro, mexidas...
ResponderExcluirNada justifica isso. Gostamos e ponto!!
Sempre terão defeitos (hoje em dia maiores que as qualidades).
Sou gamado no Passat Pointer, e nem tento justificar!!!!
Dia desses levei um de um colega colecionador pra um encontro e ele parou ao meu lado no sinal. "Liga o ar, tá geladinho" Eu, "Vai pro inferno!!! Não se mete na minha relação!!!"
Duro, barulhento, direção pesada, beberrão... Que se dane!!! Quero um!!!
Gostei MUITO de todos os carros que tive.
Passat Pointer 84, Monza hatch 1.6 83 (andava igual notícia ruim), Passat LS 82, Kombi, Escort 86 (esse era uma bomba), bugre Tanger (ahh meus tempos de faculdade...), Santana GLS 1.8 87, Possat Pointer 89, Santana Evidence 89 (SENSACIONAL), Gol GTI 94, Quantum CL (2), Blazer 96 (outra bomba), Escort XR3 92 (apaixonante), Tempra HLX 97, Scenic 03 e agora um Fiesta sedan 2003.
Acho que só...
TODOS tiveram suas estórias, TODOS eram ruins em alguma coisa, e, fora a Blazer e o Escort 86, queria todos de volta!!!!
Mas o Pointer 89 eu vou ter outro!!!!
Ah!! E tô xonado no Fiestinha...
Galto, só para provocar: gostar de Kombi? "Pegou pesado", heim? He, he, he! Brincadeira. É claro que alguma razão, você deve ter para isto, nem que seja a óbvia razão te servir a algum propósito de trabalho, ou seja, pegar no pesado mesmo.
ResponderExcluirAbraço.
Mr. Car.
Pois é
ResponderExcluirLendo as revistas QR antigas dou risada com os testes de longa duração da década de 70 / 80 .
Eram tantos defeitos nos carros testados que a lista quase enchia uma página inteira ....RSRS!! e olha que a QR fazia só 30.000Km ! !.
Mesmo assim a gente acha lindo, adora e se diverte com nossas tranqueiras antigas ..
E é o que vale . .
Anônimo, eu não GOSTAVA de Kombi. Sim, me amarro em dirigir uma Kombi e na empresa em que eu era desenhista, na época, tinha uma usada para levar materiais, uma van com um Kadron esporrento de dar dor de cabeça!!
ResponderExcluirEstava me formando no 2º grau técnico e completando 18 anos, a Kombi ficava guardada na minha casa, vizinha do trabalho. A garotada adorava sair de Kombi, porque cabia muita gente e eu era meio insano na direção...
Aulas aos sábados, praia, batida do Osvaldo, casa, danceteria, namorar na beira da praia (o MELHOR carro pra isso, sem dúvida!!)... Sempre na Kombosa. Cansei de deixar o Monza hatch em casa.
Vááárias vezes eu voltava pra casa com o acionador do acelerador travado no carburador com um galhinho por conta do cabo arrebentado!!
Ah, e sim, ela era guerreira subindo a serra de Petrópolis carregada de materiais de construção...
Quer motivos melhores????
Anônimo "Mr. Car"
ResponderExcluirO Simca nem em sonho eu teria dirigido. Não alcançava nem o topo do volante com as mãos. Que dirá os pedais. Com os pés, claro. Mas o maldito, feio, ruim e pesadão Aero que ficou na garagem de casa até ser trocado por um Opala (he he he... sem hidrovácuo e sem freios a disco) eu dirigí. E me espanta muito a molecada de hoje reclamar por ter que andar num carro peladão, sem ar, direção e botõezinhos para vidros, alarmes, etc. Aos 11 ou 12 anos eu já reduzia de 2ª para a 1ª seca com o maldito Aero em movimento usando dupla debreagem com aceleração intermitente (manobra ensinada pelo vô legal. O vô legal me ensinou muuuita coisa, incluindo contra-esterço em curvas feitas mais com motor do que com volante no Ford 48 dele).
Meio fora de área mas bom de contar: por essa época a tia legal nos levava (primo e eu) para a praia em Peruíbe, nos deixava brincar com um fusca grená 68 por alí mesmo e ia tomar sol perto do mar. Eu não sabia que existia Daytona. Mas já sabia que era legal para cacete. Duas curvas de 180° para a esquerda, uma saindo da praia e entrando numa rua erma, 150 metros de reta, a outra fazendo o contrário. O primo bundão ia em segunda mesmo, quarentinha por hora. Eu mandava uma terceira no meio das retas, freio, esterço, segunda (nessa ordem), pé no assoalho, contra-esterço e... da capo. Um dia a tia legal viu. Nunca mais dirigí o fusca grená 68. Em compensação dirigí bastante o bege nilo 67, o azul niágara 1500 70 e o 1600S branco 74.
Zullino,
Sobre o F Vee só falo ao vivo. Mas ví algumas fotos da primeira tentativa e concordo com o destino que lhe foi dado. Sobre o Maverick 6 versus Maverick 8, vou acreditar porque, com todo respeito a quem gosta, não é carro do meu interesse. Sabidamente os Puma lideram minha wish list. E do modelo que não é do seu interesse. Tubarão é bonitinho mas claustrofóbico. Sempre aparecem alguns bacanas (bem restaurados, bem mantidos e dignos de PP) para eu experimentar, mas os de janelinha é que são do meu tamanho exato.
