Hoje amanheceu chovendo. Dia cinza. Pelo jeito vai chover o dia todo. Ontem foi assim, choveu dia e noite, ora forte, ora garoa fna e fria. E a moto lá, parada – uma Vulcan 900 Classic – com os
ferros gelados. E eu aqui, parado, afinzão de andar de moto.
Belo nome, Vulcan. Sugestivo. Força de um vulcão, ronco
grosso de um vulcão, isso tudo despertado ao apertar um botão e virar um
manete.
Antes de malhar essa chuva constante passei alguns dias
passeando com ela. Isso mesmo, só passeando. Em São Paulo não dá mais para usar
a moto como meio de transporte – não em sã consciência, não se você pretende
manter seus ossos inteiros. Com a cabeça quente dos compromissos fica fácil
darmos bobeira. O risco ficou acima do aceitável, uma pena. Portanto, deixei
para sair com ela durante as noites e nas manhãs do longo feriado. Aí, sim, com
ruas e avenidas vazias, passeei à vontade, curtindo a moto.
Assim que a peguei, estranhei. Já ao sentarmos na Vulcan 900 a impressão de peso – 278 kg em ordem de marcha – dá um choque. A bicha é grande e bruta. Tive uma 750 K, preparada, cujo motor foi para 880 cm³, e essa também era pesada, portanto, estou acostumado com motos grandes, porém, confesso, no princípio estranhei a massa da Vulcan. Acho que também foi a posição de sentar, bem baixo, a 68,5 cm do solo, com os pés lá na frente, os pedais brutos estilo caminhão, uma sapata em vez de um pedal de apoio, e o enorme guidão que parece agarrarmos um touro Caracu pelos chifres...
Como só há dois tipos de motociclistas, os que nunca arrancaram com o descanso lateral baixado e os que já, ao engatar a primeira e tentar sair com o descanso aberto, o motor desliga: segurança!
Grandes sapatas para os pés em vez de apoios; o pedal de câmbio tem previsão para acionamento com o calcanhar e atrapalha.. No canto direito da foto, o descanso lateral comentado acima. |
Mas só que bastaram alguns quilômetros para eu passar a
entendê-la, a pegar seu jeito, e dali a pouco eu já estava no espírito da coisa
e gostando muito.
Toda essa massa foi jogada lá pra baixo, inclusive a do
piloto, que se senta lá embaixo, então ela é estilo joão-bobo, tende a ficar em
pé; e deita gostosa nas curvas, com naturalidade, e, apesar dela não poder
deitar muito, já que a pedaleira/sapata raspa no chão – é articulada, tem molas
–, por estarmos sentados bem baixinho daria para esticar o braço e tocar o
asfalto, do jeito que fazemos na água ao surfar – isso se na curva pudéssemos
tirar uma mão do guidão; e se o asfalto fosse suave como a água...
E ela sai gostoso das curvas também. Aos poucos vamos
aprendendo a acelerá-la mais cedo e mais forte nas saídas de curva, e, curtindo
o monte de potência que vem logo cedo, desde baixo giro, vamos em busca da
próxima curva, que logo vem. Dali é acionar os freios, que são realmente bons –
freiam forte e suave, bons de dosar. Passei a aproveitar os traseiros mais do
que costumava nas outras motos, já que, pela configuração geral da cruiser, ela
transfere menos peso para a dianteira – ela embica menos que as custom e speed
–, sobra mais peso sobre a traseira, e assim podemos calcar mais no freio
traseiro sem que ele trave.
Andei lendo que já tem moto que ela mesma dosa a
distribuição de pressão sobre os freios dianteiros e traseiros. Basta acionar
um que o outro entra em ação na dose “computacionalmente” correta. NÃO, POR FAVOR, NÃO!!! Não comecem a fazer nas motos o que andam fazendo com os carros. Por
favor, não tirem do piloto seu poder de decisão. ABS, não. Por favor, não!!!
Deixem-nos o poder de travarmos a traseira quando por bem acharmos. Deixem a
dose conosco. Cada situação requer a devida dosagem.
