Esse final de semana pensei em escrever um pouco mais por aqui. Há tempos que não escrevia nada sobre o Mini, nem sobre o Alfa, então decidi que andaria com eles. Invariavelmente algo ocorreria, digno de nota.
Sábado, saí com o Mini. Tirei-o da garagem e pude notar que ele olhou para o Alfa como que se dissesse a ele, "Está vendo? É a mim que ele prefere!". Tentei ignorar, melhor não dar corda para o inglês maluco e nem para a ciumenta italiana.
Saímos, em direção ao MG Clube, pela Marginal Pinheiros. Os 90 km/h demoram a chegar, mas uma vez lá, é difícil reduzir desse ritmo. O Mini segue sólido a essa velocidade, porém com alguma vibração, provavelmente vinda de toda a rigidez da suspensão lutando contra o asfalto de nossa metrópole paulistana.
Ao sair da Marginal, um degrau no asfalto gerou um momento único; o motor cortou e apagou, e só tive tempo de pisar na embreagem, desengatar, e mudar para a faixa da direita. Ao abrir o capô, fumaça! Olhei a fonte da fumaça, o regulador de voltagem Lucas, e assumi que a fumaça era natural. Vi que alguns fios estavam soltos e, ao religá-los, o motor pegou de primeira. E não é que a fumaça era natural?
Logo depois, começou a chover e liguei os limpadores, num ato de bravura. O motor do limpador já não é mais original, é uma peça Mercedes-Benz, mas ainda é alimentada por um circuito Lucas. Dizem que o departamento técnico da Lucas recebia várias reclamações, de curto-circuitos. A solução, logicamente, foi alongar os fios. Os limpadores funcionaram e segui o caminho.
No Clube, o estacionei ao lado de uma mesa. Ao descer do carro, fiquei receoso de que poderiam cobri-lo com uma toalha de mesa e decidi sair logo para ir almoçar, antes que perdesse o carro no salão.
Na volta para casa, o limpador parou, mas a chuva não. Decidi seguir, já que voltaria pela Marginal e, com a velocidade, as gotas seriam arrastadas do vidro. Atingi surreais 100 km/h no grande "relógio" Smiths. Não tirei o pé nem para passar em radares, e quando — melhor dizer SE — a multa chegar, posto ela aqui. Porém, as gotas nem se moveram. Uma delas desceu por ação da gravidade. Mini, shaped like a brick.
Triste é que, ironicamente, uma peça caiu, e não foi do Mini, mas sim de um caminhão sueco que ia à minha frente. Tentei desviar, mas a peça (que do meu ponto de vista próximo ao chão era algo muito grande) atingiu o pequenino ao lado do farol, riscando o pára-lama. Menos mal, podia ter quebrado alguma coisa.
No domingo, saí com a italianinha, que simplesmente ignorou o triste e machucado Mini. Decidi levá-la para casa, onde o mecânico (desisti de enfrentar a ignição Marelli) a buscaria na segunda-feira. Com medo de ficar parado pelo caminho, rodei meio receoso com ela, até demais, coisa de 25 ou 30 km, até o centro and back, sem uma falhada sequer.
Achando tudo muito estranho, fiquei preocupado, já que o mecânico não veria falha e não identificaria uma solução. Deixei isso para lá, e fui para o trabalho na segunda pela manhã, de ônibus. Na hora do almoço, me liga o mecânico: "Alô, William? Cheguei aqui na oficina agora. O danado do Alfa parou comigo cinco vezes! Acho que descobri o que é!"....
Agora, é só arrumar o Mini, e ver a conta do mecânico do Alfa. Logo logo, o Alfa estará em top shape e será devidamente posto à venda. O Mini provavelmente irá pelo mesmo caminho, mas não por minha decisão. Mas, tudo por um objetivo maior. Mais detalhes num capítulo futuro...
BE
Basta andar num inglês, por um dia, ou horas, para entender vários significados de confiabilidade, compliquês e falta de senso prático.
ResponderExcluirMas ícones são ícones e o Mini é um deles...
Andar num inglês é como ir a Portugal. É descobrir que as piadas são de verdade!!!
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