Fotos: autor
Eis aí um sedã nacional com um gostinho de esportivo
italiano. Dos sedãs que tenho testado, Fluence, Civic, Corolla, Sentra, entre
outros, este é o que mais me agradou. Quero deixar claro ao leitor que
exteriorizo aqui um gosto pessoal, um gosto meu, para que caso o leitor tenha o
mesmo gosto passe a ficar ligado nesse carro.
Não que os sedãs citados acima não tenham bom
desempenho. Eles o têm, sim; deles saem bons números de velocidade máxima, aceleração, aderência nas curvas e outras características, mas um automóvel é mais que isso, é mais que
números, pois o comportamento de um carro forma um complexo e a ele,
simplificadamente, acabamos por chamar de personalidade; e o Linea tem um
tempero, uma personalidade, que só os italianos imprimem em seus carros. Eu,
particularmente, gosto disso.
Começa pelo ronco. O E.torQ 1,8 (1.747 cm³) ronca gostoso,
encorpado, e tem boa pegada. São 132 cv de potência máxima a 5.250 rpm (corte a
6.200 rpm) e 18,9 m·kgf de torque a 4.500 rpm, quando com álcool, o que leva os
1.315 kg do Linea a 100 km/h em 9,9 segundos e a 192 km/h de velocidade máxima.
Não são números alucinantes, mas já são o bastante para uma tocada saborosa. As
marchas são curtas e próximas umas das outras — em 5ª e última
marcha, a 120 km/h reais, o giro está em 3.700 rpm — , o que não é lá muito
desejável quando se quer um carro somente confortável, mas é bem-vindo quando
se quer que o sangue circule mais forte nas veias.