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A notícia divulgada no fim de tarde desta quarta-feira (28/5) é típica das brincadeiras de Primeiro de Abril, mas é verdade e assume ares de verdadeiro milagre. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou o Projeto de Lei 15/2006 de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB) que determina o fim do rodízio de veículos pelo final da placa e que estava parado na Casa há sete anos. Mas para virar lei precisa de ser sancionada pelo prefeito da cidade, Fernando Haddad. A população paulistana, submetida a essa vergonha desde setembro de 1997, portanto há quase 17 anos, espera que Fernando Haddad, num lampejo de inteligência, sancione o PL.
Inteligência porque os vereadores representam os munícipes e trabalham a favor dos seus interesses — é para isso que são eleitos, não estão ali para ficar brincando — e a aprovação praticamente unânime, com apenas dois votos contra, reflete nitidamente o desejo da população do município e, por extensão, do estado.
De qualquer maneira, sancionado ou não o PL, São Paulo, representada pelos seus vereadores, se levantou contra esse abuso inventado pelo vivaldino prefeito Celso Pitta, que viu no rodízio uma preciosa fonte de receita para os cofres municipais com a arrecadação de multas. Atualmente são lavradas 17 mil autuações por dia por infração ao rodízio, evidência de que as pessoas precisam se locomover para os seus afazeres, e não ficar passeando de carro.
A aprovação do PL é importante também para conscientizar juízes de Direito de que o rodízio é um aberração em si mesma e isso poderá modificar o panorama jurídico nas ações contra o regime de restrição de tráfego, que muitos entendem ser ilegal.
Vamos aguardar o desenrolar deste episódio.
A notícia nos foi passada pelo leitor André Sousa, a quem o Ae agradece.
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