google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 ALFA ROMEO 164 Q4 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

ALFA ROMEO 164 Q4

Fotos: wikicars.org, awdwiki.com, wheelsofitaly.com

O interessante está entre as rodas traseiras, um diferencial


O Alfa Romeo 164 foi sucesso aqui no Brasil quando apareceu, trazido pela Fiat quando as importações foram reabertas em 1990. Era uma situação de alegria para os adeptos da marca, que não tinham um modelo no mercado desde que o 2300 SL/Ti4 saíram de produção em 1986. Infelizmente o topo da linha não veio oficialmente, e desconhecemos se esse modelo em questão chegou a girar suas rodas por aqui. Estamos nos referindo ao Q4, Quadrifoglio 4, o modelo com tração nas quatro rodas.

Em 1993, o Alfa Romeo 164 ganhou seu modelo mais complexo, versão raríssima fora da Itália, que adotava um sistema de tração integral, claramente seguindo o sucesso que a Audi experimentava, e não totalmente novidade na marca italiana, que já havia tido outros modelos com as quatro rodas motrizes, como o 33 e o 155.

Foi desenvolvido não apenas pela Alfa, mas sim com a colaboração da austríaca Steyr-Puch, especialista em carros com tração em todas as rodas de usos emergenciais e militares.  O resultado foi um conjunto bastante moderno e eficiente.

O 164 com tração dianteira tinha o comportamento esperado dos carros desse tipo de configuração, com  saídas de frente quando forçados. Algo que pode ser muito desagradável, dependendo do carro e da situação, já que normalmente essas escorregadas se corrigem aliviando-se a aceleração, o que pode ser ruim se você estiver numa subida de serra, com um carro pouco potente e com mais carros atrás.  Nessa versão com tração nas quatro rodas isso deixava de existir.

Um diferencial central batizado de Viscomatic, de discos imersos em líquido viscoso, comandava a distribuição de força para dois outros, um dianteiro e um traseiro tradicionais com planetárias e satélites, passando a ser um carro muito mais prazeroso para quem gosta de dirigir, com tendência a sair sempre de traseira (sobresterço). 

O interessante é que o sistema de diferencial viscoso tem controle eletrônico com central própria, interligado à central do freio ABS, ao módulo  de comando do motor, além de sensor para a posição de esterço das rodas dianteiras, tudo isso para determinar a melhor repartição de torque em cada eixo.

Transmissão, motor , freios e direção se comunicam através da eletrônica

O sistema foi projetado para atuar imediatamente após o início de patinagem do eixo dianteiro, quando o sistema interferia e eliminava em até 100% a tração na frente, passando até os mesmos 100% para a traseira. Um sistema muito flexível, como todo tração integral moderno que se preze. 

Nas situações normais de estrada, o carro ganhava uma nova característica de refinamento e sensibilidade de direção, com a tração nas quatro rodas trabalhando de acordo com a necessidade, para fazer um carro sempre bem comportado, somando a  agilidade permitida por uma direção com apenas 2,6 voltas de batente a batente.

Caixa de transmissão, com a saída para o cardã à direita. Note o par cônico na saida, necessário para mudar em 90º o movimento devido ao motor ser instalado transversalmente

No centro do conjunto vê-se  o diferencial central, com o diferencial do eixo traseiro na extremidade


Ficou tão bom na verdade que mesmo a nova injeção Bosch Motronic M.3.7, multiponto e seqüencial, que trouxe os 230 cv a 6.300 rpm e 29 m·kgf a 4.900 rpm (2 cv a menos e 0,8 m·kgf a mais ) pareciam fracos para o chassis, já que a versão Quadrifoglio de tração dianteira já tinha a mesma potência no motor V-6 a 60° de 2.959 cm³. 

Para ajudar a compensar essa  potência praticamente inalterada, o câmbio adotado foi um  Getrag alemão, manual de seis marchas mais curtas, no qual até mesmo a sexta só dava 35,4 km/h por 1.000 rpm.

Em acelerações, nem mesmo o novo gerenciamento do motor fazia milagres com o peso adicional, com o 0 a 100 km/h chegando em 7,5 segundos, contra os 7 segundos do Quadrifoglio de tração dianteira.

Curiosa, a mescla de nacionalidades: sistema de tração austríaco, gerenciamento de motor e transmissão alemães, carro italiano.

