google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): colin chapman
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Ao longo dos anos, o mundo se adapta às necessidades das pessoas, é um fato conhecido, por mais estranho que seja. As culturas se modificam de acordo com o rumo dos avanços tecnológicos, além da inspiração de pessoas formadoras de opinião.

Já cansamos de ver exemplos de total inversão de opinião, como na nossa alimentação. Quem já não ouviu dizer que ovo faz mal? Fazia, pois agora faz bem, assim como tantos outros alimentos. O que fazia mal, agora faz bem, graças à pesquisas e testes, e o contrário também é verdade. O que fazia bem para a saúde, agora faz mal, como frutas que são muito ácidas ou carnes brancas que são gordurosas.

O mesmo podemos dizer do automobilismo. Antigamente era o máximo ter o carro todo colorido com as cores de fabricantes de bebidas alcoólicas e cigarros, pois era chique fumar e beber. Agora, é um pecado e quem fizer isso vai estar destruindo a humanidade.

Dezesseis cilindros, sessenta e quatro válvulas, dois virabrequins: complexidade excessiva

A história da Formula 1 é interessante não apenas pelos projetos vencedores, mas também pelos que não deram certo. Entre esses, há carros para os quais haviam poucas esperanças desde o nascimento. Equipes já desaparecidas como a Life, Bellasi, Merzario, Derrington-Francis, e muitos outros, fizeram carros que chegaram a ser ridicularizados. Lembramos da pobre italiana Coloni, que teve o brasileiro Roberto "Pupo" Moreno como piloto por alguns meses, pintando carenagens numa oficina perto do autódromo de Interlagos. Mal chegaram a participar de alguma corrida além das classificações. Existiram algumas equipes com muito potencial técnico e humano, mas que nunca conseguiram vitórias, como ATS, Beatrice, De Tomaso e a brasileira Copersucar-Fittipaldi, esta por muito pouco mesmo. Vide o segundo lugar de Emerson em Jacarepaguá 1978.

Algumas equipes com recursos muito limitados fizeram grandes carros, como o Eagle-Weslake V-12, e grandes equipes fizeram perdedores, basta lembrar da Ferrari durante muitos anos pré-Schumacher e a Lotus com o Type 80, um carro cheio de problemas que veio na seqüência do Type 79, campeão do mundo de pilotos e construtores em 1978.

A BRM (British Racing Motors) foi uma dessas equipes que poderia ter vencido muito mais. Fundada em 1945 por Raymond Mays e Peter Berthon, teve, entre as dezessete vitórias de 1959 a 1972 e os campeonatos de pilotos com Graham Hill e de construtores em 1962, além de quatro vice-campeonatos de construtores, uma história com a característica de fazer carros de funcionamentos extremos. Fases de carros imensamente complexos e totalmente impossíveis de serem pilotados a contento, depois trabalhando num caminho mais simples e com bons resultados. A BRM teve momentos de glória e momentos desprezíveis, quase na mesma medida.