A tocada é outra, diferente da que eu estava acostumado, e
também gostosa; mais lenta, mais pesada, que nos exige maior cuidado na
previsibilidade dos movimentos a serem feitos, já que suas reações são mais
lentas e não abre espaço para muito improviso de último momento. Porém dá para
tocar forte. Para os surfistas eu exemplificaria como um surfe de longboard: sem
malabarismos, sem brusquidões – linhas mais amplas e limpas. Tocada clássica.
Continua chovendo lá fora. Não dá pra largar deste
computador aqui e sair com ela e esquentar seus ferros. Que chato.
Ao ir buscá-la, fui
pensando que o motorzão V-2 de 903 cm³ iria vibrar. Afinal, cada cilindro é um
caneco de quase meio litro. Enganei-me. Ele praticamente não vibra, gira suave
em qualquer faixa de rotação. Nada daquele lance da XL 250, em que após um
tempo nosso traseiro começa a amortecer, formigar. Nada disso. Pode rodar o dia
inteiro sentado no bancão que não tem dessa de apear da moto e sair
ridiculamente coçando os fundilhos (veja ficha técnica no final).
São cinco longas
marchas. A primeira é de atravessar quarteirão, de tão longa. Tá certo. O torque é enorme, de empurrar
automóvel carregado, 8,0 m·kgf a 3.700 rpm, e ela, como disse, tem potência
desde a baixa. E acelera forte, opa se acelera. Estimo coisa de 6 segundos no
zero-a-cem, ou algo ainda abaixo disso.
Esse elevado torque já em baixa disponibiliza boa potência
logo de cara, portanto, apesar da potência máxima não ser lá grande coisa, 50
cv a 5.700 rpm, ela é absolutamente suficiente para o propósito da moto. Ela
não nos alucina, mas nos satisfaz plenamente. Contando com o peso do piloto, o
peso total vai a uns 350 kg,
que, dividido pela potência, dá 7 kg:cv. Nada mau.
Ela não tem conta-giros e, na verdade, ele é realmente
dispensável, só distrai. O foco é o que vai à frente e não a busca do máximo desempenho.
Portanto, a quanto o giro está durante na tocada de estrada – 110 ou 120 km/h, velocidade boa
de cruzeiro para a Vulcan – não tive como saber, porém, ela vai na boa, na
tranqüilidade. E nessas, a qualquer toque no acelerador, vem aceleração forte e
imediata, estilo vulcão mesmo, uma delícia. Em giro baixo, ao acelerarmos, não
tem aquele túm-túm-túm chato das monocilíndricas, não. Ele gira gostoso,
uniforme.
É claro que em dias quentes, e devagar no trânsito ou
parada de sinal, vem um calor danado pras pernas,
do motor e dos escapamentos. Mas não é nada demais. Faz parte.
Será que não vai parar de chover? Garoinha gelada lazarenta!...Vulcan, querida, minha doce Vulcan. Espere por mm! Eu também te quero pra passear.
O legal das motos é que elas ainda seguem os bons costumes
do entusiasmo e não estão nessa onda de pasteurização modorrenta dos automóveis
– cada vez mais feitos para quem não gosta e não sabe guiar, cada vez mais
fazendo parecer que somos conduzidos como num carrinho de bebê.
Vejamos: achei que a suspensão traseira estava muito dura.
Quem ia na garupa, minha mulher ou filha, sofria trancos secos mesmo em
pequenos e inescapáveis buracos, já que o curso da suspensão traseira é curto,
só 10 cm;
então, tira-se o banco, tira-se as pequenas carenagens laterais, pega-se as
ferramentas sob o banco – poucos carros hoje as trazem – e é só girar uma porca
para aliviar a mola (sistema coil-over, mola sobre amortecedor, um só conjunto de mola e amortecedor).
E pronto, melhorou muito.
