Foto: GMB
A Chevrolet Veraneio é um símbolo da sua época.
O Brasil de então ,"o país do futuro", do regime militar, da luta do Homem contra a natureza para construir a Rodovia Transamazônica, ainda era um país selvagem.
Para esse país de terras brutas a perder de vista, a Veraneio era tudo que uma família grande poderia desejar.
Podia levar com bom conforto (para os padrões da época), seis pessoas, ou nove com um terceiro banco opcional, número só igualado pela Kombi, bem menos potente.
Baseado na picape C-14, esta perua tinha todas as características de um fora-de-estrada numa época em que ter estrada era luxo. Era o único carro grande a chegar em praias isoladas onde só se chegava de jipe ou Fusca.
Seu porta-malas gigantesco era providencial. Com as dificuldades das viagens, as pessoas carregavam muitas bagagens para ter um conforto mínimo.
As poucas estradas não ofereciam o mínimo suporte ao usuário. Se o carro quebrasse, o motorista teria de se virar para continuar sua viagem, e uma boa caixa de ferramentas e peças não era peso inútil junto à bagagem. E numa época em que pneus com câmara eram o padrão, em muitos casos um segundo estepe não era nenhum exagero em algumas viagens.
Para os prevenidos, espaço de carga era uma bênção.
O tempo foi passando, as coisas evoluíram, e nos anos 80 a Veraneio foi remodelada em cima da picape D-20, tornando-se ainda maior, e ganhando uma irmã caçula, ao Bonanza, de duas portas. A Bonanza nem se saiu tão mal no mercado, mas a Veraneio vendeu muito pouco.
Hoje a situação é completamente diferente da daquela época.
Em viagens muito longas, hoje é preferível ir de avião e ter um carro alugado esperando no aeroporto, do que empreender uma cansativa viagem de carro.
Naquelas que fazemos com o carro, muitas rodovias apresentam um nível de conservação muito melhor que naquela época, com pistas duplicadas, apoio mecânico, postos de serviços. Vale mais o conforto que descansa que um carro rústico que aguenta o tranco.
Até a modernidade dos telefones de apoio ao motorista na beira da estrada estão ficando obsoletos com o onipresente celular. Tudo isto tornou as viagens mais rápidas, quase ninguém sente falta da caixa de ferramentas e a maioria até esquece de calibrar regularmente o estepe antes de pegar a estrada.
Na cidade, onde o automóvel é usado só para transportar o motorista no trajeto para o trabalho, um carro pequeno, ágil, leve e econômico é certeza de um estresse menor no final do dia com o trânsito pesado.
Carro no Brasil é caro, e nosso poder aquisitivo continua muito aquém daquele dos países desenvolvidos. Mesmo assim, vem se tornando cada vez mais comum as famílias possuírem dois ou mais carros, para atender individualmente as necessidades de cada membro.
Mas estas famílias, que há duas ou três décadas atrás viviam em residências com garagem, hoje moram em apartamentos que possuem uma ou no máximo duas vagas muito apertadas na garagem coletiva.
Também pesa nessa balança o fato de que as famílias brasileiras têm hoje gastos que não existiam há pouco mais de uma década. Compramos celulares sofisticados, temos algumas linhas de telefonia e internet 3G sem dispensar a linha fixa com internet, compramos TV´s LCD e assinamos serviços de TV a cabo, temos condomínio, e por aí vai. Há cada vez mais gastos para dividir o orçamento doméstico com o financiamento dos carros da família.
Com tudo isso, carros grandes, com grande capacidade de carga, vêm atraindo cada vez menos a atenção do consumidor, que não quer gastar dinheiro em detalhes inúteis para ele, e que não trazem status.
Há o modismo dos SUVs, mas o atrativo nestes carros são a posição elevada dos ocupantes, o espaço interno para eles e o status.
Até mesmo as outrora comuns station wagons estão lentamente desaparecendo do nosso mercado. A Volkswagen, ao remodelar seu velho campeão de vendas, lançou o Gol, o Voyage e o Saveiro, mas deixou de lado sua perua Parati. Ela oferece ainda a opção do SpaceFox, mas este está longe de repetir o sucesso do antigo predecessor.
