google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Bentley
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Imponência em forma de carro

Algumas coisas demoramos a entender.

Apreciar carros enormes é algo que foge da preferência da maior parte dos autoentusiastas, já que “grande” significa quase sempre uma regra geral para “pesado”, e muita massa significa movimentos de carroceria pouco agradáveis na maioria das vezes. Como a maioria de meus amigos da área são quase que viciados em desempenho e agilidade extremos, o carro grandalhão acaba sendo desprezado. Não por mim.

O mundo tem muita variedade, que é algo que prezo bastante, e consigo lhes dizer que as ditas barcas sempre me atraíram. Desde muito pequeno, carros que me pareciam grandes como caminhões me fascinavam. Assim foi com um Buick da década de 1950 (não sei o modelo, mas pode ser o Roadmaster) que meu pai pegava emprestado de seu chefe, com um Galaxie 500 que ele usou por um final de semana para ver como era, com um Dodge Charger R/T que fiquei horas namorando em uma pousada de praia durante um final de semana, os  mesmos Chargers que me faziam sentar na frente de casa para esperá-los passar, o Landau a álcool que além de sua sublime suspensão foi o carro mais veloz do Brasil por muitos anos, a D-20 que me capturou pela sua versatilidade e foi meu carro de uso diário por quase três anos e que só foi vendida porque não cabia na garagem do edifício para onde me mudei, até os monstros de todas marcas e anos que sempre me atraíram e continuam fazendo-o.

Depois de muitos anos de vida adulta, a análise dos fatos históricos me fez chegar a uma conclusão fácil de entender. Meu avô paterno, espanhol de nascimento, teve sua carteira de identidade falsificada aos 16 anos para poder se habilitar em caminhões e ajudar na renda da família. Já que parte de meu DNA veio dele, não estranho nem um pouco minha preferência pelo torque pleno e potência em rotações civilizadas, ou seja, baixas e silenciosas. Poucas coisas são mais desagradáveis no mundo do automóvel do que viajar a 120 km/h com um motor girando perto dos 4.000 rpm. Definitivamente, rotações de corrida são para pistas, ou na melhor das hipóteses, para alguns poucos momentos, não para todo dia.

Elegância inata

Durante a Segunda Guerra Mundial, os mares abrigavam as armadas dos países envolvidos no conflito, com elevado poderio destrutivo. Grandes cruzadores, fragatas e os temidos submarinos navegavam pelo mundo para defender sua nação ou atacar seus inimigos.

Mesmo com os enormes encouraçados e seus canhões de grande calibre que os alemães temiam, um pequeno barco de patrulha foi muito importante para a soberania aliada. Denominados PT-Boats (Patrol Torpedo, ou barcos de patrulha torpedeiros), estes pequenos e ágeis barcos eram usados tanto para defesa como para ataque a grandes navios, usando sua velocidade para melhor aproximação e torpedos externos para o ataque.

Os PT-Boats eram pequenos se comparados às fragatas, sua estabilidade e alta velocidade eram possíveis graças ao casco com formato em V, em grande parte herdado dos modelos de corrida do período entre guerras.

Já falei um pouco sobre Dubai em posts anteriores, mas agora tenho um bom material ilustrativo sobre os carros que vi por lá (veja as fotos no final).

Nessa região do Oriente Médio há muita riqueza e um bom jeito de ostentá-la por onde quer que se vá é através dos carros. Não tenho dados, mas posso apostar que o Oriente Médio é um dos maiores mercados da Rolls-Royce, Bentley, Porsche, Ferrari e outras marcas de luxo e de esportivos.


Mais um modelo da Bentley foi apresentado recentemente, agora na versão conversível, o Azure T. Sim, o T é de Turbo. Não apenas um, mas dois turbos. Equipado com o mesmo motor 6 ¾ litros do Arnage e do Brooklands, com 500hp e torque suficiente para arrastar a Inglaterra mais para longe do continente europeu, o Azure T é capaz de acelerar até os 100 km/h em cinco segundos e atingir 290 km/h.

O carro pesa quase o mesmo que o porta-aviões Minas Gerais, mas ainda assim a Bentley anuncia o novo sistema de freios como "uma versão lightweight do sistema convencional" para reduzir a inércia e aprimorar o desempenho (!). São os maiores discos de freios instalados em carros de produção do mercado, com pinças de oito pistões que podem ser instalados em um Airbus A380 em caso de falta de componentes no ramo aeronáutico.

Alguns detalhes da bela carroceria diferenciam o novo modelo do tradicional Azure, como as saídas de ar laterais e detalhes na grade dianteira. O teto pode ser recolhido automaticamente em questão de 25 segundos, deixando assim à mostra o interior refinado do carro. Tudo é forrado de couro, madeira e alumínio, para ressaltar a esportividade do Azure T. Ah sim, existe um botão Sport no painel, sabe-se lá para que.

O preço? Algo em torno de 250 mil libras esterlinas, muito condizente com o resto do carro e com o pensamento de quem o fabricou. Você pode pagar? Não, mas não ligamos, assim como o consumo (estimado de 6 km/l), o aquecimento global e a busca por carros ecologicamente corretos. Mais uma demonstração do desnecessário e exagerado, para quê serve uma coisa destas? Eu não sei, mas eu quero um.

Depois de 50 anos, a Bentley vai aposentar seu potente V8, este um derivado do motor Rolls-Royce que teve origem no Bentley S2 de 6,2 litros, que depois, em 1968, foi aumentado para os atuais 6,75 (ou six and three-quarters, como é conhecido no continente europeu). Junto com ele, o modelo Arnage também será descontinuado.

Para tal evento, será lançada uma série especial de 150 carros, denominada Arnage Final Series, tido como um dos carros mais desnecessários da atualidade. Como podem achar desnecessário um sedã caríssimo, de alto luxo, com potência e torque necessários para girar o mundo ao contrário?? Esses críticos.....