DKW-Vemag e roda-livre, intimamente ligados |
Roda-livre é coisa antiga, do final dos anos 1930, associada aos mecanismos de overdrive. Quando o motoista acionava o dispositivo, automaticamente entrava em roda-livre. A razão de ambos existirem era, ao mesmo tempo, baixar a rotação do motor na estrada, para conforto, e proporcionar economia de combustível.
Overdrive-equipamento era uma mini-transmissão de engrenagem epicicloidal acrescentada à caixa de câmbio normal, na época de três marchas. Já overdrive-conceito foi amplamente explicado em "Over...o quê?" há exatamente um ano no AE e vale a pena reler.
Não há quem não saiba o que é roda-livre: toda bicicleta tem. Pedala-se, pára-se de pedalar e ela continua seguindo, na inércia. É o mesmo nos carros que têm roda-livre.
Depois foi o DKW-Vemag, fabricado no Brasil entre 1956 e 1967, a ter roda-livre. O motivo também era economia de combustível, embora houvesse outro, velado: segurança. É que motores dois-tempos sempre foram propensos a travamento de pistão devido à elevada carga térmica deste, visto não haver o tempo de "descanso" para esfriá-lo, como na admissão e na compressão do motor 4-tempos. É combustão a cada descida do pistão.
Um travamento de pistão, o popular engrimpamento de motor, é perigoso por poder levar ao travamento repentino das rodas motrizes, um evento sempre perigoso tanto na traseira quanto na dianteira, caso do DKW. Por isso falei em motivo velado o DKW ter roda-livre. Mas o jipe que depois se chamou Candango não tinha, pois no lugar do mecanismo de roda-livre havia o sistema de reduzida, não havendo espaço na carcaça de câmbio para as duas coisas.
Segurança também para integridade física dos dinamômetros da fábrica Vemag, que tinham o mesmo mecanismo de roda-livre dos carros instalado entre o motor e o freio hidráulico. Num eventual travamento de motor – e acontecia, especialmente nos motores de corrida – o conjunto freio hdráulico-balança não era danificado.
Segurança também para integridade física dos dinamômetros da fábrica Vemag, que tinham o mesmo mecanismo de roda-livre dos carros instalado entre o motor e o freio hidráulico. Num eventual travamento de motor – e acontecia, especialmente nos motores de corrida – o conjunto freio hdráulico-balança não era danificado.
Outro que tinha roda-livre era o Saab tipos 92 a 96, também com motor 3-cilindros 2-tempos de 750 ou 850 cm³ (DKW, 900 depois 1.000 cm³), que quando passou a usar motor Ford Taunus V-4 de 1.500 cm³ (o único que cabia no lugar do 3-cilindros) curiosamente manteve a roda-livre, talvez caso único no mundo desse dispositivo dissociado do overdrive. Ou os suecos se adiantaram no tempo, ou pensaram, "já que está lá, deixa".
O sistema do DKW e do Saab era simples, mecânico, composto de cubo com rampas, roletes e tambor, que só transmitia torque num sentido, quando o motor era solicitado. Ao levantar o pé do acelerador o tambor (seta maior) girava solto sobre os roletes, desacoplando a transmissão do motor.
O conjunto acima recebia movimento da árvore-piloto (seta menor) e o tambor era ligado à árvore primária do câmbio. Para tração, os roletes pressionam contra a face interna do tambor, dessa forma transmitindo movimento de uma árvore para outra.
Não visível no desenho acima, havia uma luva dentada que deslizava nas estrias da árvore-piloto e engatava na dentição interna do tambor, de maneira a deixar a roda livre fora de ação quando desejado pelo motorista. O deslocamento da luva dentada era comandado por uma pequena alavanca sob o painel no lado esquerdo.
Saab tipo 96 V4: roda-livre mantida mesmo com motor 4-tempos (ruprech.com) |
O sistema do DKW e do Saab era simples, mecânico, composto de cubo com rampas, roletes e tambor, que só transmitia torque num sentido, quando o motor era solicitado. Ao levantar o pé do acelerador o tambor (seta maior) girava solto sobre os roletes, desacoplando a transmissão do motor.
