google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 DE CARRO POR AÍ - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

DE CARRO POR AÍ




End. eletrônico: edita@rnasser.com.br                         Fax: +55.61.3225.5511 Coluna 4113  09.out.2013

1913, o sucesso do automóvel começa aqui
Se há marcos importantes na história de transformar o automóvel no principal ícone da história do século 20, um deles é o desenvolvimento do conceito da linha de produção. O processo supera dividir o processo em estações de trabalho, com operários, maquinário e as peças dispostos ao lado de um caminho onde as partes são agregadas e se transformam em veículos.
Antes, com esforços, movimento e tempos desperdiçados, com trabalhadores andando para buscar peças e fixá-las, um Ford levava 12 horas para ficar pronto. Com o novo conceito, inspirado na seqüência de atividades de um matadouro bovino para separar carnes e ossos, só que invertida, o tempo reduziu-se – inicialmente a 90 minutos. Ao final da produção do Modelo T, com uma fábrica central e montadoras pelo mundo, um carro deixava a linha a cada 24 segundos!                      
Mais
O ganho de produtividade permitiu a Henry Ford, capitão da implantação dos procedimentos, aumentar o salário dos funcionários, reduzir o preço do Modelo T de 800 para 295 dólares, e deflagrar os conceitos de qualidade das peças, tempo, produtividade, logística, liderar a produção, expandir-se mundialmente. Uma curiosa conseqüência de varejo, para aprimoramento de qualidade, a Ford treinou seus operários para usar paquímetros — um medidor de espessuras de grande precisão, capaz de aferir medidas de peças. E passou a produzi-los vendendo-os por preços baixos para melhorar a qualidade dos serviços de manutenção.
Parece conceito antigo, mas hoje a Ford se volta a ele e à produtividade. Unifica, em todo o mundo, produtos e processos. Muito reduziu a variedade de plataformas, hoje 15 para todos os seus veículos em todo o mundo. Até 2017 quer apenas 9 e nisto pretende ganhar 30% em produtividade.

1913: linha de montagem do Ford Modelo T
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Novo Troller muda tudo: processo, carroceria, motor, mercado ....
“- Vamos dar um salto: teremos as melhores carrocerias em fibra do mundo.”  
A frase, de entusiasmado executivo da Ford, refere-se aos trabalhos com o jipe Troller, marca assumida há cinco anos, para mudar de regime de incentivos, deixando endereço na Bahia, onde tem sua maior fábrica, para o Ceará, terra do Troller. Pensava-se, a produção se extinguiria a produção junto com o encerrar dos atrativos pró-industrialização. Mas os planos em andamento, com mudança de nova fase e produto a ocorrer em janeiro de 2014, exibem mudança de planejamento.
A Ford resolveu bancar a exceção mundial: ampliou a fábrica; mudará o fazer adotando a injeção do compósito de fibra de vidro — aplicado na moldagem da carroceria do Chevrolet Corvette —; ampliará a capacidade industrial de 140 para 500 unidades/mês. O produto muda. A Ford pediu a João Marcos Ramos, seu designer-chefe, estudo conceitual para medir interesse no Salão do Automóvel 2012. As respostas foram positivas e o jipe-conceito sofreu poucas mudanças para ir à produção, incluindo a curiosidade de criar espécie de DNA visual, ponte entre o produto herdado e o novo de sua criação. Mantém-se a grade com barramento horizontal e, em evidência, o emblema frontal.
Mecânica muda tudo. Abandona o chassi original e o motor Diesel MWM, adotando a estrutura mecânica do picape Ranger, reduzindo a distância entre eixos, motor Diesel 5-cilindros de 3,2 litros, 20 válvulas, 200 cv e aproximados 45 m·kgf de torque, caixa de câmbio Aisin. Para compatibilizar a usina de força com o pequeno peso do Troller, destacou um de seus engenheiros com maior conhecimento e sensibilidade, Jorge Abdalla, acertador do Focus geração 2, para deixá-lo ágil sem beirar o perigo.
A mudança do processo industrial melhora excepcionalmente a qualidade das partes em plástico reforçado com fibra de vidro, padroniza-as em medidas e peso, acabando com as variáveis comuns ao processo semi-artesanal da fibra de vidro com mantas e aplicação de resina. O uso da mecânica Ranger abre o leque comercial, permitindo exportar o veículo para a América Latina, mercado inicial do picape feito na Argentina, pois de fácil manutenção pelo existir revendedores, peças e mão-de-obra.