All,
Completando o título do post, quando o coração fala mais alto tratamos de nossos carros como a um filho mas dirigimos como se os tivessemos roubado.
Irineu
Galto,
ResponderExcluirAté Kombi e VW Fox podem ser legais. Mas não me amarro em dirigir na posição em que deveria estar comendo um cheese salada.
Irineu
Sem comparações diretas, uma Kombi, um Porsche 911, um Santana, um Scania... Adoro dirigir!!
ResponderExcluirE a Kombi é divertidíssima!!! Desça Petropolis com o asfalto lisinho pra entender. Com um 911 faço o mesmo trajeto 6 horas mais rápido mas chego ao final suado, nervoso, tenso, adrenalina a mil. Com uma Kombosa, com motor 1.6 a ar, chego pisando (literalmente) no fundo e gargalhando!!!!!
Irineu, amigos e inimigos. Podem visitar meus blogs e ver o projeto do Formula Vee:
ResponderExcluirVamos ver se conseguimos reviver essa categoria de forma barata, um carro sai por R$ 10 mil em ordem de marcha.
http://rzullino.blogspot.com/
http://formulaveebrazil.blogspot.com/
Zullino, não bastasse uma, tenho duas mecânicas completas esperando para serem espetadas no primeiro chassis em que eu tropeçar.
ResponderExcluirBoa sorte no desenvolvimento.
Irineu
B2,
ResponderExcluirComo você bem sabe, também sou fã dos VW old school, longitudinais. Cresci dentro de um passat TS 81 branco (da minha mãe) e de vários santanas de meu pai. Em especial, me lembro do primeiro, GL, 87, marrom metálico, com ar condicionado, direção hidráulica e trio elétrico. Fizemos muitas viagens à Natal e região norteste com ele. Aliás, ele era igualzinho esse da última foto do seu post, até as rodas, inclusive sou capaz de apostar que ele é marrom metálico igual do meu pai...hehehehe
Outro carro memorável que tivemos aqui foi um santana exclusiv 96 também marrom metálico, completão, com direito a bancos recaro, CD player e teto solar.
Todos eles cantavam a 2a e 3a também...hehehehe
B2,
ResponderExcluirComo você bem sabe, também sou fã dos VW old school, longitudinais. Cresci dentro de um passat TS 81 branco (da minha mãe) e de vários santanas de meu pai. Em especial, me lembro do primeiro, GL, 87, marrom metálico, com ar condicionado, direção hidráulica e trio elétrico. Fizemos muitas viagens à Natal e região norteste com ele. Aliás, ele era igualzinho esse da última foto do seu post, até as rodas, inclusive sou capaz de apostar que ele é marrom metálico igual do meu pai...hehehehe
Outro carro memorável que tivemos aqui foi um santana exclusiv 96 também marrom metálico, completão, com direito a bancos recaro, CD player e teto solar.
Todos eles cantavam a 2a e 3a também...hehehehe
Carlos Eduardo
ResponderExcluirPois é. Eu tive um Santana que cantava em quinta marcha, ainda bem que roubaram ele, hahahaha...
FB
Se vocês acham que aqui rola muita gozação e rivalidade é por que nunca estiveram na oceania. Na Austrália e Nova Zelândia os fãs da Ford e Holden conseguem ser mais apaixonados que muito torcedor de futebol.
ResponderExcluirFrederico Pena,
ResponderExcluirVocê não conhece argentino então.
Irineu
Aun,
ResponderExcluirQue negócio é esse de Corcel II e Belina sempre moendo diferencial? Tem coisa (muito) errada aí.
Pra mim, trata-se de um câmbio indestrutível. Meu Corcel I usa câmbio do Del Rey 86 (que tem a 1a longa e a 5a 0,81:1, que todo mundo acha longa mas eu acho curta, queria uma 0,75:1 mas não teve). Até hoje dou graças a Deus por não ter pego do Del Rey 87, pois aí a 1a seria curta, e haveria um buraco gigantesco entre 1a e 2a.
Anyway, quem empurra esse câmbio é um reles CHT turbo. E por ser turbo, é natural que o cambio sofra, mas até hoje não consegui quebrá-lo (e olha que já tentei de tudo). Houve uma época em que a waste-gate estava quebrada, e aí amarrei-a com arama. Resultado: pressão livre, passando dos 2,5 bar. Era certeza de que ia voar pistão pro carter, e levei exatos 3 dias pra conseguir isso.
Só que, nesse meio tempo, o cambio aguentou valentemente. Cheguei ao cúmulo de pegar uma subida íngreme numa pista de concreto, em 5a marcha, depois que o velocímetro deu a volta completa, e o troço destracionava e trocava de faixa. Mesmo assim não quebrou nem cambio nem homocinéticas.
Voce disse que só conseguia 140km/h de 5a. Tem algo muito errado nisso. Houve uma época em que eu usava o cambio do Del Rey e absolutamente todo o resto original (suspensão, motor, freios, etc...). Resultado: chegava na Castello Branco, engatava a 5a e cravava o pé, direto e reto. O carro estancava nos 160km/h exatos, e ia embora sem reclamar a exatos 4500rpm. Eram viagens muito agradáveis! Nada de carro passarinhando, sensível a vento, nada.
