google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

                                                     
Coluna 2014 14.maio.2014                                       rnasser@autoentusiastas.com.br        

Renegade, um jipinho, muitos planos

Apresentado no Salão de Genebra, o pequeno Jeep Renegade foi interpretado por várias ópticas: pelos estadunidenses, pretensiosa excentricidade — italianos fazendo Jeep para vender nos EUA? E substituir os locais, menores da marca, Compass e Patriot? —; para os italianos, orgulho por reagir e sediar parte da produção; resto do mundo, incluindo China e Rússia, futuros produtores, interesse.

No Brasil, no atacado, pelo primeiro produto e fornecedor de partes a outros veículos a ser montados sob o sol marinho de Goiana (PE), na nordestização das operações de veículos leves. No varejo, o crescer da marca Jeep com produção no Brasil.

Para a Jeep produzir em Pernambuco não é chegada, é retorno. Já esteve ali, Jaboatão, a partir de 1965, pioneirismo da Willys-Overland, com o CJ5, terceira geração da marca, montado, exatamente na instalação industrial que permitiu à Fiat enquadrar-se em peculiar legislação de incentivos, instigadora da neooperação pernambucana.

Renegade
 
Não é um jipinho. É a mescla das engenharias e dos saberes da Fiat e da Chrysler, com finais ajustes de suspensão e direção pela Fiat Automóveis no Brasil. Jeitoso, a nosso país tem roteiro comercial tentativo, uma das bases para o sucesso do projeto. Dele a Fiat quer vender mundialmente em 2015 nada menos que 150 mil unidades.
Assim:

Lançamento – primeiro trimestre de 2015;
Distribuição – rede Jeep formada por revendedores Chrysler e Fiat;
Preços – versão de base projetada entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, topo de habilidades balizada em R$ 100 a 110 mil.
Versões – base com motor nacional Fiat 1,6 E.torQ, câmbio manual, cinco marchas, tração em duas rodas.
Acima, câmbio robotizado, detalhes de decoração, eletrônica, tela multifuncional, dois tetos em placas removíveis.
Topo com apropriações à versão superior Trailhawk para o mercado dos EUA, como maior altura livre do solo — no Brasil deve ser 25 cm —, e um dos sistemas de tração total no esquema, o Jeep Active Drive Low, com cinco opções para condução — Auto, Neve, Areia, Lama e Pedra. Nesta, para galgá-las, redução de 20:1.
Diesel – Também virá, permitido legalmente pela tração total. No cimo da tabela, motorização italiana, diesel VM, indefinida entre três ou quatro cilindros, injeção common rail – pressão de 1.600 bares, turbo de geometria variável, 12 ou 16 válvulas, comando no cabeçote, árvores contra-rotantes — para anular as vibrações. Três cilindros, 1.500 cm³, 81 cv e 24,5 m·kgf. Quatro cilindros — um três cilindros mais um —, 2.000 cm³, 160 cv e 35,7 m·kgf.
Curiosidade nestas versões é a caixa automática de 8 ou 9 marchas.

Jeep Renegade. Pequeno com grandes planos
Fotos: Lucas Facchini Vane, autor e arquivo pessoal
Executivo SR Del Rey, aposta da empresa no setor de automóveis de luxo diferenciados


Estava numa gravação no Velo Città, circuito no interior paulista que pertence ao empresário Eduardo Souza Ramos, quando o gerente da pista chegou em sua Mitsubishi L200 com um recado do patrão, ele disse: "Portuga, o Dr. Eduardo (Souza Ramos) pediu para te avisar que ele vai vender os carros que você gosta, o Landau e o Del Rey."

Autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu,, interior de São Paulo, um circuito bonito e muito bem planejado; na seta, a sensacional curva Saca-Rolha, reprodução da curva homônima no autódromo de Laguna Seca, nos EUA (foto Divulgação)

Foto de 1991, retirada de uma revista sobre celebridades, noticiando o fato do Roberto Carlos usar um automóvel SR.

