google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


“Hoje, um Hemi `Cuda conversível 1970 vale literalmente milhões, mas numa manhã fria de outono em 1970, era apenas mais um carro novo vazando fluido de transmissão por toda a pista de arrancada.”

Todo mundo conhece os muscle-cars americanos dos anos 60. Mas na verdade, vistos dos olhos de hoje, poucos conseguem diferenciá-los de maneira correta. Na cabeça de todos nós existe uma imagem meio coletiva: grandes barcas de acabamento simples, com enormes motores, potência descomunal, e não muito além disso.

Mesmo os estudiosos, aqueles que chegam a declamar com proficiência datas, motores, carburação, opcionais e quantidades produzidas, em grande parte os julgam pelo motor e performance, e as vezes aparência. Pouca gente explica realmente como eram em seu próprio tempo, sem as lentes róseas e acolhedoras do tempo.

Mas meu amigo Egan resolveu este problema, me trazendo de sua última viagem a Califórnia este livro acima como presente de aniversário (thanks again, old friend!). A frase acima é tirada de sua contra-capa, e resume todo o espírito da coisa.

O livro é escrito por John Oldham, um jornalista automotivo de Nova Iorque que viveu a época de ouro desse gênero em primeiríssima mão: testou todos eles. Além disso, Oldham era parte ativa da cena de corridas de rua em sua terra natal, movimento que era o real combustível da febre dos Muscle cars.

O livro é simplesmente sensacional. Sem preconceitos ou pós conceitos a não ser sua declarada paixão por Pontiacs, Oldham nos conta tudo: de como um 440 six Pack era mais respeitado que um Hemi nas ruas, até como era o acabamento interno e o comportamento em curvas, passando pela qualidade de construção de todos estes monstros sagrados. Conheço alguns amigos meus que ficarão ofendidíssimos com várias passagens, mas minha impressão é que este livro tem o peso da verdade. Algumas coisas não gostamos de ouvir, mas precisam ser ditas.

No livro são contadas as histórias dos testes de 20 carros no total, e a lista parece um sonho, vista de hoje: vai do Pontiac Catalina Super Duty de 1962 até o Trans Am 455 de 1976, passando por todos os monstros sagrados do gênero, entre eles Mustang Boss 429, Camaro Baldwin-Motion 427, sem contar vários Mopar Hemi e 440.Para mim é uma obra definitiva, que me fez entender completamente todos estes carros e sua época, mesmo depois de uma vida inteira de estudo. Como já disse, este livro tem cheiro de verdade nua e crua em toda página.


E é leve e engraçado, também, nos levando a uma época em que todos, indústria e imprensa, se levavam menos a sério, e não tinham medo de se divertir, ou de falar o que viesse na telha. Ao ler hoje, em nosso mundo politicamente correto, parece coisa de outro planeta, e não apenas de outra época.

Uma leitura indispensável para quem gosta de carro, e não somente aos devotos do gênero. Aconselho que visitem imediatamente uma livraria virtual de sua preferência, e comprem suas cópias. Garanto que não se arrependerão.

MAO
Neste sábado o Auto Union DKW Club do Brasil fez uma reunião para comemorar algumas datas importantes: os 100 anos da Audi, os 30 anos do Clube e os 10 anos da participação de 3 GT Malzoni na Corrida de Históricos de Monterey.

O evento estava repleto de personalidades históricas e carros muito interessantes.


Auto Union 1000SP do Eduardo Mello, presidente do Clube. O 1000SP foi inspirado no Thunderbird. Nasceu como um DKW esportivo mas acabou recebendo as quatro argolas da Auto Union, formada pela Audi , DKW, Horch e Wanderer.


Os 3 GT Malzoni que participaram da Corrida de Históricos em Monterey, no autódromo de Laguna Seca são do Eduardo de Mello, do Paulo Lomba e do Boris Feldman.


