Custos da F-1 intrigam até Bernie Ecclestone
Chefão da categoria manda recado e fala de sua preocupação sobre as finanças das equipes. Permanência de Massa na F-1 pode envolver direitos de transmissão para o Brasil
São raros os jornalistas de F-1 que tem acesso a Bernie Ecclestone tanto quanto o suíço Roger Benoit, que apesar do nome é do cantão alemão do país e é conhecido por sempre usar sapatos sem meias e portar sempre um charuto nos lábios ou nãos mãos. Correspondente do jornal Blick — um tablóide com DNA sensacionalista, mas com credibilidade acima da média para o setor —, Benoit ouviu de Ecclestone uma confissão no mínimo preocupante: duas equipes da categoria estão em sérias dificuldades econômicas e uma terceira estaria bem perto de ser incluída nesse grupo. O promotor inglês não confirmou nem desmentiu quando perguntado pelo escriba se a Sauber estaria entre essas equipes:
“Nos conhecemos há tempo suficiente para você
saber que eu não tenho nada a declarar sobre isso!”, foi a resposta de
Ecclestone, que ainda esclareceu uma certa mudança nas regras do jogo que o
levou a construir a categoria mais ativa do esporte mundial. Não há como
contestar que nenhum outro campeonato se apresenta quase que quinzenalmente em
tantos países do mundo com a audiência e freqüência da F-1. Segundo Bernie, os
dias de emprestar ou adiantar dinheiro para equipes em dificuldade estão longe
e é algo que a atual estrutura da FOM (da sigla em inglês para Gestão da
Fórmula Um), não mais permite fazer.