google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Sim, amigos, estou de volta. As últimas semanas bem que tentaram, mas não tiraram o melhor de mim. Continuo aqui, e mais calmo quanto a algumas coisas, e menos preocupado com outras. Hard times indeed.

Voltando aos projetos, um update rápido: Anunciei a Alfa, mas pra ser sincero, acho que desisti da venda. Por enquanto ela ficará guardada, e depois verei o que fazer com ela; quanto à Vespa, algumas peças precisaram ser repintadas, e as levei de volta à oficina do meu amigo, para a repintura. São principalmente os componentes do guidão, e portanto, a montagem está on hold pelo momento. O Mini está parado, pois Egan Sr., o verdadeiro dono do carro, está vendendo ele.

Na verdade, não tinha muito motivo para escrever. Ânimo me faltava, como também assunto, pelo mesmo motivo. Mas hoje ajudei meu irmão a ir buscar um carro dele (sim, ele também é como nós). E para facilitar, levei junto meu outro moped italiano, no porta-malas do carro dele, para voltar de sua casa. Grazi, como eu costumo chamar minha Carnielli MotoGraziella, se acomodou no chiqueirinho, e quando chegou sua hora, acordou do seu sono de um ou dois meses na segunda pedalada. O pequeno motorzinho acordou nervoso, inebriando vosso escriba com o delicioso cheiro de gasolina podium misturada a óleo 2 tempos. Engraçado como certas coisas trazem sorrisos instantâneos e naturais, como se nada de errado houvesse. Subi nela, e saí, lá dos Jardins, para vir para Moema, às 21h precisamente.

O caminho é curto, esburacado, e em alguns trechos, escuro, mas cruzar o parque do ibirapuera à noite é um raro prazer. Confesso que, apesar de ter feito a viagem toda a Wide-Open Throttle, senti medo apenas num trecho, quando estranhamente cruzei com um cavalo-mecânico Scania próximo ao parque. Caminhões imensos são really scary quando vistos a poucos centímetros de sua moto, ainda mais quando a moto calça pneus aro 8. Mas cheguei em casa. E menos triste. E é para isso que curtimos tanto nossos carros e motos, para fazer nossa existência algo mais divertido e menos triste. Aproveitem a semana!

Confesso que cheguei ao meu limite: não dá mais para ouvir falar em montadora. É como se não existisse mais fábrica de automóveis no Brasil. É ridículo o que está acontecendo!

Considero o uso de 'montadora' um câncer que se alastra rapidamente pelo corpo editorial brasileiro, em que nada é capaz de detê-lo. Os jornalistas brasileiros adotaram o termo de vez. Inexplicavalmente.

Responda, leitor:

- garantia é de fábrica ou de montadora?
- preço é de fábrica ou de montadora, nos feirões?
- equipe é de fábrica ou de montadora, nas corridas de automóveis?

Sabe o que significa Anfavea? Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. E Fiat, é o quê? Fabbrica Italiana di Automobili Torino. E Alfa, de Alfa Romeo? Anonima Lombarda Fabbrica di Automobili.

O que é mais estranho é só no Brasil usar-se 'montadora'. No resto do mundo é fábrica ou fabricante, nas respectivas línguas. Por que será? Alguma forma nova de maldição?

Desde que me entendo por gente vejo pessoas chamarem carro pelo masculino ou feminino. Quatro Rodas (não escrevo mais lá) costuma grafar, por exemplo, 'o Porsche e a Ferrari' na mesma frase. Errado.

Carro no Brasil, nos países hispânicos e na Alemanha é masculino (el Ferrari, Der Golf). Na França e na Itália é feminino (la voiture, la macchina).

Muito se baseiam no fato de que se o nome termina em 'a', é feminino, como em 'a carretera': é um carretera (um carro de corrida tipo carretera).

Isso me faz lembrar uma matéria na revista Time sobre um bandido carioca, o "Mão Branca". O americano escreveu "Mão Branco" por provavelmente ter achado que como mão terminava em 'o', a concordância do adjetivo deveria acompanhar.

Portanto, o Mercedes, o Lotus, o Puma, o Lancia, o Alfa Romeo etc. Só quando for perua pode-se tratá-la pelo feminino: a Variant, uma Suprema. a Kombi.

Feminino, só quando se tratar da fábrica ou a equipe de Fórmula 1: a Ferrari, a Renault, a Lotus.

Será que herdamos o hábito dos ingleses, de tratar navio por "ela"?

BS
...são mesmo incríveis em engenharia de motores. A versão flexível do C4 Pallas ganhou potência, de 143 para 151 cv, e torque, de 20,4 para 21,6 mkgf, mantendo-se as rotações-pico de 6.000 e 4.000 rpm, respectivamente, e a taxa de compressão, 10,8:1. Os japoneses precisam tomar umas aulas com esses franceses: quando o new Civic se "flexibilizou" não houve ganho de potência quando com álcool, o mesmo com o Corolla, que ainda por cima perdeu 4 cv na operação com gasolina.

O C4 Pallas flexível só é disponível com caixa automática (de 4 marchas) por enquanto, a versão manual virá em três meses. Estou ansioso por dirigi-la, a julgar como ficou bom com caixa automática.

BS