google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Italdesign,  Hemmings Blog, SVS Limited, Supercars.net, MTMFrance e autor

Um quarto de século de idade!

Em 1988, pouca gente esperava ver algo do tipo que a Italdesign apresentou em Turim.

O Aztec deu a tônica em um salão algumas semanas depois de Genebra, onde só se falou de emissões de poluentes, um dos assuntos mais  recorrentes e desagradáveis no universo automobilístico.

A empresa Italdesign, de Giorgetto Giugiaro e Aldo Mantovani, tinha que chacoalhar a audiência, pois havia perdido trabalhos de dois grandes clientes, a Fiat, que fizera o Tipo e os derivados das marcas Alfa Romeo e Lancia com o estúdio I.d.E.A, e a Lotus, com uma atualização do desenho original de Giugiaro para o Esprit, feito pelo inglês Peter Stevens, que depois viria a ser o mestre criador do desenho do McLaren F1.

O que a Italdesign mostrou foram, na verdade, três carros diferentes ao mesmo tempo e com uma inspiração única, parecendo naves espaciais pela característica principal de serem visíveis painéis de acesso de manutenção, totalmente práticos e propositalmente aparentes. Apenas um deles era um carro de verdade que andava e era completamente funcional.
Fotos: autor



O Peugeot 308 turbo foi lançado no Salão do Automóvel em outubro passado e o AE ainda não o havia dirigido. Havia curiosidade por se tratar do mesmo e eficiente motor 1,6-litro turbo THP projetado em conjunto pela marca do leão e pela BMW e que é empregado em vários modelos Peugeot e Citroën e no MINI, marca pertencente à BMW há quase vinte anos (1994).

Aqui no Brasil são comercializados com esse motor os Peugeot 3008, 408 Griffe THP, 508 THP e RCZ, o Citroën DS3, o MINI e o BMW Série 1. Com o 308 Feline THP são oito modelos com o mesmo motor, um fato notável.

O 308 foi lançado há exatamente um ano e foi alvo de post, de modo a ser desnecessário repetir todos os pormenores do 308. Na ocasião da apresentação à imprensa tive oportunidade de dirigir o Allure 1,6-litro, o mais equipado dessa cilindrada, e o Feline, disponível então apenas com motor 2-litros flex e câmbio automático de quatro marchas. Agora há o mesmo Feline com motor turbo THP, também só com câmbio automático, só que agora um moderno Aisin de seis marchas. Veja também post do 408 Griffe THP, que tem o mesmo motor e câmbio, sendo apenas um veículo pouca coisa mais pesado.

Estilo agradável, mas os tais "difusores" atrás destoam

O último dos Pegaso, Z103

Na Espanha, uma grande parcela do veículos pesados e militares  são da marca Pegaso, atualmente Iveco, já que a empresa foi absorvida pelo gigante italiano.

Na década de 1950, quando era 100% espanhola, de Barcelona, a empresa quis mostrar sua capacidade e refinamento técnico, e fabricou alguns modelos de carros esportivos que estão entre as raridades interessantíssimas e disputadas por colecionadores abonados. Foram apenas 125 carros no total, antes da empresa retornar aos comerciais e militares, especialidade pura.

A parada dessa produção se deve principalmente à aposentadoria de seu criador, Wilfredo Ricart, um nobre catalão, engenheiro de embates técnicos e pessoais com nada menos que Enzo Ferrari, na época pré-Segunda Guerra Mundial, quando ambos trabalhavam com os carros de corrida da equipe de fábrica da Alfa Romeo. Dizem que Ricart o provocava freqüentemente, e Ferrari não entendia as brincadeiras, piorando uma situação já desconfortável, que culminou com a demissão de Enzo Ferrari, já que Ricart era seu chefe. Assim, grosso modo, devemos a Wilfredo Ricart a criação da fábrica Ferrari.

Fotos: autor



Piccola bomba! Na Itália, tal expressão aplicada a um automóvel não tem nada a ver com problemas ou má qualidade, mas sim designa um carro pequeno e de caráter raivoso. O Alfa Romeo Mito Quadrifoglio Verde (QV), com o qual tive a oportunidade de conviver por uma semana, rodando cerca de dois mil quilômetros por estradas de diferentes tipos na Itália, faz jus a tal expressão de modo impecável.

Pequeno e explosivo, compacto e potente, ágil e poderoso, pronto a “explodir” ao comando do acelerador. É um carro que parece implorar por curvas, exigindo ser pilotado e não simplesmente conduzido. Suas formas externas não são consensuais, havendo quem questione especialmente a parte frontal, os faróis ovalados “esbugalhados” e o ar rude. Já outros, onde me incluo, apreciam tais linhas, entrevendo nelas charme histórico, que remete a lendários modelos da casa de Arese, entre os quais o estupendo 8C Competizione do fim dos anos 30, reeditado em 2007.

Carroceria hatchback de duas portas apenas