O GT do Boris Feldman


Um Trabant! Estranhei o modelo entre vários "Auto Union". É que o Trabant foi fabricado numa fábrica da Horch na Alemanha comunista. Vivendo e aprendendo.


O clube entregou medalhas para várias pessoas que fizeram e fazem parte da história da DKW no Brasil. Eduardo e as medalhas no capô do DKW 4X4.


Fabio Steinbruch, Chico Lameirão e Bird Clemente (dá esquerda para direita). Ao ampliar a foto repare no logo da camisa do Chico, é a fábrica onde seu filho trabalha como engenheiro projetista.
Fabio, Eduardo, Bird e Calmon (da direita para esquerda)


Paulo KaKinoff, presidente da Audi do Brasil e o contador de hitórias Bird. A Audi apoia as atividades que ajudam a mater a história da marca viva.

Kakinoff, Eduardo e Marco Reis, presidente do Audi Club Brasil, também apoiado e incentivado pela Audi. Afinal esses caras são os maiores entusiastas da marca no país.

No bolo um carro interessante, o Type C Streamliner de 1937. Com esse carro Bernd Rosemeyer estabeleceu o recorde mundial de velocidade de 406, 3 km/h em 1937.


Homenagem do clube a Audi pelos seus 100 anos.


Medalhas entregues aos homenageados.






O Panamera é o assunto do momento quando falamos de Porsche. É o primeiro quatro portas não-SUV da marca a entrar em produção, com apelo de desempenho de um 911 para a família.

Mas na verdade, não foi o primeiro Porsche quatro portas. Quer dizer, não no mundo dos carros customizados. Em 1967, o revendedor da marca no Texas chamado William Dick, contratou a empresa Troutman & Barnes (TB) para construir um 911 quatro portas. A TB era famosa na época pela região por desenvolverem carros de corrida de qualidade.
O carro foi para as mãos de Bill Harrah, grande nome no ramo dos hotéis e cassinos dos Estados Unidos, e um dos maiores colecionadores de carros do país, hoje com coleções expostas em diversos museus.

Se a Porsche quis abalar o mercado com essa novidade entrando em linha, chegaram tarde, pois já pensaram no que seria um Panamera quarenta anos antes. E, diga-se de passagem ao meu gosto, mais harmonioso. E não vamos esquecer que nos anos 80 a própria Porsche fez o conceito 989, que era um 911 esticado com mais duas portas, exatamente como foi o carro de Harrah de 1967.

Porsche 989 Concept - 1988

É, mais uma vez, as novidades não são tão novas assim.
Há duas semanas falamos das versões Executive e Limited, ambas topo de linha respectivamente das picapes Chevrolet S10 e Ford Ranger e como ambas iniciaram uma corrida pela menor potência e menor preço de uma picape de luxo.

Em geral, versões de um mesmo modelo, nada mais são que variações de acabamento e motorização, empregadas de forma a ampliar o leque de compradores, oferecendo-lhe mais opção de escolha. Esse trabalho, normalmente encabeçado pela área de marketing, em certas vezes atinge um sucesso tão grande, que acaba dando uma identidade própria à determinada versão, fazendo com que o carro seja primeiramente reconhecido por ela.

As listas que postamos aqui, principalmente as "rankeadas" são muito legais, normalmente acompanhadas de controvérsias, mas trazem aquilo que tiramos de nossos corações e almas. Desta vez, tentarei mencionar algumas versões que marcaram seus modelos, marcaram também o fabricante, gerando até fã-clubes específicos, quase deixando um legado, sem ordem de preferência e sim, por fabricante. Assim, fica aberta a possibilidade de comentários complementares dos leitores, citação de outras marcas que deixei de mencionar e por aí vai.



Chevrolet Opala Diplomata
O Opala havia sido lançado em 1968, nas versões Especial e Luxo, anos depois o topo de linha passou a ser o Comodoro e, em 1979 a GM lança o Diplomata.