A chave para ajustar a dureza da mola girando seu prato (seta amarela), vendo-se a correia dentada da transmissão final (seta vermelha) |
E o leitor note pela foto que ela parece ser uma “rabo
duro”, ou seja, parece as antigas motos que não tinham suspensão traseira, em
que a roda ia presa direto no chassi e o amortecimento ficava por conta de umas
molas sob o selim. Mas não é não, felizmente. Um belo detalhe clássico no
design.
Achei que a marcha-lenta estava muito alta,
desnecessariamente alta, então, fuça daqui e fuça dali – já que a Kawasaki
inexplicavelmente não fornece o manual para as motos de imprensa...– e
descobri junto ao motor uma fácil e acessível regulagem da lenta. Ficou jóia.
Ajuste da rotação de marcha-lenta é fácil |
Achei que o guidão estava muito baixo, desconfortável para as minhas medidas. Moleza, como em tudo quanto é moto, soltei os parafusos e o ergui. No ponto.
Em qual carro hoje se faz essas coisas?
Se eu a comprasse, imediatamente meteria uma serra na
haste traseira do pedal de câmbio. Nada a ver. Ela só atrapalha, pois sem
querer podemos ali meter o calcanhar trocando marcha quando não é pra trocar.
Nada como o bom sistema de pisar e erguer a pedalzinho. Primeira pra baixo e
o resto pra cima e boa.
Outra que faria seria trocar a mola do acelerador por
outra mais forte. Esta é muito fraca. Tudo bem se for num motor chocho,
mas este aqui responde a qualquer toque. É preciso que resista mais. Além do
mais, o manete da embreagem é bem durinho, normal para um motorzão desses,
então, não combina o trabalho de uma mão com o da outra – na direita, frouxa,
na esquerda, firme.
O galho, irremediável – e que só me faria ter uma moto
desse estilo se eu tivesse outra, de outro modelo, também –, é ela ter o
assento da garupa alto. O assento do piloto vai baixo, cavado no centro da
moto; já a garupa vai em cima do pára-lama traseiro, o que dá um desnível
excessivo e chato para quem vai atrás. Gosto que minha mulher ou filha fique no
mesmo nível que eu, gosto delas mais "protegidas" atrás de mim, gosto
quando elas encaixam o queixo no meu ombro, gosto quando elas me falam ao
ouvido. Não gosto delas lá em cima, cara ao vento – elas se sentem inseguras,
além do mais, isso distancia a garupa da gente e desequilibra. Garupa boa é com
elas agarradinhas e encaixadinhas na gente. Não citei homens na garupa porque
não me agrada e espero que também não lhes agrade andar na minha.
E todas as cruisers têm esse inconveniente desnível. Umas
um pouco mais, outras um pouco menos. É da raça, é sua característica. É moto pro sujeito viajar sozinho. A mulher que
vai na garupa sofre um pouco. Ela não vai tão bem como o piloto. É injusto.
Daí que eu disse que só teria uma moto desse estilo se tivesse outra, uma que
tivesse banco de um só nível.
Há três modelos da Vulcan 900. Esta aqui, a Classic, é a
base da Classic LT, que vem também com pára-brisa, bolsas laterais e encosto para
garupa. E há também a Custom, que tem rodas de liga leve, em vez de raiadas, e
pedais normais e mais recuados, em vez das sapatas lá adiante – mais do meu
agrado pessoal, principalmente porque com esses pedais lá adiante quase que não
temos como erguer o traseiro do banco apoiando neles, uma atitude recomendável
para escaparmos de trancos nas costas quando se pega um buraco, além de ser
mais seguro para não desestabilizar a traseira da moto.
Kawasaki Vulcan 900Classic LT e Vulcan 900 Custom
A boa distância entre eixos e a o grande ângulo de cáster
a deixam com excelente estabilidade direcional. Na estrada é só relaxar que ela
vai sozinha.
E eu falando isso, pegar estrada, e não pára de chover,
justo quando programei para dar uma viajadazinha com ela.
Quem sabe amanhã...
