google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Novo Chevrolet Cruze

Preços de automóveis vêm sendo alvo de bastante controvérsia nos últimos meses. O inconformismo de muitos, repetido com bastante freqüência neste AE, com o que se pede por um carro, utilitário, picape ou SUV no Brasil, comparado com diversos países e até com nossos vizinhos, que compram exatamente os mesmos modelos daqui por muito menos, é plenamente justificável.

Não seria diferente no caso do mais recente lançamento da Chevrolet, o Cruze.

O que pretendo discutir neste espaço é talvez mais um pouco do mesmo tema, tentar adicionar mais alguns ingredientes e compreender qual a possível estratégia da turma de marketing e vendas da GM.

O lançamento oficial do Cruze deu-se na última sexta-feira, 9 de setembro. Algumas semanas antes, o pessoal daqui discutiu bastante, até fizemos nosso bolão. Ninguém trabalha no marketing GM, não havia informação privilegiada, mas foi interessante coletar a lógica de cada um por trás de sua aposta.



Muitos já devem ter assistido no YouTube ao magnífico filme do Lexus LFA batendo o recorde de Nürburgring para carros de produção em série.

O vídeo tem momentos espetaculares, assustadores, emocionantes. Para quem gosta de carros, de andar rápido, de pistas, de corridas, de limites, as imagens são quase que um sonho. E quem já andou lá (eu não), diz que esses pouco mais de sete minutos são algo difícil de imaginar. Se você ainda não viu, esse é o link.


À esquerda, a vista do piloto dos controles e painel do Cessna 210. À direita, o mesmo, em um Boeing 777. O primeiro, um pequeno avião de motor a pistão; o segundo, um enorme jato intercontinental. Comum aos dois, a cabine do piloto, os mesmos comandos básicos, sempre no mesmo lugar. Instrumentos em frente, controles de motor no centro. O piloto de um não encontra dificuldade em achar as coisas em outro. Mas o mesmo não ocorre nos automóveis. Está errado. tinha de haver padronização, tanto em nome da facilidade de dirigir, quanto, e principalmente, em nome da segurança.

Comando de luzes, por exemplo. Há interruptor por botão giratório no painel, como há a extremidade da alavanca de seta que é giratória. A indústria deveria escolher um e aplicar em todos os carros. Mesmo em produtos do mesmo fabricante encontram-se as duas soluções. O comando do limpador de pára-brisa é outro caso. Ora está à esquerda, ora está à direita da coluna de direção. O mais comum é à direita, mas existem vários casos de estar à esquerda.



Já que a relação peso-potência manda muito no desempenho de um carro, principalmente na aceleração, o preparador americano John Hennessey, já meio cansado de inventar motores cada vez mais potentes para carros que cada vez saíam mais pesados das fábricas, resolveu construir ele mesmo um GT para estourar a boca do balão.

Viper, Corvette, Camaro, tudo ficou pesado para o gosto dele. Além do mais, a configuração de motor dianteiro com tração traseira tem limitações para tracionar. Não adianta aumentar a potência, pois não dá para jogá-la no chão.

Seguiu o que manda a lógica: carro leve, motor central-traseiro, tração traseira, e assim nasceu o Venom GT, um monstro de 1.200 cv pesando só 1.215 kg, ou seja, 1 kg/cv. Distribuição de peso, com piloto: 40 % na dianteira e 60% na traseira.