google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


No final de semana dos dias 22 e 23 de junho, a edição de comemoração dos 90 anos das 24 Horas de Le Mans deu mais um troféu para os incríveis Audi e-tron, mas infelizmente também foi marcada pela perda do piloto dinamarquês Allan Simonsen, de 34 anos, que não resistiu aos ferimentos de um acidente.

Logo nas primeiras voltas, o piloto do Aston Martin Vantage número 95 da categoria GTE-AM perdeu o controle do carro na saída da curva Tertre Rouge e bateu forte no guardrail com o bico e a lateral do carro. A morte do piloto foi anunciada horas depois pela organização.

Este incidente tirou parte do brilho da conquista da Audi, com seu modelo R-18 e-tron quattro híbrido, muito similar ao carro do ano passado. Tom Kristensen marcou mais uma vitória em Le Mans, sua 9ª conquista, recorde absoluto. Esta foi a 12ª vitória da Audi, nos últimos 14 anos.
Sem colunas dianteiras, visibilidade perfeita para frente

Algum tempo atrás a Ford construiu um carro-conceito com algumas características bastante futuristas, algumas nunca implementadas em nenhum carro. Era o Techna, apresentado em  25 de junho de 1967 no Salão de Los Angeles . O carro era grande e baixo, e com apenas duas portas.

O carro foi feito pela área de tecnologia sob a direção de Harold C. MacDonald, que aparece na foto acima e que tinha convicção de que o carro seria ótimo para analisar o que poderia ou deveria ser colocado em um carro nos anos vindouros.

Apesar de parecer absurdo o fato de ter apenas duas portas em um carro de mais de cinco metros de comprimento, a porta de 1.830 mm era movimentada eletricamente através de dobradiças pantográficas, que a abriam de forma quase paralela à lateral do veículo, não se afastando dela mais que 450 mm, permitindo boa abertura ao interior sem ocupar muito espaço em vagas de estacionamentos.
NOVO COLUNISTA NO AUTOENTUSIASTAS

É com imenso prazer que anunciamos a chegada de Wagner Gonzalez ao time do AUTOentusiastas para falar do que ele mais entende, corrida de automóvel (ele vai estrilar, que eu sei, acha que conhece mais vinho...), mas o fato é que seu currículo é invejável. Jornalista especializado em automobilismo de competição, acompanhou mais de 350 grandes prêmios de F-1 nas quase duas décadas em que viveu na Europa trabalhando para o BBC World Service, O Estado de S. Paulo, Sports Nippon, Telefe TV, Zero Hora e também atuando na Comissão de Imprensa da FIA. Aos 59 anos, Wagner é dono de uma experiência incomum no automobilismo internacional de ponta. Conheço-o há pelo menos 40 anos e trabalhamos juntos na Embraer, onde foi meu braço direito – e que braço! – no departamento de imprensa, no começo da década passada.

Wagner tem um encontro com o leitor toda terça-feira às 10h00 e lhe damos as boas vindas a mais uma casa de sua vida profissional.

Bob Sharp e os editores do AUTOentusiastas.
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COLUNA "CONVERSA DE PISTA", COM WAGNER GONZALEZ

Foi um fim de semana de altos e baixos no automobilismo internacional, este do último domingo, 30 de junho. Quando o Rei Sol surpreendentemente deu as caras no torrão do Reino Unido que é ocupado pelo autódromo de Silverstone, a temperatura subiu tanto que nem os pneus Pirelli agüentaram o calor. Trocando em nos frangalhos que sobraram de vários pneus traseiros esquerdos, a segunda vitória de Nico Rosberg nesta temporada tem muito a ver com o desempenho dos borrachudos italianos. A corrida na ilha mal havia terminado e a comunidade da F-1 bradava por mais segurança e menos política – nenhuma relação com os protestos que acontecem atualmente no Brasil –, quando todos se calaram. Não, não se calaram em Northamptonshire, o condado onde fica o mais famoso autódromo inglês, mas bem longe dali e no outro lado do Atlântico, no alto de Colorado Springs. Ali o ambiente propício para o eco reverberou a contundente vitória de Sébastien Loeb na 91ª edição da Pikes Peak International Hill Climb. Ele percorreu os 20 km do percurso em 8'13"878, 1'13" abaixo do recorde estabelecido em 2012 por Rhys Millen (9"46"164). 

O Peugeot 208 T16 Pikes Peak de Loeb, motor de 875 cv, vencedor e novo recordista da Subida de Montanha de Pikes Peak (divulgação Peugeot)

Foto: www.motosclassicas70.com.br 
 


Li, dia desses, a coluna do Cícero Lima no UOL, cujo título era "Motos velhinhas têm carisma, mas pilotá-las hoje é um risco" e que de cara me interessou porque tive exatamente as duas motos "velhinhas" citadas, uma Agrale Dakar 30.0 1987 (foto acima) e uma Honda XL 250 1983, e andei muito com elas sem nunca ter passado por susto maior.

Nunca fiz viagens de moto, logo não posso saber como seria o comportamento em estrada, mas diariamente andava no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, mantendo 100 km/h constantes e não achava que houvesse nada de grave na minha Agrale. De fato, era uma moto um pouco cansativa, pouca potência em baixa e comportas totalmente abertas a partir de umas 5 mil rpm, liberando os respeitáveis 30 cv do motorzinho de 200 cm³ refrigerado a água de uma só vez. O jeito era usar e abusar do pé esquerdo, que sofria um pouco com os engates duros.

Existiam duas relações de coroa e pinhão disponíveis para essa moto, não me lembro bem, mas era algo como 12x38 (3,16:1), a mais longa, igual à da minha moto, e 13x44 (3,38:1). Não satisfeito, misturei as peças e montei uma 13x38 (2,92:1) a fim de alongar a relação final e poder andar mais "solto" pela pista do Aterro, em tempos onde pardal era só um passarinho inofensivo.