google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 TRÊS A DOIS - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

TRÊS A DOIS


Fiquei pensando no que o Paulo Keller disse a respeito da configuração tradicional dos pedais de um automóvel: se hoje em dia nenhum piloto das principais categorias precisa do pedal da embreagem, por que nós precisaríamos?

Independente de precisar ou não de três pedais, acredito que esse seja um dos primeiros mistérios que surgem na cabeça do jovem entusiasta, antes mesmo dos 10 anos de idade: "Se nós temos apenas dois pés, por que os automóveis têm três pedais?"

Com muita leitura, o jovem entusiasta logo assimila os conceitos teóricos, ansiando pelo momento da prática. Trata-se de um ritual geralmente familiar, transmitido de pai para filho ou de irmão para irmão: o uso correto do pedal de embreagem faz parte de uma liturgia clássica, com quase 100 anos de tradição.

Entre "morridas", soquinhos e cantadas de pneu o neófito finalmente adquire a sensibilidade exigida para dosar o pedal de embreagem. Superados os primeiros obstáculos, ele finalmente aprende que embreagem não é conversor de torque e em pouco tempo é apresentado ao punta-tacco: com um pouco de habilidade e treino logo se aprende a deliciosa arte de dominar três pedais com apenas dois pés.

Ou seja, precisar do pedal da embreagem ninguém precisa, mas não há como negar que se trata de um mecanismo divertido. Eu não quero ser piloto de categoria principal, logo, não preciso trocar marchas de modo sequencial em milésimos de segundo. O que eu realmente preciso é ter a opção de escolher o que eu de fato quero.

Ainda que eu não precise mais do pedal de embreagem e da velha alavanca de padrão "H" no assoalho, eu simplesmente faço questão de tê-los. Não me agrada nem um pouco a indústria decidindo o que eu preciso ou não ter em um automóvel, ainda mais em um automóvel caro como o BMW.

FB


45 comentários :

  1. Eu não consigo frear bem com o pé esquerdo, mesmo dirigindo um carro automatico eu uso o pé direito para acelerar e frear.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Melhor dizendo, até consigo frear com o pé esquerdo mas não me transmite confiança. Deve ser só questão de prática mesmo.

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  4. Ora, me parece um contrasenso renegar avanços em desempenho em vista do "purismo", da "diversão" ou do simples "gosto", principalmente num carro de alto desempenho!

    Se você não gosta de tal configuração, compre outro carro! È simples. É como quem não gosta de carro manual: compra o automático. Quem não gosta de vermelho, compra o preto, o prata! QUem não gosta de álcool, escolhe gasolina. Ninguém te obriga ou te impõe, embora eu ache que em algum tempo, restarão poucas escolhas nesse sentido, já que tais sistemas e tecnologias não são desenvolvidas para piorar um carro. Pelo contrário: o tornam mais seguro, confortável, rápido, preciso.

    E mais: esta aversão às novidades não é inédita no campo do automobilismo.

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  5. Também não consigo frear com ,digamos,precisão usando o pé esquerdo.Parece que ele foi realmente feito para apenas acionar a embreagem,que cada vez mais se faz ausente naquele local.

    Ps:Uma duvida de quem nunca viaju para o exterior,hehehe.Nos paises em que o motorista fica do lado direito,os carro seguem o padrão de pedais dos nossos carros ou é invertido também?

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  6. É proibido fazer exame de Rua para obtenção de carteira, em carros automáticos.

    Com a popularização desses sistemas que eliminam o acionamento da embreagem, talvez nossa regulamentação sobre o assunto irá mudar.

    Sobre poder frear com o pé esquerdo, eu nem recomendo, quem é destro que freie com o direito mesmo,ainda mais em carro de rua com servo assistência.

    Bitu, os três pedais atuais, a MUITO TEMPO dificultam ao máximo qualquer tentativa de Puntta Tacco prazeirosa como aquelas de antantes numa pedaleira de Fusca...

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  7. Ao Pedro:

    Segue o mesmo padrão, inclusive o lugar das marchas continua igual, ou seja, para colocar a primeira do lado esquerdo e quinta a direita, no caso, mais perto do motorista.

