google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: autor


A placa acima encontra-se na rodovia RJ 157, um trecho pequeno que sai da Via Dutra (BR 116) na altura de Barra Mansa (RJ) e que na divisa com o Estado de São Paulo emenda na SP 064, que leva a Bananal (SP). Mais do que curiosa ou mesmo engraçada, a mensagem entristece, ao mostrar que temos um longo caminho a percorrer para sermos classificados como nação avançada. Usar o acostamento como depósito de qualquer coisa, ou até mesmo como lixeira, é inconcebível. Entretanto, acontece, obrigando a colocação de uma placa como essa.

Ainda está fresca na memória de muitos a cena de um grupo de torcedores japoneses recolhendo lixo deixado na área da platéia da Arena Pernambuco — cresci sabendo que arena era local para touradas, mas, tudo bem, é "muderno" — após o jogo contra a seleção da Costa do Marfim dia 14 último. Que exemplo de educação e civilidade.

Japonês recolhe lixo após o jogo (foto uol.com.br)



Uma das afirmações sobre o motor flexível em combustível (conhecido como "flex") é que ele é um "pato". Por que a associação do motor com nosso simpático amigo emplumado, que já inspirou toda uma família de personagens do Walt Disney, além do esquentado Patolino da Warner Bros.? É porque a ave em questão consegue transitar pelos três ambientes: terrestre, aquático e aéreo. O pato anda, nada e voa, embora não consiga fazer nenhum dos três com excelência. Ele simplesmente funciona nas três modalidades, sem ser excelente em nenhuma.

Este termo, "pato", é usado para vários objetos que se propõem a ser multi-uso, mas que não conseguem fazer muito bem cada um destes usos separadamente. A culpa disso, em grande parte, é ter que abrir mão da otimização em nome do compromisso: se o pato fosse otimizado para voar (como uma águia), não nadaria. Se fosse otimizado para nadar (como um peixe), não voaria. E por aí vai. Do jeito que é, justamente por não ser otimizado para nada é que ele consegue fazer as três coisas. Foi a melhor solução que a natureza encontrou para fazer um bicho "multi-uso".

Foto: itu.com.br
Rodovia SP 280 Castelo Branco


Em 17 de novembro de 2007 foi publicada no Best Cars Web Site a minha coluna semanal "Do banco do motorista", sob  o título "Salve-se quem puder", na qual relatei o que se passou com um amigo, Luiz Henrique Alves, ex-colega de General Motors, engenharia do produto, fato acompanhado de omissão de socorro por parte da ViaOeste, concessionária da Rodovia dos Bandeirantes. Contei que o Luiz Henrique saíra de Sorocaba (SP) no dia  2 de agosto bem cedo, às 5h40, rumo a São Paulo em seu carro particular. Ainda na SP 75 "Castelinho", trecho que liga Sorocaba à rodovia SP 280 Castelo Branco, ele começou a sentir um mal-estar no estômago, que evoluiria para dores no peito e formigamento da mão esquerda.

Fac-simile da minha coluna no Best Cars Web Site

No começo ele até julgou se tratar de um simples mal-estar e resolveu seguir em frente, até à praça do pedágio no km 74 da Castelo Branco. Se o sintoma persistisse, raciocinou, pediria ali socorro, pois como usuário habitual da estrada ele sabia haver lá uma unidade de emergência disponibilizada pela concessionária. Um raciocínio dentro de toda lógica de engenheiro que é.
Corvette C7.R e Ferrari 458 Italia

O primeiro Corvette, o original de 1953, com seu anêmico motor seis-cilindros Blue Flame de 150 cv de potência bruta, não era mesmo grande coisa em termos de desempenho. Quando Zora Arkus-Duntov tomou as rédeas do programa, logo colocou um V-8 no pequeno esportivo e o sucesso foi meteórico.

Não demorou para que o Corvette emplacasse também nas pistas, com carros espetaculares e resultados que até os europeus se surpreenderam. Vendo os últimos anos, um dos grandes representantes da dinastia foi o C6.R, modelo que até o ano passado competia de igual para igual com Ferrari, Aston Martin e Porsche.

Vencedor na sua classe em Le Mans e campeão da categoria em 2012, o C6.R além de rápido mostrou-se resistente, com a confiabilidade de um V-8 Chevrolet mais do que conhecida e renomada. Criado pela Pratt & Miller, empresa americana de preparações e projetos especiais, o modelo não deixava nada a desejar em termos de tecnologia frente aos concorrentes europeus.

O Corvette C6.R da Larbre Competition em Interlagos

O V-8 de um único comando alojado no meio do "V" e válvulas acionadas por varetas e balancins é a prova de que a simplicidade ainda é o forte para provas de longa duração. Quanto mais complicados, mais peças, maior a chance de um problema ocorrer. Nos primeiros modelos de 2005, o motor era um 7-litros derivado do LS7 para a categoria GT1, depois passou para 6 litros e até o 5,5-litros da última geração, já no que era a GT2.

Neste ano, com o lançamento da nova geração do Corvette Stingray de rua, o carro de corrida também tinha que ser atualizado, e nasceu o C7.R com a nova carroceria que remete ao carro de produção. O motor manteve-se similar ao do carro anterior, 5,5-litros “varetado”, mas agora com injeção direta de combustível e sem o sistema de comando variável disponível no carro de produção.