Piccola bomba! Na Itália, tal expressão aplicada a um automóvel não tem nada a ver com problemas ou má qualidade, mas sim designa um carro pequeno e de caráter raivoso. O Alfa Romeo Mito Quadrifoglio Verde (QV), com o qual tive a oportunidade de conviver por uma semana, rodando cerca de dois mil quilômetros por estradas de diferentes tipos na Itália, faz jus a tal expressão de modo impecável.
Pequeno
e explosivo, compacto e potente, ágil e poderoso, pronto a “explodir”
ao comando do acelerador. É um carro que parece implorar por curvas,
exigindo ser pilotado e não simplesmente conduzido. Suas formas externas
não são consensuais, havendo quem questione especialmente a parte
frontal, os faróis ovalados “esbugalhados” e o ar rude. Já outros, onde
me incluo, apreciam tais linhas, entrevendo nelas charme histórico, que
remete a lendários modelos da casa de Arese, entre os quais o estupendo
8C Competizione do fim dos anos 30, reeditado em 2007.
Lançado
em 2008, o Mito – a grafia de acordo com o fabricante seria MiTo,
referência as cidades de Milano (onde foi desenhado) e Torino
(produzido…) – é vendido exclusivamente com carroceria hatchback
duas-portas e tem motorizações variadas, que vão do moderno bicilíndrico
TwinAir de 875 cm³ e 85 cv ao altamente tecnológico 1,4-litro MultiAir
turboalimentado da versão avaliada, que representa o topo disponível
para o modelo, capaz de desenvolver a potência máxima de 170 cv a 5.500
rpm e 25,5 m·kgf de torque a 2.500 rpm. Claro, no mercado europeu há
três motorizações turbodiesel disponíveis, duas de 1,3 litro, 85 e 95
cv, e uma 1,6-litro de 120 cv.
Desenvolvido
sobre a plataforma do Fiat Grande Punto, o Mito é um carro compacto, de
4.063 mm de comprimento, 2.511 mm de entreixos e, nesta versão
avaliada, com peso de 1.135 kg em ordem de marcha. A opção pelo
quatro-cilindros em linha 1,4-litro Turbo MultiAir para ocupar o cofre
do motor atende a tendência atual, o chamado downsizing, que
privilegia motores de cilindrada pequena condimentados com aparatos que
promovem elevada potência específica, e mantendo as perdas por atrito
interno e bombeamento reduzidas ao mínimo.
Antes
de contar como anda o Mito Quadrifoglio Verde vale dar uma pincelada
sobre a tecnologia MultiAir. Tal motor, em versão aspirada, já é
conhecido em nosso mercado, pois equipa os Fiat 500 Sport Air e Lounge
Air. Em síntese, os motores MultiAir exploram o mais óbvio dos
postulados para a boa saúde de um motor de combustão interna, ou seja,
fazê-los respirar bem.
A
engenharia da FPT, Fiat Powertrain Technolgies, desenvolveu um modo
criativo de aplicar dois importantes recursos presentes nos cabeçotes
dos melhores motores da atualidade, a variação de fase do comando de
válvulas e a variação da abertura, ou levantamento, das mesmas.
O motor 1,4-L turbo MultiAir |
Deste modo o fluxo da mistura ar-combustível que vai para o cilindro pode ter sua gestão meticulosamente regulada de acordo com a demanda do momento. Ainda, as válvulas de admissão fazem o papel de borboleta de aceleração.
O
resultado prático foi, segundo os criadores do sistema, um incremento
da potência e do torque (10% e 15% respectivamente) e drástica redução
de consumo de combustível e emissões de CO2 (entre 10 e 25%).
Não é só no cabeçote do motor que o Alfa Romeo Mito exibe uma tecnologia sofisticada. A existência do manettino DNA,
como é chamado na península, traz ao carrinho um recurso elaborado para
a mudar não apenas o caráter do motor, mas também das suspensões e
sistema de direção. D, N e A são as posições possíveis no tal manettino – uma pequena alavanca situada no console central, ao lado da alavanca de câmbio.
O "manettino" |
Dotado
de uma moderna caixa de câmbio de seis marchas (batizada de C635, a
mesma de nosso Fiat Braco T-Jet) acoplada ao quatro-em-linha disposto
transversalmente na dianteira, o Mito Quadrifoglio Verde incorpora uma
tecnologia mais simples do que modelos da mesma marca que o antecederam,
como o 147, cujo controle de tração era associado a um sofisticado
diferencial Torsen. No Mito, em situações de baixa aderência ou
pilotagem esportiva, o módulo do sistema ABS recebe a mensagem dos
sensores que detectam a excessiva rotação característica da perda de
aderência, limitando-a através da ação do freio. Em uma curva a
tendência da roda interna a patinar sob efeito de aceleração é,
portanto, contida pela simples ação do freio de tal roda, o que induz à
transferência de força para a roda externa.
Andando com Mito
O trevo nos pára-lamas dianteiros |
O
rapaz me instruiu sobre as peculiaridades do carro, assinalando os
equipamentos opcionais, tais como as suspensões ativas desenvolvidas
pela Magneti Marelli com rodas aro 18 (normalmente são de 17 pol.), as
pinças de freio pintadas de vermelho e a grande tela de 6,5 polegadas no
painel, onde o sistema Radio Nav integra áudio, navegação por GPS e
Bluetooth. O preço desse Mito chega perto dos 25.000 euros, dos quais
pouco mais de 4 mil em opcionais, correspondente a pouco mais de R$ 66
mil. Ele vem com sete bolsas infláveis, como nos 500 Sport Air e Lounge
Air vendidos no Brasil.
Ao
volante, prestes a encarar um primeiro trecho de rodovia que de Milão
me levaria à região da Toscana, 300 quilômetros ao sul, observar o
característico logotipo no centro do volante, com a cruz e a víbora (il
biscione...) me faz refletir: quantas marcas teriam resistido a tantas
mudanças de gestão, de rumo empresarial e maus tratos variados mantendo
praticamente incólume seu carisma?