    Ao Anônimo:
    Na sua opinião, tudo que é mais moderno é melhor?
    Pode ser purismo nosso e certamente nossos filhos vão achar realmente que a embreagem é inútil (a menos que ele seja tambem um entusiasta), mas tudo tende ao mais fácil e simples. Porque eu vou preparar minha própria comida se é mais fácil comprar pronta?
    E tudo então tende a ficar igual e sem graça. Os "estilos de dirigir" vão ficar restrito a poucos, pois grande parte disso é como a pessoa acelera e troca de marcha, se usa puntta-taco ou não, se faz reduções com aceleração interina, etc...
    Ganha-se em facilidade, com certeza, mas perde em prazer, assim como uma comida congelada que você bota no microondas e elá está pronta.

    Abraços
    César Dias

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  8. Anderson e outros
    Frear com o pé esuerdo é só questão de desenvolver sensibilidade. Mas só freio com o direito, deixando o esquerdo para situações como manter o carro imobilizado numa subida.

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  9. Pedro Henrique,
    Nos carros para países de mão esquerda (volante na direita) os pedais ficam na mesma ordem dos daqui.

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  10. Bitu,
    A embreagem existe para acoplar e desacoplar o motor do câmbio, de maneira suave, para permitir que o carro se movimente a partir da imobilidade. Será que existe arte nisso? O bom do câmbio manual ou manual robotizado é escolher a marcha. A embreagem e seu pedal são apenas detalhes.

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  11. Belo texto, díficil descrever melhor...

    Falou pouco, mas falou TUDO.

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  12. Belo texto, díficil descrever melhor...

    Falou pouco, mas falou TUDO.

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  13. Belo texto, díficil descrever melhor...

    Falou pouco, mas falou TUDO.

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  14. Concordo com o BS, o pedal de embreagem é apenas um detalhe na escolha das marchas.
    Escolher as marchas é importante, a forma como isso acontece, é relativa, pelo menos para mim.

    E com relação ao freiar com o pé esquerdo, comecei a fazer isso com o primeiro automático que tive, não o que dirigi, mas o que era realmente meu, uma Caravan 75, e depois disso, sempre uso o pé esquerdo para freiar em carros sem pedal de embreagem, é so questão de treino.

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  15. bem, não concordo com BS, afinal, é a msma diferença entre um orgão de tubos e um tecladinho de criança.

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  16. Marcelo Augusto11/11/2009, 19:51

    Infelizmente no Brasil sinônimo de já estar apto a dirigir automóvel é aprender a operar a embreagem e não deixar o caro "morrer", mais nada, infelizmente.

    O bom da caixa manual é permitir usar o motor como se quer. Um carro que permita trocar marchas sem embreagem; usar o acelerador sem efetuar trocas impróprias e não tendo conversor para atrapalhar curtir o motor, está perfeito.

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  17. Marcelo Augusto11/11/2009, 19:55

    Aproveitando, gostaria de sugerir ao Bob Sharp que desse suas impressões sobre a versão de câmbio automatizado da GM, o easytronic, infelizmente só disponível na Meriva..

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  18. "A embreagem existe para acoplar e desacoplar o motor do câmbio, de maneira suave, para permitir que o carro se movimente a partir da imobilidade. Será que existe arte nisso?(...)"

    Sharp, a arte não está exatamente aí. A parte legal da embreagem é pisar no pedal. Como ela funciona, pra que funciona SE funciona, não importa. O legal é pegar o seu carro no fim de semana, ir a um autódromo aberto ao publico e "socar" a embreagem... Essa é a arte!

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  19. Alex,
    Você acha mesmo que é arte usar a embreagem? Não vejo a menor arte nisso.

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  20. É questão de gosto e/ou saudosismo mesmo. Eu cresci num autódromo vendo os pilotos utilizando o pedal "extra" e quando meu pai estava preparando outro carro eu ficava sentado no cockpit daquele que estava fora do centro das atenções fingindo que estava pilotando. Talvez prá você, essa prática tenha se tornado banal. Mas do jeito que eu aprendi a dirigir com meu pai quando tinha ainda 15 anos, os macetes da embreagem, a sensibilidade, como foi citada no texto(aliás, que belo texto) isso eu simplesmente não posso abandonar. Espero que dê tempo de ensinar os meus futuros filhos a dirigir um carro com embreagem no pedal.

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  21. Depois que você dirige um carro de verdade e descobre que não precisa de usar a embreagem para riscar o chão, basta pisar fundo em primeira ou segunda. A embreagem fica sendo apenas uma coisa para atrapalhar a brincadeira, desgastar ou feder queimado. Já no trânsito do dia a dia, algo a menos para te cansar.