Esquema do mecanismo da roda-livre do DKW, em corte |
Não visível no desenho acima, havia uma luva dentada que deslizava nas estrias da árvore-piloto e engatava na dentição interna do tambor, de maneira a deixar a roda livre fora de ação quando desejado pelo motorista. O deslocamento da luva dentada era comandado por uma pequena alavanca sob o painel no lado esquerdo.
Localização da alavanca de comando da roda-livre neste DKW-Vemag Fissore (antigomotors.com) |
Como efeito colateral, a roda-lvre permitia trocar de marcha no DKW sem usar a embreagem, pois tanto ela quanto a roda-luvre produzerm separação do motor do câmbio. Mas nesse caso não era possível dar a aceleração interina, pois cessaria a separação. Nas trocas ascendentes é que era preciso esperar a rotação do motor cair, o que demorava um pouco devido ao volante muito pesado.
Certos DKWs saíam da fábrica sem roda-livre, por razões de custo, caso dos modelos simplificados das camionetas Caiçara e Pracinha. Também não tinham o sistema os esportivos GT Malzoni e Puma GT
O GT Malzoni não tinha roda-livre (extra.globo.com) |
Atenção: não confundir esta roda-livre que estamos tratando com a roda-livre de cubo de roda de picapes e utilitários de tração nas quatro rodas, que tem outra finalidade, deixar todo o acionamento dianteiro inerte quando a tração estiver selecionada para as rodas traseiras apenas.
Os três carros, DKW, Saab (de três cilindros e o V-4) e Trabant hoje são história e com eles foi-se a roda-livre.
Mas eis que o mundo mudou, estamos em cenário de histeria carbônica e conseqüente efeito estufa que "pode derreter o planeta", como sarcasticamente diz Bob Lutz, o carismático executivo suíço que até pouco tempo era vice-presdente da General Motors mundial, sempre com atribuições de grande responsabilidade
Mas eis que o mundo mudou, estamos em cenário de histeria carbônica e conseqüente efeito estufa que "pode derreter o planeta", como sarcasticamente diz Bob Lutz, o carismático executivo suíço que até pouco tempo era vice-presdente da General Motors mundial, sempre com atribuições de grande responsabilidade
E com a histeria carbônica comendo solta e governos impondo redução de consumo, a indústria automobilística vem se virando como pode para reduzi-lo, bem como a inseparável emissão de gás carbônico, o CO2, tido como um dos causadores do efeito estufa. Nesse rolo todo, quem voltaria à cena? A roda-livre.
Quem está usando
Até o momento já são três carros com roda-livre: Audi Q3, novo Porsche 911 Carrera Coupé e Volkswagen Jetta Hybrid, este último apresentado nesta semana no Salão de Detroit. Mas já pode haver mais carros com essa "descoberta".
O que a roda-livre proporciona é quase intuitivo: deixar o carro correr solto ao deixar de acelerar, evitando efeito de freio-motor e, com isso, aproveitar mais a energia de movimento, ou energia cinética. Utilizá-la em vez daquela que está no combustível só pode significar uma coisa: economia.
Acontece que a roda-livre sempre foi meio malvista por deixar o carro "solto" numa época em que os freios nem sonhavam ser o que são hoje. Atualmente qualquer receio nesse sentido não existe. E se hoje se pode contar com os freios como nunca se imaginou possível, por que não adotar – de novo – a roda-livre? É justamente o que aconteceu, o que estamos vendo, ela está de volta. Mas de uma maneira que constitui verdadeiro Ovo de Colombo.
Não existem as embreagens automáticas dos câmbios robotizados? Então para se ter roda-livre tudo o que é necessário é programar o módulo de gerenciamento do motor para que ele "mande" a embreagem abrir (desacoplar) ao levantar o pé do acelerador. Como diz o Faustão nos comerciais da JAC, "e mais nada".
