google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): jogo
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Outro dia, arrumando a prateleira onde guardo os CDs e coisas do computador, achei um dos jogos mais legais que já existiu, das antigas mesmo, o "Need for Speed" original, o jogo que revolucionou os simuladores de corrida. Na verdade, foi um dos ou o primeiro simulador de comportamento dinâmico dos carros de rua, já que até então os jogos não eram realistas no quesito dirigibilidade. Apenas jogos como o "Grand Prix" (ou "World Circuit") e o "IndyCar Racing" eram mais realistas neste aspecto.

Lançado em 1994 pela Eletronic Arts, o primeiro jogo da série NFS foi um show visual e sonoro. Os gráficos eram ótimos para a época e os modelos dos carros, bem realistas, com visão de "dentro" do carro, painel detalhado e volante com movimento. Na época, o mais próximo que se tinha neste aspecto era o jogo "Test Drive", curiosamente criado pela empresa que posteriormente foi comprada pela EA e participou do desenvolvimento do NFS.
Uma supermáquina que não pode ser usada como se deve

No recente post Voltando a ter prazer em guiar o Arnaldo Keller relatou algo que recentemente vem assolando todo autoentusiasta. Está muito difícil ter prazer em dirigir, principalmente nas cidades grandes.

Como o Arnaldo escreveu:


Quase tudo que é demais cansa. Dirigir demais cansa, enche a paciência. Dirigir em São Paulo tornou-se uma atividade que raramente nos dá prazer. 
Mesmo estando num baita carrão gostoso, dos melhores que há, a única coisa que ele pode nos oferecer a mais é mais silêncio, mais maciez, melhor ergonomia, menos movimentos para ser conduzido e melhor controle da temperatura ambiente, além de um som melhor. De prazer em guiar, mesmo, do jeito que um autoentusiasta gosta, nadicas.

Eu sei que para nós é possível sair de Uninho 1,0 e ainda assim sentir algum prazer. Esse prazer vem de várias maneiras: o prazer pelo domínio da máquina, pelo movimento, pela própria operação de dirigir e também pela sensação de liberdade, de poder chegar a praticamente qualquer destino de forma independente.

Ainda dá para acrescentar alguns outros prazeres com a conquista do bem material, ou o de poder ficar só, sem ser atormentado por ninguém, escutar uma boa música (não há lugar melhor para isso do que no carro), ou até mesmo o prazer de se exibir - para alguns. Deve ter mais alguns por aí... Carros são muito mais que um objeto.

Férias de julho, na praia, dia chuvoso, aquele tédio. Então alguém aparece com algumas caixinhas coloridas com um baralho de 32 cartas dentro de cada uma. Super Carros, Carro Especiais, Carros Esporte, Fórmula 1, Aviões de Combate, Motocas, Tanques de Guerra e outros. Brincadeira garantida por pelo menos uma hora.

Alguns dos títulos originais.

Acredito qua a grande maioria dos leitores do AUTOentusiastas já tenha jogado Super Trunfo. Não tenho nenhuma dúvida ao dizer que esse joguinho simples e barato teve um papel importante no meu interesse por carros e consequentemente no meu autoentusiasmo.

Foi assim que por volta dos 10 anos de idade eu descobri a superioridade de alguns carros como o Porsche 911 Turbo, o Lamborghini Countach e o Ferrari 512 BB. Também descobri o nome, a nacionalidade e especificações de vários modelos e assim fui ganhando cultura automobilística. Embora eu tivesse uma boa coleção com vários títulos incluindo aviões, motos, tanques de guerra, os meus preferidos eram sobre carros.

O que restou da minha coleção e da coleção do Juvenal.

Recentemente encontrei o que restou da minha coleção. Fui de cara procurar o meu preferido, Super Carros, onde eu tinha marcado as cartas do Porsche 911 Turbo, o Lamborghini Countach e o Ferrari 512 BB. Infelizemente devem ter-se perdido.

Liguei para o Juvenal Jorge e pedi os dele emprestado, na esperança de que ele tivesse o Super Carros. Ele não tem, mas tem outro chamado Os mais velozes carros esporte, que também tem essa trinca de super carros.


Porsche 911 Turbo, o Lamborghini Countach e o Ferrari 512 BB, os preferidos de todos

O bacana é que o Super Trunfo existe até hoje. Comprei o da GM para relembrar e jogar com minha filhota. Mas as cartas são menores assim como as fotos. E o pior é que tem muitos erros nas fichas e um imperdoável; o deslocamento volumétrico é chamado de cilindradas. Como o Bob diz cometer esse erro, que é frequente, é o equivalente a dizer que um carro tem 300 potências ao invés de 300 cv. E a edição da Volksvagen, que pode ser jogada on-line também tem o mesmo erro, além das unidades estarem todas em letras maiúsculas. Uma pena, pois assim as crianças já começam aprendendo errado.

Corvettes, erros na aceleração e "cilindradas"

Junto com o Super Trunfo, mas um pouco mais importante para mim, era a coleção de carrinhos Matchbox. Um dos meus preferidos era o Monteverdi Hai, pelo desenho, pela cor e pela massa - os mais pesados atingiam distâncias maiores e com mais estabilidade o que ajudava a ganhar corridas. Ao ver a sua carta num dos Super Trunfos do Juvenal procurei e encontrei o meu Matchbox. Ví também que há um erro na carta do Monteverdi, que é suíço e não alemão. O Milton Belli já escreveu um pouco da história do Hai no post: O Tubarão Europeu.



Simples e barato o Super Trunfo ainda diverte!