google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

A cada dois anos, uma manifestação em massa de seres curiosos e apressados concentra-se sob uma enorme proteção artificial que os abriga do sol e da chuva, enquanto olham para objetos estranhos e alguns além da imaginação.

Este estranho ritual chama-se Salão Internacional do Automóvel de São Paulo e em 2012, o ano do fim do mundo, teve mais uma edição.

“O Salão”, como é carinhosamente abreviado, reúne a maioria dos principais fabricantes mundiais de automóveis para mostrar ao público as novidades e tendências do mercado e do futuro.

Aspin: principal tipo de válvula rotativa axial


As válvulas rotativas axiais

 A partir de 1911, e praticamente por todos os anos 1920, uma série de experimentos com os mais variados sistemas de válvulas rotativas surgiram e a grande maioria desapareceu e caiu no esquecimento. Porém, alguns abnegados inventores e engenheiros se esforçaram para torná-las úteis.

Há duas grandes famílias de válvulas rotativas, as axiais (de eixo paralelo ou concêntrico ao do cilindro), e as transversais. Nesta parte veremos as válvulas rotativas axiais, e na próxima parte veremos as válvulas rotativas transversais.

Curiosamente, veremos que os dois tipos de válvulas estão fortemente associados ao desenvolvimento das motocicletas, em especial as de competição.

A maior parte da família das válvulas rotativas axiais se caracteriza por conformar parcial ou totalmente a câmara de combustão em um componente móvel, o que auxilia na formação da turbulência necessária para uma boa queima. Além disso, estas válvulas, por estarem posicionadas dentro da cavidade da câmara de combustão, ao receberem o pulso de alta pressão da combustão da mistura, são pressionadas a vedar ainda mais as passagens de gases, obtendo um rendimento de vedação comparável ao das válvulas circulares convencionais, porém sem oferecer a restrição de corpos invasivos à câmara.

Estas válvulas apresentam certo grau de parentesco com os motores de dois tempos na medida em que o rotor tem o papel duplo de válvula e de câmara de combustão, assemelhado ao pistão do motor de dois tempos.

Recordando a segunda parte deste artigo, vimos o motor da RCV, que possuía uma camisa rotativa que funcionava como válvula. Embora eu tenha colocado esse motor na parte referente aos sistemas de camisas móveis, sob uma outra ótica, o sistema da RCV também pode ser classificado como um sistema de válvula rotativa axial completo. Ele é portanto, um sistema de transição, que fica na fronteira entre dois sistemas bastante diversos.

Sistema RCV: um sistema de transição

Fotos: Luca Bassani e divulgação



Monobloco totalmente em alumínio, motor V-8 de 4.999,7 cm³ com compressor volumétrico (Supercharged), bloco e cabeçotes de alumínio, duplo comando com variador de fase em ambos e 4 válvulas por cilindro, injeção direta, 510 cv de 6.000 a 6.500 rpm e 63,7 m·kgf de 2.500 a 5.500 rpm, câmbio automático epicíclico ZF 8HP70 de oito marchas, tração integral com reduzida de 2,93:1 engatável a até 60 km/h, suspensão independente e pneumática nas quatro rodas, quatro enormes freios a disco de 380 mm e 365 mm de diâmetro dianteiros/traseiros com pinças dianteiras Brembo de seis pistões que mais parecem as de um vagão de metrô de tão grandes, 0 a 100 km/h em 5,4 segundos, chega a 250 km/h, direção de assistência elétrica indexada à velocidade, cinco verdadeiros lugares, porta-malas de 550 litros sob o tampão, tanque de 105 litros: acho que nem precisaria escrever mais para o leitor ter idéia do que é o novo Range Rover Vogue, que chega à sua quarta geração a partir do nascimento em 1970. Mas tem mais.

Força e tração na dunas de Essaouira

Foi o que o AE pôde constatar ao dirigir o novo utilitário esporte inglês entre Essaouira e Marrakesh, no Marrocos, a convite da Jaguar Land Rover do Brasil, durante quase 400 quilômetros em dois dias, do nível do mar a 1.850 metros de altitude nas Montanhas Atlas, não sem antes trafegar – subir e descer! – nas dunas de Essaouira, nas estreitas estradas vicinais de terra e asfalto e numa fantástica e exemplar autoestrada (limite de 120 km/h), tipicamente Autobahn, interligando Casablanca, Agadir e Marrakesh.

Nessa  por pouco não atolei

Um estranho no ninho
Minha filha correndo a pé, treinando, e eu atrás de bicicleta, bufando para acompanhá-la. Minha sorte foi passar em frente à loja da Bentley na Av. Europa, em São Paulo, e lá ver um Corvette 1962 vermelho; assim tive uma desculpa honrosa para uma parada. E lá seguiu ela correndo a dar voltas no quarteirão enquanto eu me inteirava do como é que um antigo desses fazia numa loja de Bentley novos. Um famoso da Globo o deu como parte do pagamento na compra de um ícone inglês.


V-8 GM LS2 preparado
O modificado ‘Vette ’62 veio já pronto dos Estados Unidos, e quem o modernizou foi a Street Shop, uma oficina especializada justamente nisso, modernizar antigos Corvette. Este, por exemplo, apesar da carroceria ser totalmente original, tem um chassi novo e diferente do original que, segundo a Street Shop, além de mais leve é mais rígido a torções. A suspensão vem dos ‘Vette C4 (1989 a 1996), sendo braços de alumínio e suspensão traseira independente, esta multibraço e também com alterações, pois não tem a mola transversal de compósito de plástico como a do C4 original e sim molas helicoidais.