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  22. Olá amigos! O tema em questão é muito interessante!. Bom, sobre executar frenagens com o pé esquerdo, eu não tenho dificuldades até pq, sou canhoto ( pés e mãos ) logo, encontrei facilidade em aplicar a técnica tanto em carros com câmbio automatizado, ou manuais ( sempre praticando, treinando até atigir um refinamento necessário ) Frenagem com o pé esquerdo exige certos cuidados( principalmente em veículos com câmbio manual ) pois o tempo de reação e execução entre realizar a frenagem, e troca de marcha é maior..logo, o seu uso é melhor aproveitado em pistas ( até mesmo em estradas ) sempre com muita cautela quando realiza-la!. Lembro que aprendi a dirigir em uma Pick-up D-10 de 5 marchas, o pedal da embreagem era duro e relativamente auto, a terceira marcha entrava com dificuldade.. e para engrena-la, era necessário realizar a dupla-embreagem..até mesmo em operação conjunta com o punta-tacco, ou troca-la no ''tempo'' certo, aos poucos fui aprendendo muito, nela aprendi a realizar o punta-tacco, e a utilizar o pé-esquerdo nas frenagens, assim como a aceleração interina ( que o Bob Sharp, tanto explicou aos leitures em sua antiga coluna lá no Bestcars )É dai que nasceu a minha paixão e preferência pelo câmbio manual Bem, espero que não tenha cometido cafes técnicas em minhas explicações..rsrs para evitar problemas, se possível, gostaria de ver uma abordagem técnica mais aprofundada.. acho que o Sr.Bob Sharp poderia nos brindar ainda mais com seus conhecimentos ainda mais quando o assunto é condução segura, eficiente e correta!!

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  23. Engraçado isso, a maioria se atrapalha pra frear com o pé esquerdo no carro de rua (eu incluído), mas aí pega um kart de aluguel pra brincar e freia sem problemas obrigatoriamente com o pé esquerdo.

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  24. Amem!

    Ainda que estejam tirando os carros manuais, ainda existem os classicos para os die-hard drivers.

    Ferrari tem a opcao manual tambem. Duvido que um verdadeiro entusiasta pegue o carro sem embreagem.

    Jay Leno pensa igual.

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  25. Marcelo Augusto,
    Perfeito, o seu pensamento acerca da utilização do carro.
    Dirigi uma única vez a Meriva Easytronic e só achei as trocas automáticas um pouco lentas. No resto, usando manual com programa Sport, é bastante agradável. Restrições apenas para o avanço lento, que obriga a acionar o freio enquanto parado -- mas a embreagem desacopla enquanto o freio esta em uso, evitando desgaste do sistema, especialmente do disco -- e o padrão de troca de marcha sobir para trás/reduzir para frente.

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  26. Italo,

    No kart, que freamos com o pé esquerdo e nos modelos de marcha a embreagem é na mão( esquerda) e só usada para sair ou imobilizar, ou manobras malabares( no que é aí sim imprescindível, em volta rápida não se usa embreagem,

    o freio ,mesmo hidráulico,é calibrado para a força exercida pelo pé ser relativamente alta e facilitar a modulação ....

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  27. A todos:

    Na minha opinião, tudo começou com a necessidade de um câmbio sequencial acionado por borboletas. Em um fórmula é plausível o uso desse sistema (pelo reduzido giro do volante de batente a batente), mas não em um carro de passeio, por mais forte que ele seja.

    Depois levaram o conceito dos fórmulas para os carros de turismo. O Mercedes CLK GTR era um estranho caso de carro com pedal de embreagem e acionamento do câmbio por borboletas. Confesso que deve ser mesmo muito esquisito guiar um bicho desses.

    Eliminaram o pedal nos fórmulas, eliminaram o pedal nos carros de turismo e agora querem eliminar nos carros de passeio. Não concordo com isso e não considero "avanço", como disse o anônimo.

    Concordo com o Cesar e o Alex: existe um prazer especial em pisar no pedal da embreagem e outro melhor ainda em soltá-lo. Existe o prazer de colocar a mão sobre uma bola de câmbio (de preferência metálica), em selecionar os canais do trambulador, em sentir o "clac" do engate e a batida seca do final de curso da alavanca. Nos carros mais antigos existe ainda o prazer de ouvir os sincronizadores trabalhando... Parece coisa de louco, mas quem é normal aqui?

    Isso tudo pra mim faz parte de uma experiência que não pode ser descartada. Vale muito mais do que um segundo inteiro ganho numa troca de marcha, vale mais que qualquer conforto ganho.

    Quem quiser conforto que compre um bom automático.