Sim, Alfa Romeo é um nome que ainda causa intenso frisson em
qualquer autoentusiasta, no que pese os incompreensíveis desvios
ocorridos em sua história, principalmente os que resultaram em modelos
popularescos, incongruentes com o "Cuore Sportivo" que está no DNA dos
Alfa Romeo desde os primórdios, há 103 anos.
Ao
dar partida, o ronco surdo do pequeno quatro em linha no cofre logo à
minha frente me fez lembrar o que havia lido por ocasião do lançamento
do modelo, tratar-se do motor Alfa Romeo de maior potência específica de
todos os tempos, nada menos do que 124 cv/litro. Da Succursale Fiat de
via Grosio, 9 ao grande anel que circunda Milão e que alimenta a
fornida rede de rodovias que envolve a mais industrial das cidades
italianas foi um pulo, cinco ou seis quilômetros, justo o tempo para
achar a melhor posição para guiar o pequeno Alfa.
Desde
os primeiros metros o Mito Quadrifoglio Verde mostrou sua índole
esportiva, respondendo de forma rápida ao comando do acelerador e da
ágil direção, assim como copiando as irregularidades do solo de modo
nítido, algo esperado tendo em vista os pneus, os Pirelli PZero Nero
medida 215/40R18W. Outra evidência neste início é o bom estudo da
ergonomia, notadamente da distância volante-câmbio-pedais. Aliás – viva!
– uma pedaleira perfeita para as (más) intenções que se esperam de um
carro esportivo, onde os pedais de acelerador e freio, alinhados,
parecem implorar pela mais lendária das manobras do beabá da tocada
esportiva, o punta-tacco.
Todavia,
na tarde milanesa, apesar do trânsito livre, a tentação da redução de
marcha com respectiva ajuda do acelerador e concomitante uso do freio
foi considerada imprópria, claro.
Mais confortável do que o esperado para um esportivo, o banco do
motorista revestido em elegante couro caramelo esbanja regulagens
(manuais), inclusive a de ajuste lombar. E a amplitude de movimento da
regulagem do volante, tanto em altura quanto em distância, eliminou a
chance de não "vestir" adequadamente o Mito.
De
canto de olho vislumbro a tal alavanquinha no console, posicionada em
"N", Normal, e imagino que o momento ideal para experimentar "D",
Dynamic, posição para a qual os técnicos da marca reservaram o auge da
esportividade, está a minutos de distância. Será o momento no qual
entrarei na rodovia, e na cabine do pedágio retirarei o cartão que, ao
chegar no destino, qualquer que seja ele, deve ser inserido na cabine do
pedágio local, e que me cobrará pela quilometragem percorrida.
Dito e feito. A cabine do pedágio chega, manettino em "D",
informação confirmada pelo mostrador entre os dois instrumentos
circulares no painel, velocímetro a esquerda, conta-giros à direita.
Afundo
o pé no acelerador e a "voz" é outra, encorpada. Os Pirelli PZero
agarram o liso asfalto da praça de pedágio e o Mito salta à frente. O
câmbio de seis marchas tem engates curtos, e a rotação pouco cai nas
trocas, sinal claro de ser ravvicinato, de marchas próximas numericamente, o que ingleses e americanos chamam de close-ratio.
A queda de rotação naturalmente é maior de 1ª para 2ª, 2.400 rpm e vai
diminuindo sucessivamente: 1.700, 1.500, 1.000 e 800 rpm, o motor sempre
bem acima da rotação de torque máximo, portanto provendo aceleração
firme a cada troca.
Levando
o motor a 5.500 rpm, o alcance das marchas é 40 km/h em 1ª, 71 km/h em
2ª, 104 km/h em 3ª, 144 km/h em 4ª, 175 km/h em 5ª e 219 km/h em 6ª,
esta a velocidade máxima declarada, motor a 5.800 rpm, evidenciando o
caráter esportivo deste Mito. Mesmo assim, cruzando a 120 km/h o motor
segue a serenas 3.200 rpm. Mas pode-se levar o motor ao limite de 6.500
rpm, quando se dá o corte de alimentação, esticando mais as marchas.
Não
há nem sombra do "turbolag", ou o vazio que caracterizava os antigos
motores turbo. No pequeno 1,4 -litro do Mito Quadrifoglio Verde a
turbina "sopra" e a distribuição mágica proporcionada pelo sistema
MultiAir, aliada a um câmbio de seis marchas muito bem escalonado, faz o
restante do serviço em prol das boas marcas de aceleração. A clássica
marcação de 0-100 km/h declarada pela fábrica em 7,5 s, foi confirmada
mesmo que sem instrumentação adequada, na base do cronometro de pulso
mesmo.
A
chatice da autoestrada A1, plana e reta, três faixas em paisagem sem
graça e com bastante movimento, acabou cerca de uma hora e meia após
deixarmos Milão, quando entramos na bem mais divertida A15, ou
Autostrada della Cisa. Mais livre do que a A1, ela cruza a cadeia dos
Apeninos, o que garante uma subida até cerca de 800 metros acima do
nível do mar e decorrente descida. Curvas não faltam, mas quase todas de
alta, um cenário perfeito para o Mito Quadrifoglio Verde começar a
mostrar o que sabe.
Logo
na longa reta que precede o efetivo começo da subida, e das curvas,
notamos a característica talvez mais incômoda deste Alfa: a dificuldade
de manter a linha reta em alta velocidade. De fato, quando o velocímetro
passa dos 180 km/h o Mito exige mãos firmes no volante. Não é uma
sensação de instabilidade, mas simples dificuldade de manutenção da
trajetória retilínea. Todavia, bastava surgir uma leve curva que, em
situação de apoio, a incerteza direcional sumisse, dando lugar a uma
solidez impressionante, com o Mito cumprindo a trajetória de modo
rigoroso.