Só que foi preciso inventar o câmbio robotizado antes, embora se pudesse obter o mesmo resultado com a embreagem automática que tivemos em carros nacionais, como o Mercedes classe A, Corsa Autoclutch e Palio Citymatic
Mas todos os fabricantes aplicaram regras à função de roda-livre. No Audi Q3, por exemplo, o seletor de modo do câmbio tem de estar em Effciency e o carro tem de estar no plano. No Porsche com câmbio PDK, só quando em sétima marcha e desde que a declividade seja pequena. Nota-se uma certa cautela nessas condições restritas – ao contrário do DKW, que ficava "livre" até na ré – mas acredita-se que aos poucos essas condições de uso se ampliem.
E vem mais novidade por aí. Como citei em Um Rei em Boxberg, diriigi na Alemanha um carro com protótipo de roda-livre em que de 120 km/h para baixo, ao levantar o pé, o motor desliga. Claro, há salvaguardas de segurança, com o motor funcionar imediatamente caso o vácuo do servofreio abaixe de certo valor ou se acelere, o sistema entendendo que se quer potência.
Como no caso de ter sido preciso inventar o câmbio robotizado para se ter roda-livre novamente, teve que ser criada a assistência elétrica de direção para o carro poder seguir com motor desligado e a direção não ficar dura feito pau.
E antes que o leitor pergunte, já vou tocando no assunto. E aquela história de que na banguela o consumo é maior, por o motor ficar em marcha-lenta, do que engatado em freio-motor, devido ao corte de combustível, o chamado cut-off? Alguém com total certeza fez as contas e viu que o consumo em marcha-lenta é mais do que compensado pelo fato de o carro não ser freado pelo motor, levado pela energia cinética – a própria consagração da banguela!
Porém, banguela segura só com salvaguardas, que por aqui ainda não chegaram. Já imaginou, por exemplo, o motor apagar num trecho rodoviário em descida e se ficar sem assistência de direção, e após uma ou duas freadas, ficar-se sem freio?
BS
Quem está usando
Até o momento já são três carros com roda-livre: Audi Q3, novo Porsche 911 Carrera Coupé e Volkswagen Jetta Hybrid, este último apresentado nesta semana no Salão de Detroit. Mas já pode haver mais carros com essa "descoberta".
Roda-livre até no novo Porsche 911 com câmbio PDK |
O que a roda-livre proporciona é quase intuitivo: deixar o carro correr solto ao deixar de acelerar, evitando efeito de freio-motor e, com isso, aproveitar mais a energia de movimento, ou energia cinética. Utilizá-la em vez daquela que está no combustível só pode significar uma coisa: economia.
Acontece que a roda-livre sempre foi meio malvista por deixar o carro "solto" numa época em que os freios nem sonhavam ser o que são hoje. Atualmente qualquer receio nesse sentido não existe. E se hoje se pode contar com os freios como nunca se imaginou possível, por que não adotar – de novo – a roda-livre? É justamente o que aconteceu, o que estamos vendo, ela está de volta. Mas de uma maneira que constitui verdadeiro Ovo de Colombo.
Não existem as embreagens automáticas dos câmbios robotizados? Então para se ter roda-livre tudo o que é necessário é programar o módulo de gerenciamento do motor para que ele "mande" a embreagem abrir (desacoplar) ao levantar o pé do acelerador. Como diz o Faustão nos comerciais da JAC, "e mais nada".
Só que foi preciso inventar o câmbio robotizado antes, embora se pudesse obter o mesmo resultado com a embreagem automática que tivemos em carros nacionais, como o Mercedes classe A, Corsa Autoclutch e Palio Citymatic
Mas todos os fabricantes aplicaram regras à função de roda-livre. No Audi Q3, por exemplo, o seletor de modo do câmbio tem de estar em Effciency e o carro tem de estar no plano. No Porsche com câmbio PDK, só quando em sétima marcha e desde que a declividade seja pequena. Nota-se uma certa cautela nessas condições restritas – ao contrário do DKW, que ficava "livre" até na ré – mas acredita-se que aos poucos essas condições de uso se ampliem.
E vem mais novidade por aí. Como citei em Um Rei em Boxberg, diriigi na Alemanha um carro com protótipo de roda-livre em que de 120 km/h para baixo, ao levantar o pé, o motor desliga. Claro, há salvaguardas de segurança, com o motor funcionar imediatamente caso o vácuo do servofreio abaixe de certo valor ou se acelere, o sistema entendendo que se quer potência.