Se o desempenho não era nada de outro mundo, era muito auxiliado na cena completa pelo belo som do motor quando acelerado forte. Isso pode e sempre faz uma grande diferença entre gostarmos ou não de um carro. Lembremos que o Dodge Viper, apesar de ser um verdadeiro monstro, sempre foi criticado nesse assunto.  

No Alfa esse problema de som de motor não acontece, com uma sonoridade magnífica a 3.000 rpm, e brutal a 6.000.

O câmbio de relações curtas trazia muito mais ruídos em velocidades européias de estrada para aquela década que já parece tão distante, quando se podia andar tranquilamente a 140 km/h até à máxima de 240 km/h, quando a coisa toda era mais sonora ainda.

O diferencial e eixo traseiro para a versão tomavam espaço do assoalho do porta-malas, que o fazia menor, um ponto de desvantagem apesar de ainda ter 410 litros de capacidade. Já o tanque aumentou em 5 litros, passando a 75, o que é ótimo para compensar o maior consumo advindo de maior peso, cerca de 1.680 kg, 150 kg mais que o V-6 tração dianteira.

Para a comunicação com o solo, o 164 Q4 contava com rodas de 6,5 polegadas de tala e 16 de aro, pneus 205/55ZR16, Pirelli PZero, freios a disco nas quatro rodas com 281 mm de diâmetro na frente e 257mm atrás atrás, grandes e potentes. Os traseiros também eram ventilados nesse modelo, algo que não ocorria no tração dianteira. As suspensões eram de arquitetura idêntica à do 164 tração dianteira, com McPherson dianteiro fixado a um triângulo inferior, já a traseira também era McPherson, mas com barras  transversais adicionais ligando as ancoragens inferiores das mangas, passando por trás do diferencial. Interessante verificar que os amortecedores também tinham comando eletrônico.

Externamente, a aparência era a mesma do Quadrifoglio normal, com saias laterais pintadas em cor diferente da carroceria,  bem como defletor  dianteiro acompanhando o esquema de cores. O ponto diferente mesmo era o emblema na traseira, que combinava o trevo de quatro folhas símbolo do “Quadriflogio” com o 4 da tração sobre fundo verde.

Externamente igual a qualquer outro 164 Quadrifoglio


Emblema combina o trevo de quatro folhas com a letra Q e o número 4

Um belo carro, sem dúvida alguma, plenamente interessante pelo pacote técnico e pela raridade. Desconhecemos a existência de algum exemplar aqui no Brasil. Seria interessante experimentá-lo, sem dúvida alguma.

JJ



71 comentários :

  1. Num belo dia entro na oficina do meu amigo bem na hora em que ele se preparava para testar um 164 de um cliente que estava de passagem na cidade, fui de carona e fiquei espantado com a pegada e o ronco do 164 24v manual.
    Foi um dos carros que mais despertaram a minha admiração.
    Bons tempos!

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    1. O ronco desse motor e animal!
      Outro dia uma dessas me passou " a milhão" na Imigrantes o cara tava a mais de 200km/h!
      Jorjao

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  2. a foto lateral não é uma 164 Quadrifoglio 12v?

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  3. Por que não temos carros com motor transversal e tração traseira? Imagino que em curvas esse Alfa deve ter uma desenvoltura muito interessante. Uma coisa que não me entra na cabeça. Antes um carro de 1600kk usava pneus com 205mm de largura e ninguem achava ruim. Hoje com toda a evolução dos pneus tem carro de com motor de 1 litro e 1000kg que já usam pneus com com quase essa largura. Não seria um desperdicio?
    Carlos

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    1. Anônimo 22/02/13 12:19
      Já houve. NSU Prinz TT, Fiat X1/9 (houve o Dardo aqui, basicamente o mesmo carro), o Miura P400 V-12, entre os que me vêm à cabeça. / Pneus largos demais é principalmente questão de estilo, daí terem crescido tanto. O consumidor rejeita "canelas finas".

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    2. Os 164 que vinham para o Brasil (12v e o Super com 24v) vinham calçados com 195/65/R15. Tenho a sorte de na infância/adolescência ter passeado muito nas Alfas e a 164 pude dirigir bastante. Em nenhum momento os 195mm de largura dos pneus se mostravam insuficientes. Apesar das críticas por ter sido o 1º Alfa com tração dianteira, o comportamento é muito bom e ronco do V6 deixou saudades...

