Coluna 4913 04.dez.2013 rnasser@autoentusiastas.com.br
Passando a limpo, Mitsubishi Triton
Quem não tem 8 marchas automáticas — como o
VW Amarok, novidade no setor e que se pontua por este item — refina o resto.
Parece ter sido o caminho da Mitsubishi para
dar atratividade a seu principal produto, o picape Triton. Ou para fazer uma
despedida digna — deve ser substituído, em 2015, pelo novo modelo apresentado
como protótipo hábil, em fevereiro, Salão de Genebra.
Fato é, deu-lhe uma acertada perceptível, não
apenas no visual frontal mudando pára-choques, grade e grupo óptico dentro das
habilidades da MMC, a Mitsubishi do B, mas na parte rolante. Incorporou quinta marcha
na caixa automática, mantém o quantitativo na opção mecânica, alongou o
diferencial para reduzir as rotações em velocidade, aumentou o tanque a 90 litros, aumentando a
autonomia. Aplicou espelhos retrovisores rebatíveis externamente. O motor 3,2
quatro-cilindros, Diesel, turbo com intercooler, teve potência aumentada a 180
cv, torque de 38 m·kgf. O flex é de ciclo Otto, V-6, 3.500 cm³, um comando mas
24 válvulas, faz 205 cv e 31,5 m·kgf de torque. Há, ainda motor para a versão
mais barata, HLS tração simples: quatro cilindros em linha, 16V, 2.400 cm³, 142
cv e torque de 22 m·kgf.
Dentro, conceito misto. Altura de picape,
jeito de automóvel, bancos envolventes, como em carros esportivos, aplicação de
couro, painel rico, kit multimídia, GPS, rádio, CD, DVD, Bluetooth, comandos no
volante.
Muitas versões, muitos preços. Mais barato, 2,4
Flex, HL, para frotas, vendas diretas, negociação pontual.
A público normal 2,4 Flex, tração simples, R$
76.990. Mais cara, HPE, 3,2, Diesel, caixa automática, tração nas 4 e reduzida,
completa. R$ 126.990.
Questão de óptica
Diz a Mitsubishi, o multicampeão brasileiro
Ingo Hoffmann fez São Paulo a Brasília num Triton diesel, sem reabastecer. Deve
ser verdade, mas será ociosa vantagem. Em torno de 12 km/l, com pé em cima,
para efeito promocional, qualquer zemané faz.
A MMC, a Mitsubishi do B, a operação
brasileira, independente da japonesa, faz os melhores picapes da marca. Usuário
de seus maiores mercados e fã clubes, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália
se dirigir os Triton brasileiros, deixará de lado os importados da Tailândia e
quererá importar os goianos. São muito superiores em acertos, ajustes, finura
em comportamento. A soma de know how interno de competições, com o
atrevimento de empreender fazem-nos melhores. Pena, a MMC daqui não enfatiza as
boas características, seu diferenciador, o ter-na-mão, o andar sem sustos, os
intraduzíveis porém perceptíveis handling, tenutta-di-guida, rótulo aos
bem acertados MMC Triton.
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Novo Triton 3,2 |