Conceito, Troller TRX foi refeito e será produzido em 2014

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Roda-a-Roda
Melou  – Juiz da Suprema Corte de Nova York condenou o contrato de exclusividade com a Nissan para o fornecimento de carros elétricos pelos próximos 10 anos, revogando postura municipal que determinava que a renovação da frota deveria ser feita exclusivamente por Nissans NV200.
Efeito – O negócio tinha dois focos: para a Nissan lucro e divulgação institucional como exemplo para outras cidades. Para NY, boa imagem às pretensões políticas de seu prefeito Michael Bloomberg. Não é elétrico ou híbrido e custa quase US$ 30 mil, uns R$ 66 mil.
Periférico – Revendedores Chevrolet já vendem o Tracker, pequeno utilitário esportivo da GM do México. Dizem concorrente do líder do segmento, o Ford EcoSport. Não é com menor espaço interno, menor porta-malas, preço maior. Modelo anterior, argentino, motor 2.0, tração nas 4 rodas, custava R$ 60 mil.
Para trás - Não há competição entre os motores, 1,6 Sigma para o Eco e 1,8 para o Tracker. O do Ford é moderníssimo, todo em alumínio, e o GM tem base na geração do Monza 2, circa 1982, com bloco em ferro.
Câmbios - Iguais em números, diferem em formulação. Automático epicíclico de 6 marchas no GM e mesma quantidade no Ford, de sistema robotizado, duas embreagens. Consome menos energia, gasta menos. Tracker sai de R$ 72.000.
NegócioA fim de um bom automóvel por preço idem? Últimas unidades do modelo atual do Renault Logan. Terá pequeno retoque estético.
Descobertura – Agrale de tratores, sem revendedor em Brasília, praça importante por insuspeitada atividade agrícola e óbvio relevo institucional como Capital Federal. Interessado em comprar trator ou peças deve ir a Goiânia, GO.
Pedágio – Uma das empresas concessionárias de estradas paulistas, a OHL, não cumpriu ¾ dos investimentos contratuais, fez enorme distribuição de lucros, e foi-se. A ANTT, agência nacional de transportes terrestres, considerou-a adimplente, permitindo a distribuição de lucros.
E? – Descumprimento tem punição interessante — redução de dois centavos num dos pedágios mais caros do país.
Caminho – Petrobrás faz 60 anos; não explicou a mágica besta de receber aplicações do Fundo de Garantia aos que nela acreditaram, comprando ações caras que viraram mico; recebe nota desclassificatória em avaliação mundial, mas gasta fortuna em publicidade, enfatizando a coragem histórica de sua fundação. Sobre as gestões catastróficas que a desmoralizam aqui e fora, nada.
Praticidade – Tintas Wanda, agora multi AkzoNobel, criou linha prática para reparadores. Em vez das tintas preparadas por máquinas misturadoras, voltou a oferecê-las prontas. Poucas opções. Além da praticidade da compra, permite diluição com até 30% de thinner PU, diz Sandro Lemos, executivo da empresa.
Foco – São as quatro cores mais populares no mercado: brancos Geada, Banchisa e 9004 e preto Cadillac. Coisa rápida para aplicação rápida e serviço rápido para demandas de pouca exigência.
Nicho – Para preencher o espaço nas cilindradas entre 400 e 600 cm³, Honda fará em Manaus a série CB500, em três versões: F, naked – pelada; R, esportiva; e X, tipo On/Off Road. Quer vender 20 mil unidades em 2014.
E,... – Dois cilindros, 471 cm³ de deslocamento, 50 cv, seis marchas, ABS nos freios a disco. É a linha divisória entre as motos de meninos e as de homem. F neste mês, R em novembro, X, abril. F a R$ 22.000. ABS mais R$ 1.500.

