google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autor


Não me lembro quem me ensinou esta, de que a postura para pilotar moto vem da postura adotada na montaria do cavalo, então, tendo por base motos clássicas, montamos na moto inglesa da mesma maneira que nos aboletamos na seleta inglesa de equitação clássica, com a coluna reta e joelhos flexionados. Já nas motos americanas, leia-se aí as Harley-Davidson, nos posicionamos que nem os cowboys em suas selas texanas, pernas esticadas à frente e quadril adiante do tronco. Se a coisa vem mesmo daí, já não dá para saber, mas que a comparação bate, bate.


As Royal Enfield estão sendo importadas da Índia por quem por anos fabricou as famosas motos Amazonas, aquelas com motor VW 1600 a ar. As Royal Enfield começaram a ser fabricadas na Índia em 1956. Logo em seguida a fábrica da Índia foi vendida a indianos e estes continuaram a fabricá-la exatamente igual, não mudando nada, mesmo porque não havia o que mudar, já que ela atendia perfeitamente às necessidades, gastava pouco combustível e encarava com galhardia estradas da pior espécie, subindo as geladas montanhas do Himalaia e atravessando os alagados das Monções, e o que acho o pior, aguentando arranhadas de marcha e maus-tratos de gente não muito ligada aos bens terrenos. Há três anos lançaram este novo motor de 500 cm3, pois até então o único fabricado era o de 350 cm3.


Para um carro ser classificado como “bom” pela maioria das pessoas, mídia técnica inclusive, alguns requisitos são primordiais. Qualidade de acabamento está entre as principais. Teor tecnológico também conta bastante, com recursos e itens de moderno desenvolvimento.

Alguns conceitos são tidos como ultrapassados, que não agregam mais ao produto. Entre eles, podemos destacar dois conceitos usados em suspensão traseira utilizados hoje em dia em dois grandes nomes do mercado americano. Para o grande público, a realidade é que pouco importa qual é o tipo de suspensão que o carro tem. Importa se é barato e se não quebra.

O primeiro item é o tipo de suspensão propriamente dito, no caso, o eixo rígido traseiro trativo. Este conceito é usado largamente em picapes, vans e caminhões por ser simples e funcional, com boa capacidade de carga e baixo custo de manutenção. Antigamente, este tipo de eixo era usado na maioria dos carros, mas aos poucos foi sendo substituído por sistemas independentes, ou mesmo pela eliminação da tração traseira.

Eixo do Mustang, com buchas de posicionamento no centro do diferencial.

Ai está a paisagem que todos os anos brinda os olhos dos antigomobilistas, o evento de Águas de Lindóia, SP

Entre os dias 30 de maio e 2 de junho, no feriado de Corpus Christi, realizou-se o maior e mais importante evento de carros antigos do Brasil, o Encontro Paulista de Automóveis Antigos. Há dezoito anos acompanho o evento, que em sua primeira edição foi em Águas de São Pedro, também no interior de São Paulo, e depois passou para Águas de Lindóia. Nesse meio-tempo fiz muitos amigos, sempre que posso vou ao Encontro para vê-los, eles que vêm do país inteiro teimando em migrar para a pequena cidade serrana paulista, famosa por estar no Circuito das Águas e se ter tornado a capital do antigomobilismo nacional.

Jensen Interceptor, raro de ser visto aqui no Brasil
Caminhão de bombeiros American La France e motocicleta Harley-Davidson, duas viaturas de combate a incêndio
Galaxie 1966 conversível, um americano que infelizmente não foi fabricado por aqui

Fantasmas elétricos: defeitos simples, porém difíceis de diagnosticar

Ao longo de mais de 30 anos, quer seja como estudante, entusiasta ou como profissional, venho lidando com a manutenção e reparação de sistemas elétricos e eletrônicos nos mais variados tipos de equipamentos, e tenho encontrado diversos tipos de problemas.

Entretanto, tenho visto que existe uma categoria de problemas elétricos que assustam ou pregam peças mesmo nos profissionais mais experientes. E, para piorar, com a introdução de cada vez mais eletrônica e funcionalidade nos mais variados tipos de equipamentos, e entre eles o automóvel, este tipo de falha elétrica tende a se tornar cada vez mais comum.

Quando um carro vai para a oficina com um defeito capcioso, o profissional fica confuso, e nada define melhor o desespero dele que aquele velho ditado,  “procurando chifre em cabeça de cavalo”.

O defeito aparentemente não tem lógica, e o profissional passa para a velha técnica de ficar trocando peças para tentar localizar qual a com defeito. Pior é quando o defeito é intermitente, porque o profissional troca a peça, o defeito some e é dado como reparado, o dono retira o carro, paga pelas peças trocadas para o defeito reaparecer pouco depois.

Isso quando não ocorre uma das mais fundamentais Leis de Murphy, chamada “Efeito Demonstração”: o defeito atazana a paciência do pobre motorista, mas quando vai para o mecânico, ele insiste em não aparecer.