Não tenho tanta experiência com o Corcel II, mas tenho alguma com o Del Rey, e sei que dá pra viajar tranquilo a 160km/h (que é a final dele). Será que o Corcel II é tão diferente assim do Corcel I e do Del Rey?
Bussoranga , Aun
ResponderExcluirRealmente o Corcel I era mais firme de suspensão em relação aos Corcel II e Del Rey , mas basta acertar a carga dos amortecedores e pneus que fica legal..
Comparando Corcel II e Del Rey são idênticos , fora o Corcel que é mais leve uns 80 Kg.
A quanto ao desempenho , qualquer Corcel ou Del Rey bem acertado e regulado com 5 marchas chega fácil aos 150Km/h.
E não quebra cambio não ..
Tem coisa errada com essa Belina ae..
Aun,
ResponderExcluirQuando fiz o upgrade de cambio no meu, foi lá pros idos de 1999.
Infelizmente o cambio que comprei estava zoado, e tive que trocar algumas engrenagens. Não tive graaaandes dificuldades em comprar peças novas (engrenagens, sincronizadores, anéis sincronizadores e rolamentos).
Naquela época achei um autopeças em Lins/SP que tinha tudo novo. As engrenagens eram fabricadas pela AutoGear. Cometi o erro de trocar apenas algumas das engrenagens e não todas, e por isso, poucos meses depois, precisei trocas as demais. No final das contas, até os garfos eu troquei, e então as únicas peças que realmente prestaram foram o diferencial inteiro e a árvore primária. Esta nova compra eu fiz em SP mesmo, direto no distribuidor da AutoGear e da MicroGear chamado ToyoFord, que fica (ou ficava) lá em Cangaíba. Como já faz quase 10 anos, não sei se tais empresas ainda existem.
Depois disso, nunca mais tive problemas. Foi motor novo pra cima (1.6 bastante fuçado), suspensão, freios, e turbo. Como eu disse antes, não consegui até hoje moer o cambio, e já tentei de tudo.
O levantamento que voce fez de velocidade vs rotação do motor é aproximadamente correto. Resta acrescentar que a 6000rpm o negócio "atinge" 210km/h (original não atinge, mas com pressão pra dentro atinge fácil, hehehe).
Quando levei o carro para Jacarepaguá eu usava pressão baixinha, então era meio fraco. Optei por pressão baixa e a certeza de não mandar pistão pro carter, assim eu poderia rodar mais 400km e retornar para casa. Hoje conheço melhor os limites da máquina, e sei que posso rodar tranquilamente com 1,5 bar. Eu chuto que isso deve render perto dos 250hp, mas nunca levei no dinamômetro para ter certeza, pois vivo tentando melhorar o acerto (principalmente agora com a inspeção municipal de SP).
Anyway, não creio que as peças foram encerradas em 88, pois a fabricação deste cambio foi encerrada em 90. Então (ao menos legalmente) as peças teriam que continuar a disposição até 2000. Mesmo assim, o "mercado paralelo" sempre a manteve em produção, só não sei se ainda mantém até hoje.
Achei o site da AutoGear: http://www.botto.com.br/
Aun,
ResponderExcluirComo reparei meu cambio por conta própria, o orçamento foi muito baixo. Mas isso foi há 10 anos, hoje o preço do aço é MUITO maior (pode por aí 200% maior). Então infelizmente as peças se tornaram caras mesmo.
A manutenção do carro nunca deve levar em conta o valor do mesmo. Deve ser levado em conta todo o serviço que o carro já prestou, e não apenas descartá-lo como ferro velho. Quem sempre prestou bons serviços merece ser devidamente reparado, para que continue sempre trabalhando confiavelmente.
Não é justa a comparação de preço com outros carros usados, pois quaisquer que sejam eles, na aquisição, exigirão vários reparos, ou seja, ele sempre custará mais do que o valor pedido pelo vendedor.
Eu mesmo poderia ter optado por descartar o cambio e comprar outro, mas sempre estaria comprando material de estado geral desconhecido, e que, no mínimo, exigira uma extensa revisão. Melhor tirar o escorpião do bolso e abarrotar o carro de peças novas.
Tenha em mente que o cambio, apesar de ser uma máquina menor e mais leve que o motor, é de montagem mais complexa. O cambio mais fácil do mundo para se trabalhar é justamente dessa linha Corcel/Del Rey. Os do Escort e Monza exigem ferramentas especiais para remoção ao menos do par de engrenagens da 5a marcha. Muito cuidado também com a montagem do diferencial e os rolamentos de deslizamento duplo. Esses rolamentos (ficam junto dos retentores do diferencial) não são mais fabricados há um bom tempo.
Quanto ao Endura, dá pra fazer bastante coisa, mas o cabeçote de ferro limita um pouco, pois há tendência a detonação.
Quanto ao Vectra A turbo, pra mim 0,4 bar não vale a pena. A brincadeira começa a ficar boa com 1,0 bar, exceto no GSI que já fica excelente com 0,8 bar. Qual é essa turbina ideal e como voce a localizou na China? Tenho um projeto de GM turbo, e vou precisar de uma Bullseye S256 ou similar. Meu objetivo é ao redor dos 400HP com os demais retrabalhos no motor, mas meu verdadeiro problema é o preço da turbina.
