google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): formula 2
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Hipnoticamente lindo!



Depois das vitórias em seguida obtidas em Le Mans com o GT40, a Ford sabia que se quisesse continuar vencendo deveria fazer outro carro com todas as lições aprendidas e algo mais, já que a concorrência havia sido provocada a níveis nunca antes imaginados, com uma marca mundana dominando as de sangue azul no mais importante palco das corridas de longa duração. Era mais uma prova que boa engenharia e verbas suficientes resolvem qualquer problema.

Antes mesmo de terminarem os sucessos do GT40, que ocorreram de 1966 a 1969 (do ano em que eu nasci até o ano em que o homem pisou na Lua), o P68 ou F3L  começou a ser trabalhado, devido às alterações que a FIA implementou nas regras para corridas de longa distância, valendo a partir de janeiro de 1968, limitando para o Grupo 6 os motores de origem de competição de até 3 litros de cilindrada. Nesse grupo ficariam os protótipos. O Grupo 4, chamado de GT, podia ir até 5 litros, para carros com um mínimo de 50 unidades produzidas em um ano e motor com base em unidade de produção e venda livres, onde estava o GT40 original. Por isso é que em 1968 e 1969 as vitórias do GT40 foram com o modelo mais antigo, o clássico e belo Mk I, pois John Wyer, um dos criadores do carro, assumiu a tarefa de trabalhá-lo em sua empresa, para continuar os sucessos da Ford, mas sem o apoio direto desta.

O nome P68 vem de “protótipo” e o ano em que o carro correria pela primeira vez, 1968. Já F3L é apenas “Ford 3 litros”, e a designação também vale. Conforme decidido na matriz, a Ford resolveu abandonar o programa corporativamente, já que o foco principal era investir na Fórmula 1 através do motor Cosworth,  mas, no Reino Unido, a empresa Alan Mann Racing conseguiu um acordo com a Ford britânica para usar o novo motor Cosworth DFV V-8 a 90°, todo em alumínio, ligado ao transeixo (câmbio + diferencial) Hewland DG300 de cinco marchas, além de poder utilizar o nome Ford no carro. Um patrocínio negociado por Walter Hayes, personagem importantíssimo do qual já falamos aqui, e que deu à equipe as verbas necessárias até certo ponto.

Attwood à direita, com Steve McQueen

Richard James David Attwood nasceu em 4 de abril de 1940, na cidade de Wolverhampton, na Inglaterra. Iniciou sua vida profissional no mundo automobilístico como aprendiz de mecânico na Jaguar, justamente na área de competições. Sua experiência nas lojas e oficinas de automóveis do pai, Harry, sem dúvida o qualificaram como uma pessoa com prática nessa área, o que sempre lhe ajudou nos desenvolvimentos dentro das equipes pelas quais pilotou.

Se não foi um piloto com grande número de sucessos, foi um dos principais responsáveis por uma das mais importantes vitórias da história das corridas, pilotando um dos carros de maior adoração no meio entusiasta, de uma das marcas mais dedicadas ao esporte a motor.

Começou a correr em 1960 com um Triumph TR3. Sabendo que um futuro mais sólido se fazia em carros de fórmula (ao menos era isso o que ele acreditava), em 1961 passou para a categoria Junior, uma das escolas mais importantes na época. Pilotou por uma equipe que investiu sério e resolveu ir além do solo do Reino Unido, a Midlands Racing Partnership.