google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


O Hitler e eu temos algo em comum. Ele achava que o que era bom pra ele era bom pro povo alemão e eu acho que o que é bom pra mim é bom pro leitor autoentusiasta. Então, já que eu estava muito a fim de sentir na pele o duelo entre dois de meus esportivos favoritos, o Jaguar E-type e o Corvette Sting Ray, tratei de convencer o pessoal que seria muito legal e que todo mundo ia gostar que gente fizesse uma matéria desse duelo de cachorro grande.

Gosto desse lance de reviver duelos do passado, tipo Frazier x Ali, Jofre x Harada, e também me atrai pensar em duelos impossíveis no boxe. Por exemplo: o que seria uma luta Frazier x Tyson, ambos em suas melhores formas? Mas com boxe não dá, pois a idade pesa no lombo dos humanos, mas com carro dá, e quem sabe um dia poderei colocar modernos contra antigos...

Mas essa dos dois antigos fiz, e, além dessa citada, que foi publicada na Car and Driver Brasil, o Bob e eu fizemos um comparativo entre o Porsche 911T 1968 contra o Alfa Giulia Sprint Veloce 1967 no nosso programa-piloto do Speed Masters.




Depois dos anúncios de Toyota e Porsche retornarem para disputar as 24 Horas de Le Mans, uma facada dolorida para a mais importante e emblemática corrida de longa duração. A Peugeot anunciou oficialmente o encerramento do programa de competições de endurance.



Mais um carro que faz trinta anos agora em 2012, e entra para a lista dos legalmente importáveis para o Brasil.

Em 14 de dezembro de 1981 era anunciado o Lancia 037, um carro para ralis do grupo B, cuja homologação dependeria de ter um mínimo de duzentas unidades produzidas, como na história do Ford RS200. Para atingir esse número mínimo, Cesare Fiorio, diretor esportivo do grupo Fiat, informava que haveriam carros para as ruas. Os entusiastas salivaram.

Foi um trabalho para o qual a Lancia contratou Pininfarina e Abarth, resultando em um carro apresentado no Salão de Turim de 1982.



Dia desses um amigo deste grupo nos presenteou o link de um vídeo sobre a BMW, um bom documentário, de cerca de uma hora de duração, produzido pela CNBC, “BMW, a driving obsession”. Como o próprio título sugere, fala da principal característica da marca bávara, que é sua obsessão por oferecer uma dirigibilidade ímpar em todos os modelos de sua gama.

Foi, porém, o trecho que cita a compra da Rolls-Royce, ocorrida em 1998, o que me despertou especial interesse, uma seqüência de lances incríveis, com diversos ingredientes típicos de um bom romance, ações de bastidores, traição, chantagens etc., que decidi trazer até vocês.
Rolls-Royce e Bentley, juntas em 1931
A Bentley lutava contra perdas operacionais desde o início de sua existência, em 1919, fundada por William Owen Bentley. ou W.O. Bentley, como era mais conhecido. O milionário Woolf Barnato assumiu seu controle em 1926 e bem que tentou tirá-la dessa situação. Enquanto a presidiu, empenhou parte de sua fortuna pessoal no negócio e graças à sua influência e posição socioeconômica privilegiada, também obteve vultosos empréstimos bancários para mantê-la operando. Sendo um verdadeiro autoentusiasta, deu seqüência às participações dos carros de sua empresa na corrida 24 Horas de Le Mans, vencendo quatro vezes consecutivas, de 1927 a 1930. A primeira vitória, em 1924, nas mãos de John Duff e Frank Clement, foi o que o estimulou a financiar a Bentley, que dois anos depois acabou comprando. A reputação de veículos de alto desempenho e alma esportiva, que a acompanha até hoje, veio daí.

Antes de 1946, carrocerias feitas nos coachbuilders


Mas o crash da bolsa de Nova York de 1929 também afetou os fabricantes de veículos exclusivos. Sem fundos e tampouco crédito, a produção da Bentley parou. Barnato viu seu sonho entrar em recuperação judicial (chamava-se concordata antes) e após alguns meses o liquidante colocou a Bentley à venda. O candidato mais provável na época era a Napier, que já fabricara veículos, mas estava concentrada fazendo motores aeronáuticos.