google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: itu.com.br
Rodovia SP 280 Castelo Branco


Em 17 de novembro de 2007 foi publicada no Best Cars Web Site a minha coluna semanal "Do banco do motorista", sob  o título "Salve-se quem puder", na qual relatei o que se passou com um amigo, Luiz Henrique Alves, ex-colega de General Motors, engenharia do produto, fato acompanhado de omissão de socorro por parte da ViaOeste, concessionária da Rodovia dos Bandeirantes. Contei que o Luiz Henrique saíra de Sorocaba (SP) no dia  2 de agosto bem cedo, às 5h40, rumo a São Paulo em seu carro particular. Ainda na SP 75 "Castelinho", trecho que liga Sorocaba à rodovia SP 280 Castelo Branco, ele começou a sentir um mal-estar no estômago, que evoluiria para dores no peito e formigamento da mão esquerda.

Fac-simile da minha coluna no Best Cars Web Site

No começo ele até julgou se tratar de um simples mal-estar e resolveu seguir em frente, até à praça do pedágio no km 74 da Castelo Branco. Se o sintoma persistisse, raciocinou, pediria ali socorro, pois como usuário habitual da estrada ele sabia haver lá uma unidade de emergência disponibilizada pela concessionária. Um raciocínio dentro de toda lógica de engenheiro que é.
Corvette C7.R e Ferrari 458 Italia

O primeiro Corvette, o original de 1953, com seu anêmico motor seis-cilindros Blue Flame de 150 cv de potência bruta, não era mesmo grande coisa em termos de desempenho. Quando Zora Arkus-Duntov tomou as rédeas do programa, logo colocou um V-8 no pequeno esportivo e o sucesso foi meteórico.

Não demorou para que o Corvette emplacasse também nas pistas, com carros espetaculares e resultados que até os europeus se surpreenderam. Vendo os últimos anos, um dos grandes representantes da dinastia foi o C6.R, modelo que até o ano passado competia de igual para igual com Ferrari, Aston Martin e Porsche.

Vencedor na sua classe em Le Mans e campeão da categoria em 2012, o C6.R além de rápido mostrou-se resistente, com a confiabilidade de um V-8 Chevrolet mais do que conhecida e renomada. Criado pela Pratt & Miller, empresa americana de preparações e projetos especiais, o modelo não deixava nada a desejar em termos de tecnologia frente aos concorrentes europeus.

O Corvette C6.R da Larbre Competition em Interlagos

O V-8 de um único comando alojado no meio do "V" e válvulas acionadas por varetas e balancins é a prova de que a simplicidade ainda é o forte para provas de longa duração. Quanto mais complicados, mais peças, maior a chance de um problema ocorrer. Nos primeiros modelos de 2005, o motor era um 7-litros derivado do LS7 para a categoria GT1, depois passou para 6 litros e até o 5,5-litros da última geração, já no que era a GT2.

Neste ano, com o lançamento da nova geração do Corvette Stingray de rua, o carro de corrida também tinha que ser atualizado, e nasceu o C7.R com a nova carroceria que remete ao carro de produção. O motor manteve-se similar ao do carro anterior, 5,5-litros “varetado”, mas agora com injeção direta de combustível e sem o sistema de comando variável disponível no carro de produção.




Coluna 2614  26.junho.2014          rnasser@autoentusiastas.com.br        

Do bom Encontro de Antigos em Araxá
Encerrado o XXI Encontro Nacional de Veículos Antigos, adequadamente realizado no arquitetonicamente imponente Grande Hotel de Araxá, MG, a dúvida sobre a concorrência com outro evento em Águas de Lindóia, SP, dissipou-se. Araxá, como usualmente chamado, mostrou sua fórmula correta: veículos de qualidade; esforço para apresentar novidades; público qualificado; leilão de antigos. Dos veículos relevantes, Ferrari 212 Barchetta, restaurada no Ferrari Classiche, departamento desta fábrica para cuidar dos antigos; Bugatti 1938 carroceria Grangloff Stelvio; Alfa Romeo 2500 carroceria Boneschi, de 1950; Cadillac V-16, 1939 e, curioso e raro Cadillac 1958, sedã 4-portas sem coluna, versão Brougham, teto em aço escovado, de aparência incrivelmente leve sobre a carroceria com linhas bolhosas e excessos típicos do final dos anos 1950.

Ferrari 212 Barchetta

Alfa Romeo 2500 Boneschi

Vista do evento



A Continental aplicou no pneu ContiPowerContact (foto acima) o que classifico como o maior avanço em prol da segurança ativa, a marca TWI Wet. Como muitos sabem, a marca TWI (tread wear indicator, indicador de desgaste da banda de rodagem), em número de quatro e dispostas a 90° uma da outra, estão a uma altura correspondente a uma profundidade de sulco de 1,6 mm. Quando um pneu ultrapassa esse desgaste é considerado ilegal e leva tanto à apreensão do veículo quanto à recusa das seguradoras em saldarem um sinistro.

Só que tal profundidade de sulco, 1,6 mm, é completamente inservível em piso molhado por não drenar água, motivo para recomendarmos aqui no Ae trocar os pneus quando chegarem a 4 mm de profundidade de sulco, a metade de um pneu novo, se o objetivo é minimizar o mais possível a possibilidade de perigosa aquaplanagem. Inclusive, essa questão foi parte do polêmico post "Pneus novos na dianteira, por favor", de 3 de janeiro de 2010 (leia), uma vez que os fabricantes de pneus recomendam pneus novos atrás e os usados na frente em caso de troca de apenas dois pneus, omitindo — irresponsável e criminosamente, eu diria — o fato de que um pneu na dianteira tendo chegado à TWI ou perto dela é um sério risco à segurança pelo alto risco de aquaplanagem.

O que a Continental fez, e merece todo o aplauso do AUTOentusiastas e de quem preza a segurança ativa foi aplicar uma segunda TWI, a TWI Wet (molhado), que corresponde a uma profundidade de sulco de 3 mm. Seguindo essa valiosa orientação, os proprietários de automóveis terão noção exata da profundidade de sulco que garanta um mínimo de drenagem de água, reduzindo drasticamente, se observada, as possibilidades da perigosa aquaplanagem. Muitas vidas certamente serão poupadas.

Parabéns, Continental! Que seja imitada logo.

BS