google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Aspin: principal tipo de válvula rotativa axial


As válvulas rotativas axiais

 A partir de 1911, e praticamente por todos os anos 1920, uma série de experimentos com os mais variados sistemas de válvulas rotativas surgiram e a grande maioria desapareceu e caiu no esquecimento. Porém, alguns abnegados inventores e engenheiros se esforçaram para torná-las úteis.

Há duas grandes famílias de válvulas rotativas, as axiais (de eixo paralelo ou concêntrico ao do cilindro), e as transversais. Nesta parte veremos as válvulas rotativas axiais, e na próxima parte veremos as válvulas rotativas transversais.

Curiosamente, veremos que os dois tipos de válvulas estão fortemente associados ao desenvolvimento das motocicletas, em especial as de competição.

A maior parte da família das válvulas rotativas axiais se caracteriza por conformar parcial ou totalmente a câmara de combustão em um componente móvel, o que auxilia na formação da turbulência necessária para uma boa queima. Além disso, estas válvulas, por estarem posicionadas dentro da cavidade da câmara de combustão, ao receberem o pulso de alta pressão da combustão da mistura, são pressionadas a vedar ainda mais as passagens de gases, obtendo um rendimento de vedação comparável ao das válvulas circulares convencionais, porém sem oferecer a restrição de corpos invasivos à câmara.

Estas válvulas apresentam certo grau de parentesco com os motores de dois tempos na medida em que o rotor tem o papel duplo de válvula e de câmara de combustão, assemelhado ao pistão do motor de dois tempos.

Recordando a segunda parte deste artigo, vimos o motor da RCV, que possuía uma camisa rotativa que funcionava como válvula. Embora eu tenha colocado esse motor na parte referente aos sistemas de camisas móveis, sob uma outra ótica, o sistema da RCV também pode ser classificado como um sistema de válvula rotativa axial completo. Ele é portanto, um sistema de transição, que fica na fronteira entre dois sistemas bastante diversos.

Sistema RCV: um sistema de transição

Fotos: Luca Bassani e divulgação



Monobloco totalmente em alumínio, motor V-8 de 4.999,7 cm³ com compressor volumétrico (Supercharged), bloco e cabeçotes de alumínio, duplo comando com variador de fase em ambos e 4 válvulas por cilindro, injeção direta, 510 cv de 6.000 a 6.500 rpm e 63,7 m·kgf de 2.500 a 5.500 rpm, câmbio automático epicíclico ZF 8HP70 de oito marchas, tração integral com reduzida de 2,93:1 engatável a até 60 km/h, suspensão independente e pneumática nas quatro rodas, quatro enormes freios a disco de 380 mm e 365 mm de diâmetro dianteiros/traseiros com pinças dianteiras Brembo de seis pistões que mais parecem as de um vagão de metrô de tão grandes, 0 a 100 km/h em 5,4 segundos, chega a 250 km/h, direção de assistência elétrica indexada à velocidade, cinco verdadeiros lugares, porta-malas de 550 litros sob o tampão, tanque de 105 litros: acho que nem precisaria escrever mais para o leitor ter idéia do que é o novo Range Rover Vogue, que chega à sua quarta geração a partir do nascimento em 1970. Mas tem mais.

Força e tração na dunas de Essaouira

Foi o que o AE pôde constatar ao dirigir o novo utilitário esporte inglês entre Essaouira e Marrakesh, no Marrocos, a convite da Jaguar Land Rover do Brasil, durante quase 400 quilômetros em dois dias, do nível do mar a 1.850 metros de altitude nas Montanhas Atlas, não sem antes trafegar – subir e descer! – nas dunas de Essaouira, nas estreitas estradas vicinais de terra e asfalto e numa fantástica e exemplar autoestrada (limite de 120 km/h), tipicamente Autobahn, interligando Casablanca, Agadir e Marrakesh.

Nessa  por pouco não atolei

Um estranho no ninho
Minha filha correndo a pé, treinando, e eu atrás de bicicleta, bufando para acompanhá-la. Minha sorte foi passar em frente à loja da Bentley na Av. Europa, em São Paulo, e lá ver um Corvette 1962 vermelho; assim tive uma desculpa honrosa para uma parada. E lá seguiu ela correndo a dar voltas no quarteirão enquanto eu me inteirava do como é que um antigo desses fazia numa loja de Bentley novos. Um famoso da Globo o deu como parte do pagamento na compra de um ícone inglês.


V-8 GM LS2 preparado
O modificado ‘Vette ’62 veio já pronto dos Estados Unidos, e quem o modernizou foi a Street Shop, uma oficina especializada justamente nisso, modernizar antigos Corvette. Este, por exemplo, apesar da carroceria ser totalmente original, tem um chassi novo e diferente do original que, segundo a Street Shop, além de mais leve é mais rígido a torções. A suspensão vem dos ‘Vette C4 (1989 a 1996), sendo braços de alumínio e suspensão traseira independente, esta multibraço e também com alterações, pois não tem a mola transversal de compósito de plástico como a do C4 original e sim molas helicoidais.
Fotos: Bill Egan e divulgação

O belíssimo Mk2 dos Egan, e logo atrás, o Mille

Na sexta-feira passada, feriado de finados, marcamos um passeio com uma turma de amigos entusiastas, organizada pelo Bill Egan. A idéia era nos encontrarmos às nove da manhã na garagem dele, de onde sairíamos com carros antigos, visitaríamos uma outra coleção de carros antigos aqui de São Paulo, almoçar, e depois voltar ao ponto de saída.

Saí de casa às oito então, para buscar o amigo Rafael Tedesco em casa, e depois ir até à garagem. Estava com um Chevrolet Sonic LTZ azul brilhante, um hatchback pequeno mas luxuoso, moderno, e com todas as amenidades possíveis e imagináveis. O carrinho, ainda novidade nas ruas, fez um bocado de sucesso entre os manicacas reunidos na porta da garagem do Egan. O carro é realmente bonito e chama atenção.

De dentro da Mercedes, pode se ver o Mille e o Jaguar. (Foto: Rafael Tedesco)
O Egan estava, como sempre nessas ocasiões, manobrando os carros para poder tirar lá do fundo do galpão as duas maravilhosas peças da coleção que usaríamos como meios de transporte naquele dia: Um magnífico Jaguar Mk II 3,8-litros de 1961 e um lindíssimo cupê Mercedes-Benz 220SE de 1965. Em momentos como este, sempre dou um passo atrás e lembro como sou um sujeito de sorte de ter tantos amigos generosos como os Egan. Há meros dez anos, estar no meio de carros e pessoas tão legais seria simplesmente impensável. O tanto que a vida muda, e como o faz sem controle nenhum de nossa parte, é uma das coisas que a faz tão bela, e o que nos mantém felizes e esperançosos do futuro.