google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 OBITUÁRIO: LUIGI CIAI (18/OUT/1922-02/JUL/2010) - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

OBITUÁRIO: LUIGI CIAI (18/OUT/1922-02/JUL/2010)

Fotos: www.autoclassic.com.br

Deixou-nos hoje, aos 88 anos, um grande nome do esporte a motor brasileiro: Luigi Ciai. Sua história completa, muito bem contada pelo ex-piloto Nélson Cintra, está no site AutoClassic.
Ciai vinha se sentindo mal nos últimos dias, conforme sua esposa e filha contaram ao amigo comum Newton Alves, também ex-piloto e para quem Ciai trabalhou vários anos na preparação de motores. Ontem caiu na sua casa e bateu forte com a cabeça, advindo complicações e sua morte.
Na foto ao lado, feita no último encontro de carros antigos no Rio de Janeiro, no Forte de Copacabana, de 4 a 7 de setembro, Ciai está entre os também ex-pilotos Moisés Saubel e Bird Clemente (com a taça), este homenageado no tradicional evento de antigomobilismo carioca.
Conheci o Ciai em 1958, quando ele mal havia chegado ao Brasil. Na época eu era "Lambrettista" e fui assistir a uma corrida desses scooters, mas um deles não era Lambretta, e sim Iso. Era pilotado por italiano que não era tão garoto, já estava nos seus 35-36 anos. Venceu fácil. E logo ficou famoso no meio. Luigi Ciai logo se tornou um grande nome.
Curiosamente, ele, meu irmão Rony e eu demos assistência de box à dupla Moisés Saubel-Antônio Paulo Serrador na Mil Milhas Brasileiras de 1961, com DKW-Vemag. O meu irmão se encarregou da cronometragem (era sua especialidade e ele foi até o cronometrista da equipe oficial Ford quando corri lá de 1974 a 1976). Ainda tenho a planilha com toda a corrida, as paradas, as trocas de pneus etc. Mas o motor quebrou na 174a. volta de 201.
Outra curiosidade eram os pegas entre o Moisés no seu Alfa Romeo Giulietta Spider 1300 e meu irmão no DKW-Vemag lá de casa, eu no lado direito do banco inteiriço, ainda sem carteira. O Moisés só tomava e não entendia, afinal o Alfa tinha 65 cv e o DKW, 44 cv. Éramos muito amigos.
Volta e meia eu via o Ciai, os papos eram ótimos, até que passei a vê-lo menos depois que vim para São Paulo em 1978.
Foi-se um grande homem, simples, porém amigo de verdade e dono de uma competência em mecânica ímpar, uma habilidade que está cada vez mais rara nos tempos atuais. Sua sensibilididade para acertar carburadores Weber é lendária.
Descanse em paz, amigo Ciai!

12 comentários :

  1. É Bob, não tem jeito, os bons se vão antes.
    Falando nisso, é bom escrever logo o livro hein?

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  2. Bussoranga,
    Sabe que pensei a mesma coisa?

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  3. Livro do Bob e uma revista Autoentusiasta serão ítens indispensáveis na minha biblioteca, não importa o quanto custem...

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  4. Eu quero ser o assinante numero 1! hehehe
    Bob, por favor fale mais como vcs faziam o DKW virar melhor que a Giulietta?

    Abs

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  5. Pára de enrolar e escreve logo esse livro,,tá coçando em casa mesmo,hahaha...é,velho,tem pessoas que deveriam ser eternas,ficamos tristes qdo elas se vão e fica um monte de porcaria por aqui, a minha esperança é de um dia nos encontrarmos no paraíso prometido....

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  6. Fabio,
    Não era virar no sentido de pista, mas pega de rua. Ali valia muito a habilidade nas situações de tráfego.

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  7. Muito bom Bob, parabéns pela sua lembrança e homenagem ao romano Luigi Ciai, personagem importante de nosso motociclismo / automobilismo, e com passagem destacada no motociclismo italiano, como piloto oficial da Benelli e da Parilla.

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  8. Ola Bob
    Estou voltando do cemiterio do Caju a onde o Ciai foi cremado, e nesta volta os pesamento voltaram a 1967, quando conheci aquele italiano genio com as ferramenta e tinhoso com o modo de lidar. Ficamos amigos todos estes tempos e hoje ele se foi;
    ADEUS CIAI
    abs

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  9. Nelson Cintra
    Tudo muito triste. É duro ver os amigos indo embora.
    Mais uma vez, parabéns pela história dele que você contou.

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  10. Ele não era "apenas" o melhor preparador de motores, suspensão e caixa que conheci. Era um amigo, tio, avô, irmão e tudo de bom que se espera de um ser humano com H maiúsculo. Ele não consertava e afinava somente os carros e motos que passavam por suas mãos. Diversas vezes ia até sua oficina na praça da Bandeira só para tomar aquele cafezinho no botequim da esquina, ouvir suas histórias e escutar seus conselhos de vida.
    Não consigo imaginar ter um carro e não ter ele entre nós. Enquanto não nos reencontramos, vou andar a pé...
    Tchau bambino! Arrivederchi!!!
    Um dia ainda vamos nos reencontrar...
    Ricardo Martins

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  11. Antes da oficina na Rua Ceará, Praça da Bandeira, ele teve outra, na Rua Afonso Pena. Ouvi dizer que era ele quem fazia a manutenção do Lamborghini Miura que pertencia ao Embaixador da Itália, aí por sessenta e tantos.

    Gustavo Rocha da Silva

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