Como no caso de ter sido preciso inventar o câmbio robotizado para se ter roda-livre novamente, teve que ser criada a assistência elétrica de direção para o carro poder seguir com motor desligado e a direção não ficar dura feito pau.
E antes que o leitor pergunte, já vou tocando no assunto. E aquela história de que na banguela o consumo é maior, por o motor ficar em marcha-lenta, do que engatado em freio-motor, devido ao corte de combustível, o chamado cut-off? Alguém com total certeza fez as contas e viu que o consumo em marcha-lenta é mais do que compensado pelo fato de o carro não ser freado pelo motor, levado pela energia cinética – a própria consagração da banguela!
Porém, banguela segura só com salvaguardas, que por aqui ainda não chegaram. Já imaginou, por exemplo, o motor apagar num trecho rodoviário em descida e se ficar sem assistência de direção, e após uma ou duas freadas, ficar-se sem freio?
BS
qual a intenção de desligar o motor em uma descida se as injeções modernas ja cortam quase totalmente a injeção de combustível nessas condições?
ResponderExcluirdesligar o motor era utilizado pois nesse sistema de roda livre o cut-off nao iria funcionar, por isso desligar o motor ate segunda ordem.
ExcluirEsse sistema deve dar um monte de tranco nas retomadas de potencia, nao?!
ResponderExcluirA intenção de desligar o motor é não perder o embalo, imagino eu.
ResponderExcluirBob, tenho um Astra com câmbio automático. Quando eu tiro o pé do acelerador, o motor fica solto e em marcha-lenta, simulando a "banguela". Só em altas velocidades que o câmbio segura o motor em rotações mais altas. Acho isso perfeito!
Em carros sem servo-freio ou direção hidráulica, como os Fuscas, não há nenhum inconveniente em usar banguela nos declives, não é mesmo?
Abraço!!
E câmbio automático comum com conversor de torque? Por que ele dá impressão de quando se tira o pé a rpm cai como se estivesse em neutro?
ResponderExcluirBob, eu sugiro que você utilize um navegador com suporte a corretor gramatical, pois seus textos no AE estão com muitos erros de digitação (o Mahar no MP também). Até a foto GT Malzoni existem vários deles.
ResponderExcluirO Mozilla Firefox e o Google Chrome tem suporte a correção durante a digitação.
Bacana, isso aí num híbrido faz muito sentido por causa da frenagem regenerativa, mas nos outros carros eu fico receoso por causa da falta do freio motor.
ResponderExcluirAinda bem que é ajustável, logo eles vão unir as duas coisas.
ao Anônimo 12:20,
ResponderExcluirO motor desligado não "freia" o carro durante a descida, assim a velocidade pode ser maior sem se recorrer a aceleração.
Excelente, sempre achei o DKW um carro com soluções muito interessantes para a sua época, inclusive de design (que o diga o Fissore, com suas linhas modernistas, limpas e "diretas", sem nada a esconder).
ResponderExcluirNunca tive a oportunidade de dirigir um, não é "do meu tempo", mas pelo que dizem o motor 2 tempos não tem ação de freio-motor, é isso mesmo?
Imagino um carro sem freio-motor e com roda-livre, mais os freios dianteiros a tambor, molhados na chuva, numa descida de serra. :)
Clésio Luiz
ResponderExcluirDe fato, já vi e corrigi, havia quatro. Por isso é que normalmente escrevo no Word, para usar o corretor, depois copiando e colando no blogger. Quando escrevo direto no blogger, como neste caso, tomo extremo cuidado, mas há ocasiões em que não se vê o erro que está ali na nossa cara. Qual navegador tem suporte de corretor ortográfico e gramatical? Uso o Firefox.
Clésio Luiz
ResponderExcluirO Firefox tem essa função, mas não o blogger.
A roda livre do meu carro sou eu mesmo que faço. De uma esquina a outra engata-se a 1ª, 2ª e ponto-morto até chegar no proximo pare. Não perco uma banguela. Isso na cidade. Na rodovia a história é outra. O cut-off do sistema de injeção é mais eficiênte e as decidas são maiores não deixando que o carro perca velocidade.