Voltando ao Del Rey, algum dia também se tornará um clássico. Ainda tem bastante chão, e nesse meio tempo a única coisa a fazer é injetar dinheiro. Voce havia mencionado dificuldade em conseguir o volante de direção, acho que o Agromotor ainda tem alguma coisa. Eles ainda tem TODAS as engrenagens e rolamentos originais, mas os preços são astronômicos.
Só li hoje o post... muito bom post sobre estas paixões, bomba de comentários!
ResponderExcluirValeu FB! AP RULEZ! kkkkkk...
Não li os comentários do Envemo, fiquei curioso... "quem foi a vítima do Zullino?" rs* vou ler
Bussoranga, isso que é lobo em pele de cordeiro heim!!! Corcel com 250cv? kkkk
Galto, vc está apaixonado pelo Fiesta e nem falou nada sobre o GTI? como assim?
Pessoal respeitemos as Kombosas, nem preciso falar o porquê...
mas a frase foi ótima e eu concordo.
"Mas não me amarro em dirigir na posição em que deveria estar comendo um cheese salada."
Boa Irineu!
Falaram algo sobre o Doginho... foi o primeiro carro que entrei (vindo do hospital para casa) meu pai teve 3, bom... ele trabalhava na ASSOBRAC na época.
Quanto à paixão por carros, os Argentinos são realmente fanáticos... Aliás estou assistindo um programa no Discovery Turbo sobre las carreras en la Argentina...
Salve Fangio!
abs
Aun , Bussoranga .
ResponderExcluirQuando precisei de peças de cambio ( Pro maveco também)achei na www.cambiobras.com.br , em SP..
Eles são sérios e trabalham principalmente com antigos ..
Por R$ 1500,00 você coloca um cambio a base de troca ou eles reparam o seu mesmo..
Leva o carro lá e dois dias fica pronto..
Fabio,
ResponderExcluirQuase não falei nada, o pessoal fica nervoso à tôa.
Aqui não falei de Santana porque o único que dirigi dei um PT injustificável.
Foi em 89 com um Santana 4 portas zero bala alugado pela empresa que eu trabalhava.
Nas imediações de Bofete na Castelo tinha uma buraqueira abundante, mais buraco que pista. Era noite e caí na buraqueira estourando um pneu dianteiro.
Troquei o pneu e me toquei para Sâo Paulo, mas a direção tinha saido do lugar e ao invés de ir para casa preferi ir para a garagem da empresa e trocar de carro.
Ao chegar o guarda falou se eu não tinha visto que o pneu dianteiro estava com lona aparecendo. Era o estepe que tinha sido colocado novinho, gastou em 200 km. Fiz um boletim de acidente, mas o carro não tinha nada na lataria, estava reluzente.
No dia seguinte o pessoal da seguradora me pediu para assinar o boletim de PT do carro. Não acreditei, fui na garagem inspecionar eu mesmo, achei que tinham se enganado de carro. O inspetor me mostrou o parabrisas com rachaduras nos cantos e as diferenças no espaço de fechamento das portas traseiras e até na mala. O monobloco entortou inteiro. Depois disso nunca mais dirigi um Santana, nem sei se o carro presta ou não, mas um carro que entorta monobloco por cair em buraqueira e racha o túnel do câmbio depois de uns 30 mil km não deve ser lá essas coisas, mas os taxistas gostavam, então deve ter suas qualidades.
Zullino
ResponderExcluirNa acepção da palavra: incrível.
Tenho dois que já trocaram 3 suspensões completas e inúmeros jogos de pneus em quase 15 anos de bons serviços prestados, pra lá dos 300.000 Km rodados (cada) e o monobloco permanece íntegro.
Talvez eu seja um abençoado.
FB
Pois é Felipe, eu senti bater a suspensão no chão e achei que o pneu tinha gasto porque as bandejas entortaram. Na realidade entortaram mesmo, a porrada no chão foi grande e estourou o pneu na hora, mas no final o monobloco tinha entortado também e sem bater em nenhum barranco ou obstáculo.
ResponderExcluirÀs vezes é o jeito que a coisa acontece, já vi muita batidinha entortar até o certificado do carro. Os taxistas nunca reclamaram do Santana a não ser a rachadura no túnel, mas isso é muito simples de arrumar e não condenaria o carro, basta por uma chapa de reforço que fica perfeito.
No entanto, o Santana foi retirado de produção na Alemanha onde se não me engano era vendido como Passat, talvez não estivesse à altura de mercados mais exigentes como o alemão. Foi um sucesso aqui e mais ainda na China onde a VW iniciou sua fábrica com o modelo.
Como disse, não tenho a menor idéia se o carro é bom ou não, se faz curva, se anda bem, nem lembro de ter dirigido algum depois do incidente e já se vão 20 anos no mínimo.
Zullino
ResponderExcluirPor isso mesmo: nunca rachei um túnel de Santana e fico imaginando o que devem ter feito para rachar. Coisa boa não deve ter sido, estou pra ver um carro mais robusto que o Santana. Talvez o Corolla.
O Santana (typ 32b) nada mais era do que uma evolução do Passat original (typ 32/33), aproveitando todo o conjunto mecânico em um monobloco maior, mais pesado e com outra geometria de suspensão, o que lhe rendia uma dirigibilidade sem a mesma vivacidade do irmão mais velho typ 32.