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    3. Ah esqueci de dizer, motor dianteiro e tranversal e tração traseira... Faltou o dianteiro.
      Carlos

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    4. Teoricamente seria possível tal configuração, como podemos ver pelas motos que têm motor transversal e transmissão por cardã (vide as esportivas da BMW Motorrad e seus motores quatro em linha). Talvez um dos receios do pessoal seja em como conter as perdas de transmissão, uma vez que seriam duas giradas de 90º no movimento, mas ainda assim temos de lembrar que os fabricantes conseguiram ser tão compententes na contenção de perdas de transmissão que hoje em dia um carro com motor longitudinal dianteiro e tração traseira tem perdas de transmissão praticamente iguais às de um com motor transversal dianteiro e tração também dianteira, isso sem falar dos BMW e Mercedes que conseguem sem problema fazer 20 km/l de gasolina na estrada, consumos esses que são iguais ou mesmo melhores que os de concorrentes com motor transversal dianteiro e tração igualmente na frente.
      Fora isso, temos de pensar nos recursos mais modernos, como o diferencial leve da Schaeffler, cujo formato discoide poderia inclusive permitir outras montagens, como ficar deitado em vez de com acoplamento horizontal (como os diferenciais que conhecemos). Pelo que o fabricante fala, sua invenção pode também ser usada em carros de tração traseira.

      O que consigo ver de vantagens para o uso de motor dianteiro transversal e tração traseira seriam as seguintes:

      1) Daria para ter plataformas ultraflexíveis que permitissem usos de trações dianteira e traseira (ou integrais que derivam de tração traseira ou dianteira), conforme o tipo de veículo;

      2) Daria para evitar a frente muito comprida de um carro de tração traseira sem que se perdesse a boa característica do eixo dianteiro distante da parede corta-fogo;

      3) Daria para ter uma parede corta-fogo bem reta (como a de um carro de tração traseira, uma vez que sem um eixo dianteiro logo em frente), mas sem ter de abrir espaço para uma transmissão que praticamente empala o carro (como ocorre nas transmissões de tração traseiras atuais, em que a saída de força fica em ponto muito alto);

      4) Daria para ocupar um grande espaço do carro com o habitáculo, mas sem ter de abdicar da tração onde gostamos que seja;

      5) Também daria para imaginar um cardã que ficasse mais baixo que o de um carro de motor longitudinal e tração traseira, beneficiando o espaço interno.

      Enfim, aqui ficamos em alguns exemplos pegos de bate-pronto.

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    5. Schmitt
      A primeira Alfa moderna com tração dianteira foi a Alfasud,q. , de cara já era uma p... Alfa e q. evoluiu para a 33

      Carlos
      Por que alguem iria fazer um carro assim?!

      NMHO, as Alfas mais interessantes foram as com motor dianteiro e transeixo traseiro(Alfetta,GiuliettaII,75, 90, Alfa6). Foram o canto de cisne da marca.O resto é Fiat...

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    6. Obrigado anônimo!
      Carlos

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    7. Gaboola
      Essas Alfas de tração dianteira são Fiat da mesma forma que meu Fuscao 1500 e um Porsche!
      Dirija uma Alfa e depois venha falar pra gente!

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  4. E que tal os Fox 1.0 com 195/55-15 originais? Meu Bluemotion 1.6 tem 185/70 14 e vai muito bem, só notei algum ruído em curvas mais fortes...

    Mauro

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  5. Legal o texto, gosto muito quando o assunto é sobre tração.

    Por falar nisso acho que está mais do que na hora de criar um texto sobre tração (4WD e AWD) e diferenciais autoblocantes, as suas características e principais tipos Torsen, Positraction, eletrônicos por freio, etc.. Se possível com comentários de quem já sentiu eles na prática.

    Obs. Coloquei um blocante 100% da marca Kaiser no diferencial traseiro do meu carro e a dirigibilidade ficou muito interessante. Tanto em baixa como em alta velocidade e em pisos de baixa aderência.

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    1. Perneta
      Esse assunto sempre é atraente mesmo. Temos falado a respeito de tração, por exemplo, em "Quem tem medo de tração dianteira?" (http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2011/02/quem-tem-medo-de-um-bmw-de-tracao.html), mas podemos, sim, escrever outro mais abrangente, boa idéia.