Hoje, 1° de maio, fez tempo bom. Fiz
um filminho passeando com ela (não ficou bom,
muito barulho de vento, tentarei melhorar isso) na cidade vazia e segui para
Interlagos, ver o que poderia estar rolando no autódromo. E não é que estava
tendo um track day de motos? Coincidência.
O track day é organizado pela Cerciari Racing School (www.cerciari.com.br) e achei a idéia do
moto day muito boa, pois ali a moçada – e tinha três moças mesmo também
mandando a lenha – aprende direito a tocar suas motos speed, além de deixarem
dessa besteira de saírem feito doidos pelas estradas e tocando acima do que dão
conta.
Tirei fotos, filmei, e em breve vem um post sobre isso.
O preço público sugerido da Vulcan 900 Classic testada é R$ 30.884,00
AK
AK
FICHA
TÉCNICA KAWASAKI VULCAN CLASSIC
|
|
Motor
|
4 tempos,
2 cilindros em “V”, refrigeração
líquida; transversal
|
Cilindrada:
|
903 cm³
|
Diâmetro
x curso
|
88,0 x 74,2 mm
|
Taxa de
compressão
|
9,5:1
|
Sistema
de válvulas
|
SOHC, 8
válvulas
|
Potência
máxima
|
50 cv a
5.700 rpm
|
Torque
máximo
|
8 m·kgf a
3.700 rpm
|
Formação
de mistura
|
Injeção
eletrônica
|
Sistema
de ignição
|
Bateria e
bobina (ignição transistorizada)
|
Sistema
de partida
|
Elétrica
|
Lubrificação
|
Forçada
(cárter úmido)
|
Câmbio
|
Cinco
marchas
|
Acionamento final
|
Correia
dentada
|
Redução
primária, relação
|
2,184:1
|
Relações
das marchas
|
1ª
2,786:1; 2ª 1,889:1; 3ª 1,360:1; 4ª 1,107:1; 5ª 0,963:1
|
Relação
de redução final
|
2,063:1
|
Sistema
de embreagem
|
Multidisco,
em banho de óleo
|
Tipo de
quadro
|
Duplo
berço tubular em aço
|
Inclinação
da cabeça/avanço
|
33° / 182 mm
|
Suspensão
dianteira
|
Garfo
telescópico de 41 mm
|
Suspensão
traseira
|
Uni-Trak
com pré-carga da mola ajustável em 7 níveis
|
Curso da
suspensão dianteira
|
150 mm
|
Curso da suspensão
traseira
|
100 mm
|
Pneu
dianteiro
|
80/90-21M/C48H
|
Pneu
traseiro
|
180/70-15M/C76H
|
Freio
dianteiro
|
Disco
simples de 300 mm,
pinça com pistão duplo
|
Freio
traseiro
|
Disco
simples de 270 mm,
pinça com pistão duplo
|
Ângulo de
esterçamento (esq./dir.)
|
36° / 36°
|
Dimensões
C x L x A
|
2.405 mm x 1.005 mm x 1.065 mm
|
Distância
entre eixos
|
1.650 mm
|
Distância
do solo
|
140 mm
|
Altura do
assento
|
685 mm
|
Capacidade
do tanque
|
20 litros
|
Peso em
ordem de marcha
|
278 kg
|
Ótima base pra fazer uma bela moto.
ResponderExcluirAcho muito legal mas não é minha praia. Até toco bem a máquina, mas raramente me sinto confortável, seja numa 125 seja numa 750. Aqui em sampa nem pensar; é pedir passagem pro hospital ou coisa pior. Na fazenda usei uma TT e, com ela aprendi um bocado. Especialmente no uso de equipamento de proteção. Nunca quebrei um osso mas equimoses, às pencas.
ResponderExcluirAk
ResponderExcluirMuito bonita a moto.. mas ainda nao consegui sair das magrelas de pedal...
Como sei que gosta de classicos:
Veja que legal o 8C do Jay Lenon feito pela Pur Sang.
http://www.youtube.com/watch?v=81Yik1G4tr8
Que motocicleta feia!