Imaginando
se essa era uma característica ou defeito, as curvas rápidas foram
dando lugar a trechos mais e mais sinuosos, onde o problema maior não
era domar o foguetinho Mito, mas sim o oposto, cuidar para não ser
domado por ele e deixar a empolgação ao volante virar transgressão
exagerada. Tomar aquelas curvas a mais de 170 km/h não seria problema
para o Mito, mas aos 130 km/h regulamentares, além de evitar a multa,
evitaria acabar a avaliação antes da hora. Grandes e pesados caminhões,
sempre comportadamente a direita eram raros mas... nunca se sabe.
Neste
trecho em subida, ao passar o seletor de "D" para "N", a mudança do
caráter do motor e resposta foi acompanhada de uma nítida mudança no
timbre do motor. Aliás, uma das mais agradáveis características deste
Mito QV para um apaixonado por automóveis é sua "voz", atípica para um
4-em-linha. Ela é encorpada, grossa, especialmente quando a alavanquinha
está na posição Dynamic. Nesta opção, a incerteza em reta em altas
velocidades ainda subsiste, mas atenuada, fruto da ação da eletrônica
sobre as suspensões que, endurecidas, compensam o que considero ser
característica devida ao entreeixos relativamente curto.
Ao
cabo de cerca 100 quilômetros de morro acima – morro abaixo, a planície
costeira do mar Tirreno e outra estrada malvadamente reta, desta vez a
A12, leva ao meu destino, Lucca, onde dias de uso urbano e uma múltipla
rede de estradinhas de montanha me traria o veredicto mais completo do
Alfa Romeo Mito Quadrifoglio Verde.
Por
enquanto, conforto acima do esperado para um esportivo e adequação do
conjunto motor e câmbio à alta expectativa gerada por aquele trevo de
quatro folhas verde na lateral, marca registrada dos Alfa mais
"ardidos", me ofereceu 300 quilômetros iniciais de puro prazer. E,
importante, com economia: 14,1 km/l para o trecho onde o pé não ficou
exatamente comportado é marca excelente.
No
vai e vem da cidade, aspectos práticos como a boa manobrabilidade do
câmbio e uma razoável visibilidade se juntaram a uma excelente
característica determinada pela morfologia deste Alfa Romeo, curto,
pequeno, capaz de se enfiar em vagas difíceis de modo fácil, coisa que,
acreditem, é algo extremamente importante em cidades medievais e suas
ruas estreitas criadas para carroças e não carros.
Olhares?
Muitos. Os italianos amam carros, e mesmo sendo o Mito já um componente
conhecido da paisagem com seus quatro anos e meio de mercado, o trevo
de quatro folhas verde na lateral, as grandes rodas cor de titânio e
outros adereços que entregavam ser aquele Mito o mais mais entre todos.
E isso garantiu mais de uma abordagem inquisitória. Va forte?(anda?), Consuma troppo? (gasta muito?) foram as perguntas mais ouvidas, sempre acompanhadas por suspiros de desejo pela bella macchina ou histórias que rememoram algum Alfa Romeo inesquecível na família.
Com o Mito Quadrifoglio Verde foi fácil fazer amizades.
Nosso gran finale no convívio com este empolgante carro foi
percorrer 120 quilômetros de puro rock'n’roll, subindo pelas montanhas
Apeninos e Apuanas, cadeias que dividem a Itália ao meio
longitudinalmente, saindo de Lucca, no nível do mar, para acima dos
1.300 metros através de paisagens espetaculares e curvas mais ainda, com
destino a uma estação de esqui, Abetone, percorrendo trechos usados em
provas especiais dos tradicionais ralis do campeonato europeu.
Porém,
antes disso, o veredicto da bomba de gasolina depois de intenso uso
urbano confirmou a propensão de certa forma inesperada de um esportivo
como o Mito QV à economia: 12,4 km/l, marca mais do que adequada ao uso
urbano em mais de 200 km rodados.
Apontando o nariz do pequeno Mito rumo as altas montanhas da região, a
primeira parte da viagem teve como cenário o piso seco de um belo dia
ensolarado apesar da relativa baixa temperatura do início de novembro,
cerca de 8 ºC.
Apesar
da razoável pavimentação, muitos trechos da subida de serra
apresentaram rachaduras e desníveis no asfalto, já que a região é
sísmica e, além disso, o contraste da temperatura elevada no verão com a
radicalmente baixa no inverno causa exatamente tais fissuras no
asfalto.
A subida "animada" começou com o tal manettino em
"D", imaginando ser esta a melhor opção para a tocada vigorosa.
Todavia, por conta exatamente das irregularidades do asfalto, percebi
que o que se perdia em termos de pegada do motor passando a "N" era
compensado pela melhor absorção das irregularidades oferecida pelas
suspensões menos duras. Também, a resposta menos arisca da direção
contribuiu para que o Mito se comportasse de modo menos nervoso nas
estreitas curvas entremeadas por curtas retas, e muitas vezes com
trechos de piso úmido com folhas, o que colocou a prova tanto a boa
capacidade dos Pirelli PZero Nero em avisar quando o limite de aderência
se aproximava, quanto me mostrar a eficiência dos controles de tração e
estabilidade.
Todavia,
ao cabo de uma dezena de quilômetros, uma opção dos técnicos da Alfa
Romeo me plantou um ponto de interrogação levemente indignado na mente:
por que razão não oferecer um botão para desligar o sistema de controle
de tração e estabilidade? Pois é, infelizmente o Mito Quadrifoglio Verde
a meu ver peca neste sentido, pois não permite o livre arbítrio de seu
usuário que, como eu, gostaria de enfrentar o trecho mais travado da
estradinha de montanha pegando "o touro pelo chifre", deixando que fosse
a minha habilidade (ou a ausência dela...) a determinar os destinos.
Muitas foram as vezes que eu quis tomar uma curva mais apertada fazendo a
traseira escorregar antecipadamente, técnica usual no rali onde o freio
de mão é usado para tal fim.
Só
que a eletrônica do Mito QV não deixa ele sair "dos trilhos", e não há o
botãozinho "VDC off". Uma pena. Porém, de jeito nenhum se pode
considerar este Alfa Romeo como um carro "anestesiado" pela excessiva
intervenção da eletrônica. Ele oferece reações empolgantes, responde de
maneira exata aos comandos e oferece uma saúde fenomenal tanto no que
diz respeito à potência e torque propriamente ditos, quanto também à
efetividade de seus freios, suspensões e sistema de direção. Mas,
desligar os tais controles certamente dariam chance aos mais hábeis de
levar o Mito a limites onde ele, assim como está, não alcança.
