Engraçado como as coisas são…
Hoje em dia parece que gostar de carro, andar de carro, ter carro ou qualquer outra coisa relacionada a carro é um pecado. Um pecado daqueles bem cabeludos, daqueles para os quais o padre reserva suas penitências mais sádicas. A simples menção de que se tira o seu sustento deles é recebida com uma enfadonha e idiota ladainha sobre o fim do mundo, crise, carros beberrões e poluidores, falência da indústria americana devido a carros beberrões, e blablablablabla. Um porre!
E mais: entusiastas endinheirados como o Neil Young começam a ter idéias mirabolantes de Lincolns movidos a sei lá, óleo usado de jojoba do agreste e energia eólica. A GM, vejam só, inventa híbridos plug-in e traz de volta um imenso Segway com teto, e jura de pé junto que é uma empresa mais verde que um depósito de clorofila destilada no meio da floresta amazônica.
Até aqui neste blog supostamente povoado por gente movida pelo fogo da combustão interna, parece que se começa a procurar justificativas para a paixão. Vejo essa tendência cada vez mais forte, principalmente em conversas entre os colegas de blog. Ainda agora aí ao lado uma frase do leitor Gastão Ferreira que é pura justificativa:
“Para simplesmente levar de um ponto ao outro existem o transporte coletivo, o ônibus, o metrô. Para eles é que se deve destinar a tarefa de torná-los cada vez mais eficientes e racionais."
Usar o transporte coletivo como justificativa é uma boa, faz a gente escapar do pecadão de gostar de carros na moita...Mas, peraí...POR QUE tenho que me justificar, para começo de conversa??
Bem garotos, o velho Marco está aqui para lhes contar que todo esse papo é uma grande pilha bem fumarenta de B(péééééé)A.
O mundo não vai mudar absolutamente nada, em termos climáticos e de poluição, se amanhã substituíssem todos os carros por carros elétricos com baterias vindas de Marte que armazenassem 3.000 km de autonomia. Carros modernos poluem coisa ínfima e irrelevante, se você tentar se suicidar respirando os seus gases numa garagem fechada não vai conseguir. Estrume de gado polui mais.
Mas olha aí eu tentando me justificar também, feito o leitor! De novo, por que tenho que me justificar? Carros são a coisa mais fantástica que já aconteceu para a humanidade, algo que deu uma liberdade ao homem que nenhuma rebelião sangrenta, que nenhum Che Guevara pode proporcionar: liberdade pessoal.
Com um carro, eu já disse aqui, você é capitão de seu próprio navio, senhor de seu próprio destino e LIVRE para ir aonde a sua imaginação quiser. Algumas vezes, em viagens a trabalho sozinho, ainda me impressiono em como é uma máquina fantástica: capaz de te levar a qualquer lugar a altíssimas médias de velocidade, protegido de qualquer clima que a natureza possa lhe entregar, e depois ainda te levar calmamente para jantar no destino. Ter um carro na garagem com combustível no tanque é a sensação de liberdade de escolha mais fantástica que se pode ter. Só a sua cabeça é seu freio; o carro está pronto para ir agora aonde você bem entender. Se você não percebe isso, basta vender seus carros e se obrigar a ficar um mês sem eles. Nós nos acostumamos tão profundamente a tê-los sempre a mão, que não percebemos quão fantástico é essa máquina que lhe espera pacientemente no escuro de sua garagem enquanto você lê estas linhas.
Agora, se tem alguns efeitos colaterais... bem, nada é perfeito e nunca será. A gente tem que se tocar que não existe solução perfeita nem verdade absoluta. Se as baterias de Marte aparecessem, em 20 anos o mundo ia estar entupido de baterias usadas, que vazariam um líquido marciano letal... Se fala um monte de bobagens sobre essas “novas tecnologias”, mas todos se esquecem que depois de usadas em larga escala, TODA nova coisa tem seus efeitos colaterais que ninguém sabia existir quando colocou-as no mercado. Quando Henry Ford botou todo mundo dentro de seu carro próprio, não poderia imaginar como ficaria o trânsito na marginal!
