google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



Era uma vez um menino.

O menino nasceu em janeiro de 1864 em uma família pobre do condado de DeKalb, Illinois, a uns 100 km a oeste de Chicago. Estava destinado a perder a família muito cedo, quando tinha apenas sete anos de idade.

O estado o colocou então sob a custódia de um fazendeiro. O contrato determinava que a criança deveria trabalhar na fazenda até a maioridade (21 anos), e em troca receber casa, comida, uma roupa nova a cada ano. E só. E assim o menino trabalhou muito, para receber quase nada em troca, por cinco anos.

Em 1876, aos 12 anos, o menino fugiu da fazenda. Andou 30 km até uma cidade longe o suficiente (Grand Blanc), onde arrumou um trabalho de ajudante de carpinteiro em uma grande fazenda. Recebeu um salário de 24 dólares por três meses de trabalho. Pouco, mas pelo menos, um salário. Durante a colheita do outono, o menino trabalhou mais um mês e recebeu 12 dólares. Aos 13 anos, o menino tinha economizado 25 dos 36 dólares que ganhara até então.


O Fusca todos conhecemos
Discussões sobre carros são sempre complicadas. Há carros modernos e novos em folha que não representam nada, exceto serem um veículo para condução humana, pois não tem história atrelada a eles. Nunca tiveram a marca que os originou conseguindo algum sucesso em provas de competição, a mais importante modalidade delas sendo os ralis. Outros nem mesmo tiveram um criador, são frutos de reuniões de comitês que decidem investir nesse tipo de indústria, com tal tipo de produto.

São marcas absolutamente competentes, atendendo os anseios de muitos consumidores, mas que não entusiasmam.
Foto: Automobile Revue


Chevrolet Sonic


O ano era 1990 e já em vida profissional usei minha nova capacidade econômica para incrementar o portfólio de revistas de motos e automóveis, passando a adquirir algumas importadas como Road & Track, Car and Driver e Cycle World, para ser mais preciso. Deslumbre total que durou bons anos. Primeiro, porque meu conhecimento assumido sobre automóveis resumia-se praticamente ao que vinha lendo nas revistas nacionais Quatro Rodas, Motor 3, Autoesporte etc. Anos mais tarde fui dar-me conta que nem lendo com avidez todas as revistas disponíveis estaria habilitado para entender o que eu desejava de automóveis.

Buscar mais literatura e conhecer carros através de engenharia, alguns projetos e convívio com pessoas do meio trouxeram-me a uma outra realidade. Mas as revistas importadas vieram a agregar de forma importante também por outros fatores.

Não era só a abordagem ou a maneira de avaliar veículos dessas importadas que me chamavam a atenção, mas ler sobre carros e motos que nunca imaginaríamos ver por aqui. A abertura às importações deu-se de forma inesperada poucos anos depois e eu ainda não havia visitado o exterior. E sim, elas, as propagandas, era como eles comunicavam o produto.







Em 1996, fazia uma pós-graduação em Mecânica automobilística na FEI, em São Bernardo do Campo, e morava no bairro de Moema, na capital paulista. Era à noite, e, portanto, voltava para casa tarde, coisa de meia-noite, diariamente.

Voltava pela Rodovia dos Imigrantes. Hoje não há mais hora vazia em qualquer estrada que chegue a São Paulo, mas em 1996, a Imigrantes tinha muito pouco trânsito de noite. E também não havia a praga dos radares que infesta o mundo moderno. Então fazia o que qualquer cidadão responsável faz nesta situação: andava rápido.

Eu já falei aqui da saudade que tenho desse tempo, onde os carros eram lentos, mas andávamos muito mais rápido que hoje. E tenho pena dessa geração atual que não conhece a liberdade de andar à velocidade que se sente seguro, e não a ridiculamente baixa velocidade ditada por placas e garantida por um Big Brother pior do que George Orwell imaginou.