Neste segmento, o único modelo que ainda merece atenção pelo volume de vendas é o Palio Weekend, mas a Fiat não ousou manter qualquer versão station wagon do Mille, do Punto ou do novo Uno.
Como opção para aqueles que precisam de um carro familiar ainda existe a categoria do Chevolet Zafira, mas é um carro menos cômodo de conduzir no dia a dia de trânsito pesado das grandes cidades do que os carros pequenos, contra as raras vezes em que suas qualidades de transporte de passageiros serão realmente exigidas.
No nosso mercado não há espaço suficiente para uma versão moderna do Veraneio, muito menos para carros ainda maiores, como um Chevrolet Suburban.
Também já não existe mais o atrativo do carro para aventuras reais, em oposição ao grande interesse nos aventureiros de aparência, como a linha Adventure da Fiat e o CrossFox da VW.
Para o consumidor não entusiasta, que a cada dia vê sua atenção mais dividida com outras coisas interessantes, que geram gastos diferenciados que pulverizam o orçamento doméstico, a compra do automóvel, que tanto pesa no bolso dele, passa a ser um processo um pouco mais racional, evitando gastar em algo que seja considerado inútil por ele.
Este é um fator que tem polarizado nosso mercado nos carros pequenos ou, quando muito, nos médios (mas considerados médio-pequenos para o padrão de outros mercados), e que não parece ser reversível a curto prazo.
Os fabricantes de carros e autopeças já detectaram essa tendência, e tem direcionado investimentos neste sentido.
A cada dia as opções de carros grandes, de grande capacidade de carga, de característica fora de estrada real, serão cada vez mais raras, e dependerão de importações para atender os poucos interessados.
Com cada vez menos ofertas, o consumidor médio se sentirá menos estimulado a procurar um carro grande, criando um "efeito Tostines", acentuando o foco do nosso mercado nos carros pequenos e um pouco nos médios.
Carros nacionais grandes como a Veraneio ficarão apenas na lembrança. E que saudosa lembrança...
AAD
Que deliciosa lembrança da infância! Férias escolares, e a Veraneio (como esta da primeira foto) do meu avô lotada de netos e bagagens rumo à sua fazenda no interior de São Paulo. Castelo Branco, Marechal Rondon, a paisagem, as paradas pelo meio do caminho...horas de pura diversão e alegria. O coração e a paciência do saudoso "vô" Antônio eram tão grandes quanto aquela imensa "banheira" que ele tinha para nos transportar. E este é mais um dos carros da minha infância, que eu gostaria de ter hoje, em minha garagem. Recordar é viver.
ResponderExcluirMr. Car.
Análise perfeita, mas deixando as considerações práticas de lado....como eu QUERIA essa veraneio da última fornada!
ResponderExcluirBaixar a segunda e terceira fileira, transformar o cavernoso porta malas em uma plataforma suficiente para pousar meia dúzia de hellcats!!!
Uma dessas para viajar, motorzão perkins D4T plus lá na frente, torque para esquecer a manopla em "d" (a chamada "quinta louca") nas rodovias.
Literalmente um grande carro.
GM
Se houvesse um incentivo a ter mais vagas nos prédios e casas, mais pessoas teriam Smarts ou Milles para usar na cidade, e deixariam os SUV's V6 em casa durante a semana.
ResponderExcluirMas, como o carro tem que servir pra tudo, toca andar de V6 no trânsito...
Esse post trouxe boas lembranças!
ResponderExcluirA última Veraneio, como dito acima, realmente é espetacular. É quase uma casa. Deve ser perfeito pra viajar longas distancias, dá até pra dormir com bom conforto, caso viagem só duas pessoas.
Ótimas lembranças! Cheguei a fazer algumas viagens com a Brasinca Mangalarga (versão de luxo da Veraneio feita pela Brasinca no meio dos anos 80), e era uma delícia. Se eu pudesse, teria uma Veraneio para mim.
