google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Quando o Bob Sharp me perguntou se eu poderia ir ao lançamento do JAC J2, a primeira coisa que pensei foi “xii, isso não vai dar certo”. Explico. Sempre gostei de carros grandes e com muitos itens de conforto, preferencialmente sedãs; e o Jac J2 é o oposto disto, um carro minúsculo e de preço relativamente baixo, para competir nos segmentos inferiores do nosso mercado. Porém, ao ler na internet que ele virá ao Brasil equipado com o mesmo e bom motor do J3 (1.332 cm³, mas chamado de “1.4”), pesando quase 150 kg a menos, pensei: “bem, esse bichinho até que pode ser divertido, vou lá conferir”.

Não deu outra: O motor realmente fez a diferença no J2. Enquanto praticamente todos os seus concorrentes em preço e peso recorrem ao motor de 1 litro para pagar menos IPI, a JAC Motors brasileira fez o oposto: o J2 original na China tem motor de 1 litro, mas, quando da importação, o grupo de Sérgio Habib solicitou que o motor fosse mudado para o mesmo HFC4GB1.3C que equipa o J3. Este motor desenvolve 108 cv a 6.000 rpm e tem torque máximo de 14,1 m·kgf a 4.500 rpm. Se contarmos que o pequenino J2 pesa apenas 915 kg, temos a interessante relação peso-potência de 8,47 kg/cv. Número respeitável, digno de carros de bom desempenho, e dirigir o J2 só confirma isto. Mais detalhes sobre o motor no post do J3.


Fotos: autor



Tive uma sensação estranha ao dirigir o Fusca pela primeira vez, ontem. Ao me aproximar do carro, linhas que evocam totalmente o Volkswagen sedã, o primeiro, que conheci em 1953; ao andar, um Volkswagen contemporâneo com tudo o que se conhece de bom. Deu certa confusão, mais ou menos como entrar na casa maluca de um parque de diversões, com seu interior inclinado, conforme nossa vista informa, e o labirinto nos dizer que em relação ao solo estamos na vertical.

O Fusca, Beetle na Alemanha, é completamente diferente do New Beetle. Foi apresentado no Salão de Xangai em 20 de abril do ano passado, houve post a respeito. Sucede o New Beetle, produzido de 1998 ao final de 2010, num total de 1,1 milhão de unidades, na fábrica mexicana da Volkswagen, em Puebla, que está produzindo o novo também. Por isso está chegando ao Brasil sem recolher imposto de importação, ao preço de R$ 76.600,00 com câmbio manual e R$ 80.990,00 com o robotizado DSG, ambos de seis marchas. Com todos os opcionais vai para R$ 95.815,00. As vendas das duas versões já começaram, em seguida ao lançamento no nosso e recente Salão do Automóvel.


Cara de "Porschinho" ficou agradável


Ao longo dos anos, o mundo se adapta às necessidades das pessoas, é um fato conhecido, por mais estranho que seja. As culturas se modificam de acordo com o rumo dos avanços tecnológicos, além da inspiração de pessoas formadoras de opinião.

Já cansamos de ver exemplos de total inversão de opinião, como na nossa alimentação. Quem já não ouviu dizer que ovo faz mal? Fazia, pois agora faz bem, assim como tantos outros alimentos. O que fazia mal, agora faz bem, graças à pesquisas e testes, e o contrário também é verdade. O que fazia bem para a saúde, agora faz mal, como frutas que são muito ácidas ou carnes brancas que são gordurosas.

O mesmo podemos dizer do automobilismo. Antigamente era o máximo ter o carro todo colorido com as cores de fabricantes de bebidas alcoólicas e cigarros, pois era chique fumar e beber. Agora, é um pecado e quem fizer isso vai estar destruindo a humanidade.



Nasci em 1956 e tão logo completei 18 anos tirei carteira de habilitação. Talvez, ou mesmo provavelmente, o caro leitor nem tivesse então nascido, mas talvez lhe interesse saber o que os autoentusiastas de então faziam para se divertirem com o que havia à mão.

Preparávamos, envenenávamos, mexíamos – era isso o que fazíamos para termos um carro mais divertido.

Certamente o nosso editor-chefe, o Bob Sharp, tem muito mais o que falar a respeito, já que nessa época ele corria profissionalmente e não era dos pilotos que só sentavam e mandavam a lenha – sua curiosidade e inteligência sempre o levaram a buscar a fundo o conhecimento técnico, tanto sobre a arte da pilotagem quanto sobre a arte da mecânica.

Mas vou contar o que posso contar, que é como a coisa funcionava do meu lado, o lado empírico, o amador, com suas burradas e suas acertadas, e veremos aí se estas historinhas incitarão o mestre Bob a contar um pouco de sua rica e interessante vivência.