Na
volta do intenso passeio, montanha abaixo, a chuva completou o que
faltava à minha avaliação, ou seja, rodar com a pequena alavanca em “A”,
justamente para perceber o exato oposto do que falei poucas linhas
atrás: a total ação da eletrônica em prol da segurança, contendo o Mito
QV de modo a impedir qualquer deslize no sentido literal da palavra.
A
chegada desta tarde feliz foi completada na bomba de gasolina, com a
esperada pior marca dos dois mil quilômetros de convívio: ainda ótimos
10,2 km/l. Realmente econômico, o Alfa! E gasolina premium, a mais usada
na região, de 95 octanas RON. Não é preciso usar a Super Plus de 98
octanas RON.
A caminho de Milão, pensando nos concorrentes mais diretos deste Alfa Romeo "de briga", o Audi A1, MINI Cooper S e Citroën DS3, concluo o óbvio: todos são grandes concorrentes. A luta pela supremacia neste peculiar nicho no qual alta tecnologia se concentra em pequenas e belas embalagens nos ofereceu carros entusiasmantes, eficientes e capazes de nos surpreender sob diversos pontos de vista. Todos são, de um modo geral, econômicos, divertidos, potentes, sofisticados. Porém, talvez nenhum deles tenha o que este Mito Quadrifoglio Verde tem: o verdadeiro "Cuore Sportivo" dos Alfa Romeo...
RA
A caminho de Milão, pensando nos concorrentes mais diretos deste Alfa Romeo "de briga", o Audi A1, MINI Cooper S e Citroën DS3, concluo o óbvio: todos são grandes concorrentes. A luta pela supremacia neste peculiar nicho no qual alta tecnologia se concentra em pequenas e belas embalagens nos ofereceu carros entusiasmantes, eficientes e capazes de nos surpreender sob diversos pontos de vista. Todos são, de um modo geral, econômicos, divertidos, potentes, sofisticados. Porém, talvez nenhum deles tenha o que este Mito Quadrifoglio Verde tem: o verdadeiro "Cuore Sportivo" dos Alfa Romeo...
RA
FICHA
TÉCNICA ALFA ROMEO MITO TURBO 1.4 MULTIAIR
|
|
MOTOR
|
|
Tipo
|
4
cilindros em linha, duplo comando, correia dentada, 4 válvulas por cilindro,
variador de fase e levantamento na
admissão eletroidráulico, dianteiro, transversal; gasolina
|
Diâmetro
x curso (mm)
|
72 x 84
|
Cilindrada
(cm³)
|
1.368
|
Material
do bloco e do cabeçote
|
Alumínio
|
Taxa de
compressão
|
9,8:1
|
Octanagem
requerida
|
95 RON
|
Potência
máxima (ISO 1585)
|
170 cv a 5.500 rpm
|
Torque
máximo (ISO 1585)
|
25,5
m·kgf a 2.500 rpm com overboost (23,4 m·kgf a 2.250 rpm sem overboost)
|
Formação
de mistura
|
Injeção no duto
|
TRANSMISSÃO
|
|
Tipo
|
Transeixo
manual de 6 marchas à frente e uma à ré, tração dianteira
|
Relações
das marchas
|
1ª
3,818:1; 2ª 2,158:1; 3ª 1,475:1; 4ª 1,067:1; 5ª 0,875:1; 6ª 0,744:1; ré
3,545:1
|
Relação
do diferencial
|
4,118:1
|
SUSPENSÃO
|
|
Dianteira
|
Independente,
McPherson, braço triangular, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e
barra estabilizadora
|
Traseira
|
Eixo de
torção, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e barra estabilizadora
|
DIREÇÃO
|
|
Caixa de
direção
|
Pinhão e cremalheira com
assistência elétrica variável
|
Relação
de direção
|
n.d
|
N° de
voltas entre batentes
|
n.d
|
Diâmetro
mínimo de curva (m)
|
11,2
|
FREIOS
|
|
Dianteiros
|
A disco
ventilado de 305 mm
Ø
|
Traseiros
|
A disco
de 251 mm
Ø
|
Controle
|
ABS c/
distribuição eletrônica das forças de frenagem
|
RODAS
E PNEUS
|
|
Rodas
|
Alumínio, 7,5J x 18
|
Pneus
|
215/40R18W
|
CONSTRUÇÃO
|
|
Arquitetura
|
Monobloco
em aço, subchassi dianteiro, hatchback de duas portas, cinco lugares
|
Coeficiente
de arrasto (Cx)
|
0,29
|
Área
frontal (estimada, m²)
|
1,99
|
DIMENSÕES
(mm)
|
|
Comprimento
|
4.063
|
Largura
sem
|
1.721
|
Altura
|
1.446
|
Entreeixos
|
2.511
|
Bitola
dianteira/traseira
|
1.475/1.469
|
CAPACIDADES
E PESOS
|
|
Porta-malas
(L)
|
270 (950 com banco traseiro
rebatido)
|
Tanque de
combustível (L)
|
45
|
Peso em
ordem de marcha (kg)
|
1.131
|
DESEMPENHO
E CONSUMO
|
|
Velocidade
máxima (km/h)
|
219
|
Aceleração
0-100 km/h
(s)
|
7,5
|
Consumo
urbano (km/L)
|
12,3
|
Consumo
rodoviário (km/L)
|
20,8
|
(Atualizado 15/02/13 às 16h00, correção de informação relativa ao câmbio de seis marchas)
É disso que precisamos para embelezar nossas ruas!
ResponderExcluirO consumo só mostra o quanto estamos atrasados com nossos motores. Não precisamos da "tecnologia" flex, precisamos de motores modernos e combustível de qualidade.
Eu faço parte do C.O.T.F. "Clube dos Odiadores da Tecnologia Flex". He, he!
