google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Paulo Keller exceto quando indicado
Não importa por onde passe, as pessoas olham para você

Meu encontro com o roadster BMW Z4 foi a mais agradável surpresa que poderia haver no último dia do ano passado, surgiu de um convite inesperado, recebi a ligação às 8 da manhã e em minutos já estava com ele na mão!
 
Em meus planos para o 31 de dezembro, na verdade estava correr a São Silvestre, tradicional prova de rua de São Paulo. Começara meu preparo havia seis meses, não o revelara a ninguém, somente quem acompanhava de perto meus treinos suspeitava. Dezembro, portanto, estava reservado para ficar na cidade, sem escapadas a qualquer outro lugar. Apenas a corrida.

Duas semanas antes, porém, uma contusão obrigou-me a cancelar minha participação na prova. Sem tempo para me recuperar fisicamente e com tão pouca antecedência para buscar alternativas de lazer no litoral, o melhor a fazer seria ficar em Sampa e curtir a cidade vazia...De repente, um Z4!!!


"Líder por Natureza. Paris na hora do almoço. Carro pela Rover", enaltecendo o desempenho na propaganda

Será que dá para imaginar um carro inglês com motor V-8, que os próprios britânicos dizem ser não confiável e totalmente impossível de não ter corrosão?

Esse é o Rover SD1 Vitesse, um hatchback grande com 4.698 mm de comprimento, entreeixos de  2.814 mm e 1.425 kg de massa, que se comporta dinamicamente como um carro menor, mostrando uma agilidade exemplar.

Tem uma história iniciada em 1976 e só durou uma década com a interessante carroceria hatchback de quatro portas, tendo pouco mais de 303 mil unidades fabricadas. Foi equipado com cinco motores diferentes, de quatro e seis cilindros em linha a gasolina, um diesel quatro-cilindros italiano da VM Motori e o V-8 de alumínio da Rover.



Acionamento eletromagnético de válvulas: décadas de tentativas infrutíferas


Bem, estamos chegando ao final da nossa jornada ao rico e maluco mundo das válvulas.

Vimos ao longo desta série que as válvulas convencionais, hoje amplamente dominantes, estão longe da perfeição, e que são um dos grandes fatores limitantes para o aperfeiçoamento tecnológico dos motores a pistão.

Vimos também que existem outras importantes famílias de válvulas, como as de camisas móveis, as de válvula rotativa axial e as de válvula rotativa transversal.

Neste artigo veremos soluções únicas, que não possuem uma classificação clara. Veremos não só válvulas não convencionais, mas formas não convencionais de aplicação e de acionamento das válvulas convencionais, com projetos tomados entusiasticamente como promissores e depois abandonados. Enfim, esta parte é dedicada aos tipos mais bizarros de válvulas e de formas de aplicá-las.

Loucura total

Vamos começar com algo leve para não assustar.
O painel do novo Corvette Stingray (C7). (netcarshow.com)

Quem pode, faz. Quem não pode, apenas fala a respeito.
Ditado popular

É difícil para alguém que, como eu, apenas fala a respeito de carros, ouvir uma frase como esta. Mas é a mais pura verdade. Quando nos propomos a avaliar o trabalho de outros, é bom lembrar que não pudemos fazer melhor. Sim, porque se pudéssemos realmente, estaríamos do outro lado da cerca que divide quem faz de quem apenas assiste.

A dura realidade que temos que enfrentar é que mesmo o mais insatisfatório dos automóveis é mais importante do que a melhor piada que pudemos fazer designando-o como tal. Mas é muito fácil se esquecer de tal coisa e de se recolher à sua insignificância; principalmente se o que você escreve ou fala encontra ávidos ouvidos, e tal ocupação lhe traz fama e influência, e em alguns raros casos, até fortuna. O sucesso tem o péssimo hábito de fazer as pessoas acreditarem que não são apenas pessoas, e sim algum tipo de ser iluminado que sempre tem razão em tudo.

Mas isto não quer dizer que a ocupação do avaliador não seja honrada, longe disso. Na verdade, é necessária e importantíssima tanto para quem faz os carros, como para quem os compra. Sem uma opinião séria e isenta, como saberíamos o que comprar, ou como saberíamos onde se errou? E errar todos erramos, porque se não o fizéssemos não faríamos parte da espécie humana. Seríamos algum tipo de ser iluminado que sempre tem razão em tudo.