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    2. Esses Kaiser devem fazer milagres nos tração dianteira, mas possuem um sério inconveniente que me faz passar longe deles: o preço. Sá não são mais caros que os Bertolloti pastilhados.

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    3. Obrigado, tenho muita curiosidade nesse assunto, principalmente como se sente na prática com carros esportivos com muita potência.

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  6. Murilo Figueiredo22/02/2013, 12:50

    Não gosto de falar sem ter certeza, mas acho que já vi um Q4 na Private Collections.

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    1. http://www.privatecollections.com.br/galeria.php?cat_id=30&id=388

      não seria essa 164 S americana?

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    2. A 164 que estava na Private era S, versão da QV para o mercado americano. Há algumas 164 S no Brasil, cerca de 3 ou 4. Externamente, as Q4 possuiam um jogo de rodas diferente. Já vi algumas Super por aqui com essas rodas (Speedline), lindíssimas por sinal.

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    3. Murilo, esse que você se refere é um Sport 1992, muito raro no Brasil:

      http://www.privatecollections.com.br/galeria.php?cat_id=30&id=388


      Zé do Galo

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    4. Sim, vieram duas americanas para o Brasil, essa que estava na private que era de um colecionador paulista, em excelente estado, e uma em Porto Alegre, em estado lastimavel e parada. Sem informacao de Q4 aqui, dificil ter chego. As americanas sáo 164 S com tracao dianteira apenas.

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  7. Como sou apaixonado pelo 164! Fico babando quando vejo um inteiro na rua, coisa rara. Meu tio teve um azul 12v (o que aconteceram com os sedans azuis?) que eu só tive a oportunidade de andar uma vez... e no banco traseiro. Eu devia ter uns 11 anos, mas lembro bem do couro preto e do acento dividido em 3, privilegiando os passageiros das pontos. Carro fantástico!

    JJ, o desempenho não é de outro mundo, mas precisa mais do que isso? Eu não tenho nem ideia do que é ir de 0 a 100 km/h em 7,5 s, rs...

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    1. Esse desempenho e muito bom até os dias de hoje. Principalmente se levarmos em consideração o tamanho e porte do carro
      Há 20 anos atras esses números de desempenho eram fantásticos!
      Dizia meu pai que quem já dirigiu um Alfa V6 nao esquece jamais!
      Meu sonho seria pelo menos dar uma voltinha num Spider V6.... Deve ser o Nirvana na terra!

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    2. O Spider tem desenho Pinifarina.
      Acho que e o mesmo que faz as Ferraris.
      Mas na verdade eu nao sei , eu só acho.

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    3. tanto a spider como a 164 são design by pininfarina.

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    4. Alguem saberia informar se o Peugeot 405 tb. é projeto da casa Pininfarina? É impressionante a semelhança das linhas,quando vistas lateralmente.
      Grato

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    5. Carlos Mendes,
      Sim, o Peugeot 405 é desenho Pininfarina. É mesmo muito parecido com o Afla Romeo 164.

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    6. Eu ia comentar exatamente isso, de lado é muito parecido com o 405. E, até onde eu sei, o Peugeot 306, o 405 e o 406 foram desenhados pela Pininfarina sim...

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  8. 164 24v Super é um dos meus compráveis. Falta só um pouquinho de coragem..

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    1. Mais vale um gosto que dinheiro no bolso!

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    2. Assim o governo quer que façamos. Gastar bastante dinheiro, todo tempo.

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  9. Eu só não acredito muito que esse carro fosse tão "traseiro" assim.

    Esse não é um comportamento de carros com esse sistema sob demanda. Por mais que ele tivesse uma programação que chegasse a jogar toda a tração para as rodas de trás, quando as rodas dianteiras param de patinar o sistema volta a tirar força da traseira pra jogar na dianteira. Eu desconheço um carro com essa arquitetura (tração dianteira default, traseira sob demanda) que não trabalhe dessa forma, seja mais antigo, seja mais novo.

    Fora que, se elas estão patinando na curva, o carro já está empurrando a frente pra fora da curva.

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  10. Eu gostava mais ainda do 155 (vermelho é claro...).

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  11. Meu sonho de criança era ter um desses,quando vejo algum abandonado me corta o coração ,abraço.

