google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

 Cord 810 (foto good-wallpapers.com)

A grande escritora Beverly Rae Kimes disse certa vez da marca americana que levou o nome de seu famoso fundador, Erret Lobban Cord: “O Cord L-29 atraiu a maior atenção, gerou menos vendas que qualquer outro carro de preço médio da história, exceto é claro o seu sucessor.” Um bom resumo da marca, a terceira do conglomerado automotivo de E.L. Cord, criada depois dele ter comprado a Auburn e a Duesenberg. O L-29, criado sob as patentes de tração dianteira do artístico engenheiro Harry Miller, é talvez o maior clássico da marca que estava destinada a ter vida curta (1929-1937). Mas é do seu sucessor, o Cord 810, que quero falar aqui, famoso não somente pela então incomum tração dianteira, mas principalmente pelo seu antológico e revolucionário desenho de carroceria.

Um Roadster Cord L29 (RM auctions)

E como este desenho nasceu é uma história interessantíssima, ligada indelevelmente à história de seu criador, o hoje famoso Gordon Buehrig.



Quando comecei a rodar com o Fox 1,0 i-Trend da foto, pensei "Um carro quase zero." Jeito de carro novo em todos os detalhes, funcionais e estéticos. Ao ver o hodômetro me surpreendi, quase 9.000 km! E rodando com a imprensa, portanto um uso fora do padrão, mais forçado. Essa foi a maior impressão que tive do Fox rodando alguns dias com ele em São Paulo, com uma viagem-teste até Campinas: solidez e fabricação esmerada.

O trambulador impecável, referência na indústria, ajudado pela ideal manopla em forma de pera; o batente de fim de curso do pedal do acelerador, uma "marca registrada" VW, em que se o sente e o escuta; o quadro de instrumentos "padrão Wolfsburg" adotado no modelo 2010, apresentado em setembro do ano anterior, e o Fox, mesmo com motor pequeno, passa a sensação de valer o que custa, R$ 31.710 básico, que traz freios ABS, bolsas infláveis frontais e cintos dianteiros com ajuste de altura e pré-tensionador, conta-giros, limpador e lavador do vidro traseiro, entre outros itens.

Visual não envelheceu muito após dez anos

Fotos sem crédito: net car show.com



It’s not the kill, It’s the thrill of the chase!
(Não é o ato de matar, é a emoção da perseguição!)

Quando a banda inglesa Deep Purple disse a frase acima, na música “Knocking at your back door”, faixa de introdução de seu antológico vinil de retorno “Perfect Strangers” (1984), usou uma expressão comum entre caçadores, mas o assunto aqui era outro tipo de caça: as mulheres. A música fala que o legal é perseguir mulheres difíceis, especiais, interessantes, que o real desafio está na busca, na conquista. A melodia é sensual, e a gente se sente meio compelido em acreditar que o bom mesmo é perseguir uma doce dançarina chamada Lucy, cujos dedos disparam sombras elétricas inalcançáveis... 

O que a canção diz é que ótimo estar com elas, mas uma vez atingido o objetivo inicial, o chamado da busca incessante é ouvido, o que era inatingível e excitante se torna fácil e comum, e inevitavelmente é a emoção da caça que se sobrepõe. Assim dizem as sagradas escrituras do rock’n’roll.

Mas eu sou, por natureza e opção, um cara monógamo. Entendo e já senti, na juventude, a emoção deste tipo particular de caça, mas não é algo presente em minha vida. Mas quando falamos daquele que é o tema deste ilustríssimo blog, o automóvel, a coisa muda de figura. Como muitos de vocês, acredito, vivo minha vida em busca a um elusivo e inalcançável Graal automobilístico, aquele carro perfeito, raro, barato, interessante, que será para sempre ligado indelevelmente à minha pessoa, e que, perfeitamente ajustado às minhas necessidades, desejos e taras, se tornará a escolha definitiva. 

Apesar disso, ou talvez por causa desse irreal objetivo, se com mulheres tive muito sucesso na monogamia, com carros fracassei completamente. Me saí um sujeito safado cuja promiscuidade não tem limites. De velhos Fuscas a novos Ferraris, e todo resto no meio, tudo me atrai e me excita, tudo consegue chamar minha atenção e se tornar o objetivo dos meus desejos e a musa de meus dias. Não há marca que me segure, não há tabus nem coisa proibida: vale tudo e tudo parece estar disponível se eu persistir de verdade. Sou decididamente infiel quando se trata de automóveis.

É por causa disso que volto aqui, apenas alguns meses depois de ter feito minha última lista deste tipo, e de por resultado ter comprado meu Cruze, para compartilhar mais uma vez com meus queridos leitores o que passa em minha cabeça doentia e pervertida quando me coloco à caça novamente.
Fotos: autor


Cada cilindro da Triumph Thunderbird Storm tem 850 cm³; quase a cilindrada total de um “carro mil”. E ela tem dois deles – paralelos e refrigerados a água e ar – o que totaliza 1.700 cm³ (para ser exato, 1.699 cm³). Um motor com quatro desses teria 3.400 cm³, uma barbaridade. A título de comparação, cada “caneco” do Opala “seis-canecos” tem 680 cm³, o que já é muito, então, para acharmos cilindros grandes assim em automóveis temos que ir à busca dos enormes V-8 big blocks americanos, tipo o 427 da GM, já que o 4-cilindros do Porsche 944 S2, o 4-cilindros moderno de maior cilindrada do qual me lembro, tem 3 litros, ou seja, 750 cm³/cilindro. 

Como se vê, a coisa aqui é bruta, é motorzão mesmo, o que nos leva a crer que ele deveria vibrar feito uma britadeira, mas não; seu funcionamento é suave e amortecido em toda sua faixa de giro, sendo que a lenta é tranqüila, serena e silenciosa, a ponto dos retrovisores não vibrarem.

Os canos de escapamento são impressionantemente grossos; dois tubões cromados.