ResponderExcluirAll
ResponderExcluirLembrando sempre que o linguição de seis cilindros em linha fazia com que o carro apenas se arrastasse. Isso vale para o C14, para Bonanza e Vera "Nova", são verdadeiros trambolhos.
Veraneio de qualquer época merece um belo V8 Chevrolet. Aí sim se torna um carro realmente interessante.
FB
Esse post é do AAD mesmo? Certeza?
ResponderExcluirParece ser um post do MAO. Bizarro!
Ja viajei bastante numa dessas ..!
ResponderExcluirO motorzao 4.200 dava conta do recado ! Bons tempos de gasolina barata !
Poxa...boas lembranças de viagens na infancia a bordo não de uma Veraneio, mas uma Caravan que meu pai teve. E ela era valente, não tinha rio-Santos na epoca e o litoral norte de SP era desbravado pela areia e apesar de ter atolado algumas vezes, aguentou o tranco.
ResponderExcluirSó não concordo com a distancia dos carros grandes hoje em dia versus os recursos modernos. La nos EUA, mesmo com celulares e otimas estradas, os SUVs são as preferidas das familias.
O mais engraçado de tudo é que os mesmos fabricantes que pararam de fazer carros grandes hoje os importam do México e os vendem aqui em número que faz pensar que seria perfeitamente possível fabricar um desses por aqui para vender no Mercosul.
ResponderExcluirPorém, do que mais sinto falta é da produção local de carros de tração traseira. Disse a BMW que só fabricaria carros aqui se conseguisse a venda de 70 mil unidades/ano no Mercosul. Se bem que do jeito que o Brasil é azarado, seria capaz de só fabricarem por aqui Mini e o futuro Série 0 e, portanto, só carro pequeno e de tração dianteira.
Sempre gostei da Verenaio, principalmente dos modelos remodelados conforme a D-20.
ResponderExcluirConcordo com o Bitu, os motores 4100, ou mesmo os diesel turbo, não permitiam um desempenho decente. Os primeiros diesel aspirados então... Quando mais novo, meus planos eram justamente comprar uma Veraneio e instalar um V8 lá na frente, como vi uma certa vez, num encontro de carros antigos.
Pude ao menos curtir por bom tempo meu Caravan 4100. Mas tive que vendê-lo justamente por causa das nanovagas de garagem de meu apartamento...
Grande carro,em todos os sentidos,porém faltou um verdadeiro V8 Chevrolet,mas como nada é perfeito mesmo,vamos de 261,apesar que este,acredito deve ter algum tipo de "veneninho" pra ele ou não?
ResponderExcluirA ultima versão pode não ter vendido para particulares,mas polícias,bombeiros e até o SAMU fizeram a festa no fim dos anos 80 até meados dos 90,quando Blazers,Sprinters e Ducatos a substituíram como viatura polícia e de resgate...
Abraços!
No nosso mercado temos as picapes que fazem esse papel. Tudo bem que o porta malas fica separado (carregando vento) mas hoje no nosso trânsito é realmente complicado andar com uma máquina dessas.
ResponderExcluirA uns anos passei um tempo com uma F-250 diesel. Macia, confortável, forte e cumpridora, fiquei encantado com ela. Sua performance em estrada supera muito sedã médio vendido aqui. Mas pra andar na cidade é um estorvo. Não se acha vaga que a caiba pra estacionar. No tráfego pesado, ela ocupa toda a faixa de rolamento, e mesmo assim, vc fica apreensivo o tempo todo com medo que alguem se machuque levando o retrovisor junto. Enfim, um carro pra se andar no interior, ou numa espaçosa e planejada cidade dos EUA.
Bitu
ResponderExcluirUm V8 454 injetado numa Veraneio dessas mais novas ficara fenomenal para cruzar o país.
Pq sempre que se fala da Veraneio se liga o veículo à ditadura???? ditadura vivemos hoje quando um sujeito pega 2,5 bilhões do nosso dinheiro e coloca para salvar banco falido e ninguém protesta, ninguem fala nada...ISTO SIM É DITADURA....e a canalhada toda "fugiu" para a Coreia...pq não mostraram o problema antes das eleições???? ISTO SIM É DITADURA....pq os assassinos do Celso Daniel nunca aparecem ???? ISTO SIM É DITADURA !
