google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: BBC News Magazine

"Dirija na esquerda na segunda-feira, dirija na direita na terça-feira"

Relaxe, leitor ou leitora, que isso não vai acontecer. Mas, e se acontecesse, como seria? Qual a operação e a logística necessária para isso?

Este post foi gerado depois que um velho amigo do Rio de Janeiro e ex-colega de GM, o Hubert Melin, me mandou uma história de mudança de mão de direção. Foi em 2009, em Samoa, um estado independente de línguas inglesa e samoana no Pacífico Sul, próximo à Nova Zelândia, de quem se separou em 1962. A coisa toda é mais complicada do que parece e o mais curioso é que eles tinham mão igual à nossa e passaram à mão inglesa.

A matéria, assinada por Tom Geoghegan, está nesta página do site da BBC News Magazine e se intitula "Poderia o Reino Unido andar na direita?". Leia a seguir seu conteúdo.
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Os motoristas de Samoa trocaram o lado da estrada em que dirigem de um dia para outro. Esta é uma mudança que a Inglaterra já considerou – mas será que isso daria certo hoje?


 Cord 810 (foto good-wallpapers.com)

A grande escritora Beverly Rae Kimes disse certa vez da marca americana que levou o nome de seu famoso fundador, Erret Lobban Cord: “O Cord L-29 atraiu a maior atenção, gerou menos vendas que qualquer outro carro de preço médio da história, exceto é claro o seu sucessor.” Um bom resumo da marca, a terceira do conglomerado automotivo de E.L. Cord, criada depois dele ter comprado a Auburn e a Duesenberg. O L-29, criado sob as patentes de tração dianteira do artístico engenheiro Harry Miller, é talvez o maior clássico da marca que estava destinada a ter vida curta (1929-1937). Mas é do seu sucessor, o Cord 810, que quero falar aqui, famoso não somente pela então incomum tração dianteira, mas principalmente pelo seu antológico e revolucionário desenho de carroceria.

Um Roadster Cord L29 (RM auctions)

E como este desenho nasceu é uma história interessantíssima, ligada indelevelmente à história de seu criador, o hoje famoso Gordon Buehrig.



Quando comecei a rodar com o Fox 1,0 i-Trend da foto, pensei "Um carro quase zero." Jeito de carro novo em todos os detalhes, funcionais e estéticos. Ao ver o hodômetro me surpreendi, quase 9.000 km! E rodando com a imprensa, portanto um uso fora do padrão, mais forçado. Essa foi a maior impressão que tive do Fox rodando alguns dias com ele em São Paulo, com uma viagem-teste até Campinas: solidez e fabricação esmerada.

O trambulador impecável, referência na indústria, ajudado pela ideal manopla em forma de pera; o batente de fim de curso do pedal do acelerador, uma "marca registrada" VW, em que se o sente e o escuta; o quadro de instrumentos "padrão Wolfsburg" adotado no modelo 2010, apresentado em setembro do ano anterior, e o Fox, mesmo com motor pequeno, passa a sensação de valer o que custa, R$ 31.710 básico, que traz freios ABS, bolsas infláveis frontais e cintos dianteiros com ajuste de altura e pré-tensionador, conta-giros, limpador e lavador do vidro traseiro, entre outros itens.

Visual não envelheceu muito após dez anos

Fotos sem crédito: net car show.com



It’s not the kill, It’s the thrill of the chase!
(Não é o ato de matar, é a emoção da perseguição!)

Quando a banda inglesa Deep Purple disse a frase acima, na música “Knocking at your back door”, faixa de introdução de seu antológico vinil de retorno “Perfect Strangers” (1984), usou uma expressão comum entre caçadores, mas o assunto aqui era outro tipo de caça: as mulheres. A música fala que o legal é perseguir mulheres difíceis, especiais, interessantes, que o real desafio está na busca, na conquista. A melodia é sensual, e a gente se sente meio compelido em acreditar que o bom mesmo é perseguir uma doce dançarina chamada Lucy, cujos dedos disparam sombras elétricas inalcançáveis... 

O que a canção diz é que ótimo estar com elas, mas uma vez atingido o objetivo inicial, o chamado da busca incessante é ouvido, o que era inatingível e excitante se torna fácil e comum, e inevitavelmente é a emoção da caça que se sobrepõe. Assim dizem as sagradas escrituras do rock’n’roll.

Mas eu sou, por natureza e opção, um cara monógamo. Entendo e já senti, na juventude, a emoção deste tipo particular de caça, mas não é algo presente em minha vida. Mas quando falamos daquele que é o tema deste ilustríssimo blog, o automóvel, a coisa muda de figura. Como muitos de vocês, acredito, vivo minha vida em busca a um elusivo e inalcançável Graal automobilístico, aquele carro perfeito, raro, barato, interessante, que será para sempre ligado indelevelmente à minha pessoa, e que, perfeitamente ajustado às minhas necessidades, desejos e taras, se tornará a escolha definitiva. 

Apesar disso, ou talvez por causa desse irreal objetivo, se com mulheres tive muito sucesso na monogamia, com carros fracassei completamente. Me saí um sujeito safado cuja promiscuidade não tem limites. De velhos Fuscas a novos Ferraris, e todo resto no meio, tudo me atrai e me excita, tudo consegue chamar minha atenção e se tornar o objetivo dos meus desejos e a musa de meus dias. Não há marca que me segure, não há tabus nem coisa proibida: vale tudo e tudo parece estar disponível se eu persistir de verdade. Sou decididamente infiel quando se trata de automóveis.

É por causa disso que volto aqui, apenas alguns meses depois de ter feito minha última lista deste tipo, e de por resultado ter comprado meu Cruze, para compartilhar mais uma vez com meus queridos leitores o que passa em minha cabeça doentia e pervertida quando me coloco à caça novamente.