google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Allard
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No post Tampa Bay Museum – Parte 1 contamos a história dos primórdios dos carros com motor dianteiro e tração dianteira viabilizados pelo desenvolvimento de juntas de velocidade constante (homocinéticas). Destacamos dois modelos representativos e bem interessantes, o Ruxton 1939 e o Tracta A 1929, que provou sua confiabilidade nas pistas.

Mas a coleção desse museu ainda tem outros carros muito interessantes com tração e motor dianteiros.


O Salão do Automóvel de Los Angeles mostrou diversos lançamentos e conceitos dos principais fabricantes do mundo, repletos de novas tecnologias e inovações, mas também mostrou, escondido em um canto, talvez o carro mais legal do evento todo.

Ao se ver exposto, aparenta ser apenas um carro antigo em excelente estado de conservação, que muitos nem devem conhecer na verdade. O nome Allard não é tão famoso como Lotus, Morgan ou mesmo Spyker, talvez por ter tido uma vida curta e acabou caindo no esquecimento do público. Tenho uma certa afeição por essa marca, por motivos que já comentei neste post passado.


Mas, olhando com cuidado o belo Allard J2X preto, nota-se que algo está diferente. Rodas mais largas e freios modernos indicam que algo não é como deveria ser o original. Pois bem, na verdade porque não é um original, mas ao mesmo tempo é. Ah?

Explico: trata-se de um carro construído recentemente, com uso de componentes modernos como os freios e motorização. Então é uma só réplica? Não, pois a plaqueta de identificação do carro o descreve como um Allard. Isso é possível pois o carro foi feito pelo o que seria uma continuação da própria Allard Motor Works, dirigida por Roger Allard, que não é parente do fundador Sydney Allard. Um pouco confuso, mas não importa.


O mais interessante deste novo carro, que recebe a sigla MkII no nome para identificá-lo como um produto da nova série, é que ele mantém todo o espírito do carro original. Os J2 e J2X originais podiam ser encomendados com a motorização de acordo com o gosto do cliente, além de alguns modelos padrão. O Allard em que andei tinha o motor Cadillac, uma das opções da época, enquanto este novo está com um Hemi 5,7-litros moderno dos 300C, mas pode receber a versão maior dos SRT8, ou um Chevrolet Small Block, ou um Ford, ou um Big Block, ao gosto do cliente.


Não sei como deve ser dirigir este carro, mas não há como estragar a receita. Um carro este tipo, dois lugares com motor dianteiro e bancos quase em cima do eixo traseiro, todo aberto ao vento e com potência de sobra, não há como errar. E imaginem o som com os escapes laterais...

Um J2X original é muito caro, então devemos pensar que este por ser novo, é uma pechincha, certo? Errado. Custa US$ 138.500,00, que é muito dinheiro. Se é justificável ou não, eu não sei, mas que aproveitar uma manhã ensolarada de fim de semana, sem preocupações e ao som de um motor roncando grave e forte, por estradas e serras desertas com um carro desses, é uma experiência impagável, ah isso é.


Fotos: Autoblog
O Arnaldo Keller viu. Aliás, foi ele que conseguiu o filme em VHS, cópia original, com um amigo. Claro, assisti-o de novo, três vezes. Me lembrava de certos diálogos, pois na época assisti-o 17 vezes. Tinha 13 anos na primeira vez.

Caminhos sem Volta (The Racers) é uma produção da 20th Century Fox, de 1955, que retrata o teatro europeu de corridas com total perfeição. Nenhum entusiasta pode deixar de assisti-lo.

É a história de um piloto independente pobre, mecânico (Kirk Douglas), que tenta subir na vida no automobilismo. O roteiro é perfeito. Ele prepara com muito sacrifício um carro mais antigo (Allard J2, acho) para uma corrida de carros esporte em Mônaco, mas na classificação bate feio ao desviar de um cão de estimação e o carro é destruído. A batida é real e consta que o stunt chegou a se machucar bastante.


O cão era de uma linda bailarina clássica (Bella Darvi) que assistia ao treino, quando o cachorro se solta da coleira ao ver um gato e atravessa a pista. A partir daí a trama se desenrola entre o piloto e a bailarina (ver capa do DVD acima).