ResponderExcluirSr. Sharp
ResponderExcluirA tendência dos motores DKW de 'travar' ao se abusar do parco freio motor q. proporcionavam,tem causa no empobrecimento da lubrificação interna, q. ficava restrita ao oleo presente no jato de marca lenta,com o motor girando alto.Isso, antes do advento do Lubrimat,o qual usava,além da abertura do acelerador, parâmetro do regime de rotação para dosar a quantidade de oleo fornecida ao motor.A Pracinha,p.ex,sem roda livre e sem Lubrimat,era candidata bem cotada p/ ter esse tipo de problema.
Ab.
Thiago
ResponderExcluirNão dá tranco porque o acoplamento da embreagem é programado para que não ocorra. Imagine você "fazendo" essa roda-livre no seu carro manual: você aceleraria num movimento sincronizado com o pedal de embreagem. Com uso da eletrônica fica bem fácil.
Guilherme
ResponderExcluirQuando o conversor de torque não tem bloqueio é isso mesmo que acontece, vê-se o ponteiro do conta-giros cair ao tirar o pé. Mas se no seu carro chega uma velocidade em que isso muda, é porque o conversor bloqueou. Sim, banguela no Fusca sem problema, mas fique atento ao freio numa descida de serra.
Guilherme e Fábio,
ResponderExcluirNunca vi um câmbio automático que faça controle de neutro com o carro andando. O que acontece é que ao se tirar o pé, o câmbio vai para a última marcha. Isso aliado ao deslizamento do conversor de torque (ele é maior durante o freio motor) o que se nota é uma rotação baixíssima do motor, as vezes ficando até na marcha-lenta.
É o que percebo no Vectra com o mesmo cambio Aisin que temos aqui em casa.
Fábio Alexandre
ResponderExcluirDepende do câmbio, se tem bloqueio de conversor de torque em todas as marchas ou não. leve em conta também que em muitos casos o bloqueio só ocorre alguns segundos depois de estabilizada a marcha, notado por uma pequena queda no conta-giros.
Oi Bob, tudo bem?
ResponderExcluirEsse negocio de Roda Livre não representa o mesmo risco da "banguela": De o motor apagar e se perder toda a assistência dos comandos por ele alimentados?
Abraços!
Bob
ResponderExcluirPS: Aproveito e posto uma duvida: Banguela no Fusca não provoca superaquecimento do motor, uma vez que ele vêm trabalhando em alta rotação e de repente, uma banguela e diminuição no fluxo de ar?
Um grande Abraço!!!
Mas Bob eu percebo isso no CIvic que dizem que tem bloqueio nas 5.
ResponderExcluirPreciso de roda-livre não. No meu injetado, câmbio manual, é só largar em marcha alta que o cut-off faz o seu papel. Já no Golzinho carburado, a banguela entra em ação (se bem que nem penso em economia com o bixinho, já que com toda a saúde do motor suas médias são de 4,5 a 5,0 km/l urbanos).
ResponderExcluirDaniel Shinomoto, só é ler o texto todo que você percebe as "salvaguardas" que o Bob citou quanto aos problemas que você citou.
ResponderExcluirCSS
ResponderExcluirImaginou certo, tudo o que você disse e mais o circuito hidráulico simples...
Gaboola,
ResponderExcluirPor mais que se imagine que falte lubrificação no dois-tempos ao usar freio-motor, na verdade o motor está sem carga e o óleo fornecido pelo circuito de marcha-lenta é suficiente. Tanto que não se conhece casos de travar nessa condição, ao contrário de alta carga e rotação, típico de uso em estrada. Antes do Lubrimat usei taxa menores de óleo na gasolina, de 60:1 a 100:1 sem o menor problema.