ResponderExcluirAK, vamos ao Real Deal ok?
ResponderExcluirhttp://www.royalenfieldbrasil.com.br/
Essa SIM é uma motocicleta de verdade!
a proposta dela é outra, porém muuuito interessante...
ExcluirFalando em duas rodas,e o ciclista que foi multado e teve a bicicleta elétrica apreendida na blitz da lei seca? Ah,se isso ocorresse sempre...
ResponderExcluirEsse post me deu sono...
ResponderExcluirEntão pq leu Zé Mané?
ExcluirTem uns anônimos por aqui que são poços de inutilidade. Verdadeiros vácuos mentais.
ResponderExcluirMuito bonita a moto. Parece ser bem divertida de se pilotar também.
ResponderExcluirAndar de moto, é muito gostoso, é quase uma terapia. Não importa a marca ou o modelo, importa sair e ir, muitas vezes sem destino, algumas vezes sózinho, mas vá e desfrute do prazer que é pilotar uma moto.
ResponderExcluirÉ isso aí AK, o espírito das customs é mesmo esse, apenas curtição. Uso a minha no dia-a-dia, que por ser um pouco menor (Shadow 600) fica mais ágil para tal no também alucinado trânsito do ABCzão velho. Porém, andar com a minha bandida é uma das coisas que aliviam este stress rotineiro de ida e volta para o trabalho. Exceto quando chove, porque aí é osso... hehehe...
ResponderExcluirMas o ambiente delas por excelência é uma bela estrada asfaltada, pena que você não pôde experimentá-la numa dessas vicinais com trechos sinuosos e à beira do campo ou da mata. Espero que você possa experimentar isso em breve, em uma manhã ensolarada.
E sua descrição da pilotagem foi bem indicativa do que é montar numa dessas. Usar mais o freio traseiro, aproveitar o torque abundante nas curvas, antecipação de movimentos, a sensação de deslizar com ela sobre a pista em movimentos suaves, até mesmo o desconforto da suspensão de curso curto na buraqueira... belo relato, delicioso de ler e se envolver, como de costume em se tratando de texto seu.
Gracias!
Impressionante como acelera sem nenhum esforço aparente! E é linda! Se a sua cidade não permite andar com esse tipo de veículo, não é o veículo que está errado: Você tem de trocar é de cidade!
ResponderExcluir"O legal das motos é que elas ainda seguem os bons costumes do entusiasmo e não estão nessa onda de pasteurização modorrenta dos automóveis – cada vez mais feitos para quem não gosta e não sabe guiar, cada vez mais fazendo parecer que somos conduzidos como num carrinho de bebê."
ResponderExcluirAK, concordo plenamente com você. Pena que a situação de trânsito está num clima de guerra civil que nos faz pensar duas vezes em sair por aí de moto.
Um abraço.
Braulio,
ResponderExcluirValeu seu comentário, porque deu pra ver que, apesar do filminho estar bem ruizinho, ele conseguiu passar algo da sensação de andar na moto.
Pode deixar que vou melhorar a produção dos filmes.
E vc tem razão. Saudades de quando eu morava no interior de SP. Saudades...
Mesmo com toda a poesia do texto do Arnaldo Keller, não consigo gostar de jeito nenhum de moto custom/cruiser.
ResponderExcluirMesmo pra passear, sou mais outros estilos de moto, que podem oferecer a mesma quantidade (ou mais) de diversão em um pacote muito mais agradável de ver e de conduzir.
Bem interessante a motoca, muito bem escrito como é padrão AK; mas ainda prefiro emular o espírito dakariano em uma trail não importando tamanho e litragem.
ResponderExcluirMFF
Faço coro com você, MFF.
ExcluirBom seria uma de cada, uma big trail versátil para quase tudo, inclusive garupa, uma naked four para uns tiros e uma custom para passeios preguiçosos.
ExcluirAC
Puxa... penso igual... as vezes quero naked four... um multi estrada... uma custom... Já vi que gosto mesmo de moto. O cara querer ter uma de cada, só pode ser paixão.