ResponderExcluirAlguém falou em vagas de garagem, então, só para constar: a Veraneio do meu avô (ou qualquer outra, lógico) não entrava na garagem do meu prédio, he, he! E outra coisa: concordo absolutamente com o anônimo das 21:35hs. Ditadura vivemos hoje, quando estamos presos atrás das grades dos nossos prédios, enquanto a bandidagem caga regra livre, leve, e solta, e com o aval dos esquerdinhas de m*rda dos direitos "humanos", que fazem de tudo para mantê-los nas ruas. Na "ditadura" eu rodava com meu pai pelas ruas do Rio em qualquer lugar, a qualquer hora, e nunca fomos incomodados por nenhum bandido. E nem preciso dizer que também nunca fomos incomodados por nenhum militar, como aliás, 99.99% dos brasileiros nunca o foram. Os outros 0,1% queriam fazer disto aqui uma Cuba, e se deram mal.
ResponderExcluirMr. Car.
Também não gosto de carro grande não. Costumam ser desajeitados na cidade, gastam muito combustível, são piores para estacionar. Também não curto esses aventureiros de mentirinha não, são muito caros para o pouco que oferecem. Se fosse para ter um desses, compraria logo um 4x4 de verdade, usado mesmo.
ResponderExcluirPessoal da america "lantindo" não sabe adequar carros à sua realidade econômica, geografica e de leito carroçável. Coisa de "novos ricos", falta de cultura, etc, no velho continente se vê muito pouco do fenômeno.
ResponderExcluirUm trambolho, que pode ter inspirado lembranças antigas !!! Mas é isso só. Uma vez peguei uma estrada com esse troço sem direção hidráulica, e eram 6 voltas do volante para cada lado. Um horror. Cheguei mais cansado do que tivesse ido de Fusca.
ResponderExcluirMas, como sempre, um ótimo post.
Luiz
Obrigado a todos.
ResponderExcluirBussoranga, estou diversificando os focos dos meus artigos para gerar mais conteúdo para o blog. Nem por isso vou deixar de escrever meus artigos técnicos.
Ter escrito este artigo num estilo parecido com a do MAO foi uma mera coincidência.
Espero que apreciem a nova fase.
Legal AAD,
ResponderExcluirSó complementando: estabilidade e frenagem da Veraneio sempre foram pior do que precárias.
Pra mim, era um veículo quase assassino, assim como quase todos os SUVs.
Estabilidade tem que ser regra numero 1 de projeto de qualquer veículo (incluindo caminhões e ônibus), e infelizmente os americanos não aprenderam isso até hoje.
Por mim, é um veículo para ser esquecido, por melhores que tenham sido as lembranças de quem o teve. Mas é sempre bom ter artigos como o seu, para nos lembrar de como não fazer um veículo, hehehehehe.
André Dantas, adote também essa linha de escrita, ficou muito bom!
ResponderExcluirMe enganei quanto a motorização Perkins, na verdade é Maxion D4T. Não acredito que as últimas Veraneios foram contempladas com a versão de 150 cavalos e - principalmente - 46 quilos de torque, mas com essa "patada" em baixa, o carro já seria bem mais lesto que o animado pelo 4100. Já seria o suficiente para se mover melhor.
Os modelos seis cilindros batiam nos 145 km/h reais, e os diesel normais se arrastavam nos 121, 122...totalmente impróprio para vias rápidas ou estradas de mão única pela letargia nas retomadas.
Engraçado que em meados dos anos sessenta, ainda sem o nome Veraneio, era um dos mais velozes carros nacionais, empatando com o Itamaraty (144 reais).
Sou campista ... acampo quase todo mês com minha família (4 pessoas) .. preciso de muito espaço para minhas tralhas .. tive 3 Blazers e, neste ano, tive que "migrar" para a pick-up, pois a GM não tem mais a Blazer "pronta entrega" ... Optei por uma S10 CD Advantage, pois não tenho dinheiro para comprar uma 4x4 (nem nacional, nem importada) e estou surpeso com o carro ... tem muita estabilidade, mesmo em estradas sinuosas (bem mais estabilidade que a Blazer) ... também uso a pick-up para trabalhar (ida-e-volta - o dia todo estacionada) .. já minha esposa tem um carro popular, para seu dia-a-dia ...