Não acreditava nisso! O Landau Limusine 1978 que o Souza Ramos transformou para a inauguração do Palace, que durante anos foi alugado para o Roberto Carlos, veículo que passou por um processo de reforma há oito anos, participou da mostra dos 50 anos de carreira do cantor que foi seu maior cliente e agora seria peça do museu particular do seu construtor, estaria à venda? Além disso, o Del Rey Executivo, uma limusine montada no Del Rey também, à venda? Não consegui encontrar respostas para isso, demorei alguns dias e não encontrei respostas, resolvi ir ver logo os veículos.

Landau Limusine SR, veículo transformado por Souza Ramos e que serviu durante anos ao cantor Roberto Carlos



 
Criar carros de corrida cada vez mais modernos, rápidos e econômicos é um objetivo essencial para qualquer equipe sobreviver no ambiente mais competitivo do mundo automobilístico. Às vezes a própria evolução precisa ser barrada por diversos motivos, como custos e segurança.

O Grupo B foi o ápice da insanidade automobilística no mundo do rali. Carros rápidos e extremamente potentes, em uma época de poucas preocupações com segurança. Nigel Mansell pilotou um Peugeot 205 T16 e ficou surpreso com o potencial do carro, dizendo até que seria mais rápido que um F-1 na aceleração.

Segurança, ou falta dela, foi o que matou o Grupo B do Campeonato Mundial de Rali nos anos 1980. Com carros cada vez mais potentes, os acidentes tornaram-se mais sérios, envolvendo tanto pilotos quanto espectadores. Foi quando ao final de 1986 a FIA assinou o atestado de óbito da categoria, e os monstros de mais de 600 cv que voavam sobre castalho tiveram seus dias de glória encerrados. Já vimos um pouco da história do Grupo B aqui.

A proposta da FIA foi o Grupo S, limitando a potência dos carros em 300 cv e abrindo as normas do regulamento para que carros mais modernos e seguros fossem criados. No Grupo B era exigido 200 exemplares do mesmo modelo fabricados dentro de 12 meses para que ele pudesse ser homologado, enquanto que no Grupo S, apenas dez. Isto permitia que carros não convencionais fossem projetados, pois a pequena quantidade permitia.

A Lancia, italiana, era um dos grandes nomes do rali da época. Seus carros e pilotos eram extremamente competentes. Desde os tempos do Lancia Stratos, passando pelo 037 até o genial Delta Integrale, os carros da Lancia surpreenderam o mundo.

Lancia Delta S4, um dos maiores carros de rali de todos os tempos
Fotos: autor




De outra feita, levei minha filha para pilotar seu Alfa Romeo 145 em um Torneio Interlagos de Regularidade, um rali de regularidade organizado pelo veterano piloto Jan Balder, que, só para lembrar, anos atrás dividiu com o Bob e o José Carlos Ramos o volante de um Opala em várias corridas, como a 25 Horas de Interlagos, de 1973, quando conseguiram o 2º lugar. Esse rali tem atraído à pista do autódromo de Interlagos vários leitores do Ae, que se tornaram assíduos participantes. Foi bom, foi uma ótima experiência para a minha filha, que adorou, curtiu barbaridade e aprendeu muita coisa em pouco tempo, e da forma mais segura possível.

Pela manhã, grid dos Clássicos. De tarde, os Modernos.


Desta vez, no dia 26 de abril, foi a vez de levar meu sobrinho Marcos, que tem 20 anos. Ele é um ótimo motorista, boa cabeça, e sempre foi jeitoso com as máquinas; desde molecote foi rápido para aprender a pilotar moto, guiar carro etc., logo fazendo tudo direitinho. É um dos que dizemos ter afinidade natural com as máquinas. Tem juízo, já que é um rapaz inteligente, mas sei que ele é do tipo sangue quente. Confio nele, sei que ele sabe se cuidar, mas também sei que ele, assim como eu, tem lá um diabinho que o incita a acelerar, já que desde criancinha ele era um foguete. Está no sangue. Daí é certeza que ele volta e meia vai acelerar seu carro para se divertir, então o jeito é ensiná-lo a fazer isso direito, para que o faça com segurança. E mesmo que ele não tivesse o sangue quente, seria uma boa experiência também, pois aprender a sentir o carro, conhecer seus limites e possibilidades, é fator de segurança para a vida toda. Segurança para quando estiver dirigindo e segurança para quando estiver de carona, para saber se o motorista está fazendo besteira ou não.

O Bob levando um leitor 

O Golf se portou muito bem na pista. Bom carro.