google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Os fiéis leitores de nossa coluna sabem que passei por momentos difíceis de digerir tempos atrás: a perda do par e a perda do Porsche foram dois duros golpes, um emocional e um financeiro/automobilístico. Difíceis de lidar, mas são parte da vida adulta e de tudo aquilo que um dia reconheceremos como "crescimento", como aprendizado, como experiência. Os mais emotivos, atentos e ligados (em músicas antigas) provavelmente já pegaram a dureza do lado emocional dos últimos tempos, no primeiro título.

Já os mais interessados no Porsche vão gostar de saber de uma história que ouvi de um amigo à época. Não contá-la-ei por inteiro, pois farei o amigo o fazer um dia neste blog, mas vai aqui a referência. O amigo perdeu um negócio similar, um bom tempo atrás. Diria até que era um negócio melhor, mas perdeu, assim como eu. E se arrepende até hoje, como eu certamente me arrependerei no futuro; mas esse não é o ponto. O ponto é uma singela pergunta que não consegui evitar de fazer ao amigo: "Se tivesse ficado com o carro, hoje teria os bolsos cheios, certo?" - antes mesmo dele responder eu já havia entendido a resposta - a questão não era o que aconteceu, e nem o que aconteceria; era a decepção por não saber, o arrependimento não da posse, mas do não conhecimento. E isso, meus amigos, é a maior dor que nossas lembranças guardam.

Vou voltar à Vespa. Ela ao menos não me deixa em dúvidas e as peças ficaram prontas. Atividades para as férias. Isso e a embreagem da Alfa. Acho que agora resolvo tudo e entro em 2009 com outros projetos na cabeça.
Dia desses me encontrei no meio de amigos, perdido num papo infindável sobre consumo de combustível. Acho esse assunto até um pouco chato, mas é legal por notar como algo pode variar tanto de acordo com o perfil do motorista. Então aqui vão meus 2 cents:

Quando me vejo confinado ao escuro e sem graça interior do meu carro "normal", "de uso", ou como quiserem chamar, dificilmente consigo me divertir com o trânsito de São Paulo. Concordo que o carro pode até ser divertido, como qualquer outro, numa estrada vazia e boa, mas como isso é realidade no final de semana, ele geralmente está guardado e eu ao volante de algum carro antigo. Então, para evitar desperdiçar aquilo que tanto nos prende hoje, tempo e dinheiro, levo como desafio pessoal em toda viagem pela cidade levar o mínimo de tempo possível, gastando o mínimo de combustível.

Vocês deviam tentar, é simples e divertido: simplesmente evitem frear, ao máximo. Contraditório que possa parecer, frear gasta combustível. É verdade, pois se terá de reacelerar em seguida. E a diversão? Desafiem-se a não frear e reacelerar o mínimo possível, numa viagem qualquer, e verão o quão divertido é tentar conservar a energia que vocês levam...fazer curvas rapidamente, antecipar o trânsito, deixar o carro rodar no
cut-off
da injeção em longas descidas etc...

E, de bônus, atrapalha-se menos ainda o trânsito não freando! Se pelo menos todos pensassem assim...

Ah, querem saber? Baboseira. Eu faço isso pra sobrar mais dinheiro pra comprar um esportivo inglês!!!
O Arnaldo Keller viu. Aliás, foi ele que conseguiu o filme em VHS, cópia original, com um amigo. Claro, assisti-o de novo, três vezes. Me lembrava de certos diálogos, pois na época assisti-o 17 vezes. Tinha 13 anos na primeira vez.

Caminhos sem Volta (The Racers) é uma produção da 20th Century Fox, de 1955, que retrata o teatro europeu de corridas com total perfeição. Nenhum entusiasta pode deixar de assisti-lo.

É a história de um piloto independente pobre, mecânico (Kirk Douglas), que tenta subir na vida no automobilismo. O roteiro é perfeito. Ele prepara com muito sacrifício um carro mais antigo (Allard J2, acho) para uma corrida de carros esporte em Mônaco, mas na classificação bate feio ao desviar de um cão de estimação e o carro é destruído. A batida é real e consta que o stunt chegou a se machucar bastante.


O cão era de uma linda bailarina clássica (Bella Darvi) que assistia ao treino, quando o cachorro se solta da coleira ao ver um gato e atravessa a pista. A partir daí a trama se desenrola entre o piloto e a bailarina (ver capa do DVD acima).

Diversão de entusiastas em dia de chuva!