    FB

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  28. gostei dessse post Felipe, bem pensando cara.....diria o mesmo !

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  29. O "avanço" citado pelo Felipe não está em passar as marchas sem usar a embreagem ou usar borboletas. O avanço é ter trocas suaves, sem trancos e muito mais rápidas que qualquer entusiasta conseguiria - e este era o objetivo inicial de um câmbio desse tipo nos fórmulas e carros de competição: desempenho!
    Se hoje, eles se multiplicam em carros de passeio, é pelo mesmo processo que outros materiais e tecnologias fazem parte de nosso cotidiano.

    Cesar: nem tudo que é moderno, é melhor. Não serei ingênuo ao generalizar. Mas em questão de desempenho, é inegável a vantagem de um câmbio eletrônico.

    O saudosismo vai sempre existir quando qualquer objeto ou atitude corriqueira e habitual for ameaçada. Principalmente quando envolve assuntos sujeitos a passionalidade. Podemos citar inúmeros exemplos: fotografia digital, futebol, a sociedade em outros tempos e por aí vai

    Pra ficarmos no nosso universo, foi assim com o carburador: quantas viúvas não existem no meio? Aqueles que sentem saudade de regular uma mistura, ouvir o motor e girar um parafuso ou mudar agulhas para obter a melhor regulagem? Ouve-se destas pessoas que a injeção é complicada, cara e não permite ou é limitada para regulagem ou reparo. Obviamente, eles tem parcela de razão, além do já citado saudosismo - uma questão subjetiva, que envolve a experiência pessoal de cada um.

    Sobre punta taccos, acelerações interinas, habilidades e técnicas: serão substituídas por outras. Um bom piloto ou entusiasta ainda será diferenciado na forma de conduzir um veículo, de entender seu funcionamento e nos casos de preparação e competição, como regulá-lo e obter mais dele. Um câmbio moderno automatizado e robotizado elimina certos pontos "problemáticos" que necessitavam de intervenção do condutor. Isso é avanço, no meu modo de vista! E não dá pra discutir com os números!

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  30. Até entendo o ponto de vista do Bob Sharp, mas acho que tanto ele como a maioria do pessoal está esquecendo de um fator básico, e que eu havia mencionado noutro assunto: manutenção.

    Não adianta, por melhor que ela seja feita, um dia o carro falha. É este um dos motivos que me faz continuar detestando carro com transmissão automática (principalmente se esta faz uso do infame conversor de torque). Quando a bateria falha e não tem carga suficiente para uma partida, com um carro automático voce simplesmente sai dele, senta na sarjeta e chora.

    Num carro com transmissão manual voce pode fazê-lo "pegar no tranco". Isso não tem preço. Infelizmente as transmissões manuais automatizadas, incluindo as ASG e DSG, cairam neste rol das que não permitem "pegar no tranco". Portanto, pra mim não servem.

    Quer ver um agravante extremo? Há cerca de 2 anos, tive um problema com um dos meus carros: estava andando numa rodovia, chegando em SP, e tudo estava bem. Perdi velocidade devido a um caminhão na faixa da esquerda, e tive que acelerar logo após a sua saída. Aí notei que meu carro deu defeito no câmbio: ele estava permanentemente travado em 5a marcha.

    Não foi um problema grave na hora, pois fui forçado a fazer uma retomada em 5a marcha. Foi apenas desagradável, pois eu precisava da 4a para fazer a turbina acionar mais rapidamente (a turbina não pressuriza abaixo de 3000rpm no meu caso). Mas tudo bem, cheguei na cidade de SP sem maiores problemas.

    Problema 1: para parar num semáforo, já que as marchas estavam travadas, o único jeito era manter a embreagem pressionada. Em qualquer tipo de automático isso seria impossível.

    Problema 2: e para sair nos semáforos? Sim, o jeito era sair de 5a mesmo, queimando um mooooonte de embreagem. Impossível? Não, ao se aplicar carga no motor, a turbina pressurizava, e o alto torque necessário para empurrar o carro em 5a marcha era realmente obtido!

    Quero ver algum carro automático ou manual automatizado se sair de uma situação como essa.

    E aí Bob, embreagem é bom ou não é?

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  31. Fantastica definiçao do Felipe Bitu:
    "Isso tudo pra mim faz parte de uma experiência que não pode ser descartada. Vale muito mais do que um segundo inteiro ganho numa troca de marcha, vale mais que qualquer conforto ganho."
    Se o carro faz de 0-100 em 6s ou 6,5s, na real mesmo isto pouco importa, quando se esta acelerando, reduzindo, cambiando, etc, estes 0,5s/1s nao farao diferença.