Bob, o link pra baixar o complemento do firefox é esse aqui:
ResponderExcluirhttps://addons.mozilla.org/pt-br/firefox/addon/verificador-ortogr%C3%A1fico-para-p/
ou esse daqui:
https://addons.mozilla.org/pt-BR/firefox/addon/ortografia-br/
O funcionamento é praticamente igual ao do word e só funcionanda nos campos onde se 'escreve'. Talvez você não goste na hora de escrever "idéia" pois eles devem ter o português 'atualizado', mas é só ignorar. Lembre que diminui o trabalho na hora de redigir pois evita correções futuras por erros de digitação.
Daniel Shimomoto de Araújo
ResponderExcluirSou capaz de apostar que se o motor apagar – ou for querer apagar – a embreagem acopla imediatamente. E nos três carros citados a assistência de direção é elétrica. Não creio que no Fusca a repentina e grande diminuição de rotação na turbina faça falta no momento em que cessa a produção de calor. Além disso, continua a fluir ar pelo cárter, o que não acontece com o carro parado com motor funcionando em marcha-lenta.
Bob,
ResponderExcluirAdicione a exgtensao de correcao ortografica da Vero para o Firefox: http://www.broffice.org/files/Vero_pt_BR_V209AOC.xpi
HTH
nesse video da high torque,com o scaner de leitura do modulo de injeção "espetado" com o carro em movimento .é póssivel ver o cut off em operação.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=ur5JxWiI_ss&feature=g-user-bul&context=G2c7ff96UCGXQYbcTJ33ZXMrvn6uPOt7Gu4jZ_Zi45_DAHUu6S3Es
Uma coisa que eu sempre quis saber:
ResponderExcluirEnquanto o motor estiver em cut-off, ocorreria alguma limpeza de carbonização nos pistões e válvulas?
de jeito nenhum Marcelo, para descarbonizar uma camara só com desmontagem do cabeçote, há oficinas que estão "descarbonizando" o motor usando produtos importados, alguns até cancerigenos,enquanto o motor funciona, alem de não ser recomendavel danifica o catalizador.
ResponderExcluirUtilizei muito essa técnica da banguela, fiz certa vez uma viagem de 650km em estradas de pista simples, partindo de 800m até o nível do mar, do extremo oeste de Santa Catarina até quase o litoral. O veículo era um Clio hatch 1.6 16v flex, abastecido com gasolina argentina (E0, sem álcool, prevista na calibração). Fui sem pressa, fiz 3 paradas, levei 10h... O painel indicou 29 litros consumidos e média de 22,7km/l... O que na prática seria 20,5km/l.
ResponderExcluirbanguela mordeninha, que legal.
ResponderExcluirse a onda eco-chata continuar daqui a pouco vao exigir que meu pangaré da chácara peide menos ou enfie um catalizador no reto. que bosta.
É ISSO AÍ BOB, PAU NELES!
ResponderExcluirA estrategia de Cut-off é uma das mas eficientes quando tratamos de economia de combustível.
ResponderExcluirUsem e abuse dessa estrategia, banguela não esta com nada, nem em economia nem em segurança.
leia um pouco mais a materia do bob que vc vera que o que ele diz tem logica. O efeito da manutencaao da energia cinetica eh muito superior a economia feita pelo cutoff apesar de o sistema consumir energia durante a banguela.
ExcluirBob, carro com direção elétrica também precisa de contar com o motor ligado, pois abaixo dos 13 volts a mesma não funciona.
ResponderExcluirAfinal, tensão acima de 13v só com o alternador em funcionamento.
Pelo menos é assim no Fiat Stilo, Bravo e nos Citroen C3
Sr.Sharp
ResponderExcluirPode até ser caso únicp,mas foi o q. sucedeu com a minha(saudosa) Vemaguet,ao descer a Via Anchieta com cinco marmanjos e um murundum de bagagem a bordo.Mesmo antes de começar a descida,achei q. os freios não iam dar conta; por isso, parei em frente á fábrica da VW para 'prender a roda'.E deu no q. deu...O mecânico q. abriu a jaca diagnosticou lubrificação insuficiente.Sorte q. era (relativamente...)barato para consertar.
Bom domingo p/ todos
Esse Alexandre pode entender de carro parado na oficina, saiu disso pode parar...
ResponderExcluirImagino esse pessoal dirigindo, forçando reduzir pra conter freio; forçar cutt-off; e outras bobagens.
