google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



Dois membros da escola de Engenharia de São Carlos, da USP, interior de São Paulo, apresentaram em 1982 o protótipo de um carro esportivo com motor Volkswagen refrigerado a ar, a que batizaram de Griffon. Foi um trabalho prático de formatura, onde o Prof. Dr. Dawilson Lucato e Mário Bellato Jr. se basearam na experiência anterior de projeto de uma aeronave e aplicaram inclusive um túnel de vento para definir o carro. Lucato é engenheiro aeronáutico e tem cursos e especializações numerosas em várias entidades, inclusive fora do Brasil. Teve também atuação como relator da área de segurança veicular do Código de Trânsito Brasileiro em vigor, bem como muitos trabalhos nessa área. Sobre Bellato não consegui informações plausíveis, assim, peço desculpas se não creditei algo a seu favor. 

A revista Motor 3 publicou uma matéria escrita por Expedito Marazzi, que andou no carro em Interlagos, e relatou com sua habitual clareza o comportamento de dois protótipos que lá estavam.
Gable, um autoentusiasta que nem a gente


Este é o terceiro capítulo sobre minha amizade com um Jaguar XK120. Caso o caro leitor não tenha lido os posts anteriores, seria bom que começasse do começo para pegar o fio da meada. (primeiro e segundo capítulos).

Então, prosseguindo. O ator autoentusiasta Clark Gable conseguiu atingir 124 milhas por hora (mph) com seu primeiro XK120 num lago seco da Califórnia, mas isso com o pára-brisa no lugar. Anteriormente, em 1949, durante uma apresentação dinâmica do XK120 à imprensa, que foi feita na estrada belga de Jabbeke, o carro atingira 136 mph (219 km/h), mas sem o pára-brisa, com um tonneau cover (lona plana cobrindo o espaço do passageiro) e com uma chapa de alumínio sob o chassi, tudo para melhorar a aerodinâmica.

Com o pára-brisa e tudo original, naquela manhã belga, atingiu duas milhas mais que o Gable, 126 mph. Mas o que um carro inglês fazia na estrada belga? Acontece que essa estrada era ideal para recordes de velocidade: praticamente no nível do mar, plana, e com reta longa de piso perfeito, e na Inglaterra não havia nada igual. 
O centro expandido da vergonha em São Paulo


"Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei" – Constituição Federal, Título II, Dos Direitos e Garantias Fundamentais; Capítulo I, Dos Direitos  e Deveres Individuais e Coletivos, Artigo 5º, Inciso II.

Dentro da área demarcada pela linha vermelha, como mostrado acima, chamada de "centro expandido", carros não podem rodar entre 7h00 e 10h00 e 17h00 e 20h00 de acordo com o dígito final da placa, sendo finais 1 e 2, segunda-feira, finais 3 e 4, terça-feira, e assim por diante, até sexta-feira, quando os carros atingidos são os de final de placa 9 e 0. Tudo bem, só que não existe lei proibindo tal circulação. "Como assim, não existe lei? O editor-chefe do AUTOentusiastas enlouqueceu!", pode o leitor pensar.

Antes de continuar, peço que os leitores que não são de São Paulo me desculpem por ser tema local, mas entendam que o vai ser dito aqui é uma questão de direito que poderá lhes ser útil de alguma forma, até se forem multados por virem a São Paulo e desconhecerem esse tipo de restrição à circulação, o que, aliás, ocorre com freqüência.

O fato é que não existe lei federal que impeça alguém de circular com seu automóvel na hora e dia que bem entender. O que existe é uma lei municipal, a de número 12.490, de 3 de outubro de 1997, e o decreto que a regulamenta, o de número 37.085, do mesmo dia.


Mês retrasado juntei-me a dois grandes amigos, Carlos Marcon e Henrique Seganfredo, que estavam fazendo uma viagem de carro pela Califórnia. Calhou que o lançamento do Fusion em Los Angeles ocorreu justamente quando eles estavam no meio desta viagem, por isto, após o evento, estiquei um pouco a estada nos EUA e juntei-me a eles.

Eles haviam partido de Las Vegas com o seguinte roteiro: Las Vegas, Death Valley, Yosemite Park, São Francisco, Pacific Highway até Los Angeles, San Diego (com direito a uma paradinha em Tijuana, do lado mexicano, onde a comida é barata, pode-se beber na rua e a cerveja custa apenas um dólar) e volta para Las Vegas pela Rota 66 no sentido “inverso”, de oeste para leste (eastbound).

Carlos, eu e Henrique, na passagem deles por Los Angeles. Não encontramos o Charlie Harper...

Diz-se que o sentido é o inverso porque o sentido tradicional e “correto” é viajar a Rota 66 de leste para oeste (westbound); saindo da fria e ventosa Chicago para a quente e ensolarada Califórnia, como faziam as famílias saindo de férias nas décadas de 1950 e 1960, quando voar era muito caro e atravessar o país de carro era uma opção (talvez por isso os carros fossem maiores e mais espaçosos...). Portanto, viajar de oeste para leste é o “inverso” porque representaria a viagem de volta, o fim das férias na Califórnia, a volta para a rotina do dia a dia. Sendo assim, a volta era obviamente bem menos prazerosa do que a ida.