google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Não sei por que, se foi influência da minha professora de Linguagem (era como se chamava Português na escola primária) ou se é mania cultivada há décadas, mas o fato é que acho completamente fora de propósito certas expressões e termos que se vêem no dia a dia. Já que o blog é de automóvel, comecemos pela Ford.

Sempre achei muito esquisito a fabricante do oval azul chamar concessionária de “distribuidor”. Especialmente quando me lembro que concessionárias da marca já foram Agência Ford, bem no começo, nos anos 1920, e Revendedor Ford, na fase da indústria automobilística, a partir de 1956, ambas as denominações dando idéia perfeita da atividade.

Não dá mesmo para entender "distribuidor" em vez de concessionária (de vendas de veículos de determinada marca). Outro dia falava sobre isso com meu amigo e jornalista Fernando Calmon e ele disse não ver nada de mais nisso, que tanto faz distribuidor ou concessionária. Pois acho que não está certo. Considero importante nome correto para os atos e fatos que nos envolvem.


O coração dos automóveis é seu motor. Desde o primeiro veículo autopropelido, ou seja, capaz de se mover sozinho por meio de potência gerada por componentes fixos à sua estrutura, o motor para a propulsão a combustão interna vem sendo aprimorado. Muitas das soluções que acreditamos serem modernas, surpreendentemente são quase tão antigas quanto o próprio motor. Passaremos brevemente pela história da criação e os principais fatos e invenções que tornaram nossos motores atuais o que são.

Os motores atuais de aplicação automobilística estão em desenvolvimento há mais de 100 anos. A grande maioria das inovações tecnológicas, estudos termodinâmicos e aperfeiçoamento da eficiência global dos motores de combustão interna ocorreram ao longo da história do transporte viário motorizado. Vamos fazer uma breve passagem sobre os primeiros motores e suas aplicações iniciais.

No ano de 1854, o primeiro projeto de um motor de combustão interna foi patenteado na Itália pelos engenheiros Eugenio Barsanti e Felice Matteucci. O projeto consistia na utilização da energia de expansão de gases liberada pela combustão de uma mistura explosiva de ar e hidrogênio para movimentar um pistão e transformar este movimento linear em um movimento rotativo, com o uso de uma árvore de manivela. Este motor nunca foi produzido em quantidade.

Réplica do modelo de motor Baranti-Matteucci
Fotos: autor


Eis aí um sedã nacional com um gostinho de esportivo italiano. Dos sedãs que tenho testado, Fluence, Civic, Corolla, Sentra, entre outros, este é o que mais me agradou. Quero deixar claro ao leitor que exteriorizo aqui um gosto pessoal, um gosto meu, para que caso o leitor tenha o mesmo gosto passe a ficar ligado nesse carro.

Não que os sedãs citados acima não tenham bom desempenho. Eles o têm, sim; deles saem bons números de velocidade máxima, aceleração, aderência nas curvas e outras características, mas um automóvel é mais que isso, é mais que números, pois o comportamento de um carro forma um complexo e a ele, simplificadamente, acabamos por chamar de personalidade; e o Linea tem um tempero, uma personalidade, que só os italianos imprimem em seus carros. Eu, particularmente, gosto disso. 

Começa pelo ronco. O E.torQ 1,8 (1.747 cm³) ronca gostoso, encorpado, e tem boa pegada. São 132 cv de potência máxima a 5.250 rpm (corte a 6.200 rpm) e 18,9 m·kgf de torque a 4.500 rpm, quando com álcool, o que leva os 1.315 kg do Linea a 100 km/h em 9,9 segundos e a 192 km/h de velocidade máxima. Não são números alucinantes, mas já são o bastante para uma tocada saborosa. As marchas são curtas e próximas umas das outras — em 5ª e última marcha, a 120 km/h reais, o giro está em 3.700 rpm — , o que não é lá muito desejável quando se quer um carro somente confortável, mas é bem-vindo quando se quer que o sangue circule mais forte nas veias.

Parece pedir uma estrada cheia de curvas!

Não é um  nome muito bom para um carro.  Não é exatamente  um animal de hábitos nobres ou valentes. A  explicação da escolha da hiena para batismo é que esse nada simpático animal tem a agilidade de um cabrito montês, a aceleração de um leopardo e a presença ameaçadora de um buldogue. Esqueçamos a parte ruim, meio verdade, meio mito, sobre este animal reciclador.

Pensando assim, dá para imaginar que esse carro é verdadeiramente selvagem, principalmente pela mecânica de nada menos que a do Delta HF Integrale, seis vezes campeão do mundo de rali, com tração nas quatro rodas, suspensão mais próxima das pistas do que das ruas, e um estilo de carro utilitário, quadradinho, porém simpático.

A origem: Lancia Delta HF Integrale