ResponderExcluirEsse pessoal entende tanto de carros, que mal sabem quando é que um freio acaba por caloria...
Meu Deus do céu socorro Bob!
Lembrei até de um video do Arnaldo comentando que desceu a imigrantes no freio, em um JAC, e nada de faltar freio; e lembro do Bob no lançamento do Mégane que os freios até fumaram e nada de fading.
ResponderExcluirO pessoal acha que vai ter fading descendo a Rua Augusta a 50 km/h!!
E o outro ainda vem falar na palavra que não sai da boca da molecada SEGURANÇA para um simples aproveitamento de inércia!! E será essas fábricas (ou montadora se quiser falar errado) não sabem que existe cut-off e não o compararam com o consumo usando a inércia da "roda-livre moderna"?
Socorrooooooooooo!
Eu acho o cut-off uma estratégia melhor. Quando passo pela ponte Rio-Niterói, a partir do vão central, uso o cutt-off. Me faz andar dentro do limite de velocidade com consumo zero. Por outro lado, segundo o computador de bordo do meu carro, em marcha lenta com ar condicionado ligado, ele consome 1,1 l/h, e assumindo que se percorre uma distância maior em "roda livre" do que em cut-off, talvez a economia compense, mas acho complicado. Só um teste de campo para provar.
ResponderExcluirCaro Bob,
ResponderExcluirCom as baterias extras nos motores modernos, sem contar os híbridos, a assistência de direção elétrica pode suprir a falta que uma hidráulica faria, sem problemas e sem precisar modificar a bomba, que deixa de existir.
Lucas, pode ir por mim, o Cut-Off é muito mais eficiente e seguro.
ResponderExcluirAlexandre, eu respeito muito a sua bagagem de mecânico e motorista. Você tem razão quanto ao cut-off, eu consegui 14,01 km/l abastecido com álcool na CIDADE num Mille Way Economy 2010. Praticamente não usava freios, e sim o cut-off em grandes distâncias. Muito show!
ExcluirPorém na estrada, eu já fiz médias e usei o econometro do Mille como base para comprovar que o que diz o Bob é correto: levantar o pé em 5ª marcha o suficiente para manter a velocidade na descida não zera o econometro. Se tirar o pé, o econometro zera, mas a velocidade cai, devido ao freio motor, e gasta-se mais combustível para retornar à velocidade desejada após o término do declive. Desacoplando o cambio percebe-se também que não zera o econometro, mas ele fica quase encostado no extremo esquerdo, ou seja, consome menos do que manter um levantamento de pé que mantenha a velocidade em 5ª marcha, o que pode resultar em manutenção da velocidade desejada, ou até mesmo o aumento da mesma, sem o uso do propulsor. Daí vem a economia (em estradas é claro!). Uso muito o cut-off em viagens antes de chegar nos pedágios e quebra-molas de vilarejos, frenando só com o motor a partir de 1 km antes desses obstáculos e reduzindo marchas... mas você não está errado não quanto ao uso do cut-off, nem o Bob Sharp quanto ao uso da banguela em estradas, com as ressalvas que ele propõe é claro. Abração ADG e sucesso na sua profissão.
Alexandre, eu respeito muito a sua bagagem de mecânico e motorista. Você tem razão quanto ao cut-off, eu consegui 14,01 km/l abastecido com álcool na CIDADE num Mille Way Economy 2010. Praticamente não usava freios, e sim o cut-off em grandes distâncias. Muito show!
ExcluirPorém na estrada, eu já fiz médias e usei o econometro do Mille como base para comprovar que o que diz o Bob é correto: levantar o pé em 5ª marcha o suficiente para manter a velocidade na descida não zera o econometro. Se tirar o pé, o econometro zera, mas a velocidade cai, devido ao freio motor, e gasta-se mais combustível para retornar à velocidade desejada após o término do declive. Desacoplando o cambio percebe-se também que não zera o econometro, mas ele fica quase encostado no extremo esquerdo, ou seja, consome menos do que manter um levantamento de pé que mantenha a velocidade em 5ª marcha, o que pode resultar em manutenção da velocidade desejada, ou até mesmo o aumento da mesma, sem o uso do propulsor. Daí vem a economia (em estradas é claro!). Uso muito o cut-off em viagens antes de chegar nos pedágios e quebra-molas de vilarejos, frenando só com o motor a partir de 1 km antes desses obstáculos e reduzindo marchas... mas você não está errado não quanto ao uso do cut-off, nem o Bob Sharp quanto ao uso da banguela em estradas, com as ressalvas que ele propõe é claro. Abração ADG e sucesso na sua profissão.