ResponderExcluirCaro Andre,
ResponderExcluirComo fundador do site PicapesGM, e, em nome de nossos membros, quero parabenizâ-lo por esse excelente artigo. Meus pais tiveram um Veraneio 75, e hoje possuo uma D20. Infelizmente, nosso mercado virou as costas para os grandalhões. Seu unico espaço é no interior do pais, onde boa parte das estradas quase não evoluiu, ou esta em condições muito precarias, como a então recem-construida transamazonica.
Possui um veiculo desse porte hoje em dia exige um estado de espirito Zen, como, por exemplo, andar na Av. 23 de Maio, queimando as faixas divisórias da pista, em razão do "exacerbado bom senso" da CET, que deixa as faixas com a largura praticamente igual a bitola de nossos veiculos. Tenho a sorte de morar num apartamento cuja garagem me permite guardar uma D20.
Num pais de dimensões continentais como o nosso, é quase insano ver que veiculos, garagens, vias de trafego e construções remetem a uma confinada Europa medieval.
Um grande abraço
A não muito tempo os dois "carros" da minha casa eram uma F100 78 com motor 302V8 e uma GM Veraneio 79 com motor 4.3l e câmbio de 3 marchas.
ResponderExcluirDois carros ótimos para o que se propunham.
A Veraneio é um carro inesquecível, muitas experiências que passamos nela são indescritíveis. Foi um dos poucos carros que nos arrependemos de ter vendido.
Em termos de conforto e espaço é incomparavelmente melhor que qualquer camionete ou SUV moderna, e se considerarmos a evolução nos últimos 50 anos de quando data o seu projeto é espetacular.
Logicamente que não dá para comparar com um carro moderno em termos de comportamento dinâmico, mas uma evolução não seria de todo mal. Muito melhor que esta coisa insossa da Hilux SW4 ou Pajero Sport.
Ao Mr. Car (que prometeu nunca mais falar de política neste espaço) e ao anônimo acima dele.
ResponderExcluirEsqueceram do Proer? Da farra dos bancos do governo FHC?
São todos da mesma laia, então parem de encher a paciência com esse papo antientusiastas ok?
O assunto aqui é carro!!!!
AB
A Veraneio era a viatura preferida dos milicos, que iam na frente, ouvindo Frank Sinatra no toca-fitas e com o ar condicionado no máximo, enquanto os elementos iam sacolejando no porta-malas...rumo aos porões do DOI-CODE. Quem tem saudade?
ResponderExcluirEU!!!!!
ExcluirQue baita saudade daquela época...
ExcluirEsses carros valem muito dinheiro no interior do Nordeste. D20 94, 95 não custa menos de 30 mil reais...
ResponderExcluirPior é uma porcaria dessas ser sonho de consumo de quem nunca a conheceu.
ResponderExcluir"Veraneio vascaina vem dobrando a esquina!"
ResponderExcluirTava demorando para ligarem as Veraneio ao regime militar... O mesmo pode ser dito dos argentinos Ford Falcon, e nem por isso eles deixam de ter fãs e colecionadores por todo o país.
ResponderExcluirEu teria uma Veraneio TAMBÉM por ter sido um veículo com intenso uso por forças de segurança, mas principalmente por ser muito espaçoso e resistente. Um motor Diesel com turbo opera milagres nesse veículo, como pude comprovar viajando de Mangalarga e andando na Veraneio 1980 dos tios de um amigo meu. Na verdade, se eu tivesse que escolher um carro para circular diariamente em São Paulo, apesar das dimensões seria ou uma Veraneio TD ou um Toyota Bandeirante. Qualquer estresse vindo da estreiteza das faixas de rolamento paulistas seria amplamente compensada pelo fato de motoboys, taxistas e barbeiros em geral pensarem três vezes antes de se aventurar a tirar fina do seu carro.