ExcluirMr. Car
ExcluirSou sócio desse clube!
O motor flex é perfeito para países onde se vende combustível de péssima qualidade...
ExcluirMr. Car
ExcluirInfelizmente se tem dada vez menos carros disponíveis sem essa tecnologia, até mesmo os chineses já estão aderindo a essa palhaçada.
Os únicos carros nacionais apenas a gasolina são Bravo T-Jet e Punto-Jet, carros que eu admiro bastante.
O Flex foi a resposta dos fabricantes à fala de política energética do governo, uma solução aos consumidores e uma ilusão que durou alguns anos, digo durou, por que muitas vezes encontramos vantagens escolhendo um ououtro, quando a gasolina ou álcool aumentavam.
ExcluirInfelizmente isso tornou-se só ilusão, perceberam que a gasolina au,entou e o álcool subiu junto? Desta vez não vimos nenhuma chiadeira, nem o governo se manifestou, órgãos fiscalizadores fazem o que mesmo?
Mande a minha carteirinha, por favor...rsrsrs
ExcluirMais um para o clube dos odiadores de tecnologia flex.
ExcluirAliás, foi por esse motivo que peguei um Focus usado de um ano anterior ao pretendido: não tinha ainda modelo Flex...
Leo-RJ
Pergunta para o Bob:
ExcluirO turbo não seria a peça que falta para o bom funcionamento do Flex? Quero dizer, controlando a pressão, nao seria possivel mudar dinamicamente a taxa de compressão, de forma a aproveitar melhor os dois combustiveis? Ou existem mais variaveis que saem do controle?
Aeroman
ExcluirCertamente é possível alterar a pressão de superalimentação em função do combustível no tanque, mas isso exigiria um processador de alta capacidade e portanto caro. Lembre-se que num flex a mistura de gasolina e álcool é em qualquer proporção, e teria que haver um mapa para cada situação de pressão. A propria Honda Titan Flex só tem mapa para quatro misturas gasolina-álcool básicas, para simpificar na questão de capacidade de procecessamento. Para piorar, até o momento não se conseguiu motor flex com injeção direta funcionar com E100, só com E85. Não dá tempo de atomizar as partículas de álcool. E justamente turbo e injeção direta, que casam tão bem. Mais uma mancada do Brasil, adotar o E100 vez do universal E85. Mas gostam de dizer que
que o Brasil "é um país diferente", não gostam? Tá aí mais um resultado.
Carros do Portuga
ResponderExcluirGasolina de boa qualidade e especialmente com, no máximo, até 10% de álcool – de preferência nada!
Nesse motores turbo, sendo a calibração mais fácil, caso algum dos vendidos aqui torne-se flexível, poderia ter um ganho de potência/torque bem maior que a média.
ExcluirBob,
ExcluirNão seria o álcool necessário como antidetonante? Pelo que sei, uma opção seria o chumbo tetraetila, mas este é mais nocivo à saúde e ao meio ambiente, não? Seria possível rodar com gasolina pura nos motores atuais?
Claudio
ExcluirO álcool não é imprescindível para uma boa octanagem. Com tecnologia de refino e aditivos se chega a isso. A gasolina premium brasileira, com álcool, é de 98 RON; em álcool, 95 RON. A Petrobrás queria oferecer essa gasolina aqui em 1997, para os carros importados, mas o governo não deixou. A gasolina Podium, de 102 octanas, é a Super Plus européia de 98 RON com álcool. O chumbo tetraetila não é mais usado aqui, desde 1982. No mundo, um pouco antes. Os motores atuais não rodam bem com gasolina pura, a mistura ar-combustível fica excessivamente rica, há diluição do óleo do cárter, depósito de fuligem nas velas e, dependendo do excesso, pode elevar muito a temperatura do catalisador. Há nesses dias um grande quebra-pau nos EUA, o governo Obama quer porque quer que a gasolina seja E15 (gasolina com 15% de álcool), contra o limite atual de 10% (E10), com o quê vários fabricantes grandes já disseram que a garantia será anulada se houver problemas nos motores e sistema de alimentação se o carro estiver com a E15 no tanque. A voz corrente lá é que os produtores de álcool de milho do Meio-Oeste estão fazendo lobby nesse sentido, por razões óbvias.
Vi essa discussão, e fiquei imaginando o que os fabricantes diriam de nossa E25?
ExcluirSe eles querem tirar a garantia com E15 imagine o que seria feito com a nossa?
Seria uma pista de porque nosso mercado automotivo é tão pobre d eopções?
MArk
Essa de reduzir garantia é pura pressão psicológica, não tem fundamento técnico. Na empresa que trabalho, só se usa álcool no posto conveniado, os carros vão da concessionária ao segundo dono sem abrir motor e perfeito, coisa de mais de 300 mil km. E o pessoal só anda forte, rodovia de 120 a menor velocidade é 130 no GPS na hora de passar no radar. E a troca de óleo não é o pradrão dos brasileiros o tal "5 mil"- que trocam mais de óleo do que de cueca - mas o do manual de veículo.
ExcluirBob, os lobistas acabam com o nosso país, o volta dos 25% de etanol por exemplo, foi decretada pelo governo devido a pressão dos usineiros.
ExcluirO nosso governo trabalha para os grandes empresários e não para o povo e os pequenos empresários.
Bela resposta Bob. Eu já desconfiava que o álcool não melhorava tanto assim a octanagem da gasolina, embora tenha participação nisso. Já tinha lido que o projeto dessa gasolina premium da Petrobras teve que ser retrabalhada e aí tivemos a Podium.
ExcluirSeria uma boa poder rodar com gasolina com menor teor de álcool. Bob, será que se fazendo a retirada de álcool em excesso na mistura de gasolina (de 25% para 10%) de forma mais caseira poderia resultar numa boa gasolina?
KzR
ExcluirSem dúvida, mas parta da gasolina premium pelo menos, que é de 95 octanas RON sem o álcool. Mas nessa operação de "desalcoolizar" a gasolina, todo cuidado, hein! Manipular combustível sempre é perigoso.