Bob,
ResponderExcluirCom o sistema de roda livre nestes carros modernos mantendo a embreagem desacoplada, nao existe um desgaste maior dela (molas e rolamentos) Imagino que estes sistemas tenham sido projetados para suportar isso, mas isso nao exigiria molas e rolamentos mais robustos que o normal?
Me lembro de qdo eu era criança, que meu cunhado desligava o fusca dele quando entrava na rua de sua casa, que era uma bela ladeira, e ele estacionava o carro no meio fio com o carro desligado. E as vezes eu via ele descendo com o carro desligado, ele desligava a chave. Se era seguro, não sei. Mas isto faz muiiiito tempo. Sei la, uns 20 anos ou mais.
ResponderExcluir"eficiente e seguro"
ResponderExcluirVc sabe o que é descer a Imigrantes no freio e não dar fading? Onde está a insegurança? Vc já sentiu um fading? Vc sabe frear? Vc acha que 500 metros de descida acaba os freios? Vc guia automáoveis ou só fica debaixo deles?
Nos meus carros, mesmo os carburados, a marcha lenta sempre deu conta do servo freio e da direção hidráulica.
ResponderExcluirAinda não passei por uma descida EM PONTO MORTO que ocorresse fading nos freios. Caso ocorresse, duvido que com a 5ª marcha engatada fosse resolver o problema.
Já ocorreu fading em ocasiões em que eu estava com pressa:aceleração forte após cada curva e frenagem forte antes da próxima curva. Obviamente não estava em ponto morto.
Bob, como fica o ar condicionado nesses casos em que o motor desliga automaticamente?
Bob, o navegador Chrome do Google já vem com corretor ortográfico, funciona melhor até mesmo que o do Word, recomendo ele, só tem a chatice de já estar com o novo acordo ortográfico que eu tanto critico, se você escrever algo como "eqüidistante" ele vai dizer que tá errado por causa do trema, mas ai é só você clicar com o botão direito e clicar em incorporar aquela palavra ao dicionário.
ResponderExcluirQuanto a essa roda-livre, sou contra, a menos que ela seja desligada automaticamente ao pisar no freio e/ou reduzir a marcha e também tenha um botãozinho para desliga-la para todas as situações.
Freddy, acho que o compressor deve ser elétrico assim como nos carros híbridos, será?
ResponderExcluirNeste caso da nova roda livre o motor não desliga. Em carros com stop-start, vc ativa esse modo, se a demanda da temperatura do sistema de ventilação/ar pelo usuário não for possível manter com motor desligado, o sistema simplesmente não opera. É assim que ocorreu num C3 que dirigi lá fora, é o que diz o manual do fabricante (ou montadora, se quiser falar escrever errado...).
ResponderExcluirMande então o cara refazer as contas aí, um carro descendo engatado sob efeito Cut Off nao consome nada naquele momendo até que se pise no acelerador, voce poide desligar a chave enquanto o carro desce e é a mesma coisa.
ResponderExcluirBanguela aliás nunca foi sinonimo de economia nem em carburado, isso e mera ilusão pois nao ha como correr combustivel extra com a borboleta do acelerador fechada, só corre combustivel de marcha lenta de qualquer modo, exeto os carburadores mais modernos que já tinham o Cut Off.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMais um pra turma da roda-livre: BMW Série 5. Como medida para reduzir o consumo e a emissão de CO2, a BMW adotou um sistema de roda-livre, que desconecta a transmissão em declives nos quais não se acelera o motor.
ResponderExcluirAs Cherokee 99-2004 também tem roda livre (que pode ser desligada com botão na alavanca do cambio).
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