google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): som de motor
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Muitos já devem ter assistido no YouTube ao magnífico filme do Lexus LFA batendo o recorde de Nürburgring para carros de produção em série.

O vídeo tem momentos espetaculares, assustadores, emocionantes. Para quem gosta de carros, de andar rápido, de pistas, de corridas, de limites, as imagens são quase que um sonho. E quem já andou lá (eu não), diz que esses pouco mais de sete minutos são algo difícil de imaginar. Se você ainda não viu, esse é o link.

Não tem jeito. Por mais que admiremos tecnologia avançada, por mais que precisemos respirar ar limpo, por mais que detestemos ruídos desagradáveis e intrusivos, carro tem que fazer barulho. Veículo motorizado tem que ter som. Motor tem que ter explosão para ser considerado motor de verdade.

Alguém é capaz de imaginar a Formula 1 do futuro com carros elétricos e silenciosos? O som de um carro de Formula 1 fica marcado na alma de todos que já o ouviram pessoalmente, em qualquer lugar do mundo. Fico imaginando a primeira corrida em algum país onde nunca houve Formula 1. Os sons normais do lugar são somados a um rugido nunca antes ouvido por lá. Algo como um avião a jato passando pela primeira vez sobre uma tribo indígena. De repente, toda uma área antes alheia a algo tão diferente, fica tomada por um novo item, dominador, no ambiente. Um som descomunal, elevado, intenso, um berro emitido por uma máquina mecânica que mais faz imaginar algum monstro lendário ou um cataclisma do que um carro.

Carros sem som podem ter sua utilidade, podem até mesmo se tornar indispensáveis num futuro bem próximo. Mas o som de um motor bem projetado, construído e munido de um escapamento decente, é insubstituível. E não precisa ser barulhento para ser bonito ou mesmo marcante. Basta ter personalidade, assinatura sonora, como já li certa vez.

Quando o Dodge Viper foi lançado, um dos pontos criticados foi justamente o som do motor. Montado em um carro de uma ferocidade visual como poucas vezes realizada na história do automóvel, o som do V-10 originário de caminhão, porém construído em alumínio, era pouco inspirador. Muito menos excitante e entusiástico do que um bom V-8 com vários litros a menos. E o pior, vindo da Chrysler, mãe do Hemi, um dos mais fabulosos roncadores. Aí devemos lembrar o seguinte: o Hemi atual, ao menos quando colocado num 300C, que podemos ouvir de vez em quando, é absolutamente amordaçado. Como se trata de um sedã e não de um esportivo, há silenciadores do tamanho do tanque principal do Space Shuttle, e o carro se recusa a berrar, mesmo quando se afunda o pé com força. Se for o automático então, o contraste entre ler aquela plaqueta "Hemi" e escutar o dito cujo, é absurdo. Um anticlímax.

Quem já escutou um Hemi antigo, colocado naqueles toscos, e por isso mesmo maravilhosos, muscle cars dos anos 60, tem certeza que esse Hemi novo, todo silenciado e isolado, é um 4-cilindros qualquer. Dia desses tive o prazer de acompanhar com meu carro, andando atrás e ao lado, um Mustang novinho, que além do borbulhar do V-8, tinha um gemido de compressor mecânico tocado por correia, aquilo que se chama de whine noise em inglês. Um outro mundo. Um mundo que a "crise" quer que acabe. Essa maldita e impessoal crise, que domina nosso dia-a-dia se formos só um pouquinho pessimistas. Uma crise a que tudo de ruim é atribuído e que serve de desculpa para tudo.

Em nome dos entusiastas de todo o mundo, eu torço todos os dias para que essa situação desconfortável não perdure, para que tenhamos mais e mais carros com sons memoráveis.

Carros com sons que nos façam lembrar deles daqui a 30, 40 anos como se fosse hoje.


Traduzi um texto muito interessante:

DEFINIÇÃO DE ACELERAÇÃO

(cortesia de KB Performance Pistons)


Um dragster Top Fuel com motor Hemi de 500 polegadas cúbicas (8,2 litros) tem mais potência que as 4 primeiras filas dos stock-cars da Nascar na Daytona 500.