E o mais engraçado é que tudo é muito parecido com a década de 70. Lá, o petróleo acabaria em breve e precisávamos de outra coisa. Agora, sei lá, o planeta vai acabar. E sabe como todo mundo sabe disso? Porque Al Gore ganhou um Oscar, ora bolas!!! Então tem que ser verdade, não importa que até este ponto a teoria dele era uma entre 325 mil outras para explicar o clima na Terra.
Uma delas, simplista mais por isso genial, era a teoria de LJK Setright: “É muita presunção do ser humano achar que pode mudar o clima. E maior presunção é achar que pode parar estas mudanças”.
Mas de novo, não quero me justificar, nem pretender entender o que acontece com o clima do planeta. É complicado demais, nem Einstein conseguia prever com certeza absoluta se vai chover amanhã, quiçá prever uma nova era do gelo... Vamos deixar esse papo todo para cientistas de verdade, não o Al Gore, muito menos um imbecil fissurado terminantemente em carros como eu. Esse papo todo é idiota porque em 10, 20 anos vamos rir de rolar dele, como fazemos hoje sobre o fato irrefutável de 1970: “o petróleo vai acabar”.
Então conclamo vocês, leitores, colegas de blog, e entusiastas em geral, a não esmorecer nesses tempos difíceis. Nós não vamos destruir o mundo não, vamos apenas exercer nosso direito de dirigir. Não somos Osama Bin Laden, pelamordedeus!
Vamos aproveitar essa nossa única real forma de liberdade, e vamos amar essa máquina maravilhosa profundamente. Ela é uma coisa boa! Não há do que se envergonhar.
Que se envergonhem os políticos, os bandidos, os assassinos, os bêbados, os traficantes, os drogados e os imorais, que esses, sim, podem acabar com o mundo de uma forma lenta e dolorosa, corroendo o cerne da sociedade.
Eu só gosto de carro. E não tenho vergonha disso.
MAO
Hoje em dia parece que gostar de carro, andar de carro, ter carro ou qualquer outra coisa relacionada a carro é um pecado. Um pecado daqueles bem cabeludos, daqueles para os quais o padre reserva suas penitências mais sádicas. A simples menção de que se tira o seu sustento deles é recebida com uma enfadonha e idiota ladainha sobre o fim do mundo, crise, carros beberrões e poluidores, falência da indústria americana devido a carros beberrões, e blablablablabla. Um porre!
E mais: entusiastas endinheirados como o Neil Young começam a ter idéias mirabolantes de Lincolns movidos a sei lá, óleo usado de jojoba do agreste e energia eólica. A GM, vejam só, inventa híbridos plug-in e traz de volta um imenso Segway com teto, e jura de pé junto que é uma empresa mais verde que um depósito de clorofila destilada no meio da floresta amazônica.
Até aqui neste blog supostamente povoado por gente movida pelo fogo da combustão interna, parece que se começa a procurar justificativas para a paixão. Vejo essa tendência cada vez mais forte, principalmente em conversas entre os colegas de blog. Ainda agora aí ao lado uma frase do leitor Gastão Ferreira que é pura justificativa:
“Para simplesmente levar de um ponto ao outro existem o transporte coletivo, o ônibus, o metrô. Para eles é que se deve destinar a tarefa de torná-los cada vez mais eficientes e racionais."
Usar o transporte coletivo como justificativa é uma boa, faz a gente escapar do pecadão de gostar de carros na moita...Mas, peraí...POR QUE tenho que me justificar, para começo de conversa??
Bem garotos, o velho Marco está aqui para lhes contar que todo esse papo é uma grande pilha bem fumarenta de B(péééééé)A.
O mundo não vai mudar absolutamente nada, em termos climáticos e de poluição, se amanhã substituíssem todos os carros por carros elétricos com baterias vindas de Marte que armazenassem 3.000 km de autonomia. Carros modernos poluem coisa ínfima e irrelevante, se você tentar se suicidar respirando os seus gases numa garagem fechada não vai conseguir. Estrume de gado polui mais.