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  12. Sou um fã declarado desse carro. Tivesse algum $$ a mais sobrando, mais pra sua manutenção que para o valor do carro em si, um 164 24v estaria em minha garagem.

    Valeu JJ !!!

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  13. Já tive Ti4, 164, 145 e 155 (agora estou em busca de um 156...), mas sempre tive a impressão que a maior parte da elogiável dirigibilidade da marca está no sistema de direção e não exatamente na posição do motor ou da tração.
    Não sei o que tem de tão especial a direção "direta" dos Alfas, mas que é bem diferente da maioria dos outros carros, isso é.
    E parabéns, JJ, por nos mostrar mais um modelo que eu desconhecia. No aguardo: post sobre o Lancia HF.

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  14. JJ
    Esse V6 da Alfa mereceria um post a parte. Vc nao acha?
    Talvez nao seja muito fácil levantar informações.. Mas vcs são bons nisso! Ah são!

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  15. Aqui em casa teve 164 12V, 155 TS e agora uma 156 Sportwagon V6, advinhem qual eu gostei mais?

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  16. Juvenal
    Reputo o Alfa Romeo 164 um dos melhores sedãs já feitos. A posição de dirigir com o volante bem mais inclinado do que a média era perfeita. E, quer saber, não tinha o menor problema o fato de ser um tração-dianteira. E o V-6 transversal eram um deleite para a visão e para a audição.

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    1. Bob,
      Concordo com tudo o que você disse, exceto pela posição do volante. Não pela inclinação, mas por ficar muito afastado em relação ao assento - praga comum nos carros italianos -, forçando il pilota a dirigir com os braços esticados.
      Mesmo assim, um tremendo carro, sem sombra de dúvida. E que me traz ótimas lembranças: foi o primeiro importado que dirigi na vida.

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    2. Alexandre,
      Sabe que no meu caso não? Sou um dos que abomina dirigir com braço esticado e sempre encontrei posição ideal no 164. Vai muito das proporções antropométricas de cada um. Por exemplo, o Arnaldo e eu temos posições de banco e volante absurdamente diferentes e temos a mesma altura, 1,80 m.

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    3. Eu sou mais um que, a cada dia, se rende aos novos carros de tração dianteira. A evolução que ocorreu com os sistemas de suspensão e na qualidade dos pneus nivelou o comportamento por cima, não importando grande coisa se a tração é dianteira ou traseira. Os carros atuais são incrivelmente neutros, mesmo no limite. Claro que estou falando de carros comuns, nada de modelos super-potentes e seus mais de 400 cv, pois aí a coisa encrenca com tração dianteira...

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  17. Bob Sharp,

    com todo respeito com sua experiencia na area de automoveis, não concordo quando voce diz que não tinha o menor problema o fato de ser tração dianteira. Acho que este foi o único problema do 164, uma verdadeira ofensa á marca.

    Se o Alfa 164 fosse tração traseira seria imbativel em todos os aspectos.

    Caso tração dianteira fosse algo bom, a Formula 1 ja estaria usando a muito tempo.

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    1. Anônimo 22/02/13 – Entendo perfeitamente a ira dos alfistas com o 164, mas o fato é que dirigindo-o bastante como já dirigi, e quando eram novos, a tração traseira não faz a menor falta, como não faz hoje num Jetta, por exemplo. Os Fórmula 1 precisam de peso sobre as rodas motrizes e seria inviável tração dianteira, como motor aí, como já foi tentado. Deve ser lembrado também que com o avanço de suspensões e, principalmente, pneus, que funcionam com ângulos de deriva bem pequenos hoje, conjugado com o advento das juntas homocinéticas, acabaram os conhecidos malefícios da tração dianteira e a superioridade de tração traseira. Concordo com você que seria mais indicado o Alfa 164 ter tração traseira, por tradição, mas isso não indica de modo algum que a configuração dele seja um demérito.

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    2. Mesmo o Jetta de 200 cv já ouvi muita reclamação de desgaste de pneu. Acima de 200 cv acho que tração traseira continua sendo uma vantagem técnica e econômica, dá para passar dos 300 cv sem o carro ficar absurdo. E com 300 cv tem que ser tração integral.

