google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
foto: Paulo Keller/AE

Tudo começou com um e-mail do Bill Egan. O amigo e ex-colaborador deste blog estava maravilhado com o novo carro na sua garagem eclética: um vermelhíssimo Alfa Romeo Duetto 1300 Junior. Queria que a gente o experimentasse, queria conversar sobre ele, queria mais. Pensou até em voltar a escrever para o blog, algo que o incentivei a fazer veementemente. Um talento desperdiçado é um dos maiores pecados que se pode cometer usando roupas, afinal de contas.

Marcamos um dia então, um domingo de manhã em um posto de gasolina no caminho para minha casa, já fora de São Paulo para facilitar para mim, e tirar o trânsito do encontro. Andando por ali acabamos por encontrar, quase por acidente, uma estradinha maravilhosa: longa, mão dupla, vazia, cheia de curvas legais, e belíssima naquele dia de sol. Encontrar algo tão bom de andar tão perto de São Paulo já valeu o dia.

Um monte de amigos resolveu vir junto, o que tornou o encontro ainda mais legal. O Paulo Keller, renovando sua vontade de trabalhar no blog que ele mesmo fundou, apareceu com seu maquinário retratista para registrar tudo. Mas o que Egan não esperava era a horda de viaturas bávaras que apareceu para mudar totalmente o foco do negócio: eu obviamente fui com minha perua 328i de câmbio manual, porque ela é meu carro de uso diário, meu meio de transporte primário. O Rafael Tedesco também veio com o seu E36 de uso diário, um bem surradinho cupê 325i, também com o raro e desejável câmbio manual. Mas a estrela do passeio prometia ser outra: O M3 de primeira geração (E30) de nosso amigo e ex-colaborador VR.


Foto: Paulo Keller/AE





Coluna 4913 04.dez.2013                       rnasser@autoentusiastas.com.br          
Passando a limpo, Mitsubishi Triton
Quem não tem 8 marchas automáticas — como o VW Amarok, novidade no setor e que se pontua por este item — refina o resto.
Parece ter sido o caminho da Mitsubishi para dar atratividade a seu principal produto, o picape Triton. Ou para fazer uma despedida digna — deve ser substituído, em 2015, pelo novo modelo apresentado como protótipo hábil, em fevereiro, Salão de Genebra.
Fato é, deu-lhe uma acertada perceptível, não apenas no visual frontal mudando pára-choques, grade e grupo óptico dentro das habilidades da MMC, a Mitsubishi do B, mas na parte rolante. Incorporou quinta marcha na caixa automática, mantém o quantitativo na opção mecânica, alongou o diferencial para reduzir as rotações em velocidade, aumentou o tanque a 90 litros, aumentando a autonomia. Aplicou espelhos retrovisores rebatíveis externamente. O motor 3,2 quatro-cilindros, Diesel, turbo com intercooler, teve potência aumentada a 180 cv, torque de 38 m·kgf. O flex é de ciclo Otto, V-6, 3.500 cm³, um comando mas 24 válvulas, faz 205 cv e 31,5 m·kgf de torque. Há, ainda motor para a versão mais barata, HLS tração simples: quatro cilindros em linha, 16V, 2.400 cm³, 142 cv e torque de 22 m·kgf.
Dentro, conceito misto. Altura de picape, jeito de automóvel, bancos envolventes, como em carros esportivos, aplicação de couro, painel rico, kit multimídia, GPS, rádio, CD, DVD, Bluetooth, comandos no volante.
Muitas versões, muitos preços. Mais barato, 2,4 Flex, HL, para frotas, vendas diretas, negociação pontual.
A público normal 2,4 Flex, tração simples, R$ 76.990. Mais cara, HPE, 3,2, Diesel, caixa automática, tração nas 4 e reduzida, completa. R$ 126.990.
Questão de óptica
Diz a Mitsubishi, o multicampeão brasileiro Ingo Hoffmann fez São Paulo a Brasília num Triton diesel, sem reabastecer. Deve ser verdade, mas será ociosa vantagem. Em torno de 12 km/l, com pé em cima, para efeito promocional, qualquer zemané faz.
A MMC, a Mitsubishi do B, a operação brasileira, independente da japonesa, faz os melhores picapes da marca. Usuário de seus maiores mercados e fã clubes, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália se dirigir os Triton brasileiros, deixará de lado os importados da Tailândia e quererá importar os goianos. São muito superiores em acertos, ajustes, finura em comportamento. A soma de  know how interno de competições, com o atrevimento de empreender fazem-nos melhores. Pena, a MMC daqui não enfatiza as boas características, seu diferenciador, o ter-na-mão, o andar sem sustos, os intraduzíveis porém perceptíveis  handling, tenutta-di-guida, rótulo aos bem acertados MMC Triton. 

Novo Triton 3,2



Não há entusiasta que não tenha lido sobre carros autônomos, dos testes que vem sendo feitos por grandes companhias e nem das promessas sobre quando eles se tornarão realidade. Quando são referidos, muitas vezes os chamam de "carros inteligentes", sem que se explique ao público leigo que tecnologias são aplicadas e que desafios terão de ser vencidos até chegarmos lá.

Esta é uma série de artigos que trata desta questão e, como veremos, a inteligência dos automóveis nasceu desde que o primeiro automóvel foi criado, e várias tecnologias presentes no automóvel são comuns a outros tipos de máquinas.

Então, iremos começar pela parte mais visível do processo, a parte dos controladores e reguladores.

A evolução dos controladores

A invenção da máquina a vapor por James Watt desencadeou uma série de revoluções tecnológicas que mudaram o mundo. Mas, apesar da sua importância, não foi ela que virou o símbolo iconográfico de seu tempo, mas sim um pequeno acessório, que geralmente era posto a girar sobre a máquina.
Mostrando que não é de hoje que conteúdo não vale nada, mas imagem é tudo, aquele mecanismo povoou as obras artísticas da Art Nouveau, a mente das pessoas na Belle Époque, e depois, todos os filmes de cientistas malucos. As pessoas não sabiam para que aquela peça de plasticidade artística girando em alta velocidade poderia servir, mas ela simbolizava em suas cabeças a força da máquina, o que era também o símbolo do domínio e da força do homem civilizado sobre o mundo selvagem. Esta peça era o regulador centrífugo.

Regulador centrífugo



 Fotos: autor




A cena se repete nos últimos 15 anos: você estaciona em frente à bomba de diesel, em um posto de beira de estrada, e o frentista nem se mexe. Fica sentado lá longe. Depois de um tempo berra: “Aí é pra caminhão, puxa o carro pra cá”, indicando a gasolina e o álcool. Finalmente o cara chega perto do Mercedes-Benz e, quando insisto em colocar diesel, a resposta também é sempre a mesma: “Doutor, vai dar merda. Carro não anda com diesel”.

Geralmente conto uma história meio louca, que estou acostumando o Mercedes devagar a rodar com diesel, que fui misturando com gasolina e agora ele já gosta de “óleo”...Mas o frentista só sossega quando vê o motor e checa que não existem velas e lá esta a bomba injetora e os bicos bem “de caminhão”.

Motor Diesel 3-litros seis-cilindros: potência máxima a 4.600 rpm