Leva apenas 15 centésimos de segundo para os mais de 6.000 cv de um Top Fuel, a categoria máxima dos dragsters da NHRA (National Hot Rod Association), chegar às rodas traseiras.

Sob aceleração plena, esse motor consome 1,5 galão de nitrometano por segundo (5,7 litros). Um Boeing 747 carregado consome combustivel à mesma taxa, produzindo 25% menos energia.

Um motor Dodge Hemi V8 de rua não tem potência suficiente para girar nem o compressor de um motor aplicado no dragster Top Fuel. Com 3.000 cfm (pés cúbicos por minuto) de ar sendo pressurizados girando em última marcha, a mistura de combustível é comprimida quase a estado sólido antes da ignição.

Os cilindros trabalham na proximidade do calço hidráulico sob plena aceleração.

Na relação estequiométrica de 1,7:1, a frente de chama da mistura atinge 7.050 F ( 3.900 °C). O nitrometano queima na cor amarela. A língua de fogo branca vista na saída dos escapamentos dos Top Fuel, facilmente visíveis quando não há sol, é hidrogênio queimado, dissociado do vapor de água da atmosfera.

Magnetos duplos suprem cada vela de ignição com 44 ampères. Essa corrente é a de um arco voltaico de solda. Os eletrodos das velas são totalmente consumidos em uma arrancada apenas. Na metade do caminho, o motor está queimando a mistura por compressão, como um Diesel, além do calor das válvulas de escapamento a 1.400 F (760 °C), pois os eletrodos já se acabaram. O motor só pode ser desligado cortando-se o fluxo de combustível. Se a centelha falha momentaneamente no início da aceleração, o nitrometano não queimado se acumula no cilindro afetado e então explode com uma força capaz de arrancar o cabeçote, ou até dividir o bloco ao meio.

Para conseguir atingir 300 mph (482,7 km/h) em 4,5 segundos, os dragsters aceleram a cerca de 4 g. Para atingir as 200 mph (321,8 km/h) antes da metade dos 402 metros de pista cronometrada, a aceleração inicial é de 8 g.

Os dragsters chegam a 300 mph antes de você terminar de ler essa frase.

Os motores dos Top Fuel giram aproximadamente 540 vezes, da luz verde ao final do quarto de milha! Incluindo a patinagem da arrancada, o motor dura apenas 900 rotações sob plena carga. A faixa vermelha é bem alta, a 9.500 rpm.

Se nada explodir, cada arrancada custa US$ 1.000,00 por segundo.

O atual recorde de tempo é de 4,428 segundos para os 402 metros (12 de Novembro de 2006, Tony Schumacher, em Pomona, Califórnia). O recorde de velocidade numa pista de dragster é 336,15 mph (540,98 km/h), medida nos últimos 66 pés (20 metros) da passagem (25 de maio de 2005, Tony Schumacher, em Hebron, Ohio).

Colocando tudo isso de um outro ponto de vista:

Você está dirigindo um Corvette Z06, modificado pela Lingenfelter, duplo-turbo, de US$ 140.000,00. Uma milha à frente, um dragster Top Fuel está pronto para partir, quando você passar. Você tem a vantagem da largada lançada. Você trabalha nas marchas e cruza a linha de largada a honestas 200 mph. A luz fica verde para ambos nesse momento. O dragster arranca e vem atrás de você. Seu pé fica colado no fundo, mas você escuta um som brutal aumentando e se aproximando, e em de 3 segundos ele o alcança e o ultrapassa. Ele cruza a linha de chegada na sua frente, apenas 402 metros depois que você o passou.

Pense nisso: largando parado, o dragster lhe arrancou as 200 mph que você tinha de vantagem, a não apenas lhe alcançou, mas quase lhe jogou para fora da pista quando o ultrapassou.

Isso, meu amigo, é ACELERAÇÃO!!!

Muito mais pode ser lido e visto em:

http://kb-silvolite.com/index2.php

http://www.shoeracing.com/

http://www.nhra.com/