Não vendeu bem pelo simples fato de custar o mesmo que o primo rico Audi 80, com o qual compartilhava a mesma plataforma, trem de força e outras similaridades. Ninguém fazia questão de um badge VW pelo mesmo preço de um Audi, ainda que a aura de esportividade e tecnologia dos Quattro não pudesse ser equiparada ao que havia de melhor em BMW e Mercedes.
FB
Aun,
ResponderExcluirAcostumar com a nova potência é algo bem tranquilo, aliás aquela síndrome do "quero mais" é praticamente inevitável.
Outra parte que eu curti quando tive um carro "alterado" foi estudar as adequações para que o conjunto ficasse mais equilibrado.
Se você nunca teve um carro turbo, acho que a experiência é válida, eu curti bastante, mas hoje penso em investir em um bom curso de pilotagem para que eu tenha um embasamento melhor que a minha própria experiência e no futuro investir numa fórmula "X"... Sei lá... talvez a fórmula V do Zullino... quem sabe?
Abs e boa sorte!
Pois pode economizar na cerveja e no cigarro que hoje já iniciamos os dois primeiros chassis.
ResponderExcluirCusto total estimado do carro é de R$ 10 mil usando-se peças dos fuscas speeds jogados por aí.
Zullino,
ResponderExcluirJá existe uma proposta no site?
Alguma informação do tipo... público alvo, uma idéia de como serão as corridas/campeonatos, estimativa de despesas por prova, etc...
Abs
Fabio,
ResponderExcluirVamos colocando aos poucos tão logo tenhamos as coisas definidas, mas posso adiantar que a categoria não almeja a ser categoria escola, é destinada a senhores mais velhos, tanto que aumentei o entre-eixos do carro para mais de 2,35. Acredito que o custo por prova seja a inscrição e combustível, mais mecânico para quem precisa, o carro é standard e necessariamente não precisa de mecânicos. Pneus de rua, com no mínimo 4 mm de sulco, portanto não pode lixar.
No resto do mundo só os muito competitivos ou abonados usam estruturas dispensiosas, a maioria coloca o carro em um carretinha e vai correr.
Olha Zullino... pensando em tudo que você falou agora, a idéia ficou ainda mais interessante, resta saber se eu conseguirei acompanhar "os senhores mais velhos"... hehehe... de qualquer forma, tenho certeza que seria um ótimo aprendizado, quais são os pré-requisitos para os pilotos, isto já foi definido?
ResponderExcluirAbs
Fabio,
ResponderExcluirNão serão aceitos campeões e vices das categorias nacionais e internacionais dos últimos 3 anos.
Aceitam-se pilotos federados e estamos pensando em um uma seção de briefing e testes antes da inscrição do mesmo no campeonato. Não queremos malucos braçoes correndo com carros sem paralamas.
1º passo então é o curso do Manzini, correto?
ResponderExcluirAbs
RZ,
ResponderExcluirPorque essa exigência de pilotos federados?
Não acredito em federação alguma, não vejo benefício algum, pelo contrário, me parece sempre uma empresa de cobrança sem serviço, ou seja, critério de seleção puramente financeiro.
Cá entre nós: conhecemos a CBA, e sabemos que é um antro de corrupção.
Aun,
ResponderExcluirSeu avô tem toda razão: carro é feito para se gastar dinheiro, não para se ganhar dinheiro. A única forma de se ganhar dinheiro com um veículo é quando ele é ferramenta de trabalho, e só.
Para se fazer um Vectra A chegar nos 150CV voce não precisa (e nem deve) turbinar. Preparos aspirados simples chegam nisso. E se optar pelo modelo GSI, não precisa fazer nada pois ele já tem os 150CV originais na gasolina. Se optar pelos modelos GLS ou CD, não vai precisar nem trocar o comando de válvulas, só com preparo de cabeçote e aumento de taxa de compressão (que prefiro fazer pelos pistões) e um escapamento completo (incluindo coletor) de melhor fluxo já vai lhe render os 150CV. Então, acho que voce vai deixar a turbina para depois (e se jogar taxa muito alta, vai inviabilizar a turbina).
Também concordo com voce quanto ao carro novo. Já foi o tempo em que haviam carros 0km nacionais realmente interessantes. Há 0km importados interessantes, mas depois da experiência que tive com carro importado, não os quero nem de graça.
É complicado importar turbina pelo correio. A que eu quero custa 1000 dolares lá fora, e como sabemos, a importação simplificada via correio não pode superar os 500 dolares. Se eu der entrada na SRF com o pedido de licença de importação, consigo empurrar este limite para os 3000 dolares, mas isso custa e dá trabalho. Acima disso, só com despachante.
O pior de tudo é que eu preciso importar um motor que custa na faixa dos 5000 dolares, e não consigo importador. Alguém sabe se o Cleber da Americar pode me ajudar nisso?
Simples,
ResponderExcluirQuem manda no automobilismo é a CBA e aqui em São Paulo é a Fasp.
estamos planejando encaixar as provas dentro do campeonato Paulista de Velocidade no Asfalto como todas as outras categorias.
Não tenho nada contra a Fasp, apesar de achar que poderiam fazer mais marketing não tenho queixa alguma quanto à organização das corridas, é tudo bem organizado, tem serviço médico bom, resgate, sinalização etc...