Excluir"... Garupa boa é com elas agarradinhas e encaixadinhas na gente."
ResponderExcluirPerfeito, Arnaldo.Não é a toa que tá me doendo vender a minha...
Abraço
Lucas CRF
Não sou aquele fã de motos, mas as únicas que me fazem pensar em ter uma, algum dia, são as cruiser. Primeiro por causa da potência disponível desde baixos giros, e segundo porque não tenho coragem de andar forte com motos. Para mim, as cruiser são equivalentes aos muscle cars, com duas rodas.
ResponderExcluirMuito bacana o ronco da Vulcan. Dá umas "estilingadas" que dá gosto de ver (e ouvir!) Para meu gosto pessoal, ficaria com a Custom, essas plataformas não me agradam nem um pouco.
Oi Arnaldo,
ResponderExcluirTenho namorado há algum tempo uma Harley e, acredite, uma Vulcan. Tenho alguma experiencia com motos, mas como não sou nenhum menino, já estou na casa dos 50, venho procurando uma moto para andar em fins de semana e pequenas viagens.
Como é sempre bom levarmos em consideração as experiencias dos mais entendidos gostaria de saber se voce já fez algum teste com a super glide para que possa ler ou se - vai na lata mesmo - em sua opnião qual seria melhor compra?
Um abraço
Tulyo, darei meus 2 cents aqui ok?
ExcluirTive várias motos sendo 90% delas Custon/Cruiser de todas as marcas niponicas e atualmente estou com um Dyna 2008. Houve pequenas mudanças na moto após 2009 devido o Promot que deixaram a moto um pouco mais chocha.
Em termos de ciclística a Dyna é melhor que a Kawa, tem mais motor (1600 com uns 14kg de torque), deita mais em curvas por não ter pedaleira e o pneu fino na frente ajuda muito no dia-a-dia deixando a moto mais "leve" em manobras ou para desviar de buracos. Defeito que noto é a suspensão traseira dura, igual a da Sporster 883. Dá para melhorar muito trocando os amortecedores por uns da Progressive Suspension.
Um amigo deixou comigo uma Ultra Glide durante um mês, e essa moto é um conforto só, parece uma poltrona voadora, mas o peso excessivo (360kgs) a deixa desconfortável em várias situações. Aliás, todas as motos que tem pneu largo na frente sofrem deste pequeno inconveniente.
Vantagens da Kawa é a vibração menor, e um peso reduzido.
O negócio é fazer um test drive e ver qual te emociona mais. Eu já escolhi a Dyna. rsrsrs
PS: Só a HD oferece uma incontável quantidade de acessórios para customizar a motoca.
Abraço
Velho mas Limpinho
Caro Tulyo,
Excluirestive viajando e sem net. Por favor, me desculpe pela demora em responder.
Olha, não testei essa Harley Super Glide, porém, mesmo que a tivesse testado recomendaria o mesmo: dá uma pilotada nelas duas. Se em carro pequenas diferenças fazem grandes diferenças, imagine em moto. E experimente outros modelos também, com outras características. O importante é saber direito o uso que pretende dar à moto, pois, como vc sabe, o comportamento é completamente diferente. A vantagem é que hoje em dia temos muitas opções e certamente tem um modelo lá certinho pro seu gosto/uso.
Eu comprei uma Harley Davidson 883 Iron para passear nos finais de semana, mas estou gostando tanto dela que uso diariamente! Ela é rústica, bruta e insensível. Tudo que eu sempre busquei em um carro, consegui em uma moto.
ResponderExcluirConforto? Gosto da ideia de estar montado em um motor com rodas, de forma simples e pura!