Mas olha aí eu tentando me justificar também, feito o leitor! De novo, por que tenho que me justificar? Carros são a coisa mais fantástica que já aconteceu para a humanidade, algo que deu uma liberdade ao homem que nenhuma rebelião sangrenta, que nenhum Che Guevara pode proporcionar: liberdade pessoal.
Com um carro, eu já disse aqui, você é capitão de seu próprio navio, senhor de seu próprio destino e LIVRE para ir aonde a sua imaginação quiser. Algumas vezes, em viagens a trabalho sozinho, ainda me impressiono em como é uma máquina fantástica: capaz de te levar a qualquer lugar a altíssimas médias de velocidade, protegido de qualquer clima que a natureza possa lhe entregar, e depois ainda te levar calmamente para jantar no destino. Ter um carro na garagem com combustível no tanque é a sensação de liberdade de escolha mais fantástica que se pode ter. Só a sua cabeça é seu freio; o carro está pronto para ir agora aonde você bem entender. Se você não percebe isso, basta vender seus carros e se obrigar a ficar um mês sem eles. Nós nos acostumamos tão profundamente a tê-los sempre a mão, que não percebemos quão fantástico é essa máquina que lhe espera pacientemente no escuro de sua garagem enquanto você lê estas linhas.
Agora, se tem alguns efeitos colaterais... bem, nada é perfeito e nunca será. A gente tem que se tocar que não existe solução perfeita nem verdade absoluta. Se as baterias de Marte aparecessem, em 20 anos o mundo ia estar entupido de baterias usadas, que vazariam um líquido marciano letal... Se fala um monte de bobagens sobre essas “novas tecnologias”, mas todos se esquecem que depois de usadas em larga escala, TODA nova coisa tem seus efeitos colaterais que ninguém sabia existir quando colocou-as no mercado. Quando Henry Ford botou todo mundo dentro de seu carro próprio, não poderia imaginar como ficaria o trânsito na marginal!
E o mais engraçado é que tudo é muito parecido com a década de 70. Lá, o petróleo acabaria em breve e precisávamos de outra coisa. Agora, sei lá, o planeta vai acabar. E sabe como todo mundo sabe disso? Porque Al Gore ganhou um Oscar, ora bolas!!! Então tem que ser verdade, não importa que até este ponto a teoria dele era uma entre 325 mil outras para explicar o clima na Terra.
Uma delas, simplista mais por isso genial, era a teoria de LJK Setright: “É muita presunção do ser humano achar que pode mudar o clima. E maior presunção é achar que pode parar estas mudanças”.
Mas de novo, não quero me justificar, nem pretender entender o que acontece com o clima do planeta. É complicado demais, nem Einstein conseguia prever com certeza absoluta se vai chover amanhã, quiçá prever uma nova era do gelo... Vamos deixar esse papo todo para cientistas de verdade, não o Al Gore, muito menos um imbecil fissurado terminantemente em carros como eu. Esse papo todo é idiota porque em 10, 20 anos vamos rir de rolar dele, como fazemos hoje sobre o fato irrefutável de 1970: “o petróleo vai acabar”.
Então conclamo vocês, leitores, colegas de blog, e entusiastas em geral, a não esmorecer nesses tempos difíceis. Nós não vamos destruir o mundo não, vamos apenas exercer nosso direito de dirigir. Não somos Osama Bin Laden, pelamordedeus!
Vamos aproveitar essa nossa única real forma de liberdade, e vamos amar essa máquina maravilhosa profundamente. Ela é uma coisa boa! Não há do que se envergonhar.
Que se envergonhem os políticos, os bandidos, os assassinos, os bêbados, os traficantes, os drogados e os imorais, que esses, sim, podem acabar com o mundo de uma forma lenta e dolorosa, corroendo o cerne da sociedade.
Eu só gosto de carro. E não tenho vergonha disso.
MAO






O disco não chega nem perto de obras como "Harvest" (que foi o disco mais vendido de 1972), mas agrada pelo peso da guitarra suja de Young logo nas primeiras músicas. Como não poderia deixar de ser, também há algumas canções folk, como só o velho Neil é capaz de compor.