google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


O coração dos automóveis é seu motor. Desde o primeiro veículo autopropelido, ou seja, capaz de se mover sozinho por meio de potência gerada por componentes fixos à sua estrutura, o motor para a propulsão a combustão interna vem sendo aprimorado. Muitas das soluções que acreditamos serem modernas, surpreendentemente são quase tão antigas quanto o próprio motor. Passaremos brevemente pela história da criação e os principais fatos e invenções que tornaram nossos motores atuais o que são.

Os motores atuais de aplicação automobilística estão em desenvolvimento há mais de 100 anos. A grande maioria das inovações tecnológicas, estudos termodinâmicos e aperfeiçoamento da eficiência global dos motores de combustão interna ocorreram ao longo da história do transporte viário motorizado. Vamos fazer uma breve passagem sobre os primeiros motores e suas aplicações iniciais.

No ano de 1854, o primeiro projeto de um motor de combustão interna foi patenteado na Itália pelos engenheiros Eugenio Barsanti e Felice Matteucci. O projeto consistia na utilização da energia de expansão de gases liberada pela combustão de uma mistura explosiva de ar e hidrogênio para movimentar um pistão e transformar este movimento linear em um movimento rotativo, com o uso de uma árvore de manivela. Este motor nunca foi produzido em quantidade.

Réplica do modelo de motor Baranti-Matteucci
Fotos: autor


Eis aí um sedã nacional com um gostinho de esportivo italiano. Dos sedãs que tenho testado, Fluence, Civic, Corolla, Sentra, entre outros, este é o que mais me agradou. Quero deixar claro ao leitor que exteriorizo aqui um gosto pessoal, um gosto meu, para que caso o leitor tenha o mesmo gosto passe a ficar ligado nesse carro.

Não que os sedãs citados acima não tenham bom desempenho. Eles o têm, sim; deles saem bons números de velocidade máxima, aceleração, aderência nas curvas e outras características, mas um automóvel é mais que isso, é mais que números, pois o comportamento de um carro forma um complexo e a ele, simplificadamente, acabamos por chamar de personalidade; e o Linea tem um tempero, uma personalidade, que só os italianos imprimem em seus carros. Eu, particularmente, gosto disso. 

Começa pelo ronco. O E.torQ 1,8 (1.747 cm³) ronca gostoso, encorpado, e tem boa pegada. São 132 cv de potência máxima a 5.250 rpm (corte a 6.200 rpm) e 18,9 m·kgf de torque a 4.500 rpm, quando com álcool, o que leva os 1.315 kg do Linea a 100 km/h em 9,9 segundos e a 192 km/h de velocidade máxima. Não são números alucinantes, mas já são o bastante para uma tocada saborosa. As marchas são curtas e próximas umas das outras — em 5ª e última marcha, a 120 km/h reais, o giro está em 3.700 rpm — , o que não é lá muito desejável quando se quer um carro somente confortável, mas é bem-vindo quando se quer que o sangue circule mais forte nas veias.

Parece pedir uma estrada cheia de curvas!

Não é um  nome muito bom para um carro.  Não é exatamente  um animal de hábitos nobres ou valentes. A  explicação da escolha da hiena para batismo é que esse nada simpático animal tem a agilidade de um cabrito montês, a aceleração de um leopardo e a presença ameaçadora de um buldogue. Esqueçamos a parte ruim, meio verdade, meio mito, sobre este animal reciclador.

Pensando assim, dá para imaginar que esse carro é verdadeiramente selvagem, principalmente pela mecânica de nada menos que a do Delta HF Integrale, seis vezes campeão do mundo de rali, com tração nas quatro rodas, suspensão mais próxima das pistas do que das ruas, e um estilo de carro utilitário, quadradinho, porém simpático.

A origem: Lancia Delta HF Integrale

Carro autônomo: robô sujeito às leis das máquinas
Talvez muitos dos leitores não saibam, mas além de engenheiro mecânico, também sou engenheiro mecatrônico, da segunda turma formada no país, no já longínquo ano de 1991. Mas parece que foi ontem...

Das memórias que tenho dessa época, ainda guardo a primeira aula da matéria sobre dinâmica e controle de sistemas robóticos, onde focamos as leis da robótica de Isaac Asimov. Vimos que, apesar de Asimov tê-las escrito como alicerce para dar substância a muitas das situações conflitantes em seus livros, elas possuem profundo impacto na nossa relação com máquinas inteligentes.

Participei de muitas outras discussões sobre esse assunto ao longo dos anos e percebi que existe todo um mundo filosófico por trás delas.

Mas não adianta falarmos das leis da robótica se não soubermos o que é um robô.

Há muitas definições para robôs, mas, de todas, a melhor que encontrei diz que um robô é uma máquina que sente o mundo à sua volta, de alguma forma “pensa” qual a melhor forma de agir, e age. Essa capacidade de reagir inteligentemente ao ambiente que o cerca é que torna uma máquina um robô.

O robô é uma máquina especial, diferente das outras, porque é altamente adaptativa e reage inteligentemente a um ambiente mutável, não previsto previamente pelo projetista ou pelo programador.

Reparem que a definição de robô não inclui seu formato físico, então vários tipos de máquinas podem ser classificados de robôs por essa definição. Mais que isso, ela praticamente engloba boa parte dos sistemas automatizados avançados. Até mesmo softwares autônomos puros, sem hardware, podem ser classificados como robôs, segundo essa classificação.

Vamos a um pequeno teste. Quando falamos em robôs, e excluímos as temíveis ou amáveis máquinas da ficção científica, pensamos nestes robôs, certo? Errado!

Robôs? Não. Manipuladores.