Honda CB 500

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Goiânia – Único autódromo goiano ganhou projeto da Confederação Brasileira de Automobilismo, a CBA: refazimento da pista em asfalto adequado, nova torre de controle, estacionamentos, 22 novos boxes. Previsão, R$ 27,3 milhões pelo governo do estado. Decisão soterra proposta de transformá-lo em condomínio residencial, desejo de alguns iluminados espíritos públicos.
Coerente – Asfalto antigo — recapagem feita sem técnica há alguns anos e que durou meses — será removido no bom circuito de 3.820 m. Há pressa eleitoral e querem reinaugurá-lo em abril de 2014 — e aproveitar a confusão em torno do Autódromo de Brasília, absorvendo as provas.
Mão-de-obraA fim de melhorar sua condução, esportiva ou como motorista superior? A Mitsubishi Racing Experience oferece curso de pilotagem intensiva em Lancer Evo R, coordenado pelo multicampeão Ingo Hoffman, no circuito privado Velo Città, em Mogi Guaçu, SP. Aprovados podem requerer carteira de piloto — ou apenas dirigir bem. Mais? racingschool@mmcb.com.br
Data – Dia 4, 43º aniversário da primeira vitória de Emerson Fittipaldi na Fórmula 1. Referencial, deu o campeonato póstumo a Jochen Rindt, seu companheiro na equipe Lotus. Mais, arrombou a porta da categoria, com 8 campeonatos mundiais por brasileiros: 2, Emerson; 3, Piquet e 3, Ayrton.
Resgate – Comemorando 40 anos do “Raid de Integração Nacional”, périplo ligando todas as capitais com três automóveis — Corcel, Belina e Maverick — o Museu de Caçapava, inicia o projeto de restaurar este último, hoje em seu acervo. Quase novo quando doado ao Museu Roberto Lee, foi vilipendiado e teve peças e acabamentos removidos, ficando em petição de miséria.
Começo – Foi pelo furto que o Museu Nacional do Automóvel denunciou o fato ao Delegado de Polícia de Caçapava e requereu auditoria de conteúdo à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Não efetivada porque a herdeira do Museu resolveu sua responsabilidade doando o resíduo do acervo, tombado pela Secretaria, à Prefeitura de Caçapava.
ProjetoQuer ajudar doando peças, partes ou serviços para recuperar o Maverick 6-cilindros?  Fale com o Marcelo Belatto, à frente do Museu: www.museurobertolee.com.br.

Restante do Maverick. Peças surrupiadas dentro do Museu

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Antes do Amarok, o Trakkbayan
Quem acha que a experiência da Volkswagen no fazer picapes com motor dianteiro, suspensão traseira com eixo rígido e feixes de molas na longitudinal começou com o bem-sucedido Amarok, não olhou a história. Há quatro décadas a empresa desenvolveu um conceito o VW Transporter, o Typ — tipo — 200.
Tinha esta morfologia e era carro para trabalho duro em mercados com pouca tecnologia. Assim, chassis em aço, longarinas e travessas, suspensão traseira para trabalho, dianteira por triângulos e barras longitudinais de torção. Motor boxer dianteiro, 1.500 cm³, transmissão frontal.
A carroceria não era estampada, mas em chapa dobrada por simplórias máquinas, emendadas por solda elétrica. Em resumo, fácil de fazer.
Construiu quatro protótipos, testou-os mundo afora. Pelo Brasil dois, enfrentando os desafios da época, a Belém-Brasília sem pavimentação e a Transamazônica em abertura. Restaram duas unidades. Uma, em restrito museu da Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha. Outra, no Museu Nacional do Automóvel, Brasília.
Melhorados, foram à produção. Nas Filipinas, foi chamado Trakkbayan, mais ou menos "Carro do Campo", e produção local pelo representante DMG.
Foi base para a única evolução, o Hormiga, imagem de trabalhador incansável, construído pela VW do México, bem melhorado, cabine avançada, motor sob o banco dianteiro. Tanto nas Filipinas como no México tiveram produção restrita.
Visto o Amarok, definitivamente o passar do tempo muito melhorou o conceito.

Chassi, motor arrefecido a ar, à frente

Produto final, o Typ 200, nas Filipinas, Trakkbayan

RN


A coluna "De carro por aí" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

14 comentários :

  1. Legal esse Typ 200. Gostaria de mais informações sobre ele.

    "Mecânica muda tudo. Abandona o chassi original e o motor Diesel MWM, adotando a estrutura mecânica do picape Ranger, reduzindo a distância entre eixos, motor Diesel 5-cilindros de 3,2 litros, 20 válvulas, 200 cv e aproximados 45 m·kgf de torque, caixa de câmbio Aisin. Para compatibilizar a usina de força com o pequeno peso do Troller, destacou um de seus engenheiros com maior conhecimento e sensibilidade, Jorge Abdalla, acertador do Focus geração 2, para deixá-lo ágil sem beirar o perigo."

    Fiquei com água na boca, lendo essa parte.