      Eu já dirigi o Opel Astra GTC, com a suspensão HyperStrut e eixo traseiro de Watt. O carro é excelente, ele tinha rodas de 19" e era absolutamente confortável. Mas para andar rápido ainda se nota o sobre-peso no eixo dianteiro. Aliás, a outra vantagem de menos peso na dianteira é o conforto e capacidade de atravessar buracos sem que doa na alma.

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    3. O Jetta TSi tem "problema" com desgaste de pneu, pois usa aqueles Michelin moles e a maioria dos donos não tem dó de sentar a bota no carro. Conheci um dono de Polo 1.6 que acabou com um jogo de pneus dianteiros em 20 mil km e o jogo de pastilhas em 30 mil. Será que o menino era bruto?

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  18. Assiste esse vídeo, pode colocar direto no 12:37. Você vai ver uma 164 fazendo o bico de pato por fora, acompanhando de perto um "tração traseira".
    http://www.youtube.com/watch?v=95Y4azj4aUU

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  19. Aléssio Marinho23/02/2013, 00:30

    Ah, uma Alfa Romeo... Babo litros quando vejo uma. Dirigi uma Spider a muitos anos atrás e até hoje suspiro quando me lembro do ronco.
    Todas são maravilhosas, a coisa mais perfeita (e teimosa) que um mortal pode guiar. Os problemas delas fazem parte da relação.
    Pena que a Fiat avacalhou com elas no BR.

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  20. O Alfa Romeu 164 12v, ano 1994, foi um dos melhores carros que já dirigi na minha vida!!

    Hoje esses carros estão sendo vendidos em preços bastante atraentes, o difícil tem sido encontrar um em bom estado...

    Leo-RJ

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    1. Resumo das Alfas no Brasil: "O rico não quer, e nem o rico aguenta manter".
      Infelizmente.

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    2. A minha, 12V, tem 295.000 km, e continua firme, sendo usada no dia-a-dia, com consumo igual ao de qquer sedã médio, e custo de manutenção muito baixo, já que dificilmente quebra...

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  21. Admirei muito o Alfa Romeo 164 nos anos 90, ficava até emocionado quando via o motor dele. Infelizmente numca tive o prazer de dirigir um. No última Expoclassic de Novo Hamburgo tinha alguns, mas na rua é muito raro de se ver.

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    1. uma delas era a minha...tinham duas, uma 12v verde, e a minha 24v champagne.

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  22. Lembro-me bam dele. Meu primo tinha um e me levava pra passear de vez em quando...

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  23. Olha, não sei porque tanta birra com tração dianteira. Pelamor...Tenho Omega Fitti tração traseira, ótimo carro. Tenho Galant 2.5 V6 2000, tração dianteira, carro espetacular! pena a Mitsubish ter abandonado a gente! nem consigo fazer manutenção!Peça, então, só importando. Uma simples correia dentada querem 700 reais e não tem! O Omega anda mais mas ambos andam o suficiente para passar fácil dos 200 por hora. O Galant perde em arrancada e retomada. O Omega perde em curva pois é mais pesado. E deveria ganhar em curva já que é tração traseira e tem quase o dobro da potência( 292 cvs contra 165 cvs). Concordo que o Omega com tração dianteira não seria legal. Aluguei e Dirigi por 20 dias um Chevi Impala nos USA, tração dianteira e os 300 cvs dele ( mesmo motor ou quase igual. Aluguei de propósito para ver a diferença entre dianteira e traseira) na dianteira puxavam o carro para o lado! Mas é muita potencia, muito peso e uma excessão. Na pratica comparar carros de rua com F1 ou mesmo GTs, etc, é pura bobagem. Nem em pseudo esportivos vejo sentido nisto. Em 99,999% dos casos da vida do carro e das pistas, a tração dianteira vai fazer o mesmo que a traseira. E nas Alfas 164 ficaram boas sim, independente do que acham os puristas. Tração 4x4? Se não conseguimos arrumar nem a 2x4 aqui, imaginem a 4x4! Dor de cabeça na certa nas terras tupiniquins! Que digam os donos de Audi que quebram igual vidro!

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  24. Jetta TSI,

    Realmente na condução tanto faz ser tração dianteira, mas no consumo de pneus...

    Tanto faz Bridgestone ( quase todos os originais) ou Michelin ( raros),

    Não passam de 12.000 km. E o carro tem Tração e Controle de Estabilidade não desligáveis. Os trazeiros duraram 20.000 km.