E para participar de qualquer prova aqui no país é necessário que se tenha a carteirinha de piloto emitida pela Federação do Estado por delegação da CBA.
Não teria sentido se fazer uma categoria pirata e arcar com custos enormes de aluguel de autódromo, briga por datas, contratação de sinalização, resgate, serviço médico e mais um monte de coisas.
Nossas corridas serão curtas, meia hora podendo-se até pensar em fazer duas baterias no dia. Não teria sentido se fazer evento isolado.
Fabio,
ResponderExcluirNão precisa ser o curso do Manzini. Pode ser qualquer um. Mas só o do Aldo Piedade tem carros de fórmula.
Irineu
Valeu Irineu!
ResponderExcluirAbs
Em princípio pode, a obrigação principal é que o carro alinhe, mas isso precisa ser melhor regulamentado.
ResponderExcluirAcho que saimos do espírito da pasta, é melhor continuar a discussão sobre a formula vee no blog especifico criado: http://formulaveebrazil.blogspot.com/
Bussoranga,
ResponderExcluirfui procurar sobre esta turbina bullseye e achei este video, talvez a receita interesse...
http://www.youtube.com/watch?v=0sgaNV-EgsM
E as turbinas da marca holset? lembro um amigo "APzeiro", que quando comprou uma turbina desta marca parecia até que seu filho tinha nascido... hahaha... tamanha a felicidade.
Abs
RZ,
ResponderExcluirMeu problema com a CBA começa logo no conceito que voce levantou: ela "manda" no automobilismo. Se tem alguém que MANDA, está errado.
Se tem que pagar uma fortuna para ser piloto federado, também já está errado.
O que voce chama de "categoria pirata" sempre imaginei que fosse o caminho. A briga por datas é uma das inúmeras falcatruas que esse antro de corrupção faz, afinal, se ela manda nas pistas, então ela é monopolista. E se ela é monopolista, nada mais natural do que ela sempre dificultar ou impossibilitar a sobrevivência dos concorrentes. Por isto temos que "nos curvar" a ela.
Que diferença faz ser filiado em termos de custos das pistas? Afinal, ela pode oferecer alguma infra-estrutura, mas certamente terá lucro. Os pilotos arcam com tais custos. Então não seria melhor chutá-la e fazer tudo "na forma pirata" numa data disponível?
Voce poderia dar mais detalhes sobre a "gestão" do autódromo de Interlagos?
Só duas baterias de meia-hora? Bem, não me leve a mal, mas eu acho que não vale a pena. Eu gosto de ir pro autódromo pra ficar no mínimo uma tarde inteira correndo, preferencialmente o dia todo. Em Jacarepaguá já consegui rodar mais de 100km num dia, e isso porque cheguei atrasado. Os eventos que eu busco são desse jeito: pista cheia o dia inteiro, é entrar e só sair quando o tanque acabar, sair para abastecer e entrar de novo, desde o nascer até o por do sol (na verdade eu queria correr à noite também).
Só tenho uma coisa a dizer quanto a andar no autódromo: I just can't get enough!
Aun,
ResponderExcluirPoderia por favor me passar seu e-mail address? Esse negócio de importação é sério e preciso ter o motor em mãos muito em breve.
Até existe uma turbina da Garrett que seria adequada ao preparo, mas é roletada e portanto igualmente importada. A turbina que eu calculei, da forma como pretendo instalar, me possiblita 3 coisas ao mesmo tempo:
1. Excelente fluxo em alta, sem amarrar o motor
2. Pressão consideravelmente alta
3. Baixo lag
Qualquer turbina nacional irá sacrificar um dos itens, notadamente o terceiro. Como vou utilizar num motor com cambio extremamente longo (coisa de 120km/h a 2500rpm), o baixo lag torna-se fundamental. Por isso dei preferencia a essa turbina S256 em particular.
Vectra A modelos GLS e CD vinham com cambio longo, garantia de grande durabilidade do motor. 80000km é pouco nesta configuração, provavelmente voce não terá nada a mexer, nem anéis nem brozinas, caso o carro tenha sido muito bem cuidado anteriormente. Eu mesmo cheguei a abrir o cabeçote de um Vectra B 2.2 16V com míseros 50000km e encontrei cilindros ainda com brunimento!
Considero a sua receita muito simplista, e por isso dificilmente chegaria nos 150CV. O coletor de escape original não é ruim, mas diante de um futuro cabeçote preparado (recomendo MUITO) torna-se restritivo. Apenas a título de experiência, montei um cabeçote 2.2 16V bem preparado (como diz o AG, "todo avacalhado") mas com admissão e escape originais. Não houve perda alguma, mas o ganho foi bem pequeno. Porém, agora com poucas modificações (nova admissão e novo escape) tem tudo pra ter grandes ganhos. Porém, não vou mexer em escape enquanto não tiver a turbina em mãos.
Em tempo: os motores que eu procuro são GM LS2 e GM LS7, ambos completos e originais. Vou me decidir por apenas um deles quando eu tiver todos os custos alfandegários em mãos. O frete é praticamente o mesmo. Estou tendendo muito ao LS7. Gostaria de discutir a parte alfandegária com voce por e-mail.