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  2. - errata: "Velo Città, em Mogi das Cruzes, SP", favor corrigir, Mogi Guaçu;
    - na minha opinião a Ford precisa oferecer o Eco sem o estepe pendurado na tampa do porta-malas, e a mesma abrindo para cima, os únicos motivos que fazem o Tracker mais prático no dia a dia;
    - entre a penalidade imposta à empresa OHL e a gestão da Petrobrás nos faz lembrar que o governo está na mão de mal intencionados e/ou corruptos, estes exemplos não são mazelas e mereciam medidas mais efetivas;

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  3. HM
    Claro, Mogi Guaçu. Deixei passar essa. Está corrigido, obrigado pelo toque..

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  4. Não sei porque me dou ao trabalho, pois o mesmo não responde neste espaço ou qualquer mensagem enviada a ele, mas vamos lá: no tópico "Para trás" o Sr. Nasser faz alusão a essa bobagem de bloco de alumínio x bloco de ferro. Ora, o próprio "moderníssimo" Ecoboost, que substitui toda a gama Sigma na Europa, usa bloco de ferro. Por favor! O motor GM não é um primor de tecnologia, mas tem todos os recursos disponíveis em seus concorrentes - comandos variáveis, multiválvulas, etc. Pelo que já li, o mesmo rende tanto ou melhor que o Duratec 2.0 usado no suvinho da Ford.
    Sem defender o Tracker ou seu preço, mas parece um produto melhor que o Ecosport. Espaços equivalem, acabamento superior, quesito crítico no Ford.
    AlemãoS

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    1. Alemão
      Deixe de ser Chevroleteiro
      Esses motores da GM sao jurássicos!
      Beberrões com rendimento pífio !
      Voce anda de Monza até hoje?
      Aff!

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    2. AlemãoS, seu comentário está perfeito. O que importa é o que o motor entrega e não do que ele é feito. Aliás, muito tendenciosa a análise do Nasser. Senti "um que" contra a Chevrolet. Goste ou não goste, um jornalista deve ser imparcial.

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  5. Essa "picapinha" Typ 200, ainda seria útil nos dias de hoje.

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  6. Até hoje eu tenho paixão pelos "Ts" e "As".

    Sempre gostei das coisas simples, benfeitas e baratas.

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  7. Bom ponto, alemão (por ironizar o moderníssimo).
    Btw, motor de Monza também não rola.

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  8. Pois é, Nasser. Vou começar a visitar as concessionárias em busca de ofertas do Logan atual na versão top de linha, o automático, e ficar de olho. Creio que as melhores ofertas virão mesmo quando o novo já estiver nas lojas. Quem sabe troco meu Privilège 2009 por um 2013.

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    1. Mr. Car, atualmente só o automático é que vem completinho. Sai por 41 mil cubanos. É uma ótima compra.

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    2. Mr.Car
      Mas voce disse que ia comprar um Focus ?
      Como que fica essa confusão ?

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    3. Tuhu, se for um Logan meu próximo carro, é esse mesmo que vou querer, o automático, o top de linha. Esta semana vi anúncios de duas concessionárias já por 38 mil. mas como disse, creio que cai mais com a chegada do novo. Estou de olho.
      Anônimo: não estou com essa bola ($) toda. Focus, só se eu optar por um seminovo, e nesse caso, também analisarei um Sentra.

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  9. " Goiânia – Único autódromo goiano ganhou projeto da Confederação Brasileira de Automobilismo, a CBA: refazimento da pista em asfalto adequado, nova torre de controle, estacionamentos, 22 novos boxes. Previsão, R$ 27,3 milhões pelo governo do estado. Decisão soterra proposta de transformá-lo em condomínio residencial, desejo de alguns iluminados espíritos públicos."

    Exatamente como as "autoridades" do Rio fizeram com o autódromo de Jacarepaguá (um dos melhores traçados de pista do mundo).

    Bem localizado, entre a Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, região de grande crescimento nos últimos 20 anos. Com a desculpa das Olimpíadas (olim - piadas?) desfizeram o grande autódromo e entregaram a área as construtoras que lá farão quadras e vilas olímpicas, após os jogos, as mega-construtoras revenderão os imóveis à clientes.

    Tudo que as construtoras sempre sonharam: terreno valorizado e bem localizado grátis.

    A advogada das construtoras? A Drª. Adriana Anselmo, esposa do governado Sérgio Cabral, que também é manda-tudo na prefeitura do Paes...

    Leo-RJ

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