google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Divulgação/Pedro Bicudo/Ricardo Rollo


O Grupo Chrysler LLC, hoje controlado pela Fiat SpA, que detém 58,5% do capital da empresa americana, apresentou à imprensa, de uma só vez, seu grande utilitário esporte Dodge Durango, de quatro portas e sete lugares, e o veículo de mesmo tipo Jeep Grand Cherokee CRD, de cinco lugares. A Jeep, por sua vez, é uma marca da Chrysler desde 1987.

Ambos têm tração integral permanente, mas o motor do Jeep é Diesel, o italiano da VM Motori, também V-6, de 2.987 cm³, enquanto o do Durango é o moderno Chrysler Pentastar V-6 a gasolina de 3.604 cm³, um duplo-comando de 4 válvulas por cilindro com bloco de alumínio que desenvolve 286 cv a 6.350 rpm com torque de 35,4 m·kgf a 4.300 rpm.

Esse motor Pentastar (nome do logotipo de Chrysler, a estrela de cinco pontas) substituiu nada menos que seis motores V-6 da Chrysler, com cilindradas de 2,7  a 4 litros e o número de componentes caiu de 189 para 32 itens. O V-6 anterior do Durango era de 3.701 cm³ e desenvolvia apenas 210 cv, tinha bloco de ferro fundido e era monocomando. Pesava mais 42,6 kg que o Pentastar, que é fabricado em Trenton, Michigan.
Fotos: autor



Por que o título deste post? Dois motivos. Um, é o décimo modelo no bloco dos carros propulsionados pelo motor EP6CDT, ou de nome comercial THP (Turbo High Pressure), 1,6-litro turbo com interresfriador e injeção direta de 165 cv, um projeto conjunto PSA-BMW. Todos os dez são comercializados no Brasil. Outro, é mais um no bloco que disputa o bolso do consumidor, que antes do DS4 podia escolher entre os sofisticados médios BMW Série 1, Audi  A3 Sportback e o novo Mercedes-Benz Classe B.

O DS4 faz parte da série DS iniciada com o DS3 em novembro de 2009, seguido do DS4 em setembro de 2010, no Salão de Paris, e finalmente do DS5, lançado em abril de 2011 no Salão de Xangai. O AE andou no DS3, mas falta conhecer de perto o DS5, que está entre o dez que utilizam o motor THP 1,6 turbo.

O DS4 começou a ser vendido em março ao preço, sem opcionais e em versão única, de R$ 100.000 menos 100 reais, o velho truque psicológico-numérico à "Sears, Roebuck" que a indústria abraçou, com a meta de vender 100 unidades por mês.

Estilo ousado, mas as duas saídas de escapamento são decorativas apenas




Vemos de vez em quando algum Peugeot  106 nas ruas, normalmente dirigido por senhoras, que apreciam as dimensões diminutas para uma grande facilidade de manobrar e estacionar. É um carro pacato e econômico, importado por alguns anos oficialmente pela PSA, mas que foi negligenciado após o crescimento das vendas do 206, um pouco maior e fabricado em Porto  Real (RJ). 

Ficou, portanto, quase esquecido por todos, sendo um veículo que não desperta desejo em quase nenhum tipo de motorista. Teve aqui motores 1,4 e 1-litro, esse bem fraquinho. O ano-modelo 2000 foi o último a ser trazido ao Brasil. Na França, foi produzido até 2004.

Na origem, porém, existiu a versão Rallye, que era destinada a entusiastas. Não os entusiastas apenas de monstros de potências enormes, mas sim aquele tipo de entusiasta que aprecia carros pequenos, leves e simples,  sem desprezar uma boa relação peso-potência.  A escola de um carro de rali, grosseiramente falando. Era o máximo de diversão com o mínimo de preço, lá na Europa.

Esse modelo não chegou a ser importado oficialmente para o Brasil, e não sabemos se algum roda por aqui.
Apareceu pela primeira vez em 1993 já como modelo 1994 na Europa, e as diferenças em relação ao 106 normal que foi lançado dois anos antes justificavam (e ainda o fazem ) sua fama de carro divertido.


A década de 1980 não foi das melhores em termos de design e motores potentes. As crises econômicas, cobranças por carros mais econômicos e a variação dos preços do petróleo e gasolina também não colaboraram para o nascimento de grandes carros.

A Ford tinha em mãos um problema. O público queria um carro de bom desempenho, mas os grandes V-8 devoradores de combustível estavam na mira do governo e das entidades reguladoras de consumo e emissões. O carro esportivo da marca, o Mustang, não estava com bons ventos.

A geração do Mustang em vigor, com uma plataforma conhecida por Fox lançada em 1978, dividida com outros carros do grupo do oval azul, como Mercury Zephyr, teria que receber alterações para deixar o Mustang mais esportivo.

A solução foi entregar o projeto do novo Mustang de alto desempenho para a recém-criada SVO (Special Vehicle Operations), ou Operações de Veículos Especiais, divisão responsável pelos carros mais potentes e de competição da marca. Esta divisão foi idealizada pelo próprio Henry Ford II, que via a necessidade de trazer de volta os clientes mais entusiastas.