google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



Esse final de semana pensei em escrever um pouco mais por aqui. Há tempos que não escrevia nada sobre o Mini, nem sobre o Alfa, então decidi que andaria com eles. Invariavelmente algo ocorreria, digno de nota.

Sábado, saí com o Mini. Tirei-o da garagem e pude notar que ele olhou para o Alfa como que se dissesse a ele, "Está vendo? É a mim que ele prefere!". Tentei ignorar, melhor não dar corda para o inglês maluco e nem para a ciumenta italiana.

Saímos, em direção ao MG Clube, pela Marginal Pinheiros. Os 90 km/h demoram a chegar, mas uma vez lá, é difícil reduzir desse ritmo. O Mini segue sólido a essa velocidade, porém com alguma vibração, provavelmente vinda de toda a rigidez da suspensão lutando contra o asfalto de nossa metrópole paulistana.

 


1) Porsche 911:
Apesar de puristas afirmarem que este carro morreu em 1997, quando deixou de ser refrigerado a ar, continua significando desenvolvimento acima de design. A Porsche diz que todo carro que ela faz é "o ápice de tudo que sabemos, e de tudo que somos". E, felizmente, isto não é somente papo de publicitário.

2) Chevrolet Corvette:Covettes sempre significou desempenho de Porsche e Ferrari, por uma fração de seu preço. Mas hoje em dia...Evoluíram tornando-se menores, mais leves, e ainda mais potentes, enquanto o seu arqui-rival se tornou pesado. Hoje um Corvette tem o tamanho de um 911, e é mais leve. E seu V-8 é um triunfo de leveza, potência e ferocidade inigualável. No ano em que o velho General completa 100 anos, o Corvette é uma prova que ele ainda tem força!

3) Ferrari:Todo Ferrari moderno é o ápice da tecnologia de carros esporte, feito para agradar idiotas que querem mostrar a todos que são muito ricos, e jovens. Mesmo que não seja verdade. Somente para quem sofre de intoxicação financeira.


Semana passada tivemos o lançamento do Fiat Linea. Com ele, são um total de treze modelos no segmento de sedãs médios vendidos no país.

Lançando óticas diferentes, como segmento competitivo na faixa de preço de 60 a 90 mil reais, incluem-se aí mais alguns modelos de outras categorias, como minivans (Picasso, Scénic e Zafira), utilitários esportivos (Mitsubishi TR4, Hyundai Tucson e Kia Sportage), mais picapes médias cabine dupla a gasolina/flex (Ford Ranger e Chevrolet S10), chegando a pouco mais de 20 modelos que disputam compradores com essa disponibilidade econômica, veículos que atendam a variados gostos. Não espichei para além de 90 mil, onde entrariam CR-V e Captiva. Na prática, um comprador de Civic de 70 mil não pensou no CR-V na hora de fazer o cheque. Mas o do CR-V pensou no Civic EXS, no Captiva e no Jetta, todos de preços próximos.

Essa ótica é também bastante usada, pois há um número considerável de compradores potenciais que começam a seleção de seu próximo carro pela faixa de preço. Há também os features e acessórios dessa categoria, ou seja, um consumidor considera também que um veículo de R$ 70 mil não é aceitável sem couro ou sem ABS e airbag e por aí vai.
BMW Z4 Cupê

 Às vezes, por meu gosto deveras exagerado por carros antigos, algumas pessoas me perguntam o que acho de veículos ditos "retrô". Devo dizer, que na maioria das vezes, pergunto de volta "o que você entende por retrô?". New Beetle, Mini e Cinquecento, como meu amigo Marco Antônio Oliveira disse em sua estréia (welcome, old chap!), se dizem retrô, mas são caricaturas. Z4 é puro retrô, mesmo envolto na mais destilada encarnação (encarração??) do flame surfacing de Chris Bangle.

A questão é, na verdade, outra. Gosto de carros antigos não pelo cromado, mas sim pelo significado, pelas proporções, pela alma, pelo "clima". A maioria dos ditos "retrôs" focam só no cromado, sem ligar para o resto, preocupado em copiar pela imagem idéias, ideais, comportamentos e um "clima" que não volta mais. Então, vamos deixar algo bem claro, sobre o dito "retrô": copiar um carro de 30-40 anos atrás é algo muito errado do ponto de vista de um apaixonado por carros como eu. O que deveria ser feito é na verdade algo que gere uma vontade de ser copiado daqui a 30 ou 40 anos. Algo novo, com alma, com ideais, que inove, empolgue, inspire, deixe saudades quando sumir, apaixone, torne-se pôster em quarto de criança, estampa de camiseta, carrinhos de brinquedo...

Voltar a um glorioso passado não é copiá-lo, e sim, reeditar seus ideais. Quem quer algo realmente antigo compra o original. Que venha o futuro! O que você acha?

BE