Um conhecido meu diz que mistura água na gasolina+álcool. O álcool migra para a água e a mistura, que é mais leve que a gasolina pura, fica por cima no reservatório. Uma torneira no fundo do reservatório retira a gasolina pura, sem álcool. O único inconveniente é que o preço por litro sobe, mas o seu DKW agradece...
ExcluirNossos irmãos argentinos já tem esse divertido carrinho por lá a alguns anos.
ResponderExcluirCaro Hugo,
ExcluirNa Argentina (e também no Uruguai, em menor proporção) a varidade de carros por lá é muito melhor. Os fabricantes não precisam ficar adaptando os motores para rodar com nosso 'caldo combustível' e nem alterações nos pneus/amortecedores e altura do carro para rodar por lá, uma vez que as estradas são infinitamente melhores que as nossas.
Por isso a Alfa Romeo vende bem seus carros por lá. Aliás, não só a Alfa, como muitos outros fabricantes Europeus (SEAT, por exemplo) e até Americanos (a GM vende por lá pick ups americanas que nem sonham em rodar aqui).
Abç.
Leo-RJ
Cara, segundo uma revista automotiva de lá essa versão Turbo Benzina lá só está disponível para o Giullieta. Para o MiTo, a versão mais potente tem 150cv, ou seja, é praticamente o mesmo motor de nosso Punto. Não lembro o número de marchas, mas deve ser 6.
ExcluirJá flagraram algumas unidades rodando no Brasil!
ResponderExcluirÉ que por aqui preferimos o Veloster...
ExcluirNão entendi..mas flagraram sim. E uma giulietta também.
Excluirhttp://autossegredos.com.br/2013/02/06/flagras-dos-leitores-alfa-romeo-mito-e-giulietta-tata-xenon-e-chevrolet-prisma/
Tomara que venha com essa motorização, Turbo Benzina 1.4 de 170cv. Tanto para o MiTo quanto para o Giulietta. Sim, eu sei que esse deveria ser o MiTo QV, mas o que custa sonhar? O Giulietta QV vendido na argentina só gera 235cv... =)
ExcluirExcelente texto !
ResponderExcluirQue carro interessante, diferente! Gostei deste pequeno, com ar "invocado". Obrigado pela matéria abrangente, que permite conhecer o carro em profundidade!
ResponderExcluirAgresti, sou daqueles que não foram muito com a frente do carro. Em compensação, adorei o interior, coisa que considero até mais importante, pois é lá que o motorista e passageiros vão ficar, e devem se sentir bem em estar. E adoraria ainda mais se tivessem feito a cabine toda monocromática neste tom de bege dos bancos. Ia ficar espetacular. Existe essa opção?
ResponderExcluirAbraço.
Mr. Car, não acredito naquele negócio de "a primeira impressão é a que fica". Já odiei carros que, com o tempo, mudaram minha opinião. Quem sabe você ainda se encanta com essa frente. Ela é muito charmosa e ousada.
ExcluirAbraço
Pode ser, já aconteceu comigo também, mas por enquanto, estou com a "primeira impressão", he, he!
ExcluirAbraço.
Mr. Car
ExcluirEssa combinação de interior e típica Alfa
Eu acho lindo
Dei uma olhada no site da marca e a monocromática só no preto
De ima olhada no site o acabamento dos Alfas e de babar!
Mr. Car,
ExcluirAo vivo tenho certeza que mudas de opinião. O MiTo que conheci era com interior preto, mas mesmo assim, lindo. O banco abraça verdadeiramente, mas pena que os paineis de porta roubam um pouco de espaço das pernas.
Mas andar "socado" nos bancos de uma Alfa compensa qualquer desconforto...rsrsrs
Não tem jeito, pessoal: eu venero interiores claros. Tive Alfa-Romeo 2300 1977 (interior preto), mas queria mesmo que fosse com o interior bege disponível para as 1974, he, he!
ExcluirMr. Car,
ExcluirAhhh... os Alfa Romeu Ti 2300... que grandes carros. Especialmente para a época. Também tive usadinhos, mas excelentes!
Sou eterno fã da Alfa.
Abç.
Leo-RJ
O meu não era da safra "Ti", não tinha ar nem direção hidráulica, he, he! Na rua tudo bem, mas com pneus 195, manobrar aquele bicho em uma garagem apertada no verão carioca... eu saia do carro parecendo que tinha dado um mergulho em uma piscina, he, he! Mesmo assim, era um carrão!
ExcluirMr. Car,
ExcluirOs dois que tive eram "Ti", com direção hidráulica progressiva e ar condicionado. Era uma 'molezinha' neste caso... rs. Uma beleza! Especialmente o último, que era 86 (salvo engano), último ano dos nossos Alfas. Como disse, comprei-os já nos anos 90, quando ninguém os queria e eram baratos.
Aqui no Rio era complicado mantê-los. Tinha um bom mecânico ali pelos cantos do Sambódromo e antigo presídio, mas ele resolveu se aposentar. Peças também não era tão fácil.
Mas por algum motivo que não sei explicar eu adorova aqueles carros!
Abç!
Leo-RJ
Pessoal, uma ajuda a um turista de primeira viagem: onde alugo um carro bom, economico, divertido e barato em roma para dirigir até veneza? Estive pensando no bom e velho panda ou 500 na hertz por falta de opção, mas recorro aos experientes colegas daqui, como o Roberto Agresti e esse maravilhoso MiTo!
ResponderExcluirFiz essa viagem com o Lancia Ypsulon 1.2 e foi excelente. Na época era dos modelos mais baratos da Hertz. Rodei 2200km em uma semana, assim como o Roberto. Recomendo.
ExcluirTambém gostaria de saber dicas sobre aluguel de carros no exterior. No fim do ano vou a Portugal e Espanha a trabalho e queria alugar um modelo bom e barato para rodar de Lisboa a Paris e Depois Paris-Roma.
ExcluirBob, voce podia fazer um post com dicas e truques sobre aluguel de carros. O que achas?