    "Quem quiser conforto que compre um bom automático."

    Concordo de novo, é só pisar e pronto... algo como o carro da patroa /familia automatico tradicional e o seu brinquedo um bom gerador de trancos e quebrador de coxim.

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  32. É mais um passo na eletrodomesticação do automóvel...

    Daqui uns anos virão o controle de trajetória, velocidade, proximidade dos outros veículos, etc.

    Até o dia que o carro se transformar num caixote elétrico autoguiável que nos leva de um ponto ao outro da maneira mais racional e chata possível.

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  33. Bom, parece que esse será um dos comentários longos também... rs

    Quanto a questão da manutenção do sistema automático, realmente, ao menos aqui no Brasil ainda é caro, mas com a evolução dos sistemas, a coisa tende a baratear e a ficar bem confiável.

    Antes a injeção era assim, quantas pessoas falavam e ainda falam que se der um problema na injeção você fica na mão, enquanto que com um carburador basta desmontar e você segue viagem?

    Hoje a injeção é extremamente confiável, melhorou o desempenho dos carros e, de quebra, os tornou mais econômicos.

    A caixa automática, acredito eu, seguirá o mesmo rumo.

    Quanto a pegar no tranco, um carro moderno, mesmo manual, se não tiver uma carga mínima na bateria para fazer a injeção funcionar, também não pegará no tranco.

    Tive um Mazda MX-3 que com menos de 12 ampéres, salvo engano quanto a este número pois não sou conhecedor de parte elétrica, simplesmente não pegava. Podia largar corcovado abaixo que não pegava no tranco.

    Particularmente, prefiro a caixa manual, mesmo com embreagem, pois em certas situações uso a embreagem para cortar o motor, mas quando pego o trânsito da 23, me dá uma saudade danada do câmbio automático.

    Dias atrás, levei uma 530 de SP até Jundiaí, pegando trânsito na marginal e, confesso, fiquei maravilhado com o câmbio da criança, principalmente nas saídas das alças quando experimentava o kick down e sentia a caixa mandar duas pra baixo e motor empurrar legal. Nem cheguei a usar a opção de trocas manuais.

    Voltando a embreagem, lembro que em muitos casos, só utilizamos para sair em primeira marcha. No fusca e na Ipanema, quando fazia a anchieta arrepiando, muitas vezes fazia as trocas no tempo, com a moto faço a mesma coisa.

    Já no Ka 1.0, por conta do volante do motor pesado ou do acelerador eletrônico, que insiste em não deixar a rotação cair de uma vez, até com embreagem arranho as marchas numa tocada mais rápida, principalmente para subir as marchas e, o pior, é que se mandar aliviar o volante o carro não vai sair do lugar, pois vai faltar motor.

    Ou seja, com o tempo, vamos nos acostumar a tocar um carro sem o pedal, podendo realizar trocas manuais (robotizadas) e, provavelmente, vamos nos divertir tanto ou mais do que hoje.

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  34. Sergio,

    A injeção, apesar de hoje estar completamente dominada e não ser nenhum absurdo em manutenção, ainda tem exatamente o mesmo problema dos carros sem embreagem: o que fazer na hora da emergência? É sentar na sarjeta e chorar mesmo. Eu sou plenamente a favor da injeção, mas na hora da emergência o bom e velho carburador se saía melhor.

    Eu mesmo já precisei desmontar carburador na rua por causa de combustível adulterado. Fiz os meus truques lá e o carro funcionou precariamente, o que foi suficiente para chegar em casa.

    Nos carros com MPFI que eu tenho e tive, felizmente nunca passei por situação similar. Não sei exatamente o motivo, afinal, sistemas de MPFI também são muito sensíveis a qualidade do combustível. Mas o fato é que o prazo de manutenção melhorou bastante. Até hoje, surpreendentemente, nenhum carro com MPFI me deixou na mão. Me parece que isto se deve tanto a qualidade do carro como a qualidade do combustível (que de fato melhorou, isto é, o combustível de 98 em diante de fato é melhor que o combustível de 91 a 95).

    O que me preocupa nos carros com câmbio automatizado é que esse sistema eletro-hidráulico de acionamento da embreagem acaba dando problema mesmo. Basta verificar os casos dos MB A160 e A190.