Fabio,
Esse video já é meu velho conhecido. :-) Outro muito bom é aquele que voce encontra no próprio site da Bullseye, referente ao mesmo motor preparado.
Turbinas Holset são excelentes, mas tem o inconveniente de terem rotores pesados se comparados aos concorrentes. São MUITO robustas, toleram pressões absurdas, mas pelo fato de terem rotores pesados, tem lag relativamente grande. São excelentes para arrancada, mas para circuito (que é meu objetivo) não fica tão bom.
Preparação é um negócio ingrato, pois depende muito dos objetivos do dono do carro. O meu é um uso meio civilizado meio bruto, isto é, um carro que tenha força em baixa (ao redor dos 2500rpm), não seja beberrão e ainda consiga ter uma velocidade final estúpida, obviamente com suspensão e freios adequados a isso.
Bussoranga,
ResponderExcluirLS7? AAAHHHH UUUUUUUHHHHH!!! Aí sim heim!!! mexendo com coisa fina!
Então, este amigo que tem a Holset compete arrancada mesmo, APzeiro naaato... rs*
Boa sorte com a empreitada!
Aun,
De acordo com o objetivo que vc descreveu, não tem muito o que pensar não... APL240.
Eu tive um Gol 1.6, câmbio PS, rodava com 1 bar, ficou O luxo o acerto do carro. Isso que era injeção remapeada + HIS analógico. Com Fuel Tech ou Pandoo a história ficaria melhor ainda. Mas é uma grana a mais, né! Conversando com o cara que preparou meu carro, ele me disse, que para trabalhar até 1 bar, esta turbina atende perfeitamente motores até 2.0 e a pegada fica estúpida, agora se quiser partir para uma solução que não "respire" por qualquer toque ao acelerador é melhor pensar em medidas maiores.
Abs
bussoranga,
ResponderExcluirduas baterias de meia hora dão pelo menos 30 voltas, vezes 4,3 km, dá bem mais que 120 km.
não tenho nada contra as entidades que organizam, cobram a carterinha que dá uns 800 reais por ano e 700 reais por corrida. se alguém quer correr de carro e não tem esse dinheiro é melhor nem começar.
as entidades vivem das carteirinhas e inscrições e o que se poderia criticar nelas é o marketing inexistente, pelo menos nas etapas do paulista.
a categoria que estamos fazendo tem como pedra fundamental um plano de marketing, inclusive para diminuir mais ainda a despesa dos pilotos, a idéia é dar prêmios de largada.
assim sendo temos duas coisas que acho fundamentais: o carro tem custo baixo e manutenção baixa somados a ações de marketing para abaixar mais ainda esses custos. Não iremos gastar tempo com organização se já tem gente que faz isso muito bem, iremos dirigir os esforços em outra direção e tentar nos encaixar dentro das etapas do paulista de automobilismo ou de alguma categoria que queira alguém para absorver uma parte dos custos como por exemplo a Porsche Cup ou a GT3/4.
O problema de um carro de corrida não é o custo de aquisição, é sua manutenção. No nosso caso, posso garantir que uma pessoa com o mínimo de conhecimento pode dispensar preparadores e ter apenas auxiliar. regular ponto e carburação de fusca é muito fácil. As suspensões, apesar de serem reguláveis são muito fáceis e acertar porque não há muita coisa a se fazer em uma suspensão dianteira de fusca.
Qué isso...
ResponderExcluirMeu carro era suave, 1.6 "original", provavelmente teu carro vai ficar bem mais arisco, pela capacidade volumétrica.
Então, me lembrei agora, na realidade meu carro tinha uma GT25, lembrei da 240 por causa das medidas .42/.48, apesar que acho que existem duas medidas disponíveis de carcaça quente para a APL 240.
No caso da GT25, é daquelas turbinas que a wastegate vem acoplada, nem todo preparador gosta, talvez pela posição da válvula para regular. No uso, acredito que talvez a válvula sofra alguma variação por causa do calor, talvez seja bobagem o meu raciocínio.
Para 2.0 fala-se muito na 525 também.
Abs
RZ,
ResponderExcluirNa última vez em que andei em JPA, andei mais de 100 voltas (bem mais), então 30 voltas me parece muito pouco mesmo.
Quanto aos custos que voce citou, sei que a manutenção é a que mais pesa. Na minha experiência, o que mais pesa são, nesta ordem:
- combustível
- pneus
- freios
Mas os custos por corrida e de carteira de piloto ainda são um poucos altos. Eu digo isso comparando com um trackday, cujo custo atual é de 500 reais, fora manutenção e combustível.
Quanto ao veículo espefícico para corridas, tenho uma questão simples: eu gostaria de andar com bem mais potência. Dá pra fazer hoje motores de 250HP a 300HP com durabilidade e confiabilidade. Se eu nunca tivesse andado na pista, concordaria com voce que um motor VW boxer 1.6 seria interessante, mas no meu conceito, preciso de coisas mais fortes. Gastar "tudo isso" (sei que não é muito) para andar de, digamos, 60HP, e não chegar nem a 180km/h poucos metros antes do S do Senna já não me satisfaz mais. Seria muita despesa pra pouco resultado, isto é, apenas na minha opinião, sem querer desmerecer em nada seu projeto.