ESTOU COM VOCÊ AMIGO. QUEM NÃO GOSTA DE CARROS, QUE NÃO COMPRE UM. QUEM NÃO GOSTA DA VERANEIO, TAMBÉM. E DEIXE, NOS EM PÁZ.
ExcluirEu sou admirador de Veraneios também pelo fato que foram usadas pelo regime militar,nelas deram sumiço a muitos vagabundos que se estivessem aí estariam junto com a petralhada governando o país...Devia ser muito foda jogar os vagabundos no camburão e dar rolé ouvindo o saudoso Frank hehehehehe
ResponderExcluirSempre achei a veraneio um caminhãozão, totalmente desconfortável, fraca e feia. Mas guardo carinho especial por ela visto sua utilidade, especialmente no contexto histórico-social em que ela existiu no nosso querido país.
ResponderExcluirSobre ligar ou não à ditadura, tanto faz, o importante é que o carro foi muito interessante.
Pessoal, acho que agora alguns de vcs estão confundindo as coisas.
ResponderExcluirO Veraneio pode ser sim um símbolo da velha ditadura. Isso é uma coisa.
Repudiá-lo por isso é outra muito diferente.
Não é porque alguém é morto e esquartejado com uma faca da Tramontina que temos de associar as facas dessa marca a facas de assassinos, nem tem de colocar a fabricante no banco dos réus.
Eu até achei boas fotos e informações das versões desse carro pra uso policial, mas não coloquei no texto exatamente pra não fazer uma injustiça com o carro.
Em segundo lugar, só podemos julgar um veículo, assim como qualquer outra coisa, dentro do seu conceito de época.
Se olharmos de forma absoluta pro Veraneio, é sim um carro tecnicamente ruim. Isso não se discute.
Por outro lado, qual era o cenário em que o carro foi lançado?
Na época, a Volks, líder absoluta de mercado, vivia da mecânica a ar, e com quele velho sistema de suspensão de barra de torção original do Fusca. Enquanto isso, o Veraneio, que era derivado do C-14, uma pickup, tinha suspensão dianteira independente com mola helicoidal. Pra época e para a categoria do carro, era algo bem moderno.
Por fim, existe a questão da emoção, da paixão.
Fusca, visto de forma absoluta, é um carro tosco, muito pobre tecnicamente. Nem por isso deixa de ter seus admiradores fervorosos. O AK é um deles, e quem aqui vai dizer que o AK não entende das coisas pra gostar de Fusca?
Eu mesmo tenho boas lembranças das lambanças com um Toyota Bandeirante, mas não sei quem é mais tosco, se ele ou o Fusca.
Então, vamos devagar com algumas idéias.
Hahaha Os caras quem diesel com turbo e SBC, com volante de 12 voltas entre batentes. Coisa mais americana que isso impossível.
ResponderExcluirmuitos gente compram carro por moda e status , quem gosta de carro tipo veraneio nao compra pensando no que os outros vao falar mas sim por que tem personalidade e sabem o que querem e do que gostam
ResponderExcluirESTOU CONTIGO!!!!!
ExcluirSei lá, mas se uma compra dessas é pra mostrar personalidade, o cara precisa é de tratamento psiquiatrico.
ResponderExcluirPORQUE? A PESSOA SÓ PODE GOSTAR DO QUE ESTÁ NA MODA?????
ExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirParabéns, Gryphon!
ResponderExcluirExcelente texto.
A Veraneio é saudosa sim.
Um comentário: tenho uma Zafira versão Elite, carro muito bom e confortável. Usado pra 6, às vezes 7 pessoas, mais bagagem. Algumas horas, quando carregada até o limite, dá vontade de ter um V6 de boa litragem lá na frente... rs... seria muito bem vindo. Faz lembrar o torque dessas Veraneio, que é descomunal.
Abraços a todos!
Levanto a bandeira: mais autoentusiasmo e menos discussão inútil dos anônimos!
André
Olha o outro aí de cima, de V6 mas dando 6 voltas de volante em cada curva de serra.
ResponderExcluirhahaha é pra rir ou pra chorar!