Pedro Novaes
Na Europcar um Fiat 500 custa a partir de 420 euros para período de 10 dias. Um Alfa Giulietta por 900 euros, ambos no mês de março.
ExcluirQue belíssimo review. Deu vontade de dirigir esse carro!
ResponderExcluirO consumo é bem impressionante, ainda mais num tempo onde os carros da Fiat Brasil não andam lá tão econômicos. E antes que culpem o Flex, o 500 com motor 16V a Gasolina não é o que podemos chamar de econômico, ainda mais levando em conta seu tamanho, motor etc.
Mais uma vez parabéns pelo Review. Este e o do Cruze (que não sei porque os comentários não estavam indo!) foram fantásticos. Fiquei babando para dirigir os carros. Gosto assim, muita paixão e pouca ficha técnica.
Mas o T-Jet chega a números bem próximos aos mostrados aqui na matéria. Principalmente no Punto. Ainda não procurei saber a fundo do consumo do 500 Air.
ExcluirQue bela matéria e relato, teste e viagem! Que TESTE e VAGEM, hein?
ExcluirAchei esse MiTo QV maravilhoso! Anda muito bem (Três níveis de regulagem!) e é bastante econômico. É compacto e além de tudo é belíssimo. Uma bela carroceria hatch coupé. Para mim seria uma macchina quase perfeita para uso diário, viagens e passeios, tanto autoentusiasta como os agradáveis. Só não é perfeita porque a eletrônica é tão ou mais severa que a do Bravo T-jet: não deixa desligar TCS e ESP. Mas eu deixo isso passar rsrs =).
Ainda assim, espero com ansiedade a volta da Alfa para o Brasil e torço muito que além dos Mito e Giulietta normais, venham os mais apimentados. Se o Mito QV vier será perfeito. Mais um carro para competir no badalado nicho dos compactos esportivos de imagem.
O nosso Punto T-jet não deixa de ser um bom carro, mas compará-lo como Mito que tem mais conforto e dirigibilidade mais afiada é uma covardia. Além do mais, a presença do MultiAir no 1.4 Turbo gera uma diferença considerável em potência, torque, e economia. Câmbio de 6 marchas, Cuore Sportivo... hum hum hum - que sonho!
Daniel, não tenho grandes referências do T-Jet em consumo, uma pena. Nos anos 2000 os Fires 8 e 16V eram campeões em economia. Desde que a Fiat passou a espremer os Fires para potência eles tornaram-se medianos, o Turbo e os e-Torq também são medíocres, sendo que este último ainda apresenta desempenho ruim em baixas rotações.
ExcluirA Fiat brasileira está claramente focada em atender a mercado com visuais aventureiros e esportivos e a engenharia de motor e câmbio parece ficar apenas com o "troco do pão" para trabalhar.
Parece que foi desenhado pelo estudio que fez o Lifan 320
ResponderExcluirOs fabricantes chineses contratam esses estúdios para desenhar seus carros, e também copiaram o jeito italiano de se fazer carros (motores excelentes em carros pequenos e não muito luxuosos) talvez por uma questão de custo.
ExcluirNa verdade não são os italianos que estão "chinesados", são os chineses que têm "jeito de italiano".
faço minhas palavras a de cap. Nascimento: "Nunca serão, jamais serão"
ExcluirAgresti, me permita só uma correção.
ResponderExcluirO fiat Punto nacional nunca usou câmbio de 6 marchas, seja o T-Jet, seja outra versão.
Apenas o Bravo T-Jet sai com essa caixa.
Acho que colocar essa caixa no Punto não deva ser complicado já que lá fora o Punto Abarth usa a mesma caixa no motor T-jet. Se eu adquirir um Punto, com certeza testarei essa hipótese.
Excluir"Dotado de uma moderna caixa de câmbio de seis marchas (batizada de C635, a mesma de nosso Fiat Punto T-Jet)"
ResponderExcluirDesculpe se entendi errado, mas os 2 Punto's T-Jet (2010 e 2012) vendidos no Brasil possuem 5 marchas, não ?! Ou "a mesma" caixa pode ter variantes de 5 e 6 marchas ?!
Parabéns e obrigado pelo relato!!
Carlos Eduardo e Anônimo 15/02/13 15:22
ResponderExcluirCorreto, seis marchas só Bravo T-Jet, no Punto T-Jet, não. O Agresti escreveu, mas deixei passar na hora de editar. Já foi corrigido e obrigado pelo toque dos dois. Tinham o mesmo seis-marchas C635 os 500 poloneses Sport e Lounge.
Enquanto lia esse (ótimo) texto, fiquei imaginando num 500 Abarth brasileiro com esse motor. Meus braços estão formigando de vontade.
ResponderExcluirCarro tentador. Motor de respeito. A narrativa do Agresti é sensacional.
ResponderExcluirSó a Alfa para fazer um carro diferenciado como esse a partir do Grande Punto. Notem que o MiTo não tem aquela janelinha vigia na coluna A. Deixei de comprar um Punto anos atrás porque no test-drive percebi que cabia um boi naquele ponto cego.
Tenho uma teoria: na Europa eles inovam sempre, porque o mercado tem menos necessidade de trocar de carro toda hora. Já aqui, falta muita gente para ter o primeiro carro e as fábricas se concentram mais no marketing, para alavancar as vendas, do que em trazer novidades. Sei lá...
Por que eles ensaiam tanto para trazer carros como o MiTo, o Giulietta, o New Focus e tantos outros?
Agresti
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Há tempos que vc nao escrevia , mas voltou em grande estilo. Que bom mais um editor do blog que e Alfista!
Essa viagem deve ter sido incrível pelo local, paisagem e pela pequena Alfa
Uma pena nao ter nenhum modelo da Alfa há tantos anos no Brasil
Aqueles que gostam tem que se contentar com os modelos que entraram por aqui há uns anos e ter disposição para achar pecas e driblar a dificuldade de assistência técnica . Mas digo que, apesar de tudo, vale a pena ter um modelo da marca!
E que bela dica de viagem vc nos deixou!
