google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


A velocidade é um conceito que intriga e é capaz de direcionar a vida de muita gente. “Será que posso ir mais rápido?” Este pensamento regularmente passa pela mente de muitos aficionados por velocidade. Há quem diga também que a velocidade é como uma droga, você fica viciado e não consegue parar.

Quanto mais rápido se vai, mais se deseja ir além. O limite está sempre um passo a frente, e quando se alcança este limite, apenas desloca a barreira um pouco mais além. Um belo caso de vício e dependência profunda da velocidade é o lendário Herbert James Munro, ou apenas Burt Munro, e sua Indian Scout recordista de velocidade.

A Velocette de Burt
Com a participação e fotos de Juvenal Jorge



Existem alguns carros nos quais estranhamente nos sentimos em casa. Não sei explicar o como nem por quê, mas é algo que pode-se provar facilmente por observação do comportamento das pessoas em qualquer encontro de carro antigo. Todo mundo pode até gostar de tudo que vê, mas em alguns carros param e suspiram longamente, como se algo lhes prendesse ali e os remetesse a um passado distante, ou mesmo, diriam os espíritas, a outras vidas.

Eu me sinto assim a respeito de Chevettes. Já falamos muito deles aqui (listo alguns links ao fim do post para os mais curiosos), e eu particularmente falei demais até, acho, e, portanto reluto a voltar ao assunto. Mesmo porque vendi o último de meus sete Chevettes em 2006, e tenho procurado ficar longe de vícios autodestrutivos desde então.

Um visual verdadeiramente cativante

Mas eis que me vem o amigo Juvenal Jorge pedindo companhia para ir ver o carro que é o tema deste post: O Chevette Envemo com cabeçote Silpo. Confesso que relutei, mas acabei concordando, ainda que fosse para não deixar o amigo sozinho.

Foto: Zero Hora

No final de semana retrasado, o país viveu mais uma tragédia, o incêndio na boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Um acidente não acontece apenas por um motivo, mas, sim, por uma grande cadeia de eventos que, somados, acabam resultando na tragédia. Saídas de emergência insuficientes, uso de material pirotécnico inadequado, extintores de incêndio que não funcionaram, falta de iluminação de emergência, revestimento acústico feito de material inflamável e que libera gases tóxicos quando queimado, falta de preparo dos seguranças, falta de indicação das saídas de emergência, enfim, uma série de erros que culminaram na morte de mais de 230 pessoas.

A minha primeira pergunta, ao saber pelos noticiários destes problemas encontrados na boate, foi: como puderam deixar que uma boate funcionasse nestas condições? Quem autorizou o funcionamento de uma casa noturna com tantos problemas? Quem autorizou não viu o uso de um material tão letal no revestimento acústico? Quem liberou o funcionamento da casa sem iluminação de emergência? Apesar do alvará estar vencido desde agosto de 2012, até o mês em questão a casa estava REGULAR, deste mesmo jeito!!!

Lombadas ajudarão a evitar atropelamento de animais (foto: Fernando de Lima Favaro)
                                  
A primeira coisa que me vem à cabeça quando passo por um quebra-molas (ou lombada) é uma ambulância com um paciente em estado grave em seu interior. O que fazer, passar à toda velocidade e massacrar o paciente ou frear a cada obstáculo e perder preciosos minutos no trajeto para o hospital?

Mesmo considerando nosso dia-a-dia, sem emergências, o tal obstáculo nos faz um mal danado. Dia desses fiz uma medição, entrei em um condomínio de casas aqui no Rio e zerei o computador de bordo do carro. Fui até a última rua, tendo que transpor mais de uma dezena desses dejetos viários. Fiz meia volta e ao chegar onde tinha zerado o computador, simulando o trajeto de saída e chegada em casa, conferi o computador: 8,8 km/l de consumo médio e 25 km/h de velocidade média.