Caro anônimo... em primeiro lugar, identifique-se.
ResponderExcluirEm segundo lugar, já ouviu falar que gosto não se discute?
Não apreciei suas risadas.
Cordialmente,
André
ESTOU CONTIGO!!!!!
ExcluirTínhamos uma Veraneio De Luxo 73 rose metálico, maravilhosa ... Em 1993 roubaram ela na frente da nossa casa e nunca se achou um parafuso ... Raiva !
ResponderExcluirDois comentaros:
ResponderExcluirVeraneio NAO QUEBRA!... é o unico carro que é mais resistente que fusca...
Vendeu muito bem para a época e a Blazer é que era uma emenda...
Eu acho que o mercado é que enfia carros pequenos goela abaixo do publico. Ninguem me perguntou se eu me sinto feliz em um Honda Fit prata com motor raquitico. MAs é o que o "mercado" manda
ResponderExcluirsaudosa veranoca! muito bem lembrado André!
ResponderExcluirchevy brasuca, de bom gosto. raro hj em dia de civic's e jaspion's...
porém, acrescento: chega de anônimos. por que não um AUTOENTUSIASTA se indentificar perante a internet? porque não é autoentusiasta! estou observando recentemente um numero cada vez maior de postagens agressivas em relação aos post's, e ainda por cima nada "entusiasta". parece que gostam mesmo de andar de celta e achar o máximo, sem nem ter experiência ou mesmo opinião formada sobre o assunto.
como o amigo disse: "tenho um honda fit prata de 50 contos, mas acho a veraneio uma banheira!".....
papinho de mulher moçada! isso aqui é pra AUTOENTUSIASTAS!!!!!!
ME DESCULPE ANDRE, DESABAFEI.
ABRAÇOS
APOIADO!!!!!
ExcluirFoda-se quem Anda de palio, Uno ou qql outra bixeira 1000 nas cidades ... foda-se se encomoda (os outros) não troco minha D-20 Cabine Dupla por nada!! vou pra praia, Sítio, Passeios de Domingo!! Levando até 6 passageiros com Conforto ( em 2 Fileiras de Banco COM FRIGOBAR )que carrinho meia boca pode me oferecer isso hj ?? pra q eu vou qerer um menor e mais novo, se ela tem Banco de couro, é macia pra andar, e como anda ... são 180cv de fábrica, mais alguns venenos como turbina aberta, e o inconfundivel barulho do escape direto !!!! quem não gosta é pq nao sabe dirigir uma!!
ResponderExcluirAPOIADO!!!!!
ExcluirGustavo da D20, a Wilsa Carla também fazia com mais opulência tudo que a
ResponderExcluirDeborah Secco faz, mas, acho que existem algumas diferenças sim.
eu nao gosto de carros pequeno apesar de minha mae ter um ka mas antes ela tinha um fusca e meu pai tem uma f1000 94 e agente costumava viajar nela qd minha mae tinha o fusca eu sou fan de carros antigos e carros com oprta malas grande sou super fan da perua kombi e do veraneio acho as 2 versao bonita mas prefiro a baseada na D-20 e bem maior quria ter uma veraneio qd minha mae era pequena meu vo tinha opala caravan perua e ela dizia q tinha vontade q ele tivese um veraneio este carro ebom para pssear viajar para os feirantes assim nao presisa rebater o banco vejo muito pouco veraneio + e claro moro numa cidade pequena o porta mala da d20veranio e bom para dormir e se rebater o banco dapara dormir melhor ainda
ResponderExcluirConcordo com você Rafael. Não troco uma viagem de carro (por mais longa que seja) por uma de avião, por nada no mundo. No carro eu sou dono do meu destino. No avião, sou apenas um passageiro. Não tenho nada contra os passageiros. Más eu tenho necessidade de estar no comando. De para quando eu quizer. De andar quando eu quizer. PRA MIM, NADA SUBSTITUI A LIBERDADE DO AUTOMÓVEL. Só descordo do seu último parágrafo. Ainda sou fã de uma Veraneio e pra mim não tem SUV moderna que substitua a velha Veraneio no meu coração.
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