Eu já conhecia este Alfa Mito.É muito bonito.Aliás,toda a linha atual da Alfa Romeo está muito bonita.Porém,o grande problema desta marca atende pelo nome de Fiat.A Fiat está matando a Alfa Romeo "bem devagarinho" desde 1986.
ResponderExcluirSeria demais pedir pra fazerem uma semana dessas com o giulietta, que também deve vir para o Brasil????
ResponderExcluirBonito e interessante o carro, excelente avaliação. Mas eu só o compraria com o câmbio Dualogic.
ResponderExcluirBonito e interessante o carro, excelente avaliação! Mas eu só o compraria com o câmbio Dualogic.
ResponderExcluirEspero que carros bacanas como esse desembarquem aqui no Brasil. A Citroen está fazendo o dever de casa trazando a linha DS3. Só o motor que poderia ter mais cavalos nos DS4 e DS5. Acabei de comprar um Peugeot 308 THP que é bem mais barato que o DS4. Não gosto de câmbio manual e tenho família, por isso o DS3 não serveria pra mim.
ResponderExcluirHá um episódio do Top Gear UK onde os três apresentadores arranjam um Alfa pra cada um por menos de £1000 cada. Arranjaram um Alfa Romeo 75 V6, um GTV 2.0 e um Spider. Pude ver que confiabilidade não é o forte dos Alfa antigos, mas isso não é suficiente para apagar a paixão que essa fabricante desperta.
ResponderExcluirSobre o GTV, Jeremy Clarkson o descreveu de uma forma que eu reinterpreto aqui, que resume um Alfisti modo di vivere: Ter um é como ter uma namorada que tem lapsos de bebedeira e mau humor. Muitos de seus conhecidaos lhe dizem que sem ela sua vida vai ser mais simples, mas você insiste no relacionamento, porque ela é bela como uma Alessandra Ambrósio, e quando está de bom humor sabe como te fazer feliz...
Quanto ao MiTo, ele seria uma boa opção da Fiat para concorrer nesse mercado de Hatches Superpremium, contra Mini, DS3, Audi A1...
Eu aprecio essa identidade visual da Alfa, mas fico invocado com essa placa dianteira "de lado" no pára-choque, parece que a placa briga com o visual do carro quando deveria parecer natural, "In plain sight", escondida à vista de todos.
Das duas uma: ou a Alfa dá um jeito de colocar a placa no centro, bem baixinho pra não ter que fazer um Cuore pequeno, ou começa um lobby pra abolir placas dianteiras (#Alfistidituttoilmondounitevi).
Sou um Alfista e também já tive o prazer de possuir 2 delas. O que mais me incomoda nas Alfas de hoje, é a tração que deixou de ser trazeira. Acabou com boa parte da diversão e prazer de dirigir que uma Alfa trazia.
ResponderExcluirEis meu carro ideal!
ResponderExcluirCaro Roberto Agresti,
ResponderExcluirParabéns pelo excelente texto e fotos. Como é bom ver uma matéria sobre um Alfa Romeo. Especialmente escrita com tanto entusiasmo.
Abç!
Leo-RJ
Quando esse carro estará disponível para venda no Brasil??? Ou, vocês têm ideia de quanto custaria uma importação independente dele? Quero-o na minha garagem! Obrigado por compartilhar essa experiênca conosco!
ResponderExcluirEu também gostaria de obter essas informações.
ExcluirAdiantando, a Alfa voltará ao Brasil neste ou ano que vem. Mito e Giulietta virão, mas não sei as versões.
Importação independente é possível. O porém é o ajuste do motor à nossa gasolina, mesmo a Podium pode não trabalhar perfeitamente devido ao maior teor de álcool. Jettas e Passats TSI já tiveram problemas de injeção segundo já li.
Parabenizo o Roberto Agresti e o AE pela matéria.
Colegas, eu prefiro rodar com etanol sempre, tenho pago R$ 1,75 no litro, além do que o carro é muita mais "cheiroso" (a gasolina é fedida e muito tóxica), anda bem melhor, e no caso do meu carro faço 13 km/l na estrada (sem ar ligado). Não vejo a hora de termos carros com injeção direta e turbo rodando come etanol, lembrendo que isso já existe no mundo, exemplo os Volvos que rodam com E85 no frio intenso da Suécia. Há muita bobagem falada contra o etanol, e também sobre a nossa gasolina ter etanol. As poucas vezes que rodeu com gasolina no meu carro, fiz 18 km/l rodando em velocidades normais de estrada, e até 20 km/l rodando a 100 km/h constantes. Então, depende do carro que você tem em mãos, o sujeito compra um carro tradicionalmente bebedor, com motor defasado, ou de montadora preguiçosa na evolução tecnológica, e logo vai pondo a culpa no combustível. Carro bom bebe pouco, polui pouco e anda bem, isso vale para o Brasil ou ara qualquer lugar do mundo. Graças a Deus o meu carro está entre esses bons carros.
ResponderExcluirAnônimo,
ExcluirDá o endereço desse posto, e pedem pra montarem uma filial aqui, pois na selva, com alcool custando 2,50 e gasolina a 2,79, nunca vou usar cana no tanque no meu carrinho flex, pois simplesmente não compensa, financeiramente.
Tive vários carros a álcool e todos eram melhores que os flex, tanto em consumo, quanto desempenho.
O MiTo e a Giulietta já estão em testes. Acho que chegam no segundo semestre, a julgar pelos flagras dos sites automotivos.
ResponderExcluirQuanto à importação, existe um simulador na Receita Federal. Um ano atrás dava aumento de 120% sobre o preço na origem. Hoje tem a sobretaxa do IPI. Muitos entram com ação judicial pedindo a devolução do IPI total, alegando ser uma importação para Pessoa Física, que estaria em tese isenta do IPI.
O problema que eu vejo é que não há garantia de fábrica e o motor não está adaptado para funcionar com nossa alcoolina. Então, deve-se levar a uma oficina competente para fazer os ajustes e, mesmo assim, nada garante que o motor e as linhas de combustível suportem bem nosso álcool.