
"Outro dia tive a oportunidade de dirigir um modelo como esses lá em Interlagos. Confesso que a experiência superou muito minhas expectativas. O acelerador leve e sensível me assustou com respostas diretas e empolgantes proporcionadas pela relação peso-potência do modelo. Potência de sobra, transmissão precisa, direção rápida, meu traseiro a poucos centímetros da pista e o vento batendo em todo o meu corpo completaram a experiência alucinante. Pena que durou apenas uma volta na pista. Afinal, eu estava lá para fotografar, e não para me divertir. Na verdade o carro estava sendo testado pelo seu criador e pelo Arnaldo Keller para fazer os últimos acertos de suspensão. Com certeza eu e o Arnaldo vamos voltar a falar e mostrar esse carro aqui no Ae."

Trata-se do Projeto Raptor que originou o Motiva 416R construído pelo engenheiro Eduardo Polati, dono da Motiva Motorsports. Eu admiro muito o Polati (que faz parte dos AUTOentusiastas, porém não está no blog) por ele ter conseguido realizar o seu sonho de construir um carro esporte a partir do zero. E o mais interessante é que ele realmente projetou o carro pensando em produzi-lo e utilizou todo o seu conhecimento de engenharia. Não se trata de mais um aventureiro que juntou peças e componentes em algum chassi existente ou em alguma estrutura tubular feita no "achismo". O 416R é coisa fina, foi estudado e desenvolvido utilzando o Sofware CAD da SolidWorks que permitiu fazer testes dimensionais e simulações para definir o desenho da estrutura tubular e geometria de suspensão, por exemplo.

A recriação do Polati usa o motor Ford Zetec Rocam 1.6 a álcool com 140 cv de potência e 18 mkgf de torque. Com apenas 540 kg de peso acelera de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. Diversão garantida.

A matéria com as impressões do Arnaldo Keller está na Car and Driver número 17 que já está nas bancas.


Dizem que quase 50% da riqueza do mundo está nas mãos de 1% da polpulação. Então, fazendo uma analogia, sem ter a pretensão de ser preciso, 49% do prazer em dirigir de todos os carros do mundo pode estar com esses sete modelos. Receita para o prazer: acima de 200 cv para movimentar apenas apenas 550 kg (se me considerar como motorista, 650 kg).
Outro dia tive a oportunidade de dirigir um modelo como esses lá em Interlagos. Confesso que a experiência superou muito minhas expectativas. O acelerador leve e sensível me assustou com respostas diretas e empolgantes proporcionadas pela relação peso-potência do modelo. Potência de sobra, transmissão precisa, direção rápida, meu traseiro a poucos centímetros da pista e o vento batendo em todo o meu corpo completaram a experiência alucinante. Pena que durou apenas uma volta na pista. Afinal, eu estava lá para fotografar, e não para me divertir. Na verdade o carro estava sendo testado pelo seu criador e pelo Arnaldo Keller para fazer os últimos acertos de suspensão. Com certeza eu e o Arnaldo vamos voltar a falar e mostrar esse carro aqui no Ae.
Vamos agora aos sete modelos que, apesar de diferentes, seguem o mesmo espírito do Seven.
Os clássicos
1-Caterham
A Caterham, que tem o nome da cidade inglesa onde ficava a fábrica, comprou os direitos de fabricação do Lotus Seven quando este deixou de ser produzido em 1973. Por isso é o único fabricante a utilizar o "7" na grade. É a pura preservação da espécie. Hoje a Caterham oferece diversos modelos e configurações para atender diferentes necessidades de diversão com motores Ford de 1,4 l com 105 cv e 2,3 l (Cosworth) com 260 cv. A designação dos modelos expressa a relação aproximada de potência-peso em hp por tonelada. No caso do modelo da foto, o mais potente, R500 significa que são 500 hp (507 cv) por tonelada.
Sabia mais: Caterham
foto: PistonHeads.com
2-Westfield
A Westfield é o segundo fabricante mais conhecido. Existe desde 1982 e iniciou fazendo réplicas do Lotus XI (11) e logo em seguida do Seven. Porém a Catreham a ameaçou com um processo judicial e a Westfield teve que fazer alterações no projeto para diferenciá-lo do original. A carroceria dos Westfield é feita de plástico reforçado com fibra de vidro enquanto nos Carterham segue a tradição do uso de chapas de alumínio. A Westfield também tem uma interessante versão do Seven com motor 1,3 l de 180 cv da Suzuki Hayabusa. além dos motores Ford 1,6 l e 2,0 l, este último com 203 cv.
Saiba mais: Westfield


3-Donkervoort D8 GT
A empresa holandesa de Joop Donkervoort também vive de réplicas do Seven, desde 1978. No entanto, no ano passado resolveu inovar ao apresentar o novo modelo D8 GT, que usa motor Audi 1,8 l turbo de 210 ou 270 cv. Apesar da cabine fechada e da cara de mau, podemos perceber as origens do Seven. Na minha opinião, a capota deixou o visual bem agressivo e interessante.
Saiba mais: Donkervoort



4-IFR Aspid Supersport
Na Espanha, o nervosismo e o sangue quente ajudaram a criar o Aspid Supersport. Desenvolvido do zero e por completo, o Aspid é um modelo hightech. Começou a ser produzido em 2008 pela pela novata empresa IFR, que iniciou as atividades de engenheria e projeto do carro em 2003. Com carroceria feita em plástico reforçado com fibra de carbono, pesando 750 kg e com um motor 2,0 l Honda VTEC com compressor de 405 cv, ele acelera de 0 a 100 km/k em incríveis 2,88 segundos. Seu preço é o mais salgado do grupo e chega a mais de 150.000 dólares.
Saiba mais: Aspid
O musculoso
5-Elfin Clubman MS8
Saiba mais: Elfin


O Double R, além do desenho bem diferente dos outros 5 modelos acima tem motor traseiro central. O desenho e o projeto foram inspirado no Rocket (que teve a mão do Gordon Murray) do início dos anos 90, porém com bancos lado a lado (no Rocket eram um atrás do outro). Também, assim como o Rocket, lembra os Fórmula 1 do início da década de 60. O Double R utiliza motores Ford 2,0 l , 2,0 l sobrealimentado e 2,3 l Cosworth, com potência variando de 172 a 324 cv.



Mas como existem pessoas insanas nesse mundo, a nova versão do Atom tem um motor V-8 de 2,4 litros com compressor que gera mais de 507 cv, conforme já mencionado pelo Milton Belli no post anterior. Esse motor foi desenvolvido a partir de um motor Yamaha (na verdade dois motores grudados) e também foi usado no Caterham RST-V8, edição limitada que tinha mais de 1.000 cv por tonelada.

Ainda poderíamos incluir nessa divertida categoria de "open wheelers" mais dois modelos: o KTM X-BOW e o Deronda.
E por fim, se chegou até aqui e ainda tiver algum tempo, recomendo esse vídeo do Top Gear em que Clarkson chega êxtase ao dirigir o Atom: "This is driving nirvana!".
Paulo Keller