Asterix
Belo Post! Como usuário de uma destas não preciso tecer nenhum comentário a mais...Quem tem mais de 50 por aqui ( não sei se é o caso do Arnaldo, mas parece! ) Não precisa de propaganda para apreciar uma custom igual a esta. Ainda prefiro uma "Brigite Bardot", "Caterine Deneuve" ou até uma "Grace kelly" me massageando os ombros no banco de uma custom do que uma Linda menina anabolizada ou não,botocada ou não,siliconada ou não, com o "derriere" á mostra para todos os que eu venha ultrapassar, em uma motocicleta computadorizada, na qual a companheira vai passar o tempo todo do percurso se perguntando: O que que eu estou fazendo aqui? Gosto é gosto!
ResponderExcluirAK, ótimo post!! Gostei muito do vídeo também... Só uma pergunta, onde vc prendeu a câmera para fazer a filmagem??
ResponderExcluirAbs
GFonseca,
Excluirno peito. Coloquei uma mochila no peito e nela amarrei um equipamento de ventosa que uso para filmar carros. Achei que era o melhor ângulo, mas dá pra melhorar. O galho é o barulho de vento. Esse é treta. Talvez com uma esponja colada no microfone ou algo parecido.
Arnaldo, voce precisa pedir uma ZX 10R para fazer um teste drive, ai sim voce vai ficar louco.
ResponderExcluirSo que anda de motocicleta sabe o prazer que ela proporciona, ainda mais ela sem tecnologia embarcada.
Por muito anos gostei de automóvel, principalmente os preparados, mas depois que passei a andar de motocicleta pude entender o prazer que é acelerar de 0 a 100 em 2,4 segundos, o que somente os automóveis muito caros podem proporcionar, mas com um custo absurdo de manutenção.
Parabéns pelo post e obrigado pelos comentários sobre motocicletas e sempre que tiver a oportunidade de pegar uma para teste drive coloca as impressões sobre ela.
Abraços
Ernesto,
Excluirdessas speed já andei bastante numa BMW 1200 que tinha 163 cv. Um foguete! O duro é que nem se percebe a quantas anda, de tão estável na reta. Tem que ter juízo, muito juízo.
AK, a questão do ABS em motos tenho de discordar de ti.
ResponderExcluirUma freada de emergência, num asfalto molhado e liso, nem piloto profissional segura. Nessas horas o ABS, principalmente os atuais, mandam muito bem. Nessas situações, ABS em moto não é frescura, é necessidade.
Num carro, até vá lá, o máximo que pode acontecer é uma bela rodada, na motoca, é vc sentir a textura do asfalto.
Uma coisa é a desnecessidade quando vc quer frear forte e travar por algum motivo, como, por exemplo, uma descida de terra, coisa premeditada e calculada, outra bem diferente é num dia chuvoso, com o asfalto bem melado, um cara te dar uma fechada ou calcular mal o tempo e cruzar a estrada na hora errada... Nessas horas, só o ABS pra evitar uma cagada.
E antes de falar que ABS é coisa de quem não manja, conheço gente que pilota muito e sempre andou de canhão e, todos, são unânimes em dizer que o ABS, ao menos nas motos, é um p* aliado.
ABS hoje em dia funciona bem até na terra.
Excluirmas essas coisas de CBS, acionamento simultâneo, eu tô fora.
Anônimo,
Excluirvocê já teve que travar a tarseira e deitar a moto no chão para escapar de uma encrenca?
Não?
Com moto se faz isso, desde que não tenha ABS ligado.
Além do mais, em moto é muito mais fácil que carro para sentir quando a roda tende a travar.
Mas, OK, concordo que para a maioria é mais seguro mesmo ter ABS em ambos.
Arnaldo, mesma coisa que ter que frear no meio da curva com chuva. sinceramente prefiro poder frear o máximo e ainda que inevitavelmente bater com velocidade menor, do que derrapar a moto e correr o risco de morrer atropelado ou rachar os cornos no meio-fio.
Excluiressas "soberbices" em comentários tipo esse em cima "concordo que para a maioria é mais seguro mesmo ter ABS em ambos" poderiam ser evitadas, tu não pilota tudo isso não. Nada pessoal, não me leve a mal.
