google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Os anos 1980 estão de volta. O Fox BlueMotion, versão do Fox 1,6 voltada para menor consumo de combustível, faz uso pleno do conceito "n+1" marchas, em que a última é calculada para baixar rotação e aumentar a carga, deixando o motor na ilha de maior eficiência energética. 

Não só a quinta é especialmente longa, mas o câmbio como um todo, como mostra a tabela abaixo comparando os dois Fox 1,6-litro. Desse modo, é mantido o escalonamento de marchas correto, como fica evidente na última coluna da direita, para quanto cai a rotação nas trocas ascendentes tomando a rotação de potência máxima como referência.


Fox BlueMotion
Dif.
Marcha
Rel. marcha
Rel. total
Ø ext. pneu
 rpm pot. máx.
1000 rpm
5250
 Cai para
3,611
3,769
13,61
600,6
5250
8,3
43,7
 -
3,611
2,095
7,57
600,6
5250
15,0
78,6
2918
3,611
1,281
4,63
600,6
5250
24,5
128,5
3210
3,611
0,881
3,18
600,6
5250
35,6
186,8
3611
3,611
0,673
2,43
600,6
5250
46,6
-
4010

120 km/h =  2575 rpm

Fox 1,6
4,188
3,455
14,47
595,5
5250
7,8
40,7
-
4,188
1,954
8,18
595,5
5250
13,7
72,0
2969
4,188
1,281
5,36
595,5
5250
20,9
109,8
3442
4,188
0,927
3,88
595,5
5250
28,9
151,8
3799
4,188
0,740
3,10
595,5
5250
36,2
190,2
4191

120 km/h =  3310 rpm


Note, porém, que a primeira foi encurtada em 9% e a segunda, em 7,21%. As terceiras permaneceram iguais, enquanto a quarta foi alongada em 4,96% e a quinta, em 9%. Com o diferencial 13,7% mais longo, todas as marchas alongaram-se, como pode ser visto na coluna '1000 rpm' da tabela.


Não é por acaso que um tubarão é o melhor e mais eficiente predador dos mares. Durante milhares e milhares de anos, sua forma foi se adaptando às condições do ambiente e as necessidades de sobrevivência básica. Cada detalhe do corpo do tubarão realiza sua função com primor, graças aos anos de evolução, fazendo do conjunto uma verdadeira obra de arte da natureza.

O Audi R18 não é diferente. Anos e anos de disciplina e, claro, muito dinheiro investido, tempo e dedicação da equipe e dos projetistas que fizeram este carro o vencedor da 24 Horas de Le Mans deste ano. A Audi já está no topo da tabela de vencedores desta mítica corrida, com nada menos que onze vitórias nas últimas treze provas. O modelo vencedor deste ano, o R18 e-tron quattro, é a evolução do modelo R18 TDI vencedor do ano passado, mas com a peculiaridade de ser um veículo com motorização híbrida, e o primeiro deste tipo a vencer em Le Mans.
Fotos: autor e Honda/Caio Mattos

Os dois Civic pace car: visível a baixa altura de rodagem

A Honda brasileira é quem fornece o pace car para a prova de Fórmula Indy em São Paulo, a Indy 300. Aliás, dois, em que um fica de reserva para o caso de qualquer problema com o que está em uso, como avaria mecânica ou acidente. São dois Civic LXL 2013 que, como se sabe, tem motor de 1,8 litro e, evidentemente, para esse tipo de uso, os dois têm o câmbio manual de cinco marchas. A Honda convidou a imprensa a conhecer e dirigir seu pace car na pista da Fazenda Capuava, próximo a Indaiatuba, no interior de São Paulo. Não é preciso dizer que foi uma experiência muito interessante. O Arnaldo foi junto.

O Civic pace car, por Bob Sharp

O carro é preparado para uso em pista, para "puxar" o grupo de carros de corrida quando é necessário intervir, normalmente quando há acidente, acho que todos conhecem essa operação nas provas de F-Indy e outras categorias de automobilismo (na F-1 é chamado de Safety Car). Só que o carro precisa ter capacidade de rodar rápido, ou os motores dos carrros de corrida podem superaquecer, uma vez que não têm ventilador de radiador, dependem exclusicamente do ar dinâmico. Por isso, segundo a Honda, a organização da F-Indy determina que os pace cars devem ter motor de pelo menos 200 cv. A Honda, evidentemente, tratou de cuidar disso nestes Civic.

Duas firmas de preparação foram incumbidas da preparação dos Civic, a Way Motor Sport (www.waymotorsport.com.br), de Marcio Mastroiani, que cuidou do motor, e a Suspentécnica (www.suspentecnica.com.br), de Alberto Trivellato, que efetuou mudanças no chassi. Ambos são profissionais são bastante conhecidos no meio. Claro, aplicaram seus adesivos nos dois Civic pace car, com mostra a foto ao lado.

Imagens: General Motors



O Toronado nasceu do desejo de se criar um automóvel superior: um com espaço interno mais utilizável, e de melhor comportamento na estrada. Estávamos atrás do grande passo adiante, não meramente uma evolução. Isto significa que desenhamos sem nos prendermos a conceitos ou componentes existentes; que fizemos algo sem compromisso com o tradicional.”

Com essas palavras ambiciosas, J.B. Beltz, engenheiro-chefe da Oldsmobile, apresentava em 1966 sua mais nova criação. Grande passo para adiante, sem dúvida. Mais que isso, o carro que criaram seria um dos grandes marcos da engenharia, algo que mudaria para sempre o futuro do automóvel.

Em 1966, ao contrário de hoje, tração dianteira era exceção, e não a regra. Todo mundo achava que dois litros e pouco mais de uma tonelada era o limite prático para esta configuração. A teoria era que os pneus dianteiros seriam incapazes de lidar com a maior parte da frenagem, a direção, e ainda assim passar toda potência do motor ao chão. O efeito de altas potências na direção era particularmente temida, e assim apenas carros pequenos e/ou pouco potentes eram os mais populares candidatos a ter tração nas rodas da frente.

Mas então apareceu o Oldsmobile Toronado. Movidos pelo desejo de criar um automóvel superior, Beltz e sua equipe abandonaram as noções comuns e descobriram que, não apenas as rodas dianteiras podiam conviver com todas aquelas solicitações, várias vantagens direcionais e de estabilidade eram conseqüência direta da tração dianteira. Nos anos 1960 a engenharia da GM, então maior empresa do mundo, chegou ao seu ápice, e nada parecia impossível para o gigante americano. Carro do futuro? É só ver a predominância da tração dianteira hoje para entender que a Oldsmobile tomou o caminho correto para o “automóvel superior”.