Aun,
Turbina de 1.0 16V não vai dar certo. Ela é razoavel para um motor 1.0, que se fosse aspirado renderia lá pelos seus 60HP ou ligeiramente mais. Num motor 2.0, onde a brincadeira começa com 115CV, uma turbina bem maior é necessária. Portanto, concordo com o Fabio: comece com uma APL240 ou APL525 (esta última é mais durável). Eu recomendo medidas .63/.42, mas se voce achar que o lag não ficou bom, pode trocar a carcaça quente .63 pela .48 (e aí sei que vai amarrar em alta, mas talvez isso não seja tão primordial pra voce). Mas o resultado final COMEÇA com 200HP. Como voce tem o cambio F18WR (wide-ratio, não long-ratio), 200HP fica excelente, não afetando nem um pouco a dirigibilidade. Mas se a idéia é ficar mesmo nos 150HP, então a turbina é totalmente dispensável, pois o resultado é confiavelmente obtido só com preparo aspirado leve.
Quanto a questão hatch/sedan, na minha opinião, uma vez de sedan, sempre de sedan. :-)
Fabio,
Acho que já sei quem voce é! Voce é o Fabio Henrique que me arrumou os CDs de catálogos de peças originais das big-4 e trabalhava na paulista mas se mudou para o interior. Isso foi lá pros idos de 2002 ou 2003 (já não lembro direito).
Poxa, que pena que nunca rolou o acelera com o DragFiesta hein? Bons tempos!
[]'s
Não sou eu não, Bussoranga...
ResponderExcluirO pouquinho que eu conheço, sobre estas medidas e opções, foi pesquisa na internet para montar o meu carro (Gol 1.6) em 2005 e de tanto pentelhar o Tonicão da Esther Turbo também... hehehe
Quanto às corridas, percebi que eu ainda não tenho cacife para bancar a brincadeira, pensei em me inscrever no TD do dia 10 agora, mas estava em cima da hora e seria com um Polo original com 7k km, fiquei com dó... rs*
Deixa pra próxima...
Aliás, alguém aqui já foi no TD NDA Racing? Comentários?
Abraços
bussoranga,
ResponderExcluirpor partes. um motor VW com comando de kombi injetada e dois carburadores queimando álcool com 13 de taxa e sem ventoinha chega a bem mais que 80 HP.
meu 550 spyder 1600 alimentado com webers e metanol foi cronometrado a 195 km/h na freada do S do Senna e é um carro muito mais pesado que o FVee.
Girava em 2:06 enquanto um Porsche Boxter 250S de rua consegue 2:10 por no máximo 3 voltas, fica sem freio depois disso e o meu dá 30 voltas sempre na mesma condição de freio e suspensão. são 110 HP no máximo contra mais de 250.
fora a dó que dá do Porsche, muito ao contrário de um carro feito para correr, desse não se tem dó nenhuma. é pé no fundo.
potência não é tudo, os f1 da época de 1,5 litros não chegavam a 200 cavalos e andavam muito. eu não trocaria uma Lotus 25 por nenhum carro atual.
custos de pneus: irrisórios, meu carro correu 4 anos com o mesmo jogo e ainda anda na rua com eles, é só proibir lixar.
custo de combustível é o equivalente a 20 litros de álcool por bateria, o tanque só tem 20 litros, o que deve dar de 15 a 20 voltas.
os freios são normais, trocam-se apenas as pastilhas quando necessário e isso depois de algumas corridas, pelo menos 5 a 6.
Aguentar 15 voltas em corrida é muito diferente de Track Days. Coloque alguém amarrado, de macacão, luvas e um monte de carros dando largada que a coisa muda, em 3 voltas qualquer moleque que corre uma maratona desce do carro vermelho e ofegante pela adrenalina.
E o medo da vergonha de ficar em último? Já vi muita gente tão aterrorizada na largada fundir o motor por não passar segunda. Piloto só é piloto depois de ter feito pelo menos umas três largadas na vida.
Em track Days não tem isso, é regularidade, em corrida é cacete o tempo todo, se fizer isso em track days sai fora.
Um motor de 250 a 300 HPs além de custarem os olhos da cara exigem caixas que custam 50 mil dólares cada uma, uma caixa VW no ferro velho custa R$ 200 e em bom estado.
Estamos criando uma categoria com custo do carro em torno dos R$ 10 mil reais para um carro bem montado médio e um custo de manutenção irrisório.
Deve chegar no S do Senna a bem mais de 180 km/h e essa velocidade não é qualquer carro que consegue isso pelo custo.
Um carro mais potente e mais pesado gastaria muito mais combustível, mais freios e mais pneus, além de exigir bem mais piloto.
180 km/h com a bunda no chão, roda aberta e vento na cara é outra coisa. Não é à tôa que a Formula Vee é a maior categoria em termos de carros, pilotos, provas nos USA, Inglaterra, Austrália e New Zealand. Até na sacrossanta Inglaterra a Formula Vee domina.
RZ,
ResponderExcluirSem dúvida vc me convenceu!!!
"...em 3 voltas qualquer moleque que corre uma maratona desce do carro vermelho e ofegante pela adrenalina."
Muito bom! Consegui imaginar a situação como um filme na cabeça...
"E o medo da vergonha de ficar em último? Já vi muita gente tão aterrorizada na largada fundir o motor por não passar segunda."