    Mas o BMW Série 1 também come barbaramente o pneu dianteiro e é um tração trazeira.

    Nisso assino embaixo.

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    1. Estou besta com esses número. Considerava comprar um Jetta Tsi no futuro, mas acabei de desistir...

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    2. Os BMWs comem pneu principalmente pela opção de usar run flat, que são piores praticamente em tudo, mas trazem uma vantagem de segurança capaz de convencer. Mesmo se perder pressão repentinamente em alta velocidade o carro se mantém sob controle, dá para ver a partir dos nos 5:22 deste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=lIqgJPYHS7w Além das vantagens de não precisar parar imediatamente para reparar o pneu.

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    3. Como assim os pneus não passam de 12 mil km!!!! Tenho um jetta tsi com 26 mil km e não vou trocar o pneu tão cedo...

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  25. O desgaste de pneus do jetta vai de dono pra dono. Vi um TSi branco aqui em recife que o cara arrancava com tudo na saída de sinal e freava em cima no sinal fechado que pegava mais à frente. Só pra esbanjar os 200 cv embaixo do capô.

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  26. Ô Juvenal, 0-100 km/h em 7,5 s não tá bão, não? rsss... Realmente, uma pena essa praga que nos ronda por aqui, a privação de importação oficial de modelos bem bacanas. Se o 164 de tração dianteira já tinha comportamento absurdamente exemplar, imagino então com tração nas 4 rodas!

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    1. Road Runner,
      está ótimo o tempo, a crítica era apenas que o tração nas quatro não era mais rápido que o tração dianteira. Mas eu não deixaria de ter o carro por causa disso. Aliás, desempenho não é meu quesito principal quando (raramente) troco de carro.

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  27. Fernando Rodrigues24/02/2013, 00:07

    Nossa...o Alfa Romeo 164 de 24v era o melhor...quando eu via um deste na rua eu ficava babando...era um "belo giocattolo italiano!"Em sua época,só os milionários tinham uma belezinha desta na garagem.Até hoje eu acho este Alfa Romeo muito elegante.É uma pena que hoje em dia para encontrar um deste em boas condições,é muito complicado.Eu já cheguei a ver um Alfa deste com Kit GNV instalado! É mole? Eu acho um crime fazer isto neste carro.

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    1. Fernando Rodrigues,
      dos crimes, esse é um dos menores.
      O pior é dar título de eleitor a todos.

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  28. Para o dia a dia e para o motorista médio, realmente tração dianteira é melhor, pois em 99% das situações não se sente diferença e ainda melhora o aproveitamento de espaço do carro; agora pra que gosta de se divertir ao volante, não há nada como um bom motor dianteiro longitudinal e tração traseira, melhor, muito melhor que tração integral inclusive. Pena que hoje em dia essa diversão ao volante é praticamente impraticável.

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    1. Concordo com você, Anônimo24/02/13 19:20
      Mas quanto a "essa diversão ao volante", eu aqui pelo menos sempre dou o meu jeitinho.

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    2. Qualquer um pode dar um jeito. Ainda tem alguns trechos para isto. Mas a dianteira com boa potência é uma delícia também. E em pista travada, seu carro precisa fazer curva. Sobe a serra de Petrópolis aqui no Rio para ver. Carro leve é que se dá bem. Só não pode ser 1000.

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  29. olha amigos eu tenho uma alfa 164 super24v v6 nao vi ate hoje carro para comparar seus aspequitos esse carro eh de mais eh pena ter muitos largados pelos cantos soh ronco motor v6 apaixona nao sou rico mas nao pensso vender tao cedo paguei 20mil nele eh carro tem tudo oq presisar adoro ele nao gasta muito faz 10km por litro a 130km

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  30. tenho uma alfa 164 super 24v v6 carro muito bom oq presisar ele tem completissimo adoro ele apesar de terem abandonados muitos por ai.mas o ronco dele lindo vai de 0 a 1oo 8 segundos carro com espaço os bancos eletricos sao muito massa paguei 20mil nele nao eh porq nada mas pagar 20mil num uno com motorzinho 1.0 de dentista fico com minha alfa pra sempre abraço gente

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  31. tenho vinte anos e quero compra uma alfa 164 maus to com medo de nao ser um bom carro me ajuden pf

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