    Quanto a tensão mínima de bateria para o motor pegar "no tranco", é verdade, ela existe mesmo. Sem uma carga mínima para se manter tensão, nada feito. Isso é geral, vale para todos os carros.

    Gosto de tudo quanto é eletrônica embarcada que traga desempenho. Eletrônica que não traz desempenho (por exemplo, câmbios automáticos convencionais, com conversor de torque) sou totalmente contra. Porém, acima do desempenho está o PDP (Pure Driving Pleasure). Então acabo concordando plenamente com o FB.

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  35. O bom entusiasta (ou piloto) freia com o esquerdo, com o direito , faz punta-tacco, tacco-punta , agora, se foi criado soltando pipa na frente do ventilador,jogando bolinha de gude no tapete da sala ou criado pela vó não tem jeito,hahahahahahahahah, subir Petrópolis de 2.3 16v é divertido,mas descer a serra de Kombi é bem mais gostoso,heheheheh.......para uso na rua e para não iniciados o que vier para aumntar o conforto e precisão ao dirigir é bem vindo, eu acho que em racing nem tanto, não abre destaque em quem tem a manha da coisa, tem que dar trabalho pro boneco dentro do cockpit....

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  36. O pessoal aqui se contra diz demais. Até pouco tempo atraz o autor fazia questão de um Corola automático patinador para rodar no transito, agora que há os automatizados com o mehor dos dois mundo virou o "do contra".

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  37. Os autores do blog têm formação, experiência e preferências bastante diversificadas. Não há contradição nisso.
    O resultado é muito divertido, pois dá margem a eles se auto-criticarem, o que significa que, sobre certos assuntos, não há concenso interno.

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  38. Na minha opinião saber usar o pedal da embreagem tem arte, e não é pouca. Sabem por quê? Porque é daí que vem um dirigir extremamente suave, que não significa ser necessariamente lento. A cada troca de marcha imperceptivel que faço, acho um prazer. Outro dia ouvi um comentário que a maioria dos entusiastas também ficaria feliz: estava no carro do serviço (siena 1.8), já à noite, com mais alguns colegas. Eis que uma colega me diz: esse carro é automático, nâo precisa manusear a alavanca. Respondi a ela que o carro era manual e que retrocou: Impossível, eu não estou sentindo as trocas de marcha...
    Como dizer que não há arte nisso? Reuqer feeling, dedicação. É o prazer de fazer algo bem feito, Só por isso. E digo mais: outro dia dirigi um Azera. Carraço. Mas as minhas trocas no meu carro são melhores.
    Outro ponto: o carro com cambio manual ainda permite a brincadeira de se trocar no tempo. Tentem, tentem! Brincadeira deliciosa! Vai arranhar algumas vezes, mas o sorriso na cara vale!

    Abraço

    Lucas

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  39. Concordo,Lucas, se o cara cuidar bem da embreagem ela dura mais de 100000km, se não souber usar com 30000km ela pede pinico.....

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  40. Dura mais de 100 mil km?
    Nunca tive 1 carro cuja embreagem durou menos de 150 mil km.
    Claro, exceto aquele no qual eu demoli a embreagem por ter sido obrigado a andar na cidade só em 5a marcha.
    Noutro post eu não contei o resultado, só expliquei que consegui trazer o carro até em casa graças ao turbo.
    Bom, muito antes de chegar em casa já havia um cheiro fortíssimo de embreagem de cerâmica. Ao chegar, já não tinha mais embreagem nenhuma.
    Derreteu o volante, o disco afinou brutalmente, e a cremalheira ficou girando em falso sobre o volante todo deformado (era aliviado). Resultado: o carro ficou sem partida (mas o motor de partida funcionava perfeitamente).
    MAS O CARRO CHEGOU EM CASA! E claro, já que eu tinha que desmontar o câmbio para descobrir porque travou na 5a, aproveitei para trocar a embreagem.

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  41. bussoranga, acho que teria saido mais barato ter chamado um guincho....

    A única vez que eu senti cheiro de embreagem queimada foi quando o carro atolou.... Mas a embreagem estã perfeita até hoje, ainda é a original.

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  42. Lucas,
    Usar a embreagem bem como você é apenas parte da arte de dirigir com suavidade. Essa arte envolve também uso do acelerador, freio e direção. Parabéns!

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  43. É isso aí, Bob. Valeu!

    Abraço

    Lucas

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  44. Anônimo

    Quer dizer que eu não posso ter um Corolla automático e um carro com transmissão manual e pedal de embreagem na mesma garagem?

    Não só posso como tenho.

    FB

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