Sandoval,
Excluirsoberbice o cacete. Opinião formada a partir de 44 anos andando de moto inimpterruptamente. Tenho moto desde os 11 anos. Nunca fiquei sem moto. O quanto piloto moto ou não você não tem como avaliar. Você não me conhece, assim como não o conheço, nem sei seu nome verdadeiro, e, sendo assim, não emiti opinião sobre o quanto vc sabe nem vou fazê-lo.
Informe-se melhor com quem entende e veja se não tenho razão. Discuti isso há anos com um dos Azevedo (me esqueci o 1o nome) que corre no Paris-Dakar e ele é da mesma opinião. Sou mais ele.
Sandoval,
Excluirsoberbice o cacete. Opinião formada a partir de 44 anos andando de moto inimpterruptamente. Tenho moto desde os 11 anos. Nunca fiquei sem moto. O quanto piloto moto ou não você não tem como avaliar. Você não me conhece, assim como não o conheço, nem sei seu nome verdadeiro, e, sendo assim, não emiti opinião sobre o quanto vc sabe nem vou fazê-lo.
Informe-se melhor com quem entende e veja se não tenho razão. Discuti isso há anos com um dos Azevedo (me esqueci o 1o nome) que corre no Paris-Dakar e ele é da mesma opinião. Sou mais ele.
Arnaldo, não se irrite! :D Aliás, de motociclista p/ motociclista, quando vc se dignará a descer a serra aqui p/ praia motocar com os amigos? Quinta-feira é um dia bom, encontro de amigos num bar de Santos frente p/ o mar. Fds então é perfeito, sem pressa, low and slow. Qualquer coisa, elio_filho@ig.com.br (email e MSN). Abraço.
ExcluirDR. Elio,
Excluiragradeço o convite, porém nas 5as feiras estou no trampo ralando. Mas, sem dúvida, num desses fins de semanas aviso e vamos de moto a esse bar pra ver a moça passar com um gostoso caminhar.
Obrigado,
abraço,
AK,
Excluirminha intenção não era lhe irritar.
conheço bastante teu trabalho, e o admiro por isso exclusivamente (por que não escreve mais para a Hardcore?) já que pessoalmente nunca o vi e vejo que és esquentado pelo tom adotado, realmente nunca lhe vi pilotando, sou mais jovem e não tenho toda sua experiência, porém pelo que já vi na vida e tentando aprender com erros dos outros também, moto não foi feita para cair, os Azevedo entendem de areia, se jogar de costas com todo o aparato de segurança num areial é uma coisa, agora fazer uma dessas numa rua esburacada e só com uma jaqueta de couro por cima (ou será que você só pilota todo equipado?) com trânsito em sentido contrário, são outros 500, então menos né.
Ass. Sandoval Alberto Ribeiro Quaresma
AK, pra travar a traseira e deitar a moto no chão pra escapar de uma cagada, só se tiver que passar por baixo de caminhão, à la Velozes e Furiosos e dependendo da velocidade, além de esfregar no asfalto, vai correr o risco de estampar em algo fixo.
ResponderExcluirMoto tem que frear em pé, e não esfregando carenagem, escapamentos, pernas, braços, bunda e costas no chão.
Belíssima!
ResponderExcluirGuilherme Costa
Valeu AK!
ResponderExcluirEstou disposto a comprar uma custom como primeira moto, pois meu desejo é saborear a estrada e não beijar o tanque, com todo respeito às motocicletas com motor "de verdade".
Os 2 comentários que me marcaram foram a questão do acento mais alto para a carona e também o fato de a pedaleira não permitir ao piloto levantar em caso de solavanco. No primeiro caso acho que se resolve com um acento e apoios para braços, enfim, nada que cause maiores problemas para a estabilidade tbm. Já no segundo, me preocupa mais pois as nossas estradas estão a cara dos nossos governantes. Enquanto não desviarem cargas pesadas para uma malha alternativa, ferroviária por exemplo, vai continuar sendo essa superfície lunar. Lamentável.
Mais uma vez, obrigado pela matéria!
Força na peruca!