Coluna 2014 14.maio.2014 rnasser@autoentusiastas.com.br
Renegade, um jipinho, muitos planos
Apresentado no Salão de Genebra, o pequeno Jeep Renegade foi interpretado por várias ópticas: pelos estadunidenses, pretensiosa excentricidade — italianos fazendo Jeep para vender nos EUA? E substituir os locais, menores da marca, Compass e Patriot? —; para os italianos, orgulho por reagir e sediar parte da produção; resto do mundo, incluindo China e Rússia, futuros produtores, interesse.
No Brasil, no atacado, pelo primeiro produto e fornecedor de partes a outros veículos a ser montados sob o sol marinho de Goiana (PE), na nordestização das operações de veículos leves. No varejo, o crescer da marca Jeep com produção no Brasil.
Para a Jeep produzir em Pernambuco não é chegada, é retorno. Já esteve ali, Jaboatão, a partir de 1965, pioneirismo da Willys-Overland, com o CJ5, terceira geração da marca, montado, exatamente na instalação industrial que permitiu à Fiat enquadrar-se em peculiar legislação de incentivos, instigadora da neooperação pernambucana.
Renegade
Não é um jipinho. É a mescla das engenharias e dos saberes da Fiat e da Chrysler, com finais ajustes de suspensão e direção pela Fiat Automóveis no Brasil. Jeitoso, a nosso país tem roteiro comercial tentativo, uma das bases para o sucesso do projeto. Dele a Fiat quer vender mundialmente em 2015 nada menos que 150 mil unidades.
Assim:
Lançamento – primeiro trimestre de 2015;
Distribuição – rede Jeep formada por revendedores Chrysler e Fiat;
Preços – versão de base projetada entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, topo de habilidades balizada em R$ 100 a 110 mil.
Versões – base com motor nacional Fiat 1,6 E.torQ, câmbio manual, cinco marchas, tração em duas rodas.
Acima, câmbio robotizado, detalhes de decoração, eletrônica, tela multifuncional, dois tetos em placas removíveis.
Topo com apropriações à versão superior Trailhawk para o mercado dos EUA, como maior altura livre do solo — no Brasil deve ser 25 cm —, e um dos sistemas de tração total no esquema, o Jeep Active Drive Low, com cinco opções para condução — Auto, Neve, Areia, Lama e Pedra. Nesta, para galgá-las, redução de 20:1.
Diesel – Também virá, permitido legalmente pela tração total. No cimo da tabela, motorização italiana, diesel VM, indefinida entre três ou quatro cilindros, injeção common rail – pressão de 1.600 bares, turbo de geometria variável, 12 ou 16 válvulas, comando no cabeçote, árvores contra-rotantes — para anular as vibrações. Três cilindros, 1.500 cm³, 81 cv e 24,5 m·kgf. Quatro cilindros — um três cilindros mais um —, 2.000 cm³, 160 cv e 35,7 m·kgf.
Curiosidade nestas versões é a caixa automática de 8 ou 9 marchas.
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Jeep Renegade. Pequeno com grandes planos |